Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
Introdução
A presente Monografia tem como tema Analise da influência dos Casamentos Prematuros no
Processo de Ensino/Aprendizagem. Feito numa Escola Primária do 1º e 2º Graus de Nangoela,
referente ao período de (2016 – 2017).
É nessa ordem de ideias que a presente pesquisa propõe um estudo sobre as influências dos
casamentos prematuros, partindo do pressuposto que o casamento entre menores de idade não
pode ser visto como uma forma de livrar parte dos problemas das famílias, ou que as meninas
grávidas e solteiras não devem envolver-se no mesmo meio que meninas inexperientes, sob o
risco de as influenciar.
Com a concretização da Monografia foi possível identificar as causas que estão por de traz dos
casamentos prematuros na Escola Primária do 1º e 2º Graus de Nangoela e principalmente
consegui tecer considerações sobre as influências que estas práticas trazem para o processo de
ensino aprendizagem na escola em questão. E por fim trouxe propostas estratégicas que
ajudaram na disseminação desta pratica ou qualquer outro tipo de união que comprometa a vida
das crianças e ou adolescente em idade escolar.
1.1. Problematização
A problematização de um trabalho de pesquisa visa mostrar de maneira clara as dificuldades
encaradas ou observadas pelo pesquisador em relação a um fenómeno que tenha despertado o
seu interesse em querer perceber ou aprofundar ainda mais os seus estudos de modo a obter a
explicação da ocorrência de tal fenómeno e sempre ela culmina com a colocação do problema
ou da questão de pesquisa.
Para LAKATOS & MARCONI (2003: 159) ‘’Problema é uma dificuldade, teórica ou prática, no
conhecimento de alguma coisa de real importância, para a qual se deve encontrar uma solução’’.
O problema, antes de ser considerado apropriado, deve ser analisado sob o aspecto de sua
valorização.
A problemática dos casamentos prematuros é uma realidade que coloca Moçambique numa
posição vulnerável, no tocante a frequência de tal prática, pois é um dos países com maiores
incidências de casamentos prematuros no mundo. Facto que despertou e ainda desperta muita
atenção a várias organizações de âmbito comunitário e social de modo geral e o interesse da
pesquisadora de modo particular, em envidar esforço por forma a reduzir o índice dos
casamentos prematuros. Dado que a sua persistência acaba influenciando negativamente o
PEA, uma vez que através dela, crianças vêem-se obrigadas a abandonar a escola para assumir
responsabilidades que impedem o seu desenvolvimento cognitivo, sobretudo, no que diz respeito
a instrução, pois é obrigado a pensar como encarregado de educação, sentindo-se obrigado a
resolver os problemas da sua família, de entre diversas outras responsabilidades.
13
Os casamentos prematuros por serem um acto resultante da união entre crianças ou de uma
criança com um adulto, traz consigo graves consequências, para além das psicológicas, sociais,
mas também educacionais, estas práticas excluem a criança do seu meio social, visto que a
criança passa a se enxergar como um adulto e por isso as suas atitudes e as suas acções e as
exigências o brigam a agir como tal, por isso, o tempo que presumivelmente seria usado na
escola, vê-se como uma perda, pois este seria o tempo em que a criança far-se-ia nas
machambas, nos negócios, ou em outras actividades que lhe tragam um rendimento para
sustentar a sua família. É olhando nessa ordem de factos que ocorrem nas comunidades
moçambicanas no modo geral, e em alguns distritos da província da Zambézia que o problema
do presente monografia assenta-se na questão que se segue: Qual é a influência que os
casamentos prematuros trouxeram no PEA na Escola Primaria do 1º e 2º Graus de
Nangoela?
1.2. Justificativa
A escolha do tema e da Escola Primaria do 1º e 2º Graus de Nangoela como local de estudo foi
motivado pelo facto da pesquisadora foi docente desta escola, no qual, fazia seu exercício diário,
a proponente vem assistindo uma desistência dos seus alunos principalmente do sexo Feminino.
A Escola Primaria do 1º e 2º Graus de Nangoela por localizar-se distante da zona urbana e por
que na região não há muitas formas de entretenimento, as crianças e adolescentes vêm-se
obrigadas a envolver-se sexualmente, por isso, acabam engravidando-se e por consequência os
pais obrigam a unir-se maritalmente como forma de diminuir as despesas, ou então de não
assumir a responsabilidade de cuidar da gravidez.
E por que o custo de vida não é assim tão favorável, há quem vê o casamento prematuro como
fonte de rendimento ou então menos uma pessoa por alimentar. Assim vai-se verificando um
número maior de crianças em idade escolar, mas que por conta das responsabilidades
assumidas precocemente a não frequentar a escola.
Além mais, o PEA na idade infantil pode proporcionar a troca de experiências pessoais, de
impressões e de discussões entre alunos, criando-se um ambiente de ensino saudável para a
própria criança. Na escola, ela poderá aprender a conhecer o funcionamento do seu corpo, fazer
o juízo do que é bom ou mau e assim ganhar mais responsabilidades, mas de forma gradual e
responsável.
