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Disciplina: Estágio supervisionado de docência em Educação Infantil e

anos iniciais

Aula 10: A construção do relatório

Apresentação
Para alguns alunos dos cursos de Licenciatura e de Pedagogia, o momento do estágio
é o contato inicial com a escola como pesquisador-estagiário e, certamente, com as
especificidades e questões pedagógicas, culturais, sociais que a escola apresenta.

Por esse motivo, o estágio não é só o tempo de unir teoria à prática, mas, sobretudo,
um período de reflexão sobre a natureza pedagógica do trabalho com crianças.

Nesta aula, trataremos da construção do relatório de estágio, visando ao olhar crítico


do estagiário para o campo de pesquisa. Além disso, entenderemos que a produção
do relatório tem de delinear a relação intrínseca entre a docência e a pesquisa para,
por fim, destacar a relevância das experiências vivenciadas no contexto escolar.

Bons estudos!

Objetivos
Refletir sobre a natureza pedagógica do trabalho com os sujeitos que estão
dentro dessas faixas etárias;
Construir o relatório de estágio, visando o olhar crítico e reflexivo do estagiário
para o campo de pesquisa: educação infantil ou séries iniciais.
O tema Educação
O tema Educação é sempre um assunto presente na sociedade brasileira, seja
para criticá-la ou para solicitar melhorias, devido a sua vinculação com a
formação de um sujeito cidadão.

A realidade e as várias pesquisas na área da Educação1 indicam a


necessidade da formação de profissionais qualificados e valorizados para
atuarem na área educacional brasileira de uma maneira eficiente, ou seja, que
proporcione uma Educação significativa e de qualidade para os alunos.

 Estudantes realizando pesquisa no computador


(Fonte: wavebreakmedia/shutterstocl)

Esse fato está também evidenciado no Plano Nacional de Educação


<http://www.observatoriodopne.org.br/uploads/reference/file/439
/documento-referencia.pdf> que deve ser executado até 2024, a partir do
estabelecimento de 20 metas para a Educação no Brasil.

A meta 16, correspondente à formação continuada e à pós-graduação de


professores, estabelece que até 2024 o Brasil precisa:

Formar, em nível de pós-graduação, cinquenta por

cento dos professores da educação básica, até o último


ano de vigência deste PNE, e garantir a todos(as)

os(as) profissionais da educação básica formação

continuada em sua área de atuação, considerando as

necessidades, demandas e contextualizações dos


sistemas de ensino.

(PNE-2014-2024, p. 80)

Reflexão sobre práticas docentes

Mas afinal, como deve ser


estabelecida a prática docente?
A prática docente não pode ser, atualmente, simples transferência dos
conhecimentos adquiridos, mas, uma prática pautada na reflexão sobre o que
se ensina, como se ensina e para quem se ensina.

Isso quer dizer que a prática docente hoje precisa estar acompanhada de um
processo reflexivo desde o momento da sua formação inicial.
 Leitura em grupo de crianças com auxilio do
professor (Fonte: Pressmaster / Shutterstock)

O professor reflexivo é:

Organizador do conhecimento porque tem o papel de criar e desenvolver


recursos para que seus alunos possam trabalhar.
Facilitador do conhecimento, porque promove o processo de comunicação
entre todos os alunos na sala de aula e indica os melhores caminhos para a
compreensão das atividades e textos.

Fonte de informações e experiências relevantes para seus alunos.


Pesquisador, pois está continuamente buscando novas formas de ensinar e
aprender para contribuir efetivamente no processo de aprendizagem dos
alunos.

Orientador, porque conduz os alunos às descobertas na prática de aprender a


aprender.

O caderno de campo e a escrita do


relatório
Vamos começar este assunto com um vídeo que explica a finalidade do
caderno de campo no âmbito do estágio supervisionado:
 Diario de campo (Fonte:
https://www.youtube.com/watch?
v=NYTb3w2d99I
<https://www.youtube.com/watch?
v=NYTb3w2d99I> )
https://www.youtube.com/embed/C_VZu7wGDU0

Ao assisti-lo, prontamente entendemos que o caderno de campo é um


material em que você registra as informações importantes observadas na
escola, ou seja, no seu campo de pesquisa.

Pesquisa? Sim, ao estagiar você tem um tempo precioso para pesquisar e


refletir sobre diversos temas ligados à Educação e às práticas pedagógicas.
Portanto, o caderno de campo é um instrumento que pode ser utilizado no
estágio, mas também todas as outras vezes em que você fizer pesquisa.

