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QUÍMICA GERAL E EXPERIMENTAL

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(22)3811-0111
2

CRÉDITOS

Diretor Geral da Faculdade Redentor: Heitor Antonio da Silva

Vice-diretora da Faculdade Redentor: Cláudia Regina Boechat Silva

Diretor de Operações e Finanças: Luís Adriano Pereira da Silva

Diretor de Pós-graduação e EaD: Vitor Hugo Vidal Rangel Júnior


Av. Cardoso Moreira, 647 - Loja 2
Diretor de Graduação Itaperuna e Campos: André Raeli Gomes Centro - Itaperuna/RJ
CEP: 28300-000
Coordenadora Geral da CNEaD: Maria Esther de Araujo Tel: (22) 3822.2346
institutobegni@hotmail.com
Design e Editoração:
Leandro de Jesus Moreno Vieira
Frederico Venancio Reis
Jamil Bussade Neto

Revisão de Língua e Estilo: Renato Resgala Júnior

Catalogação na publicação: Rúbia Christina Lopes Ribeiro - CRB 4479/RJ

Cosendey, Sérgio Miller


Química geral / Sérgio Miller Cosendey; coordenação Vitor Hugo Vidal
Rangel Junior, Maria Esther de Araújo ; revisão ortográfica Conrado Pessoa
Gonçalves ; ilustração Jamil Bussade Neto e Frederico Venancio Reis. –
Itaperuna : Instituto Begni Ltda. , 2012.
177 p.
ISBN : 978-85-65556-18-7

1. Química I. Título.
540

© Todos os direitos reservados. Reprodução Proibida.

Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância


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SÉRGIO MILLER COSENDEY

SOBRE O AUTOR

Sérgio Miller Cosendey nasceu no município de Santo Antônio


de Pádua, noroeste do RJ, em 17/08/1961. Mudou-se com os
seus pais para Niterói aos seis anos, onde cursou do 1ª série a
4ª série do antigo Ensino Fundamental, no Colégio Joaquim
Távora, no bairro Icaraí, e a 5ª série no Colégio Liceu Nilo
Peçanha, no bairro Centro. Com 11 anos, retornaram para
Santo Antônio de Pádua, onde terminou o antigo Ensino
Fundamental e o Ensino Médio, no Colégio Estadual Rui
Guimarães de Almeida, em 1978, aos 17 anos. Desde então,
passou a lecionar. Cursou as graduações de Engenharia
Metalúrgica e de Engenharia Civil, na Universidade Federal Fluminense (UFF).
Também tem as graduações em Licenciatura Plena em Química e em Licenciatura
Plena em Física. Fez as pós-graduações (Latu Sensu) em Engenharia de Segurança
do Trabalho, Gestão e Supervisão Educacional e Análise de Sistemas. Tem o Curso
MILLER COSENDEY, em Santo Antônio de Pádua, desde 1995, com turmas de reforço
escolar, pré-vestibular e concursos públicos, com excelentes índices de aprovação.
Leciona na Faculdade Redentor desde julho de 2009. Atualmente, faz Mestrado
Profissional em Matemática, na UENF, em Campos. Sempre se orgulhou dos 34 anos
dedicados à educação como professor.

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Este material auxiliará os estudantes de Engenharia na disciplina de Química.


Optou-se por uma linguagem simples e informal. A teoria foi apresentada em pequenas
doses acompanhadas de exercícios no final de cada módulo.

A Química estuda a natureza da matéria e os fenômenos que ocorrem quando


deferentes espécies de matéria reagem entre si. Desde o princípio, o homem usa a
Química, consciente ou inconscientemente. Com a descoberta do fogo - primeiro para
se aquecer e depois para cozinhar os alimentos - as primeiras transformações
químicas estavam sendo realizadas. O progresso continuou. Descobriu-se com obter
metais e suas ligas. Aprendeu-se também a extrair substâncias da natureza obtendo
remédios, alimentos, vestimentas coloridas e tudo que permitia melhorar a condição de
vida.

Aos que nos honrarem com sua leitura, seriam de grande utilidade as críticas e
sugestões sobre este trabalho.

Agradecimentos ao meu filho Gustavo Mello Cosendey, estudante de


Engenharia Civil, pelo seu incentivo e colaboração na elaboração desta tarefa.

Enfim, é a Química contribuindo com a humanidade.

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Este caderno de estudos tem como objetivos:

 Despertar a curiosidade e o interesse pela natureza.


 Criar hábitos que proporcionem conhecimentos necessários para a
explicação dos fenômenos científicos.
 Desenvolver o raciocínio indutivo e dedutivo, indispensável ao estudo dos
fenômenos físicos e químicos.
 Reconhecer a presença da Química no cotidiano, como uma forma de
melhorar a qualidade de vida.