Contudo, a justificativa da escolha do presente tema a analise das influências dos casamentos
prematuros para o PEA, deveu-se pelo facto de constituir grande importância tanto no âmbito
pedagógico, quanto no âmbito social, visto que a monografia poderá despertar a consciência não
só dos professores, mas também da sociedade no geral em relação as influências que estas
práticas podem trazer para a vida do aluno, proliferando-se desse modo a inserção e
participação das crianças nas escolas.
1.3. Objectivos
Para GIL (2002:112) objectivo geral é a indicação de forma genérica, o que se pretende, que
metas a alcançar. Assim, para esta pesquisa segue:
Para GIL (2002:112) os objectivos específicos tentam descrever os termos mais claros possíveis,
exactamente o que será obtido num levantamento. Assim temos:
Identificar a influência que os casamentos prematuros trazem para a vida dos alunos ao
longo do PEA na Escola Primaria do 1º e 2º de Nangoela;
Descrever as concepções dos professores da Escola Primaria do 1º e 2º Graus de
Nangoela em relação aos casamentos prematuros;
Propor estratégias que visam reduzir as tendências dos casamentos prematuros na
Escola Primaria do 1º e 2º de Nangoela;
15
Em harmonização com o conceito referenciado pelos autores acima citados, torna-se necessário
referenciar que a temática é sobre “A Influência dos Casamentos Prematuros no Processo de
Ensino Aprendizagem (PEA), um estudo que foi realizado na Escola Primária do 1º e 2º Graus
de Nangoela, Posto Administrativo de Maquival, Distrito de Quelimane, província da Zambézia,
no período de 2016 à 2017.
16
O marco teórico constitui uma das etapas mais importantes na elaboração de um projecto de
pesquisa, dado que refere-se a revisão da literatura a ser adoptada para o estudo do tema e do
problema da pesquisa, por meio da análise bibliográfica, isto é, a partir das obras já publicadas
que tenham a ver com o tema e ou com o problema levantado pela pesquisadora. Ao longo da
fundamentação teórica serão apresentados os pressupostos teóricos e alguns conceitos básicos
que tenham relação com o tema.
A partir desse ponto, não só serão feitos levantamentos de obras já publicadas sobre o tema e o
problema de pesquisa escolhidos.
De acordo com FINDLAY (2006:14) nessa etapa, como o próprio nome indica, “analisam-se as
mais recentes obras científicas disponíveis que tratem do assunto ou que dêem embasamento
teórico e metodológico para o desenvolvimento do projecto de pesquisa.”
Para explicar o tema da pesquisa recorremos numa primeira instância a ARNALDO et all; apud
ARNALDO &CAU (2014:91) ao referir-se que a prevalência do casamento precoce também tem
contribuído para a persistência de níveis elevados de maternidade na adolescência.
A África subsaariana continua a ser uma das regiões do mundo onde as mulheres se casam
mais cedo. Podendo estar cada vez mais pressionadas pela expectativa social e familiar de
ficarem grávidas imediatamente a seguir ao casamento. Em algumas partes da África
subsaariana, onde se mantêm normas rigorosas contra a actividade sexual antes do casamento,
o casamento precoce permite aos pais evitar os custos de manterem uma rapariga depois da
puberdade e garantir a sua virgindade até à altura do casamento. (ZABIN &KIRAGU, 1998).
17
Como subsidia NHAMTUMBO et all (2010) citado por CHIRINDZA (2015:19), “o casamento
prematuro relaciona-se com a violência contra as mulheres, retirando delas a pouca liberdade de
escolha porque nestes tipos de uniões as crianças do sexo feminino encontra-se privada de todo
tipo de vontades pessoais.” Do ponto de vista do desenvolvimento social, a maternidade precoce
geralmente conduz ao abandono temporário ou definitivo da escola por parte da rapariga e a
consequente diminuição de possibilidades de uma carreira profissional bem-sucedida no futuro,
contribuindo para perpetuar o ciclo de pobreza dentro dos agregados familiares dos
adolescentes envolvidos (idem, p. 87).
Uma vez que a ciência lida com conceitos e ou termos que explicam as coisas e os fenómenos
inteligíveis na natureza, e no mundo psíquico - social humano, querem de forma directa, quer
indirecta, não devemos fugir da regra posto que o presente projecto de pesquisa é de carácter
científico, tornando-se necessário trazer conceitos básicos que predominarão no mesmo.
Segundo FINDLAY (2006:14), é aqui também que são explicitados os principais conceitos e
termos técnicos a serem utilizados na pesquisa.
Para que se possa esclarecer o problema que se está sendo investigado e ter a possibilidade de
comunicá-lo, de forma clara, é necessário definir com precisão os termos teóricos da pesquisa, é
por assim dizer que antes do nosso enfoque de fundo sobre "As influências dos casamentos
prematuros para o processo de ensino aprendizagem ", importa trazer conceitos de algumas
palavras-chave que de forma recorrente, poderão ser referenciados no desenvolvimento da
pesquisa, de entre elas estão:
Casamentos prematuros
De acordo com a UNICEF, a CP é definido como sendo uma união de carácter matrimonial que
envolve pelo menos um indivíduo menor de idade. Segundo UNICEF & MISA (2008: 9) em
Moçambique, a CP envolve, maioritariamente, raparigas com idades inferiores a 18 anos e
indivíduos adultos de sexo masculino.