Logo, esse caderno é um instrumento para você anotar suas


observações, ideias, reflexões, comentários, articulações com textos
lidos, o que está observando no estágio ou na pesquisa em
desenvolvimento etc.

Além de registrar os pontos importantes, o caderno também é um espaço


para você descrever e refletir sobre problemas observados ou que vão
surgindo ao longo do seu estágio. Nele, pode haver a sugestão de
possíveis soluções para os problemas vistos, inclusive.

Esses fatos anotados servirão para a construção de seu relatório de estágio,


mas, sobretudo, para você pensar sobre as questões da área da Educação. A
partir dele, você pode começar a participar, por exemplo, de grupos de
iniciação científica aqui dentro da Estácio.

Dica – Iniciação Científica


A iniciação científica é uma forma de fazer pesquisa na universidade sendo
auxiliado por um professor-orientador. A pesquisa é desenvolvida por alunos
de graduação nas universidades brasileiras em diversas áreas do
conhecimento. Geralmente, os estudantes que se dedicam a esta atividade
possuem pouca ou nenhuma experiência em trabalhos ligados à pesquisa
científica, por isso é usado o termo iniciação.

Quando o aluno ingressa em um grupo de iniciação científica, geralmente, é a


primeira vez que ele tem contato com a prática de pesquisa. No grupo, o
professor-orientador auxiliará os alunos a fazer pesquisa e os ensinará como
esse processo acontece.

Geralmente, após as pesquisas, professor e alunos escrevem artigos que são


publicados ou apresentados em congressos de pesquisa.


Saiba mais

Então, gostou da ideia? Gostaria de participar de um desses grupos?

Se tiver interesse, procure um professor que faça parte do PIBIC


(Programa de Iniciação Científica) da Estácio ou acesse: Portal Estácio
<http://portal.estacio.br/unidades/universidade-
est%C3%A1cio-de-
s%C3%A1/pesquisas/inicia%C3%A7%C3%A3o-
cient%C3%ADfica/> .

Podemos dizer que esse caderno é um diário de projeto em que você apontará
todas as principais informações para montar seu relatório de estágio.

Como sabemos que a prática do estágio precisa estar relacionada ao


fundamento teórico visto nas aulas, é muito importante que, ao anotar uma
observação, você, imediatamente, a relacione com um teórico ou uma
discussão conceitual realizada nas aulas.

Se assim você fizer, durante as anotações, ao final do estágio seu relatório já


estará com bastante material concreto para a elaboração do conteúdo do
documento.
Outro ponto positivo sobre o caderno de campo é que ele
facilita a criação do hábito de escrever e observar com

atenção, descrever com precisão e refletir sobre os


acontecimentos observados.

Quais os modelos de caderno de


campo?


Saiba mais

Para ver exemplos de cadernos de campo em pesquisa acesse: Ecologia


de Populações <https://pt.slideshare.net/popecologia/caderno-
7276572> .

Já, nesta página, vemos que a técnica do caderno pode ser utilizada
também por professores como metodologia didática para a aprendizagem
de crianças: Projeto Ecoweb
<https://projetoecoweb.files.wordpress.com/2014/03/1024747
8_551428254976854_8430600133681369508_n.jpg> .

Como fazer o caderno de campo?


1.Cabeçalho – data, horário do início e do fim da atividade, local onde ocorreu
a atividade;

2.Descrição da atividade ou do fato – textos, observações, diagramas,


gráficos, imagens, referências, vídeos, tabelas etc.;
3. Reflexão sobre os resultados alcançados – pode conter os pensamentos
sobre a forma como a atividade foi conduzida, o efeito causado no processo
de desenvolvimento da atividade e os próximos passos sugeridos.
Principalmente, nesse momento, deve ter a vinculação entre o fato observado
e a teoria vista nas aulas, com referências e citações.

Como fazer um bom registro de


campo?
Um registro eficiente do campo é aquele que:

Faz uma descrição exata da atividade observada.


Identifica o contexto do registro: dia, hora, local, executores.
Concentra a descrição do registro em seus aspectos essenciais.
Inclui uma reflexão crítica e comentários significativos.

Como fazer uma boa observação?


A observação no estágio supervisionado é uma maneira de coletar dados de
pesquisa que consiste na contemplação de atividades diretamente vinculadas
a instituições educativas escolares e não escolares, nas ações didáticas
realizadas no interior da sala de aula ou fora dela (atividades extraclasses).

