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Sua empresa está preparada para o e-Social?

Não? Então sugerimos que se informe com sua contabilidade e prepare seu RH, a
fim de, atender os prazos de execução e evitar multas. 

As empresas com faturamento anual superior a R$ 78 milhões, ou que fizeram a


adesão antecipada ao sistema, tiveram até o dia 28/02/2018, para transmitir todas as
tabelas, exceto a tabela 1060 (tabela de ambiente de trabalho), que deverá ser
enviada em janeiro de 2019, seguindo o cronograma dos eventos relacionados à
saúde e segurança do trabalhador.

IMPORTANTE: Através da Nota Orientativa 2017.003 o Comitê Diretivo do eSocial,


excetuou desta regra a tabela S-1060 (tabela de ambiente de trabalho), cujo
envio deve seguir o cronograma dos eventos relativos à Saúde e Segurança do
Trabalhador (SST), prevista no §1º, incisos I e II, do art. 2º da Resolução CD - eSocial
nº 03, de 29 de novembro de 2017.

A partir de 16 de Julho também será abrangida todas as demais empresas privadas do


País, incluindo micros e pequenas empresas e MEIs que possuam empregados.

Sim! Caso o RH de sua empresa já esteja preparado, recomendamos apenas que


antes de transmitir confirme se as informações referentes aos setores e cargos, não
apresentarão conflitos e divergências quanto aos riscos atribuído à eles nos laudos
ambientais.

Você sabia que as informações referentes aos cargos e setores dos


colaboradores poderão impactar no processo de desenvolvimento dos
laudos ambientais?

Pois é, na tabela S-1060, por exemplo, deverá ser apresentado uma descrição de
todos os setores individualmente, onde deverá constar as fontes geradoras de riscos
ambientais, ergonômicos e de acidentes existentes nestes locais, por isso é muito
importante que você alinhe a apresentação destas informações com sua contabilidade.

Hoje é uma prática muito comum, nas planilhas de RH, fazerem a locação dos
colaboradores em centros de custos e não no local real de trabalho destes.

Por exemplo: É comum alocar no setor administrativo pessoas da limpeza,


manutenção, motoristas...  e se, nas fases iniciais do e-Social a alimentação se der
desta forma, quando for alimentar a tabela 1060, cuja a caracterização ainda não se
dará por função, mas pelo setor, como se fará a descrição deste local? Se você
descrever que o local é uma sala com mesas, cadeiras e equipamentos de
processamentos de dados, como justificará a presença de funções que não são
pertinentes as atividades administrativas? 

Por isso para evitar divergências e conflitos nas informações é de suma importância
que o setor apresentado seja o local real de trabalho dos colaboradores.

Para as atividades que não tem um local único como limpeza, manutenção... poderão
manter o nome limpeza e manutenção mesmo.

Também é necessário se atentar as funções com mesmo nome, mas com riscos
diferentes. P.ex.: as vezes uma empresa tem três técnicos de manutenção, sendo que
um tem risco de trabalho em altura, um como eletricista e o outro na manutenção
predial, porém, no sistema, estes foram alocados todos no mesmo setor e com a
mesma função.  Na elaboração dos laudos não aparecerá o nome do colaborador,
mas sim o setor e a função. Quando for alimentar os riscos apresentados pelos laudos
(PPRA/LTA e PCMSO) no e-Social, o responsável por esta transmissão poderá não se
ater quais trabalhadores estão expostos a cada risco e acabar caracterizando todos os
riscos para a totalidade dos colaboradores ou deixar de caracterizar algum risco, o que
também dará divergência quando for apresentado os ASO´s – Atestados de Saúde
Ocupacional e gerar inconsistências nas informações transmitidas ao e-Social,
expondo a empresa.

Para evitar estas situações é necessário além de alocar cada colaborador no seu setor
correto, também diferenciar a nomenclatura do cargo.

Resumindo: As informações referentes aos cargos e setores transmitidos pelo RH,


inicialmente ao eSocial, deverão ser as mesmas a serem passadas para o
responsável técnico pela elaboração dos laudos ambientais e pelo programa de Saúde
Ocupacional, onde divergências poderão resultar em informações conflitantes no
eSocial.

Desta forma:

 Evite abreviações;
 Apresente o cargo real cujo o colaborador foi registrado, se houver
necessidade de adequação providencie imediatamente a correção;
 Se no mesmo setor houver vários colaboradores com o mesmo cargo, fazendo
coisas diferentes e expostos a riscos diferentes é recomendado que seja
corrigido;  
 Vincule o cargo ao CBO;
 Não crie setores imaginários;
 Cuidado ao locar o colaborador em centro de custo que divirja do local de
trabalho dele;
 Sempre que possível, atribua ao setor o nome do próprio local onde o
colaborador desenvolve suas atividades;
 Evite os cargos genéricos como Auxiliar de Serviços Gerais, Auxiliar de
Produção, Ajudante Geral em vários setores da empresa, com as mesmas
atividades, pois assim será considerado o maior risco ou todos existentes nos
setores;   
 Apresente as descrições detalhadas do cargo, contemplando tudo o que o
colaborador realmente faz de forma objetiva porem fiel as atividades. Em caso
de cargos com o mesmo nome, mas com atividades diferentes no mesmo
setor, é recomendado que se adeque o cargo diferenciando estes de alguma
forma, para evitar divergência;

A implantação do eSocial ocorrerá em duas etapas e em cinco fases,


conforme o cronograma de implementação apresentado abaixo.

ETAPA 1 - EMPRESAS COM FATURAMENTO ANUAL SUPERIOR A R$ 78


MILHÕES

Fase 1: Janeiro/18: Apenas informações relativas às empresas, ou seja, cadastros do


empregador e tabelas;
Fase 2: Março/18: Nesta fase, empresas passam a ser obrigadas a enviar
informações relativas aos trabalhadores e seus vínculos com as empresas (eventos
não periódicos), como admissões, afastamentos e desligamentos;
Fase 3: Maio/18: Torna-se obrigatório o envio das folhas de pagamento;
Fase 4: Julho/18: Substituição da GFIP (Guia de Informações à Previdência Social) e
compensação cruzada;
Fase 5: Janeiro/19: Na última fase, deverão ser enviados os dados de segurança e
saúde do trabalhador.
 
ETAPA 2 - DEMAIS EMPRESAS PRIVADAS, INCLUINDO SIMPLES, MEIS E
PESSOAS FÍSICAS (QUE POSSUAM EMPREGADOS)

Fase 1: Julho/18: Apenas informações relativas às empresas, ou seja, cadastros do


empregador e tabelas;
Fase 2: Set/18: Nesta fase, empresas passam a ser obrigadas a enviar informações
relativas aos trabalhadores e seus vínculos com as empresas (eventos não
periódicos), como admissões, afastamentos e desligamentos;
Fase 3: Nov/18: Torna-se obrigatório o envio das folhas de pagamento;
Fase 4: Janeiro/19: Substituição da GFIP (Guia de informações à Previdência Social)
e compensação cruzada;
Fase 5: Janeiro/19: Na última fase, deverão ser enviados os dados de segurança e
saúde do trabalhador.

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