Segundo PINTO (2017:44), casamento prematuro é toda e qualquer união marital entre dois
jovens de diferentes sexos que não observe as idades mínimas estabelecidas pela Lei da
Família.
18
Em Moçambique a lei da família considera 21 anos de idade como a idade que os indivíduos são
responsáveis por si, no entanto a realização do casamento só podia ser feita após o indivíduo
atingir a maioridade, o que pouco acontece.
De acordo com CHIRINDZA (2015:18), “Um número maior de meninas em Moçambique casa ou
casou com idade inferior à18 anos. Acreditando ainda que algumas práticas tradicionais,
nomeadamente os ritos de iniciação, o incesto e a poligamia, contribuem para o surgimento do
casamento em idades consideradas inferiores à luz da lei vigente na sociedade moçambicana.”
Porém, na visão da Rede da sociedade Civil para os Direitos das Crianças (2013), os ritos de
iniciação ocupam o lugar de destaque na contribuição para os casamentos prematuros pois
considera-se que esta prática cultural, ao tomar as crianças como adultas, incita ao casamento
na adolescência.
Ensino
Nesta perspectiva, falar de ensino, é fala do processo de colocar dentro, gravar, ideias no
espírito ou cabeça do aluno. É o processo organizado de actividades cognitivas, um processo
bilateral que inclui a assimilação do material de estudo.”
Aprendizagem
Ensino/aprendizagem
O ensino e a aprendizagem são tão antigos quanto á própria humanidade. Nas tribos primitivas
os filhos aprendiam com os pais a atender suas necessidades, a superar as dificuldades do
clima e a desenvolver na arte da caça. Hoje, o conceito de ensino/aprendizagem deve ser
amplamente discutido e aplicado, visto que cada situação pode ser uma situação de
ensino/aprendizagem e somente aqueles que não apresentam atitudes de constante abertura e
que não aprendem ou não ensinam em todas as situações (PILETTI, 1986).
Ao estabelecer a mesma idade núbil para ambos os sexos este dispositivo legal pretende
garantir, em primeiro lugar, a aplicação do princípio constitucional de igualdade dos cidadãos
perante a lei. Tenta, ainda, salvaguardar os direitos preconizados na Convenção dos Direitos da
Criança, em particular, “o direito à educação, saúde reprodutiva e mental, o direito a brincar e a
poder crescer no tempo certo (ARTHUR E SITOE 2011: 7). Por fim, procura acautelar o
casamento de menores, principalmente se tiver em consideração “a persistência da prática de
«casamentos prematuros» ” (id.) em Moçambique.
Porém, a análise dos casamentos ou de uniões de raparigas antes dos 15 anos de idade, por
província, revela que a observância desta prática não é homogénea em todo o território
moçambicano. Com efeito, esta regista os seus índices mais elevados nas províncias do Norte,
decrescendo ligeiramente no centro do país. Os índices mais baixos de casamentos ou uniões
22
Províncias Valor em %
Niassa 24,2%
Norte Cabo Delgado 29,6%
Nampula 20,6%
Zambézia 23,3%
Tete 19%
Centro Manica 20,8%
Sofala 18,6%
Inhambane 9,4%
Gaza 8,8%
Sul Maputo província 5,8%
Maputo Cidade 3,9%
Fonte: INE 2017
A dicotomia espaço rural versus espaço urbano constitui-se, igualmente, como factor que
influencia a prevalência desta prática. De acordo com o IDS (2011), Moçambique encontra-se
em 10° lugar no mundo entre os países mais afectados pelos casamentos prematuros,
atendendo os dados relacionados com a proporção de 56% de raparigas com idades entre os
20-24 anos que se casaram – se enquanto crianças, isto é, antes dos 18 anos de idade nas
zonas rurais, comparado com 36% nas zonas urbanas (UNICEF 2013: 4) nas regiões centro e
norte do país. Estes esforços para combater os casamentos prematuros são claramente
necessários e urgentes, com principal foco para estas províncias, assim como para as províncias
com população mais reduzida mas que enfrentam taxas elevadas de casamentos prematuros.
2.4. Políticas Governamentais sobre as práticas dos Casamentos Prematuros nas Escolas
Ainda que existam obstáculos socioculturais que a rapariga encontra no PEA e que não só
colaboram para o seu baixo rendimento escolar como limitam o seu avanço e desencorajam em
geral a sua educação, como é o caso do baixo valor atribuído à educação das raparigas o que
desencoraja o investimento das famílias nas raparigas, o Estado moçambicano continua a
incentivar a participação da rapariga na vida escolar por meio de programas concretos, ajudando
as mulheres no seu papel na sociedade, promovendo o acesso e relevância do ensino e escolas
sãs e seguras criando as mesmas oportunidades no acesso, (MINED, 2013:35).
moçambicana e desenvolvidos de raiz para o novo programa curricular. Desta forma, o governo
ainda que existam obstáculos socioculturais espera diminuir significativamente o abandono da
escola e o insucesso escolar da rapariga e promover uma educação adaptada à realidade actual
do país que luta pela sua integração regional e pelo desenvolvimento económico, num contexto
internacional competitivo e liberal, sem perder a sua identidade multicultural, (idemp. 44).