Essa análise2 é muito utilizada como atividade de estágio nos cursos de


graduação, mas nem sempre se configura como ferramenta significativa para
a formação profissional porque, ao observar uma situação, mesmo com todos
os cuidados, a presença do estagiário é fator de interferência na situação que
está sendo observada.

Nesse contexto, significa considerar três questões, mesmo quando a


observação é livre, isto é, sem um roteiro formal e previamente definido.

01

Qual o objetivo da observação que estou fazendo?

Essa pergunta está relacionada à avaliação da observação, ou seja, se o


tempo que você está observando será significativo para a sua formação de
estagiário(a) e futuro professor(a).

02

O que devo observar?

Nessa indagação é importante considerar que a observação de pessoas criará,


inevitavelmente, um grau de alteração no fenômeno observado ou em
determinada situação. Portanto, em tais momentos, será preciso uma
concordância dos sujeitos e das instituições que se pretende observar.

03

Como devo proceder durante a observação?

Como estagiário, você realmente deve ficar observando como os fatos


acontecem, sem fazer nenhuma intervenção.

Poderá participar do processo, caso o(a) professor(a) lhe convide para isso.
Caso isso seja solicitado, seja prestativo(a), caprichoso(a) e responsável.
Quais instrumentos de coleta de dados posso utilizar?

A observação é um importante instrumento para coletar dados, mas você


também pode realizar a coleta com questionários ou entrevistas com
professores, funcionários etc.


Saiba mais

Para saber mais sobre a etapa de observação acesse a leitura: A


observação: uma ferramenta fundamental.

Teoria e prática
Os diários de campo não são apenas locais de anotação de fatos ou situações.
Ao contrário, eles fazem parte de linhas de pesquisa baseadas em
documentos pessoais ou narrações autobiográficas. Por isso, os registros
nesse diário durante o estágio podem ser entendidos como ocorrências de
investigação e, portanto, de pesquisa.

Durante o estágio há a perfeita articulação entre a prática da escola e a teoria


sobre escola discutida na universidade. Teoria e prática fazem parte de uma
única unidade, pois teoria sem prática é verbalismo, assim como a prática
sem teoria é ativismo, ou seja, ação sem vigilância da reflexão:


(...) daí o seu gosto pela sloganização, que dificilmente

ultrapassa a esfera dos mitos e, por isso mesmo,


morrendo nas meias verdades, nutre-se do puramente

‘relativo a que atribui valor absoluto’. (...) Mas, quando

unimos as duas, temos a práxis, ação criadora e

modificadora da realidade.

(FREIRE, 1989, p.50)

Isso significa que, quando você realiza sua prática de estágio, essa ação é
uma teoria do conhecimento posta em prática. É isso que Paulo Freire quer
dizer quando diz que a prática não pode existir sem a teoria e vice-versa.

Por isso, o olhar no campo de pesquisa precisa estar embasado nas teorias
estudadas, já que a prática (às vezes realizada sem pensar, sem racionalizar)
só pode ser efetiva e gerar resultados educativos se estiver vinculada a uma
discussão teórica, ou seja:

AÇÃO PRÁTICA + TEORIA – PRÁXIS

Você lembra o que é práxis?


A práxis é, nesse sentido, uma ação mobilizadora, que nos faz entender a vida
por uma visão investigativa e que nos propõe uma mudança para uma
realidade melhor daquela que a nos é imposta.

Portanto, ela precisa ser experimentada, vivida e aprendida continuamente,


por meio de um processo cíclico de aprendizagem experimental, como esse
que você está fazendo agora em seu estágio.

Práxis (πράξης) em grego significa,

basicamente, a atividade humana, o fazer

humano. Este termo é abordado por vários

campos de conhecimento, como a Filosofia, a


Pedagogia e a Psicologia.

A base da práxis pedagógica vem da teoria da aprendizagem experimental, de


David Kolb (1984), teórico e filósofo americano que desenvolveu essa teoria,
em meados dos anos 1970, por meio de um modelo teórico que continha
quatro elementos:
1

Experiência concreta.

Avaliação e teste dos novos conceitos.

Formação de conceitos abstratos com base na reflexão.

Observação e reflexão sobre a experiência concreta.

Para Kolb, a experiência dos conceitos mostra que o conhecer perpassa o ato,
ou nasce por meio dele. Se formos trazer essa ideia para o campo
educacional, podemos entender que a observação e a experiência nos ajudam
no processo de aprendizagem, porque utilizam a metodologia do aprender a
fazer.

