Em seu trabalho o autor afirma (2016) que a cultura nasce, portanto, através da
criação de significado, especialmente em tempos de crise ou desafio (perspectiva
criativa). A busca por conceitos de identidade nas origens culturais do passado chama a
atenção para categorias de raça, etnia, religião, língua e semelhanças. A busca por
conceitos identitários de marcos culturais que se desenvolveram em relação aos desafios
ou crises atuais (aspecto futuro) chama a atenção para espaços possíveis de movimento:
discurso, linguagem criativa e apresentações inusitadas.
Dessa forma é importante ressaltar que com o passar dos anos, a cultura tem
recebido mais atenção devido à sua complexidade. Onde o presente é moldado pelo
desenvolvimento e transformação da humanidade e é moldado por vários conflitos entre
diferentes tipos de organização da vida social. A cultura, portanto, afeta a humanidade
como um todo e ao mesmo tempo para cada um dos povos, nações, sociedades e grupos
de pessoas.
Toda realidade cultural tem sua essência interna na qual o pesquisador deve buscar
compreender a realidade cultural, sendo de extrema importância não analisar um fato
isoladamente, mas sim analisar o contexto em que os fatos foram gerados. Não é difícil
compreender a importância deste estudo da cultura em que está se transformando para
lutar contra os preconceitos e oferecer uma plataforma de respeito e dignidade nas
relações humanas.
Ademais outro fator levantado por Bauer (2006) é que o grande desafio de hoje é
viver em mundos diferentes e sincronizar situações com a unidade da própria vida. A
cultura sempre desempenhou um papel importante na aproximação de indivíduos ou
grupos. Desse modo a diversidade cultural está intimamente ligada ao de identidade que
passa a indicar a variedade de culturas que existem no mundo, surgidas a partir da
interação desenvolvida entre os seres e o meio ambiente.
Dessa forma a obra de Bauer é de suma importância pois nos faz refletir que é
preciso aprender sobre diversidade cultural desde a infância para que as crianças cresçam
sem preconceitos e tenham um bom desenvolvimento emocional. Além disso, é uma
forma de contribuir para a cultura da paz e do respeito que passa a ser considerado como
importante para a vida em sociedade
Resenha sobre: Cultura e Diversidade Considerações sobre a multiplicidade das
manifestações.
Além disso Milton Moura (2010) em seu artigo afirma que a cultura brasileira,
pressupõe um certo grau de unidade e consistência do objeto. Mesmo no caso de fórmulas
não originais, como a sociedade/cultura brasileira está passando por um processo de
intensa mudança, algum tipo de nuclearização deveria apoiar a construção de tal noção.
Assim é importante salientar que a cultura do nosso país é formada por elementos internos
e externos, e é importante que os jovens envolvidos nesta cultura saibam de onde ela vem.
Por isso é tão importante ensinar a diversidade cultural brasileira, pois os alunos precisam
saber de onde vêm seus costumes.
Dessa forma o autor supracitado demonstra que a identidade cultural não foi vista
como um problema até o século XVIII. A colônia portuguesa não poderia se perceber
como uma unidade sem um projeto de autonomia ou mesmo sem definir seus contornos.
São justamente as desordens que correspondem à superação do estado colonial que
acionam os pensadores que interpretam o drama da mulher brasileira em busca do próprio
referencial. Portanto é possível evidenciar que os principais disseminadores da identidade
cultural foram os colonizadores europeus que passaram a contribuir para a pluralidade
cultural.
Outra questão apontada pelo autor é que estamos inseridos em uma sociedade que
possui uma cobertura midiática extremamente marcante, porém o “respeito” passa a ser
entendido como pacto de concessão para a não agressão. Além disso é importante
ressaltar que existe um grande anseio entre jovens e adolescentes das grandes cidades de
se mostrarem na mídia, assim como também esse mesmo anseio está guardado por outros
jovens e adolescentes de bairros, vilarejos e favelas de boa parte do mundo que possuem
o mesmo desejo de serem admirados por sua diferença.
Dessa forma o autor nos faz refletir que vivemos em um mundo de diversidades,
onde a individualidade humana deve ser respeitada, reconhecida e aceita, uma vez que,
comprovadamente somos diferentes uns dos outros, o que faz com que todos nós
tenhamos capacidades e limitações para aprender tudo o que for proposto. É importante
salientar que respeitar o diferente não é convencê-lo a aderir ao modelo de
comportamento que eu apresento como “correto” ou que a mídia determinou como
correto. Assim em determinados momentos o respeito passa a ser visto como um sutil
autoritarismo, um convencimento de que o diferente tem que ser igual a mim mesmo.
Portanto o artigo escrito por Milton Moura é extremamente importante pois nos
faz refletir que desde muito cedo é importante falar sobre individualidade. Assim
frequentar lugares que privilegiem os contatos sociais são de grande importância desde
os primeiros anos de vida. Nesse contexto, os pequenos não só aprendem a socializar com
afins, mas também a compartilhar um espaço comum entre indivíduos com características
distintas. No entanto, não basta apenas saber conviver, algumas características necessitam
de uma maior empatia. Isso significa que, desde muito cedo, precisamos ensinar aos
pequenos sobre a sensibilidade de olhar para o outro, exercitando o senso de solidariedade
e apoio, e sobre o respeito às diferenças
Resenha sobre: Terras Quilombolas no Brasil: Das Técnicas de Dominação
Colonial ao Reconhecimento Democrático-Constitucional.
Em seu artigo os autores abordam que o termo colonialismo expressa uma relação
jurídico-política determinada por administrações coloniais concretas, onde existe um
verdadeiro vínculo hierárquico de subordinação entre a metrópole e a periferia. O vínculo
foi imposto pelos colonizadores quando universalizaram seus pensamentos e práticas
coloniais para todos os continentes por meio de navegações.
É nessa obscura condição de realidade que se baseia uma das mais importantes
teorias dogmáticas clássicas reconhecidas pelo direito brasileiro. A Lei de Terras nº 601,
de 18 de setembro de 1850, aprofundou a distinção entre a apropriação tradicional e
efetiva dos bens e a apropriação inventada e preservada no ideal colonial. Nessa
perspectiva, os efeitos do colonialismo são visíveis, pois a lei de terras foi publicada no
Brasil 28 anos após o fim do colonialismo clássico português.