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MÓDULO 1.................................................................................................................................................11
1.1) Matéria .................................................................................................................................................12
1.1.1) Conceitos Fundamentais ..............................................................................................................12
1.1.2) Separação de Misturas Heterogêneas .........................................................................................15
1.1.3) Separação de Mistura Homogênea ..............................................................................................16
1.2) Estados Físicos ...................................................................................................................................16
1.2.1) Mudanças de Estado Físico ..........................................................................................................17
1.3) Curvas de aquecimento e resfriamento (pressão constante) ..............................................................18
1.3.1) Substância pura ............................................................................................................................18
1.3.2) Mistura homogênea (solução) ......................................................................................................18
1.4) Propriedades dos materiais .................................................................................................................19
1.4.1) Propriedades gerais ......................................................................................................................19
1.4.2) Propriedades específicas ..............................................................................................................19
1.4.3) Propriedades Organolépticas .......................................................................................................20
1.5) Fase .....................................................................................................................................................21
1.6) Fenômenos físicos e químicos.............................................................................................................21
1.6.1) Fenômeno .....................................................................................................................................21
1.6.2) Equação Química ..........................................................................................................................21
1.6.3) Rearranjo dos Átomos numa Reação Química ............................................................................22
1.7) Reação Química ..................................................................................................................................22
1.7.1) Reagentes e Produtos ..................................................................................................................22
1.7.2) Representação esquemática de uma reação química .................................................................23
1.7.3) Tipos de Reações Químicas .........................................................................................................23
1.8) Fórmulas ..............................................................................................................................................24
1.8.1) Fórmula molecular ........................................................................................................................24
1.8.2) Fórmula mínima ............................................................................................................................24
1.8.3) Fórmula percentual (em massa) ...................................................................................................25
1.8.4) Quadro Resumo ............................................................................................................................25
1.9) Alotropia ...............................................................................................................................................26
1.9.1) Diferença entre alótropos ..............................................................................................................27
1.9.2) Propriedades físicas ......................................................................................................................27
1.9.3) Propriedades químicas .................................................................................................................27
MÓDULO 2.................................................................................................................................................34
2.1) Estrutura atômica .................................................................................................................................35
2.1.1) Camadas .......................................................................................................................................35
2.1.2) Subníveis.......................................................................................................................................36
2.2.3) Camadas e subníveis....................................................................................................................36

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2.2.4) Subníveis e orbitais .......................................................................................................................36


2.2.5) Orbitais ..........................................................................................................................................36
2.2) Elemento químico ................................................................................................................................37
2.3) Símbolo químico ..................................................................................................................................37
2.4) Número atômico ( Z ) ...........................................................................................................................38
2.5) Número de massa ( A ) ........................................................................................................................38
2.6) Isótopos ................................................................................................................................................38
2.7) Isóbaros................................................................................................................................................39
2.8) Isótonos ................................................................................................................................................39
2.9) Átomo neutro ........................................................................................................................................39
2.10) Íon ......................................................................................................................................................39
2.11) Tabela periódica .................................................................................................................................40
MÓDULO 3.................................................................................................................................................45
3.1.1) Ligações interatômicas .................................................................................................................46
3.1.2) Ligações intermoleculares ............................................................................................................46
3.3.1) Ligação química iônica..................................................................................................................47
3.3.2) Ligação química covalente............................................................................................................47
MÓDULO 4.................................................................................................................................................53
4.1) Eletrólitos e não-eletrólitos ...................................................................................................................54
4.1.1) Soluções condutoras e não-condutoras de corrente elétrica .......................................................54
4.1.2) Os eletrólitos .................................................................................................................................55
4.2) Conceito de Ácido segundo a Teoria de Arrhenius .............................................................................56
4.2.1) Hidrogênio Ionizável ou Hidrogênio Ácido ....................................................................................57
4.3) Conceito de Base segundo a Teoria de Arrhenius ..............................................................................58
4.4) Conceito de Sal segundo a Teoria de Arrhenius .................................................................................59
4.4.1) Equação de Neutralização segundo a Teoria de Arrhenius .........................................................59
4.5) Teoria de Bronsted-Lowry ....................................................................................................................59
4.6) Teoria de Lewis (Teoria Eletrônica) .....................................................................................................60
4.7) Concluindo ...........................................................................................................................................61
MÓDULO 5.................................................................................................................................................67
5.1) Funções Inorgânicas ............................................................................................................................68
5.2) Ácidos ...................................................................................................................................................68
5.2.1) Nomenclatura dos hidrácidos .......................................................................................................68
5.2.2) Nomenclatura dos Oxiácidos ........................................................................................................69
5.2.3) Classificação dos ácidos ...............................................................................................................73
5.3) Bases ...................................................................................................................................................73
5.3.1) Nomenclatura ................................................................................................................................73
5.3.2) Classificação das bases................................................................................................................74
5.4) Indicadores ...........................................................................................................................................74

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5.5) Sais ......................................................................................................................................................75