De acordo com a ACTIONAID (2013:14), ultrapassar estas barreiras exigiu o envolvimento com
vários intervenientes incluindo pais, líderes comunitários, professores, estruturas de gestão da
escola e autoridades da educação, bem como com as raparigas e os próprios rapazes para
garantir o reconhecimento geral do direito das raparigas à educação e à protecção e o respeito
desses direitos em casa, na escola e na comunidade. O fenómeno do insucesso escolar não é
redutível à sua visualização imediata, devendo ser tomado como algo complexo que resulta da
disfuncionalidade presente no indivíduo, na escola e na sociedade e a forma como estas três
entidades se articulam.
Segundo BASSIANO & LIMA (2017:7) “Moçambique é um dos países que tem vindo a envidar
esforços em defesa da igualdade de direitos entre mulheres e homens, sobretudo entre rapazes
e raparigas” como se podem testemunhar a seguir algumas políticas nacionais, planos,
estratégias e leis que visa minimizar todo o tipo de prática que propicia a descriminação baseada
no sexo e idade para permitir a promoção da igualdade de género:
estratégia pode ajudar sobretudo as raparigas a terem um futuro melhor, visto que entre vários
assuntos, abordados na estratégia, são incluídas questões prioritárias para o combate às várias
práticas nocivas dos pais ou familiares da criança, as quais propiciam a violação de direitos e,
em casos de violação, devem ser punidos severamente, como recomenda nº 2 do artigo 64
sobre direito à protecção contra abuso, maus tratos e tratamentos negligentes pelos pais,
tutores, família de acolhimento, representante legal ou terceira pessoa e o artigo 65 que define o
direito à protecção contra todas as formas de exploração económica ambos da Lei nº 7/2008
respectivamente.
Em Moçambique, 1 de cada 10 raparigas está casada antes dos 18, perpetuando o ciclo
intergeneracional de pobreza e limitando o desenvolvimento do país. No período de 2003 a
2011, notou-se uma ligeira diminuição percentual da situação, de acordo com o Relatório da
UNICEF. Destacando ainda que:
A elevada incidência do casamento de raparigas é um dos
problemas socioculturais mais sérios, [...] Isto contribui, por sua
vez, para o início precoce da actividade sexual e para altos
níveis de gravidez na adolescência. [...] O IDS de 2011 apontou
que 40% das mulheres dos 20 aos 24 anos de idade dão à luz
pela primeira vez antes dos 18 anos [...] os filhos destas mães
têm uma probabilidade 70% mais elevada de morrer antes de
completar 5 anos, relativamente às crianças nascidas de mães
entre os 30 e 39 anos de idade (UNICEF, 2014:13).
Em Moçambique, existem vários modelos de casamentos prematuros principalmente nas regiões
em que a prática dos ritos de iniciação é comum. Assim O estado, o Fórum da Sociedade Civil
para os Direitos da criança moçambicana (ROSC), e os midia têm intensificado as acções contra
os casamentos prematuros. No entanto, os recentes estudos apontam que milhares de raparigas
moçambicanas são forçadas a abandonar a escolaridade primária obrigatória e gratuita, não
apenas para se casar, mas também para se sujeitarem às actividades agrícolas e domésticas.
Este fenómeno tem muitas implicações a curto, médio e longo prazo no histórico das raparigas
envolvidas, podendo se destacar a separação do convívio com a família e amigos, impedir o
desenvolvimento harmonioso na criança.
25
O Artigo 121 da Constituição da República de Moçambique de 2004 prevê que todas as crianças
têm direito à protecção da família, da sociedade e do Estado para o seu desenvolvimento
integral. Enquanto a UNICEF (2015) destaca que, a prevenção do casamento prematuro está em
assegurar que todas as crianças estejam na escola e que a sua educação seja de qualidade, e
que esta acção requer envolvimento de três instituições: família, sociedade e o estado. Nesta
subsecção far-se-á a descrição da evolução da educação em Moçambique, para melhor
compreensão do fenómeno em estudo. Portanto, a análise terá enfoque em dois períodos: o
colonial e pós-independência, na perspectiva de se estabelecer a relação entre a família e
educação, apontando também as principais causas do insucesso escolar da rapariga na escola e
algumas estratégias para a sua redução.
2.6. Ponto de Entrada para Intervenção: A Eliminação dos Casamentos Prematuros como
uma Responsabilidade Colectiva em Moçambique
A CECAP (2014), reconhece que não existe uma única solução para eliminar os casamentos
prematuros. A sua eliminação requer acções concertadas a todos os níveis e com o
envolvimento de todos os actores da sociedade. No entanto, a CECAP recomenda que as
seguintes acções possam ser levadas a cabo para reduzir e eliminara prevalência dos
casamentos prematuros em Moçambique:
Assegurando-se nos autores MARCONI & LAKATOS (2009), afirmam que, “metodologia:
Pesquisa é um conjunto de acções, propostas para encontrar a solução para um problema, que
têm por base procedimentos racionais e sistemáticos. A pesquisa é realizada quando se tem um
problema e não se têm informações para solucioná-lo.
