Você está na página 1de 2

IRCT - são contratos celebrados entre organizações sindicais e empregadores de um determinado setor

de atividade. Estes contratos aplicam-se aos trabalhadores que exerçam funções nos empregadores
públicos abrangidos e aos filiados das associações sindicais presente no processo negocial.

Tipos de IRCT

Negocial (resulta de negociação entre as partes):

* Contrato Coletivo de Trabalho;

* Acordo Coletivo de Trabalho;

*Acordo de Empresa;

*Acordo de Adesão;

*Decisão arbitral.

Não Negocial (não resulta de acordo entre as partes):

* Portaria de extensão;

* Portaria de condições de trabalho;

* Decisão arbitral.

Convenção Coletiva

A convenção colectiva é um acto criador de normas jurídicas incidentes sobre os contratos


individuais do trabalho vigentes ou futuros, dentro do seu âmbito de aplicação (art. 7º DL 519-
C1/79). Tem pois uma função regulamentar, que lhe confere a singularidade já apontada no art. 3 do
mesmo Decreto-lei: as cláusulas convencionadas condicionam directamente o conteúdo dos contratos
individuais no seu âmbito, no duplo sentido de que preenchem os pontos deixados em claro pelas
partes e se substituem às condições, individualmente contratadas, que sejam menos favoráveis ao
trabalhador (art. 14º/1). Estas duas facetas (obrigacional e regulamentar) articulam-se em qualquer
convenção colectiva, condicionando-se entre si. Mas reveste-se de algum interesse a destrinça
entre elas: por um lado, no respeitante à formação e integração, entende-se correctamente serem
aplicáveis, a título subsidiário, as regras pertencentes à disciplina jurídica dos contratos (e não das
leis), nomeadamente os arts. 224º a 257 do Código Civil; por outro lado, as condições de eficácia das
convenções colectivas são idênticas às das leis (art. 10º/1), designadamente as que resultem dos arts.
5º, 7º e 12º CC. Define a lei certos elementos identificativos de cada convenção colectiva que, por
isso, nela devem figurar obrigatoriamente: a designação das entidades celebrantes, a área e âmbito de
aplicação e a data de celebração (art. 23º).

Usos Laborais
A lei admite que se atenda aos “usos da profissão do trabalhador e das empresas”, desde que não
se mostrem contrários às normas constantes da lei, das portarias de regulamentação do trabalho e
das cláusulas das convenções colectivas (art. 12º/2). Por outro lado, a atendibilidade dos usos será
afastada se as partes assim convencionarem, bem como no caso de serem contrários à boa fé. Perante
estes elementos, põe-se em dúvida quanto a saber se, no Direito do Trabalho, os usos constituem
verdadeira fonte. A “convicção generalizada de jurisdicidade” não se apresenta como uma
característica essencial: no próprio plano da consciência social, há ou pode haver simultânea
representação e aceitação desses usos e da lei, estando os primeiros subordinados à segunda. Neste
sentido se compreende o círculo de condições de que se rodeia – no art. 12º/2 da LCT – a
atendibilidade dos usos. Aí, aparecem, de facto, como meras práticas habituais, que não se
revestem das características da norma jurídica, antes se apresentam como mero elemento de
integração das estipulações individuais. A função dos usos laborais será, pois, a seguinte: não havendo,
sobre certo aspecto da relação de trabalho, disposição imperativa ou supletiva da lei ou de
regulamentação colectiva, nem manifestação expressa da vontade das partes, entende-se que estas
quiseram, ou teriam querido, adoptar a conduta usual no que respeita a esse aspecto.

Você também pode gostar