Ao observar um fato, tenho conhecimento real sobre ele e posso também


refletir sobre esse fato real. Nesse momento de reflexão, posso sugerir
melhorias na prática da ação. Esse processo, para Kolb (1984), é a práxis.
 Grupo de estudantes em uma biblioteca (Fonte: Rawpixel.com / Shutterstock)
Neste contexto, é importante considerar os seguintes fatores:

Características de um bom relatório

Veja as principais características presentes em um bom relatório:

Relatar fatos de maneira correta, sem ser exageradamente sucinto, nem


excessivo;

Redigir com linguagem clara, simples e precisa;

Ter boa apresentação (fator imprescindível em todo e qualquer relatório);

Ser objetivo, ficar atento ao seu “tema”, evitando abordar outros


assuntos não correlatos;

Apresentá-lo de forma organizada e em sequência lógica;

Ser correto e preciso quanto às informações e dados apresentados;

Apresentar conclusões, bem como sugestões, em torno dos assuntos


abordados;
Obedecer as normas para escrita de trabalho acadêmico.

O início da escrita do relatório

Antes de iniciar a escrita do relatório, você precisa reler seu caderno de


campo e reunir todo o material que utilizará nesse processo.

Após essa revisão, formate as margens e tamanho das páginas:

Paginação - inserir número de páginas no relatório, exceto na capa;

Margens - superior e esquerda com 3cm e inferior e direita com 2cm;

Espaçamento - entre linhas será 1,5;

Fonte - Arial ou Times New Roman, tamanho 12 para o texto e 16 para a


capa;

Tópicos – com negrito, maiúsculas, Arial ou Times New Roman 12,


centralizados na margem superior;

Subtópicos - com negrito, Arial 12, alinhados à esquerda.


Dica

Seu(ua) professor(a) enviará esse modelo pela central de mensagens.


Você também pode encontrá-lo no item Acervo do seu ambiente virtual
de aprendizagem.

Partes do relatório
Conteúdo textual

O conteúdo textual de seu relatório de estágio deve ser dividido em três


partes:

Elementos pré-textuais – capa, agradecimentos (opcional), sumário;

Elementos textuais - introdução, apresentação da escola, síntese das


atividades, descrição, articulação teórica, reflexão e considerações finais;

Elementos pós-textuais – referências e anexos (opcional).

Introdução do relatório

A introdução do seu relatório deve conter os seguintes itens:

Identificação da escola e da docência;

Apresentação do campo de observação;

A importância e natureza do estágio;

A finalidade do estágio;

A apresentação dos objetivos.

Desenvolvimento

A segunda parte (desenvolvimento) trará uma análise dos fatos


observados, desenvolvendo a discussão a partir de fundamentos teóricos
e exemplos práticos. Ela deverá conter:

Análise das atividades observadas no campo de estágio;

Articulação entre a teoria e a prática educacional na escola.


Conclusão do relatório

A terceira e última parte dos elementos textuais é a conclusão de seu


relatório. Deverá conter:

As considerações finais que abrangerão a descrição;

A análise sobre a importância do estágio realizado para a sua formação;

As dificuldades encontradas na realização do estágio;

Finalização com comentários e sugestões (se achar necessário).


Atenção

Lembre-se de que o relatório deve ser escrito na terceira pessoa do


singular, no passado.

Logo após terminar a parte textual, vem a parte pós-textual em que você
descreverá os textos e livros utilizados na articulação teórica realizada no
desenvolvimento. São as referências.

Você ainda pode elaborar o item anexos em que colocará todos os


documentos, fotos e arquivos que julgar importantes.


Comentário
Esperamos que todo o conteúdo até aqui estudado seja útil para seu
crescimento pessoal e acadêmico e que as “conversas” que tivemos
sejam proveitosas para promover sua reflexão sobre o momento do
estágio e a responsabilidade de ser professor(a).

Desejamos a você muito sucesso na continuação de seu curso de


Pedagogia e lembre-se sempre que “você não precisa ver a escada
inteira. Apenas dê o primeiro passo.” (Martin Luther King)

Atividade
1. Ana Paula é estudante do 6º período de Pedagogia na Estácio. Iniciou
seu estágio supervisionado e planejou estagiar 8 horas por dia para
adiantar a conclusão desse estágio.