5.5.1) Nomenclatura ................................................................................................................................75
5.5.2) Classificação dos sais ...................................................................................................................76
5.5.3) Equações de Neutralização (Salificação) .....................................................................................76
5.6) Óxidos ..................................................................................................................................................77
5.6.1) Nomenclatura ................................................................................................................................78
5.6.2) Classificação dos óxidos ...............................................................................................................79
MÓDULO 6.................................................................................................................................................88
6.1) Soluções...............................................................................................................................................89
6.1.1) Coeficiente de solubilidade ( Cs ) ..................................................................................................89
6.1.2) Curva de solubilidade ( Cs X T ) ....................................................................................................89
6.1.3) Dicas para reconhecer soluções ( COSENDEY, S. M. ) ..............................................................90
MÓDULO 7.................................................................................................................................................97
7.1) Cálculo Químico ...................................................................................................................................98
7.1.1) Massa molecular ( mol ) ................................................................................................................98
7.1.2) Número de mol ou quantidade de matéria ( n ) ............................................................................98
7.1.3) Concentração molar ou concentração em quantidade de matéria ou molaridade ( M ) ..............98
7.1.4) Concentração comum ( C ) ...........................................................................................................98
7.1.5) Título ( T ) ......................................................................................................................................99
7.1.6) Fração molar ou fração em quantidade de matéria ( X ) .............................................................99
7.1.7) Densidade absoluta ( d ) ...............................................................................................................99
7.2) Mistura de soluções ...........................................................................................................................100
MÓDULO 8...............................................................................................................................................105
8.1) Cálculo Estequiométrico ....................................................................................................................106
8.1.1) Dicas de resoluções de problemas (COSENDEY, S. M. ) ..........................................................106
MÓDULO 9...............................................................................................................................................112
9.1) Cinética Química ................................................................................................................................113
9.1.1) Velocidade média da reação ......................................................................................................113
9.1.2) Fatores que influem na velocidade das reações ........................................................................113
9.1.3) Fatores que afetam a frequência e a energia .............................................................................113
9.1.4) Catalisador .................................................................................................................................115
MÓDULO 10.............................................................................................................................................121
10.1) Termoquímica ..................................................................................................................................122
10.2) Entalpia (H) ......................................................................................................................................122
10.3) Tipos de reações ..............................................................................................................................123
10.4) Aplicações químicas das funções termodinâmicas .........................................................................123
10.5) Variação de energia interna e de entalpia .......................................................................................125
10.6) Leis da termoquímica. ......................................................................................................................125
10.7) Energia de ligação ...........................................................................................................................126

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MÓDULO 11.............................................................................................................................................133
11.1) Equilíbrio Químico ............................................................................................................................134
11.2 – Constante de equilíbrio de concentrações (Kc) ..............................................................................135
11.3 – Grau de equilíbrio ...........................................................................................................................135
11.4 – Constante de equilíbrio em termos de pressão parcial (K p) .........................................................135
11.5 – Deslocamento do equilíbrio químico ..............................................................................................135
MÓDULO 12.............................................................................................................................................142
12.1) Eletroquímica ...................................................................................................................................143
12.1.1) Reações de oxi-redução ...........................................................................................................143
12.1.2) Pilhas.........................................................................................................................................143
12.1.3) Eletrólise....................................................................................................................................144
MÓDULO 13.............................................................................................................................................151
13.1) Radioatividade .................................................................................................................................152
13.2) Principais partículas radioativas ......................................................................................................152
13.3) Tempo de meia-vida ........................................................................................................................152
13.4) Transmutação nuclear .....................................................................................................................153
13.5) Emissão radioativa ...........................................................................................................................153
13.6) Velocidade de desintegração ...........................................................................................................153
13.7) Fissão nuclear ..................................................................................................................................154
13.8) Fusão nuclear ..................................................................................................................................154
MÓDULO 14.............................................................................................................................................160
14.1) Peças de Laboratório .......................................................................................................................161
14.1.1) Vidro ..........................................................................................................................................161
14.1.2) Porcelana ..................................................................................................................................161
14.1.3) Metal..........................................................................................................................................161
14.1.3) Madeira .....................................................................................................................................162
14.2) Segurança em Laboratórios .............................................................................................................162
14.2.1) Antes de iniciar o trabalho.........................................................................................................162
14.2.2) Durante o trabalho ....................................................................................................................162
14.2.3) Após o trabalho .........................................................................................................................163
14.2.4) No uso do fogo ..........................................................................................................................163
14.2.5) No uso das vidrarias .................................................................................................................164
14.2.6) No uso das substâncias químicas ............................................................................................164
14.2.7) Regras de segurança ................................................................................................................165
14.2.8) Proteção individual ....................................................................................................................165
14.2.9) Armazenamento de reagentes ..................................................................................................166
14.2.10) Identificação dos reagentes ....................................................................................................167
14.2.11) No caso de acidentes..............................................................................................................167
14.2.12) Primeiros socorros ..................................................................................................................167

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Fala Professor: Palavra do professor sobre o assunto abordado.

Atividades: Atividades a serem feitas pelo aluno após a leitura do conteúdo.

Leia mais: Conteúdos complementares.

Atenção: Destaque de parte importante do conteúdo apresentado.

Reflexão: Hora de refletir o assunto apresentado.

Anotações: Espaço utilizado para anotações do aluno.

Vídeos: Links de vídeos indicados pelo professor.

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MATÉRIA E REAÇÔES

APRESENTAÇÃO DO MÓDULO
MÓDULO 1
A Química é o estudo da matéria, de suas transformações e da energia que
acompanha essas transformações.