Para realização da presente pesquisa foi usada a pesquisa qualitativa e quantitativa (mista):
Segundo MALHOTRA (2001, p.155), “a pesquisa qualitativa proporciona uma melhor visão e
compreensão do contexto do problema, enquanto a pesquisa quantitativa procura quantificar os
dados e aplica alguma forma da análise estatística”. A pesquisa qualitativa pode ser usada,
também, para explicar os resultados obtidos pela pesquisa quantitativa. Na pesquisa
quantitativa, a determinação da composição e do tamanho da amostra é um processo no qual a
estatística tornou-se o meio principal. Como, na pesquisa quantitativa, as respostas de alguns
problemas podem ser inferidas para o todo, então, a amostra deve ser muito bem definida; caso
contrário, podem surgir problemas ao se utilizar a solução para o todo (MALHOTRA, 2001).
Estes foram as motivações que me levaram a usar o tipo de pesquisa para que possa clarificar e
estar mais próximo ao tema: Influencia dos Casamentos Prematuros no Processo
Ensino/Aprendizagem. Estudo de Caso na Escola Primária do 1º e 2º Graus de Nangoela para
verificar quantos professores desta escola si preocupam com a desistência dos seus alunos
através dos casamentos prematuros.
A ser assim, o estudo discute sobre a influência dos casamentos prematuros no Processo
Ensino/Aprendizagem para posterior assumir a sua generalização como resultado do estudo
nesta instituição de ensino.
E com base nesta pesquisa, pretende-se explorar as motivações dos inqueridos de modo a que
eles pensem livremente sem interferência de aspectos externos. Assim, com os dados recolhidos
irá se fazer a interpretação dos mesmos.
Para ZIKMUND (2000), os estudos exploratórios, geralmente, são úteis para diagnosticar
situações, explorar alternativas ou descobrir novas ideias. Esses trabalhos são conduzidos
durante o estágio inicial de um processo de pesquisa mais amplo, em que se procura esclarecer
e definir a natureza de um problema e gerar mais informações que possam ser adquiridas para a
realização de futuras pesquisas conclusivas. Dessa forma, mesmo quando já existem
conhecimentos do pesquisador sobre o assunto, a pesquisa exploratória também é útil, pois,
normalmente, para um mesmo fato organizacional, pode haver inúmeras explicações
alternativas, e sua utilização permitirá ao pesquisador tomar conhecimento, se não de todas,
pelo menos de algumas delas.
Neste caso concreto o tema escolhido pela autora recai sobre os conceitos emanados, facto este
que o motivou a trazer a tona a questão da pertinência da divulgação da influência do casamento
prematuros no Processo Ensino/Aprendizagem e como forma de motivar aos professores a
reconhecerem a influência deste acto pode causar para os alunos.
O uso deste método no trabalho consistiu na constatação de fenómenos a nível local fazendo ‒
se uma confrontação de teoria a nível geral. A autora trabalhou com o método bibliográfico na
medida que permitiu obter informações escritas das obras já editadas em relação a influenciados
casamentos prematuros no Processo Ensino/Aprendizagem.
No caso concreto do presente trabalho o universo foi constituído pela comunidade escolar, a
saber: professores. Assim, constituiu o universo populacional estimado em 27 professores da
Escola Primaria do 1º e 2º Graus de Nangoela.
3.3. Amostra
Amostra segundo GIL (2008:109), subconjunto do universo ou da população, por meio do qual
se estabelecem ou se estimam as características desse universo ou população.
Usou-se amostragem aleatória simples para facilitar com que todos os membros da comunidade
escolar tenham a mesma probabilidade de serem entrevistados, isto é, para colectar informações
credíveis ou sensibilidades de pessoas com influência.
Outros sim, a amostragem foi probabilística, pois, segundo MONTEGRO (2008), dá exactidão e
eficácia á amostragem além de ser o procedimento mais fácil de ser aplicado todos elementos
da população têm a mesma probabilidade de pessoas sem influência de certas estruturas.
Questionário
Segundo CERVO & BERVIAN (2002:48), o questionário “[...] refere-se a um meio de obter
respostas às questões por uma fórmula que o próprio informante preenche”. Ele pode conter
perguntas abertas e/ou fechadas. As abertas possibilitam respostas mais ricas e variadas e as
fechadas, maior facilidade na tabulação e análise dos dados.
31
De forma idêntica, MARCONI & LAKATOS (1996, p. 88) definem o questionário estruturado
como uma “ [...] série ordenada de perguntas, respondidas por escrito sem a presença do
pesquisador”. Dentre as vantagens do questionário, destacam-se as seguintes: ele permite
alcançar um maior número de pessoas; é mais económico; a padronização das questões
possibilita uma interpretação mais uniforme dos respondentes, o que facilita a compilação e
comparação das respostas escolhidas, além de assegurar o anonimato ao interrogado.
