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Hoje temos pelo menos três referencias com requisições diferentes entre si usadas para
regulamentar esta questão, sendo estas a CLT e as Normas Regulamentadoras Nº 16 e a 20 do
Ministério do Trabalho e Emprego. Embora a periculosidade esteja regulamentada na NR-16, é
comum a utilização complementar das outras normas para caracterizar o respectivo adicional
deixando os empresários vulneráveis a pareceres tendenciosos.
A CLT considera perigosa a atividade que implique risco acentuado em virtude da exposição
permanente do trabalhador a inflamáveis, o que, em uma situação normal, não se aplicaria ao
gerador já que este deve ser instalado em local isolado e é acionado automaticamente, apenas
quando há ausência de energia elétrica, ou seja não há o que se falar em exposição
permanente.
A NR-20, estabelece como devem ser instalados os tanques para armazenamento de líquidos
inflamáveis e diz que: somente poderão ser instalados no interior dos edifícios sob a forma de
tanque enterrado e destinados somente a óleo diesel, e no caso da impossibilidade de enterrar
ou instalar o tanque fora da projeção horizontal da edificação, o local deverá obedecer a
alguns critérios, entre eles deverá localizar-se no pavimento térreo, subsolo ou pilotis. Esta
norma não estipula uma quantidade mínima permitida equiparando as exigências de
contenção de risco de um tanque com 250L, considerado pequeno a um de 3.000L.
Estas requisições atingem severamente as edificações que são compartilhadas por empresas
independentes e os pontos comerciais que não têm como escolher o andar para instalarem
seus equipamentos e nem enterrá-los, não levando em consideração os modelos de geradores
que possuem tanques acoplados a própria estrutura de base, ou seja, para enterrar o tanque
seria necessário alterar a conformação do equipamento, que já foi construído para ser mais
seguro e que pela sua própria projeção deveria dispensar tais exigências.
Com base no que foi exposto, é de extrema necessidade que sejam revistas e reeditadas, de
forma mais objetiva, as exigências associadas aos tanques de combustíveis dos geradores,
conciliando as condições de segurança, as particularidades de cada edificação e os modelos de
geradores, além de eliminar a possibilidade de interpretações dúbias da legislação pertinente a
periculosidade, de forma a simplificar a permanência do equipamento e eliminar a
vulnerabilidade jurídica em que os empregadores atualmente estão expostos.