Entender o que se passa ao nosso redor é uma grande vantagem para qualquer
pessoa. O homem vem estudando a matéria e a energia desde os tempos mais
remotos. Foi através deste estudo que aprendeu a fabricar vestimentas e ferramentas,
a cultivar, a construir cidades, a viajar através dos mares e do espaço.

A maioria dos materiais encontrados na natureza, ou preparados em


laboratórios, não são substâncias puras, mas misturas de várias substâncias.

Neste módulo, apresentaremos alguns conceitos importantes para toda a


disciplina.

OBJETIVOS DO MÓDULO

Esperamos que, após o estudo do conteúdo deste módulo, você seja capaz de:
 Entender os conceitos químicos, as propriedades e os fenômenos.
 Compreender os processos de separação de misturas.
 Reconhecer os estados físicos.
 Visualizar reações químicas e fórmulas.

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1.1) Matéria
1.1.1) Conceitos Fundamentais

a) matéria  é tudo que possui massa e ocupa lugar no espaço

Ex.: madeira, ouro...

b) corpo  é uma porção limitada de matéria

Ex.: tábua de madeira, barra de ouro...

c) substância  é a qualidade da matéria que possui composição química definida

Ex.: gás hidrogênio (H2)

ácido clorídrico ( Hcl)

d) elemento químico  é o conjunto de átomos iguais não combinados entre si

Ex.: elemento sódio, elemento carbono...

_ simples  Ex.: H2 , O2 , O3 , Ag , Fe

_ substância pura

_ composta  Ex.: H2O , H2SO4 , CO2

matéria

_ homogênea  ar atmosférico (78 % de N2 , 21 % de O2)

Ex.: água + açúcar

_ mistura

_ heterogênea  granito (quartzo, feldspato, mica)

Ex.: água + óleo

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Mistura homogênea tem 1 fase.

Mistura heterogênea tem duas ou mais fazes.

Qualquer porção de matéria constituída por uma só espécie de moléculas, quer


moléculas simples, quer compostas, é dita substância pura. Logo, substância pura
apresenta constantes físicas características.

_ solidificação  0 oC

Ex.: substância pura  água _ densidade  1 kg/l a 4 oC

_ ponto de ebulição  100 oC

_ vaporização total  não há resíduos

Quase toda porção de matéria se apresenta sob forma de mistura, isto é,


moléculas, cada qual conservando propriedades próprias. Logo, mistura não apresenta
constantes físicas características.

_ solidificação  - 5 oC

Ex.: mistura  água do mar _ densidade  1,23 kg/l a 4 oC

_ ponto de ebulição  102 oC

_ vaporização total  há resíduos

e) Sistema  é um conjunto de materiais que isolamos para estudo. O estado inicial e


o final de um sistema descrevem, respectivamente, as características dos materiais
antes e após as transformações. A comparação dos estados inicial e final de um
sistema, às vezes, permite classificar uma transformação como física ou química.
Quando não, recorremos às propriedades características das substâncias.

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f) Propriedades características  são propriedades que servem para identificar uma


substância. Dependem somente da natureza da substância e não da quantidade de
amostra estudada. São propriedades características:

_ ponto de fusão  sólido para líquido

_ ponto de ebulição  líquido para gasoso

_ densidade  relação entre massa e volume

_ solubilidade  máxima quantidade de soluto que se dissolve em determinada


quantidade de solvente.

g) Molécula  é um agrupamento conveniente de átomos iguais ou diferentes, ligados.

N + N  N N

2 átomos de nitrogênio 1 molécula de nitrogênio

 

2N N2

Obs.: elemento símbolo

hidrogênio H

carbono C

sódio Na

cloro Cl

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1.1.2) Separação de Misturas Heterogêneas

1.1.2.1) Mistura sólido-sólido

a) catação  método direto, geralmente manual. Separa misturas grosseiras, como,


por exemplo, areia e pedras, pregos e madeira...

b) separação magnética  serve para separar o ferro de uma mistura. Ex: limalha de
ferro e areia.

c) peneiração ou tamisação  serve para separar sólidos que tenham granulações


diferentes. Ex.: pedra britada.

d) levigação  baseia-se na densidade diferente de dois materiais, sendo a mistura


separada por arraste com água. Ex.: ouro e areia.

e) ventilação  também por diferença de densidade, o material mais leve é arrastado


por uma corrente de ar, enquanto o outro permanece retido. Ex.: separação da palha
do arroz de seu grão.

f) líquido de densidade intermediária entre as densidades dos dois componentes da


mistura  Por exemplo, se quiséssemos separar serragem de areia, poderíamos usar
água; nesse caso, a serragem flutuaria.

g) flotação  é um processo semelhante ao anterior, porém usa-se espuma para reter


o participante menos denso. Ex.: poeira retida na espuma de sabão.

1.1.2.2) Mistura sólido-líquido

a) decantação  consiste na decomposição natural de um sólido, em um líquido, por


ação da gravidade. Ex.: separação de areia e água.

b) centrifugação  método que acelera a decantação. Usa-se um aparelho


denominado centrífuga ou ultracentrífuga.

c) filtração comum  utiliza papel de filtro e funil de vidro.

d) filtração a vácuo  utiliza kitassato, funil de Buchner e trompa de água.