Contudo, o questionário também possui alguns inconvenientes, dentre os quais podem ser
citados: o anonimato não assegura a sinceridade das respostas obtidas; ele envolve aspectos
como qualidade dos interrogados, sua competência, franqueza e boa vontade; os interrogados
podem interpretar as perguntas da sua maneira; alguns temas podem deixar as pessoas
incomodadas; há uma imposição das respostas que são predeterminadas, além de poder ocorrer
um baixo retorno de respostas (LAVILLE & DIONNE, 1999; MALHOTRA, 2001).
Contudo, antes de todas técnicas citadas acima pautou-se pela observação que serviu de
motivação para prosseguir com o desenvolvimento da presente pesquisa.
Para o presente trabalho foi usado um tipo de questionário voltado para os professores
composto de perguntas abertas e fechadas (APÊNDICE - 1).
Inquérito
Neste caso, pretende-se fazer o inquérito em que os respondentes terão que mostrar as suas
sensibilidades de forma oral.
Para o estudo usou-se o inquérito de respostas abertas e fachadas, aplicada aos funcionários da
carreira docente da Escola Primária do 1º e 2º Graus de Nangoela. Os professores envolvidos
nesta pesquisa têm idade compreendida entre 25 a 45 anos de idade num guião de entrevista
composto por 10 perguntas.
33
BARDIN (1977) afirma que a análise de conteúdo possui duas funções básicas: função
heurística - aumenta a prospecção à descoberta, enriquecendo a tentativa exploratória e função
de administração da prova – em que, pela análise, buscam-se provas para afirmação de uma
hipótese.
A análise dos dados é uma das fases mais importantes da pesquisa, pois, a partir dela, serão
apresentados resultados e a conclusão da pesquisa. Essa conclusão que poderá ser final ou
apenas parcial, deixando margem para pesquisas posteriores (MARCONI & LAKATOS, 1996).
Neste sentido o inquérito foi feito para os professores da Escola Primaria 1º e 2º Graus de
Nangoela. Garantimos anonimato e a confidencialidade da identidade dos sujeitos participantes
da pesquisa. De referir que, nesta pesquisa, foram inquiridos 10 funcionários docentes de idades
compreendidas de 25 à 45 anos, dentre eles 5 funcionários do sexo feminino e 5 do sexo
masculino.
Perante a primeira questão, dos 100% inqueridos responderam que sim, já ouviram falar dos
casamentos prematuros. Segundo a definição do casamento prematuro 70% que corresponde a
7 professores inqueridos definiram como sendo uma união de duas pessoas menos de 18 anos e
os restantes 30% que corresponde 3 professores definiram como sendo uma união forçada de
uma rapariga menor de idade para um adulto.
De acordo com a UNICEF, o casamento prematuro é definido como sendo uma união de
carácter matrimonial que envolve pelo menos um indivíduo menor de idade ou também pode ser
34
uma união formal ou informal de rapaz e raparigas antes de 18 anos de idade (UNICEF & MISA
2010, p.9).
Fonte: (Autora:2019).
O gráfico 1, demonstra que dos 10 professores inqueridos, 80% dos inqueridos que corresponde
a 8 professores responderam que as causas dos casamentos prematuros é através da situação
financeira dos familiares. Apenas 20% dos inqueridos que corresponde 2 professores ressaltara
que é através da prática dos ritos de iniciação.
Segundo TVEDTEN, I. et alI (2008), afirma que as causas dos casamentos prematuros são os
seguintes:
Fonte: (Autora:2019).
Os dados apresentados no gráfico 2, indicam que dos 10 professores inqueridos, 60% dos
inqueridos que corresponde a 6 professores afirmaram que a frequência dos casamentos
prematuros nesta escola tem sido com muita frequência ou em maiores casos justificando – se
porque a escola localiza – se muito distante da cidade. E os 40% inqueridos que correspondem a
4 professores responderam que a frequência dos casamentos prematuros nesta escola tende
reduzir significativamente por causa das sensibilizações de certas organizações que dão
palestras nas escolas e nas comunidades locais sobre as suas desvantagem e consequências,
por exemplo como a "AME".
Perante a questão quatro, dos dez professores inqueridos que corresponde 100% enfatizam que
os casamentos prematuros influenciam negativamente no processo de ensino e aprendizagem
dos alunos, afectando o seu aproveitamento pedagógico onde culmina com a desistência dos
mesmos por não ter tempo de ir a escola porque ficam a cuidar das suas casas e seus filhos.
Na questão cinco sobre "Alguma vez deparou – se com alunos que já tenham – se casado
precocemente nesta escola?". Nesta questão podemos visualizar que todos professores
inqueridos afirmaram que sim que já depararam – se com alunos que tenham si casado
precocemente. Segundo a questão seis, todos inqueridos responderam que este deparou não
são frequentes porque durante o ano lectivo existem organizações que dão palestras na escola
para sensibilizar os alunos sobre os casamentos prematuros.
Na questão sete sobre "análise comparativa do índice dos casamentos prematuros no período
de 2016 a 2017 na escola", nesta questão podemos visualizar que todos professores inqueridos
responderam que o índice comparativo dos casamentos prematuros no período de 2016 à 2017
há que admitir que a situação é extremamente preocupante, dado que, em 2017 verificou – se
mais casamento prematuros em relação ao ano 2016. Por exemplo em 2017 ouve 4 casos de
casamentos prematuros e em 2016 verificou – se 1 caso desta pratica nesta escola.