Ao ler essa afirmação você pode concluir que:

I – Ana não pode cursar 8 horas por dia de estágio de acordo com a
legislação em vigor;

II – Ana está correta em estagiar 8 horas e adiantar o término do


estágio;

III – Ana só poderá estagiar, no máximo, 6 horas por dia, de acordo com
a Lei n° 11.788/08.

A única alternativa que contém a(s) afirmativa(s) correta(s) é:

a) I e III
b) I e II
c) Somente a I
d) Somente a II
e) Somente a III
2. Joana já terminou seu estágio na escola municipal. Agora ela
começará a escrever seu relatório. Dentre as afirmativas abaixo, quais
delas Joana precisa observar com muita atenção para elaborar um bom
relatório?

I – Relatar os fatos observados de maneira precisa, sem exagero ou


sucintez;

II – Redigir o relatório com uma linguagem clara, simples e em 3ª


pessoa;

III - Dividir seu relatório em 3 partes: pré-textual, textual e pós-textual;

IV – Evitar colocar anexos para não deixar seu relatório muito grande.

Após analisar todas as afirmativas acima, assinale a única alternativa que


contém somente a(s) afirmativa(s) correta(s) em relação à elaboração do
relatório:

a) I, II e III estão corretas.


b) I e II estão corretas.
c) Somente a I está correta.
d) I, III e IV estão corretas.
e) I, II e IV estão corretas.
3. Ana Paula começou seu estágio em uma escola municipal perto de sua
casa. Hoje é seu primeiro. Ela já preparou seu caderno de campo para
fazer todos os registros referentes ao seu período de estágio. Para Ana
Paula realizar um bom registro de campo, ela precisa:

I – Fazer uma descrição exata das atividades observadas;

II – Fazer a identificação do contexto de registro;

III – Concentrar a descrição do registro em seus aspectos essenciais;

IV – Abrir mão da reflexão crítica nesse momento, porque ela só será


importante na escrita do relatório.

Após analisar todas as afirmativas acima, assinale a única alternativa que


contém somente a(s) afirmativa(s) correta(s) em relação ao caderno de
campo:

a) I, II e III estão corretas.


b) I e II estão corretas.
c) Somente a I está correta.
d) I, III e IV estão corretas.
e) I, II e IV estão corretas.

Notas
Várias pesquisas na área da Educação1

Para ter acesso às pesquisas, acesse o banco de teses da CAPES:


https://bit.ly/2ABCG27 <https://bit.ly/2ABCG27>

Análise2
Além disso, ao descrever uma situação, evento ou experiência, o observador fala de
sua percepção. Portanto, há um significativo grau de subjetividade neste
procedimento.

Logo, para que a observação se constitua em uma atividade relevante na formação


profissional, é importante que ela seja cuidadosamente planejada.

Referências

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Disponível em:


http://basenacionalcomum.mec.gov.br/
<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/> . Acesso em: 11 set. 2018.

____. Resolução n° 1, de 15 de maio de 2006. Institui as Diretrizes Curriculares


Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, licenciatura. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rcp01_06.pdf
<http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rcp01_06.pdf> Acesso em: 11
set. 2018.

BURIOLLA, Marta A. O Estágio Supervisionado. São Paulo: Cortez, 2001.

DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. Paris: UNESCO, 2015.

FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. São Paulo: Paz e Terra,
1989. Disponível em:
http://www.dhnet.org.br/direitos/militantes/paulofreire/livro_freire_educ
acao_pratica_liberdade.pdf
<http://www.dhnet.org.br/direitos/militantes/paulofreire/livro_freire_edu
cacao_pratica_liberdade.pdf> . Acesso em: 12 set. 2018.

KOLB, David. Experiential learning. Englewood Cliffs, New Jersey: Prentice


Hall.1984.

RABAGLIO, Maria Odete. Gestão por competências. São Paulo: Qualytimark, 2015.

Explore mais

• Leia o artigo “A pedagogia das Competências: autonomia ou adaptação”


<http://www.scielo.br/pdf/es/v23n81/13943.pdf> .

• Para conhecer mais a metodologia ativa de cadernos de campo com crianças,


acesse <http://apice.febrace.org.br/> e faça um curso gratuito sobre orientação
de projetos.
• Leia o texto “Sequências didáticas nas aulas de ciências do ensino
fundamental: possibilidade para a alfabetização científica”
<http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/ixenpec/atas/resumos/R0855-1.pdf> .

• Depois, assista ao vídeo “Dewey sua Repercussão na Educação”


<https://www.youtube.com/watch?v=rS8cv5dJjgQ> .

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