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1.1.2.3) Mistura sólido-gás

a) decantação ou câmara de poeira  separa uma mistura por corrente de ar, forçando
sua passagem por um labirinto, em que o choque com os anteparos acelera a
deposição das partículas.

1.1.2.4) Mistura líquido-líquido

a) decantação  que utiliza o funil de decantação ou funil de bromo. Ex: mistura água
e óleo.

1.1.3) Separação de Mistura Homogênea

1.1.3.1) Mistura sólido-sólido  são misturas homogêneas e podem ser exemplificadas


pelas ligas metálicas. Ex: latão (Cu + Zn), bronze (Cu + Sn)...

a) fusão fracionada  a separação é feita por diferença entre os pontos de fusão dos
participantes.

b) dissolução fracionada  usa-se um reagente ou um solvente que ataque apenas um


dos componentes da mistura. Ex.: liga de ouro e prata onde se trata a mistura com
H2SO4, que dissolve apenas a prata.

1.1.3.2) Mistura sólido-líquido

a) destilação  usada para isolar um líquido de um sólido dissolvido, por aquecimento


e ebulição. Ex.: água e sal.

1.1.3.3) Mistura líquido-líquido  a separação baseia-se nos diferentes pontos de


ebulição dos líquidos de uma mistura.

a) destilação fracionada  que separa, por exemplo, água e álcool.

1.2) Estados Físicos


A matéria pode se apresentar em três estados físicos:

_ sólidos  a matéria apresenta forma própria e volume definido.

Ex: barra de ferro.

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_ líquido  a matéria apresenta volume constante, mas a forma é aquela do recipiente


que o contém.

Ex.: copo contendo água líquida.

_ gasoso  a matéria não apresenta forma e não tem volume constante.

Ex.: bexiga cheia de ar.

1.2.1) Mudanças de Estado Físico

Obs.: vaporização pode ocorrer de 3 maneiras:

a) evaporação  quando o líquido vaporiza lentamente à temperatura ambiente.

b) ebulição  quando o líquido vaporiza rapidamente, com formação de bolhas,


durante o aquecimento.

c) calefação  quando o líquido vaporiza muito rapidamente, por estar em temperatura


acima daquela que ocorre a ebulição.

Ex.: água líquida derramada sobre uma chapa metálica superaquecida

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1.3) Curvas de aquecimento e resfriamento (pressão constante)


1.3.1) Substância pura

aquecimento resfriamento

BC  sólido + líquido

DE  líquido + vapor

1.3.2) Mistura homogênea (solução)

Obs.: mistura eutética  apresenta somente ponto de fusão constante

Ex.: liga de Pb (37%) e Sn (63%) possui ponto de fusão a 183 oC

Obs.: mistura azeotrópica  apresenta somente ponto de ebulição constante

Ex: álcool 96o GL (95,5 % de álcool e 4,5 % de água) possui ponto de ebulição
a 76,3 oC.

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1.4) Propriedades dos materiais


Correspondem a certos atributos próprios de uma substância ou a um grupo
de substâncias.

Estas propriedades podem ser:

_ específicas  caracterizam uma substância ou um grupo limitado delas.

_ gerais  são comuns a todo tipo de matéria

1.4.1) Propriedades gerais

a) extensão  é a propriedade que toda matéria tem de ocupar lugar no espaço. A


matéria tem volume.

b) inércia  é a propriedade da matéria em conservar o estado de repouso ou manter


o movimento. Quanto maior a massa, maior é a inércia; assim, é difícil alterar o
estado de movimento de um corpo de massa grande, enquanto é fácil no caso de
um corpo de massa pequena.
c) impenetrabilidade  é a propriedade de dois corpos não poderem ocupar o mesmo
lugar no espaço, ao mesmo tempo.
d) divisibilidade  é a propriedade da matéria poder ser dividida em partículas
menores sem perder sua característica.
e) Compressibilidade  é a propriedade de um corpo reduzir o volume quando
submetido a uma força. Os materiais gasosos são os mais compressíveis.

Obs.: elasticidade é o contrário de


compressibilidade.

1.4.2) Propriedades específicas

a) ponto de fusão (PF)  é específica para cada substância pura.

b) ponto de ebulição (PE)

c) densidade (d)  é a relação entre a massa (m) e o volume (V) do material.

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d) dureza  é a propriedade do material que mede sua resistência ao risco.

Obs.: A substância mais dura que existe é o


diamante

e) maleabilidade é a propriedade de o material poder ser reduzido a lâminas.

Ex.: ouro, chumbo, prata, zinco, ferro... (são bastante maleáveis).

f) ductilidade é a propriedade do material poder ser transformado em fio.

Ex.: fio de cobre, fio de alumínio...

1.4.3) Propriedades Organolépticas

São as propriedades que podem impressionar os nossos sentidos.

a) Cor  propriedade percebida pela visão.

Ex.: o ouro é amarelo, a água é incolor...

b) Brilho  propriedade percebida pela visão.