Em relação a questão oito, sobre "as influencia que os casamentos prematuros trouxeram no
PEA no período de 2016 a 2017", dos 10 professores inqueridos afirmaram que as influencias
que os casamentos prematuros trouxeram para o PEA no período de 2016 a 2017 foi desistência
das raparigas na escola que contribui para fraco aproveitamento pedagógico, pouca aderência
das raparigas e desigualdade em termos de género nas salas de aula.
Gráfico 3: Factores que estão por de traz dos casamentos prematuros na Escola Primaria do 1º
e 2º Graus de Nangoela.
Fonte: (Autora:2019).
37
No gráfico 3, demonstra os resultados sobre "os factores que estão por de traz dos casamentos
prematuros na Escola Primaria do 1º e 2º Graus de Nangoela", dos 10 professores inqueridos,
60% dos inqueridos que corresponde 6 professores responderam que os factores que estão por
de traz dos casamentos prematuros nesta escola são pobreza e cerimónias tradicionais (ritos de
iniciação). Dos restantes 40% dos inqueridos que correspondem 4 professores responderam que
os factores que estão por de traz dos casamentos prematuros nesta escola é a falta de
informação por parte dos alunos a cerca desta prática.
Segundo UNICEF & UNFPA (2011), os factores que estão por de traz dos casamentos
prematuros em Moçambique são os seguintes:
Em relação a questão 10 referente "o que falta para que se reduza a tendência dos casamentos
prematuros", 100% dos professores inqueridos responderam que com o trabalho de
sensibilização em curso a situação tende a reduzir porém, deve se intensificar esta acção nas
escolas e nas comunidades, pelo menos uma vez por mês durante o ano, eventualmente poderá
mudar as mentes de muitos pais, encarregados de educação, e dos alunos a cerca desta prática.
Também o governo moçambicano preste mais atenção a cerca deste assunto principalmente nas
zonas rurais onde as informações sobre este são poucos difundidos.
38
Segundo UNICEF (2011), uma das formas mais eficazes de ajudar a reduzir ou a combater os
casamentos prematuros é: mudanças de normas culturais ao nível comunitário, e medidas para
fortalecer a educação da rapariga e melhorar as oportunidades económicas para jovens
raparigas e reforma legal.
Mudança sociocultural.
Poucos progressos serão feitos para a eliminação dos casamentos prematuros a menos que as
normas culturais que fomentam e promovem os casamentos prematuros sejam mudadas. O
casamento é uma instituição moldada pelas atitudes sociais, por isso provocar mudanças para
que o casamento ocorra mais tarde através de intervenções com foco em famílias individuais,
não é susceptível de provocar alterações de atitudes e comportamentos ao nível mais amplo da
comunidade. O trabalho com os líderes tradicionais, igrejas e mesquitas, assim como com as
raparigas que se encontram no comando dos ritos de iniciação, é crucial para transmitir os
benefícios de se retardar o casamento. Isto pode ser suplementado por meio de campanhas
através dos mas media, incluindo as rádios comunitárias.
Decorrente do abandono escolar por parte das raparigas devido ao casamento prematuro, e para
que elas possam completar a escola primária e fazer a transição e manterem - se na escola
secundária, é crucial que a escola e o casamento sejam mutuamente exclusivos – embora
medidas podem e devem ser tomadas para proporcionar oportunidades para que as raparigas já
casadas voltem para a escola. Apesar dos progressos assinaláveis para se alcançar o equilíbrio
de género ao nível do ensino primário, a taxa de conclusão é ainda baixa para as raparigas do
que para os rapazes, embora os níveis de conclusão do ensino primário e transição para o
secundário são ainda baixas para ambos, raparigas e rapazes, com uma taxa bruta de conclusão
do ensino primária de 47% em 2012. A baixa qualidade da educação leva alunos (tanto rapazes
como raparigas) a abandonaram e não completarem o ensino, portanto aumentar a qualidade da
educação é uma estratégia chave para manter as raparigas na escola.
como um incentivo muito forte para atrasar a idade de casamento. Isto requer uma atenção
muito especial para a mulher, na criação de programas de emprego, educação técnica e
vocacional, e a expansão do acesso as micro - fianças entre outras medidas de empoderamento
das raparigas economicamente pobres. As transferências monetárias também podem jogar um
papel importante na redução das pressões económicas dos agregados familiares que
influenciam a ocorrência dos casamentos prematuros.
Reforma legal
A idade legal para o casamento é 18 anos segundo a Lei da Família (Lei 10/2004) e a Lei de
Promoção e Protecção dos Direitos da Criança (Lei 7/2008).
40
Foi usado um tipo de questionário sendo voltado para os professores com perguntas abertas e
fechadas.
O carácter da pesquisa foi exploratória e descritivo, desta forma foi feito um levantamento
bibliográfico para o embasamento teórico e colecta de dados por meio de inquerido.
De acordo com o gráfico 1, verificou-se que 80% dos professores responderam que as causas
dos casamentos prematuros é através da situação financeira dos familiares e 20% dos
professores responderam as causas é através dos ritos de iniciação realizados nas comunidades
onde as raparigas são inseridas.
