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LITERATURA

BRASILEIRA I

AULA 1
19.04.21

Prof. Marcos Lemos F. dos Santos


Módulo 1

Vanguardas europeias e
modernismo brasileiro

A questão da autonomia da
arte na sociedade burguesa
Prof. Marcos Lemos F. dos Santos
Lima, L. C. A autonomia da arte e o mercado. ARS (São Paulo), 2(3), 102-
116, 2004, p. 104.
A fonte (1917), de Marcel Duchamp.
Atualmente faz parte do acervo do Centro
Pompidou, em Paris.

“Em 1913, tive a feliz ideia de juntar uma roda de bicicleta a um


banco de cozinha e vê-la rodar. Alguns meses depois comprei
uma reprodução barata de uma paisagem noturna de inverno, a
que chamei de Pharmacy, depois de acrescentar dois pequenos
pontos, um vermelho e um amarelo, no horizonte. Em Nova
York, em 1915, comprei numa loja de equipamentos uma pá de
neve na qual escrevi “Em antecipação ao braço quebrado”. Foi
por esta época que a palavra ready-made me veio a mente para
designar esta forma de manifestação”. (Duchamp, M. Notes and
projects for the Large Glass. Selected, ordered and with an
introduction by Arturo Schwarz. Translated by George H.
Hamilton, Cleve Gery and Arturo Schwarz. New York-London:
1969).
A fonte (1917), de Marcel Duchamp.
Atualmente faz parte do acervo do
Centro Pompidou, em Paris.
“Gostaria de deixar bem claro que a escolha destes ready-
mades jamais foi ditada por deleite estético. A escolha foi feita
com base em uma reação de indiferença visual e ao mesmo
tempo em uma total ausência de bom ou mau gosto. De fato
uma completa anestesia. Uma característica importante é a
breve frase que eu ocasionalmente inscrevo no ready-made.
Esta frase, em vez de descrever o objeto como um título,
pretende conduzir a mente do espectador para outras regiões
mais verbais. [...]. Em outro momento, desejando expor a
antinomia básica entre arte e ready-made, imaginei um “ready-
made recíproco”: usar um Rembrandt como uma tábua de
passar!”. (Duchamp, M. Notes and projects for the Large Glass.
Selected, ordered andwith an introduction by Arturo Schwarz.
Translated by George H. Hamilton, Cleve Gery and Arturo
Schwarz. New York-London: 1969).
Categorias para pensar a ARTE:

• AUTORIA/POSIÇÃO DO ARTISTA

• GOSTO

• REPRESENTAÇÃO

• FUNÇÃO
ARISTÓTELES (Met.): “saberes teoréticos” (theōrētikaí) vs.
“saberes produtivos” (poiētikón)

SÊNECA (Ep. 88): “Quare liberalia studia dicta sint vides: quia
homine libero digna sunt"
Boécio
Na Idade Média: (sec. V-VI)
Gram. loquitur; Dia. vera docet; Rhet. verba colorat;
Mus. canit; Ar. numerat; Ge. ponderat; Ast. colit astra.
TRIVIUM
(A Gram. fala; a Dial. ensina a verdade; a Ret. enfeita as palavras;
A Mús. canta; a Ar. conta; a Ast. contempla os astros).
QUATRIVIUM
Le Goff, J. Mercadores e banqueiros da Idade Média. São Paulo: Martins
Fontes, 1991, p. 119.
Lima, L. C. A autonomia da arte e o mercado. ARS (São Paulo), 2(3), 102-
116, 2004, p. 104.

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