Ex.: um metal polido é brilhante, isto é, reflete a luz; já a madeira é fosca.

c) Sabor  propriedade percebida pelo paladar.

Ex.: o açúcar é doce, o cloreto de sódio é salgado, a água é insípida (sem


sabor)...

d) Odor  propriedade percebida pelo olfato.

Ex.: o gás sulfídrico tem cheiro de ovo podre, a água é inodora.

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21

1.5) Fase
Porção homogênea de um material.

a) mistura homogênea  água + pouco sal

b) mistura heterogênea  água + sal

1.6) Fenômenos físicos e químicos


1.6.1) Fenômeno

Fenômeno é qualquer mudança que ocorra num determinado sistema (algo


submetido à observação).

a) Fenômeno físico  não altera a natureza do material.

Obs.: qualquer mudança de estado de agregação


é fenômeno físico.

b) Fenômeno químico  altera a natureza do material.

Obs.: Os fenômenos químicos recebem a


denominação geral de reações químicas.

1.6.2) Equação Química

É a representação gráfica e abreviada de uma reação química.

A equação química é:

2 H2 + 1O2  2H2O

reagentes produtos

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22

(1 membro) (2 membro)

(desaparecem) (aparecem)

Os números assinalados (2,1,2) são os coeficientes de equação e se tornam


necessários para que se iguale o número de átomos de cada elemento químico em
ambos os membros da equação química.

1.6.3) Rearranjo dos Átomos numa Reação Química

Para que ocorra uma reação química, é preciso desfazer as moléculas dos
reagentes e dispor seus átomos segundo um novo arranjo (formação de novas
espécies de moléculas).

Dessa forma, alterar a natureza da substância equivale a modificar a molécula da


substância.

1.7) Reação Química


Reação química é a transformação de uma ou mais substâncias, chamadas
reagentes em novas substâncias, chamadas produtos.

Obs.: Todo fenômeno químico é uma reação química.

1.7.1) Reagentes e Produtos

Reagentes são substâncias que sofrem o fenômeno químico (substâncias


presentes no estado inicial, que “somem” durante a reação).

Produtos são as substâncias que se formam numa reação química (substâncias


que “surgem” no estado final).

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23

1.7.2) Representação esquemática de uma reação química

estado inicial estado final

mudança

reagentes produtos

(reação química)

1.7.3) Tipos de Reações Químicas

a) Reação de síntese (ou composição)

É aquela onde temos mais de um reagente e um só produto de reação. A síntese


pode ser total, quando os reagentes são substâncias simples ou pode ser parcial,
quando os reagentes são substâncias compostas.

Ex.: _ síntese total: 2H2 + O2  2H2O

A + B  AB

_ síntese parcial: HCl + NH3  NH4 Cl

b) Reação de análise (ou decomposição)

É aquela onde temos um só reagente e mais de um produto de reação. A análise


pode ser total, quando os produtos obtidos correspondem a substâncias simples; ou
pode ser parcial, quando os produtos obtidos ainda são substâncias compostas.

eletricidade
Ex.: _ análise total: 2H2O 2H2 + O2

AB  A + B

_ análise parcial: CaCO3 CaO + CO2

c) Reação de Simples-Troca (ou deslocamento)

É aquela em que um elemento mais reativo desloca outro elemento menos


reativo de uma substância composta.

Ex.: A + BC  AC + B

2 Na + 2H2O  2 NaOH + H2

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24

d) Reação de Dupla-Troca

É aquela que ocorre entre dois compostos que permutam entre si cátions e
ânions.

Ex.: AB + CD  AD + CB

AgNO3 + NaCl  AgCl + NaNO3

e) Reação de Óxido-Redução

É aquela que ocorre com transferência de elétrons de um elemento para outro


elemento. A variação de número de oxidação evidencia a transferência de elétrons.

Ex.: 2KMnO4 + 5K2SO3 + 3H2 SO4  2MnSO3 + 6K2SO4 + 3H2O

1.8) Fórmulas
Assim como os símbolos representam os átomos, as fórmulas representam as
moléculas.

1.8.1) Fórmula molecular

É a fórmula que indica o número de átomos de cada elemento na molécula.

A fórmula molecular da glicose é C6H12O6 . Isso significa que, na molécula de


glicose, existem 6 (seis) átomos de carbono, 12 (doze) átomos de hidrogênio e 6 (seis)
átomos de oxigênio.

1.8.2) Fórmula mínima

É a fórmula que indica a proporção mínima de átomos de cada elemento. Na


fórmula mínima, esta proporção é expressa pelos menores números inteiros possíveis.
A fórmula mínima também é conhecida como fórmula empírica ou estequiométrica. A
fórmula mínima é a fórmula molecular simplificada.

Note que, a partir da fórmula mínima, conhecendo-se a massa molecular (MM)


do composto, sabemos a fórmula molecular.

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25

F. Mínima M.M. F. Molecular

CH2O 30 C H2 O

CH2O 60 C2 H4 O2

CH2O 90 C3 H6 O3

CH2O 180 C6 H12O6

1.8.3) Fórmula percentual (em massa)

É a fórmula que indica as porcentagens em massa de cada elemento constituinte


da substância.