No estudo feito, também verificou – se que o índice comparativo dos casamentos prematuros no
período de 2016 a 2017 na escola", no ano 2017 verificou – se mais casamento prematuros em
relação ao ano 2016. Por exemplo em 2017 ouve 4 casos de casamentos prematuros e em 2016
verificou – se um caso desta pratica nesta escola.
Para reduzir a tendência dos casamentos prematuros verificou – se que 100% dos professores
responderam que há falta de palestras na escola e nas comunidades, pelo menos uma vez por
mês durante o ano houvesse palestras que eventualmente podiam mudar as mentes de muitos
pais encarregados de educação, e ao mesmo tempo dos alunos a cerca desta prática. Também
o governo moçambicano prestasse mais atenção a cerca deste assunto principalmente nas
zonas rurais onde as informações dos casamentos prematuros são poucos difundidos
Além de mais, dos dados no inquérito feito pelos professores notei que a prática dos casamentos
prematuros ainda tende aumenta naquela região por fraca de informação difundida a cerca deste
acto.
41
4.3.1. Conclusão
Após a análise dos dados obtidos através do inquérito, verificou-se a presença dos casamentos
prematuros nesta instituição de ensino, assim como a desvantagem desta pratica para o
processo de ensino - aprendizagem, visto que as raparigas são as mais afectadas neste caso.
A pesquisa foi realizada sem maiores dificuldades. A pesquisa bibliográfica foi desenvolvida a
partir de artigos disponíveis na internet e livros de autores. A colecta de dados transcorreu de
forma positiva, na qual todos colaboraram e participaram activamente.
Por meio da pesquisa realizada pode-se constatar que os casamentos prematuros afectam
negativamente no desempenho educacional dos alunos afectando o fraco rendimento
pedagógico no processo de ensino e aprendizagem dos mesmos.
Conclui-se, deste modo que os factores que motivam a ocorrência do casamento prematuro,
estão relacionados com o facto de nas instâncias sociais, principalmente na família e
comunidade. Mais do que apontar factores transversais como os altos índices de pobreza entre a
população rural, o fraco acesso aos serviços sociais básicos, como a saúde, educação, água
potável o casamento prematuro deve ser analisado partindo da premissa da distribuição desigual
de recursos e serviços atribuídos as crianças em função do seu sexo.
42
4.3.2. Sugestões
Referencias Bibliográficas
ACTIONAID, Fim à Violência Contra a Rapariga na Escola, Histórias de Sucesso. Maputo: 4.Ed
2013.
BASSIANO, Victor & LIMA, C. Araújo de., O Desafio do Conselho de Escola no Enfrentamento
aos Casamentos Prematuros em Moçambique. Maputo: 4.ed, 2017.
FINDLAY, E.A.G., Guia para Apresentação de Projecto, SC: UNIVILLE, Joinville, 2006.
GIL, António Carlos, métodos e técnicas de pesquisa, 5ª Edição, Atlas, São Paulo, Brasil, 2002.
_____________. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. Atlas, São Paulo, 1999.
_____________. Como elaborar projectos de pesquisa, 4. Ed., Atlas, São Paulo, 2008.
LAKATOS, E. M. & MARCONI, M. de Andrade. Metodologia Científica. 2ª Ed. São Paulo, Atlas,
2001.
44
Lei da Promoção e Protecção dos Direitos da Criança, aprovada pela Lei nº 7/2008 de 9 de Julho
(Assembleia da República)
OSÓRIO, Conceição; MACUÁCUA, Ernesto. (2013) “Os Ritos de Iniciação no Contexto Actual:
ajustamentos, rupturas e confrontos. Construindo identidades de género” Maputo: Maria José
Arthur
PILETTI, Claudino; Didáctica Geral, 23ª edição, São Paulo, AM Produções Gráfica. Ltd., 2004.
PINTO, S. M.X.; Casamentos prematuros no contexto dos ritos de iniciação femininos, praticados
pela etnia Macua: olhares dos finalistas do curso de licenciatura em Serviço Social. Lisboa, 2017.
UNICEF & UNFPA; Manual: Escolas Amiga da Criança, Unitfor Children, 2011
APÊNDICE
47
1. De certeza que já ouviste falar dos casamentos prematuros. Na sua opinião o que
são casamentos prematuros?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
2. Quais são as causas dos casamentos prematuros?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
3. Como tem sido a frequência dos casamentos prematuros nesta escola?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
4. Quais influencias os casamentos prematuros têm para o processo de ensino
aprendizagem?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
5. Já alguma vez deparou – se com alunos que já tenham – se casado precocemente
nesta escola?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
48
6. Em que frequência?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
7. Qual é a análise comparativa que faz do índice dos casamentos prematuros no
período de 2016 a 2017?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
8. Quais foram as influências que os casamentos prematuros trouxeram para o PEA
no período de 2016 a 2017?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
9. Como professor, que factores estão por de traz dos casamentos prematuros na EP
1º e 2º Graus de Nangoela?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
10. Na sua opinião, o que falta para que se reduza a tendência de casamentos
prematuros?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________