No caso da glicose (C6 H12 O6), a fórmula percentual é:

C  40,0 %

H  6,7 %

O  53,3 %

1.8.4) Quadro Resumo

Substância Fórmula Molecular Fórmula Mínima Fórmula Percentual

glicose C6 H12 O6 CH2O C= 40 %; H= 6,7 %; O= 53,3 %

ácido sulfúrico H2 SO4 H2 SO4 H= 2,04 %; S= 32,65 %; O= 65,30 %

água H2 O H2 O H= 11,11 %; O= 88,89 %

água oxigenada H 2 O2 HO H= 5,88 %; O= 94,11 %

eteno C2 H4 C H2 C= 85,71 %; H= 14,29 %

buteno C4 H8 C H2 C= 85,71 %; H= 14,29 %

benzeno C6 H6 CH C= 92,31 %; H= 7,69 %

butano C4 H10 C2 H5 C= 82,75 %; H= 17,25 %

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26

Note que substâncias diferentes, com a mesma fórmula


mínima, têm também a mesma fórmula percentual.

1.9) Alotropia
Os elementos não devem ser confundidos com as substâncias simples
correspondentes, visto que são entes distintos. Um exemplo bastante elucidativo é
dado pelo carbono e as substâncias simples grafita e diamante. A expressão átomos
de carbono significa átomos de Z = 6: não existe a substância carbono, bem como não
há átomos de grafita ou diamante.

Obs.: Número atômico (Z) é o número de prótons no núcleo. Cada elemento tem o seu
número atômico.

Um elemento químico pode dar origem a diversas substâncias simples. Tais


substâncias são denominadas variedades ou formas alotrópicas do elemento
considerado e, como exemplo, podemos citar:

Elemento Formas alotrópicas

oxigênio oxigênio O2

ozônio O3

enxofre enxofre  (rômbico) S8

enxofre  (monoclínico) S8

fósforo fósforo branco P4

fósforo vermelho Pn

carbono grafita Cn

diamante Cn

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27

1.9.1) Diferença entre alótropos

Os estados alotrópicos de um elemento podem diferir:

a) na atomicidade da molécula  é o que acontece com o oxigênio e o ozônio, cujas


moléculas possuem atomicidade igual a 2 e 3, respectivamente.

b) na estrutura cristalina  como acontece com a grafita e o diamante, que cristalizam


respectivamente nos sistemas hexagonal e cúbico.

1.9.2) Propriedades físicas

As propriedades físicas dos alótropos de cada elemento são sempre diferentes,


como observamos pelos dados abaixo:

_ o oxigênio é um gás incolor e inodoro, de densidade 1,429 g / litro (a CNTP) que


funde a -218,8 C e ferve a - 183,0 C.

_ o ozônio é um gás azul e de odor irritante, de densidade 2,144 g / litro (a CNTP) que
funde a - 249,6 C e ferve a - 112,3 C.

Obs.: CNTP  condições normais de temperatura e pressão


(0 C e 1 atm).

1.9.3) Propriedades químicas

Diferem apenas no que diz respeito aos aspectos energéticos e às velocidades


com que as reações ocorrem. Assim, por exemplo, os fósforos branco e vermelho
reagem ambos:

_ com o oxigênio em excesso, formando anidrido fosfórico;

_ com o cloro, formando os cloretos de fósforo;

_ com o ácido nítrico, formando o ácido fosfórico.

Todavia, a variedade branca reage mais facilmente que a vermelha.

No caso do carbono, tanto a grafita como o diamante reagem com oxigênio,


formando gás carbônico. A diferença está apenas na quantidade de energia liberada:

_ usando grafita

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28

C + O2  CO2 + 94052 calorias

_ usando diamante

C + 02  CO2 + 94502 calorias

Notamos, então, que a queima do diamante libera mais energia (é mais exotérmica)
que a queima da grafita.

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29

Neste módulo, abordamos:

 Conceitos de matéria, corpo, substância, elemento químico, sistema,

propriedades características e molécula.

 Separação de misturas heterogêneas e homogêneas.

 Estados físicos e suas mudanças.

 Curvas de aquecimento e de resfriamento.

 Propriedades dos materiais: gerais, específicas e organolépticas.

 Fenômenos físicos e químicos.

 Reações químicas.

 Fórmulas: molecular, mínima e percentual.

 Alotropia por: atomicidade e estrutura cristalina.

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30

COSENDEY, S. M. Química. Santo Antônio de Pádua, Curso Miller Cosendey, v.1 e


v.2

BRADY, J. E. Química Geral. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, v. 1

RUSSEL, J. B. Química Geral. São Paulo, Makron Books

MASTERTON W. I. L. Princípios de Química. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e


Científicos
EBBING, P. D. Química Geral. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos

FELTRE R. Fundamentos da Química. São Paulo, Editora Moderna

SARDELLA, A. Curso de Química. São Paulo, Editora Ática, v. 1

ROSENBERG, J. E. Química Geral. Bookman.

HARRIS, D. C. Análise Química Quantitativa. LTC.

ATKINS, P. Físico-Química_Fundamentos. Rio de Janeiro, LTC.

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31

MÓDULO 1

1) Bolinhas de naftalina, ao serem colocadas em armários, com o decorrer do


tempo diminuem de tamanho. A causa desse comportamento reside no
fenômeno de:
a) condensação
b) congelação
c) fusão
d) sublimação
e) liquefação

2) Bronze, gelo seco e diamante são, respectivamente, exemplos de:


a) mistura, substância simples e substância composta
b) mistura, substância composta e substância simples
c) substância composta, mistura e substância simples
d) substância composta, substância simples e mistura
e) substância simples, mistura e substância composta

3) Indique a alternativa que representa um processo químico.


a) dissolução de cloreto de sódio em água
b) fusão da aspirina
c) destilação fracionada de ar líquido
d) corrosão de uma chapa de ferro
e) evaporação de água do mar

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32

4) Se estes materiais: ar, iodo, gás carbônico, latão, naftaleno e ouro 18 quilates,
forem classificados em substâncias puras e misturas, pertencerão ao grupo as
substâncias puras:
a) ar, gás carbônico e latão
b) iodo, ouro 18 quilates e naftaleno
c) gás carbônico, latão e iodo
d) ar, ouro 18 quilates e naftaleno
e) gás carbônico e naftaleno

5) Classifique as misturas, de acordo com as alternativas:


( 1 ) mistura homogênea gasosa ( ) gás de botijão

( 2 ) mistura homogênea líquido e sólido ( ) ar atmosférico

( 3 ) mistura heterogênea sólido e gás ( ) água do mar filtrada

( ) ar atmosférico filtrado

a) 1 , 3 , 2 , 1
b) 1 , 2 , 3 , 2
c) 2 , 1 , 2 , 3
d) 2 , 3 , 1 , 2
e) 2 , 2 , 1 , 1

6) Aquecendo uma fita de magnésio até a combustão, notamos o desprendimento


de fumaça, restando um pó branco. Isso é exemplo de fenômeno:
a) físico, pois alterou a estrutura do magnésio
b) químico, pois houve a formação de novas substâncias
c) físico, pois podemos juntar o pó branco e a fumaça, recuperando o
magnésio
d) químico, pois alterou a estrutura do magnésio
e) não é exemplo de fenômeno.

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33

7) Podemos riscar uma chapa de ferro com um diamante. Batendo com um martelo
no diamante e na chapa de ferro, o diamante se despedaça e a chapa de ferro
nada sofre. Explique esses fatos.

8) Três frascos de vidro transparentes, fechados, de formas e dimensões iguais,


contêm - cada um - a mesma massa de líquidos diferentes. Um contém água, o
outro clorofórmio e o terceiro etanol. Os três líquidos são incolores e não
preenchem totalmente os frascos, os quais não têm nenhuma identificação. Sem
abrir os frascos, como você faria para identificar as substâncias? A densidade de
cada um dos líquidos, à temperatura ambiente, é 1,0 g/cm3 (água), 1,4 g/cm3
(clorofórmio) e 0,8 g/cm3 (etanol).

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ATOMÍSTICA

MÓDULO 2
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO

O átomo será estudado com suas subdivisões e suas partículas atômicas.

Será visto que o número atômico é a identidade atômica de cada átomo.

O nosso Sistema Solar pode ser comparado ao átomo com os movimentos de


translação e de rotação. O Sol seria o núcleo e os planetas seriam os átomos. Os
elétrons, ao girarem em torno do núcleo, fazem translação e, ao girarem em torno de si
mesmos, fazem rotação.

OBJETIVOS DO MÓDULO

Esperamos que, após o estudo do conteúdo deste módulo, você seja capaz de:
 Estudar a estrutura atômica e diferenciar átomo, camadas, subníveis e orbitais.
 Conhecer os números quânticos.
 Diferenciar elemento químico de símbolo químico.
 Definições de números atômicos e de massa.
 Diferenciar isótopos, isóbaros e isótonos.
 Diferenciar átomo neutro e íon.
 Introduzir Tabela Periódica.

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35

2.1) Estrutura atômica


Estudaremos o átomo.

O átomo é formado por núcleo (prótons e nêutrons) e eletrosfera (elétrons).

A partícula próton tem carga positiva (+).

A partícula nêutron não tem carga.

A partícula elétron tem carga negativa (-).

Os elétrons têm movimentos de rotação e de translação em torno do núcleo.

O raio do átomo (R), medido pelo seu elétron mais externo, é aproximadamente
10.000 vezes maior que o raio do núcleo (r).

R ≈ 10000 . r

A massa do próton ( mp ) é aproximadamente igual à massa do nêutron (mn), e


esta é aproximadamente 1.840 vezes maior que a massa do elétron ( m e).

mp ≈ mn ≈ 1840 . me

A eletrosfera é formada por camadas (ou níveis). As camadas por subníveis (ou
subcamadas). E os subníveis por orbitais.

2.1.1) Camadas

camadas número quântico principal número máximo de elétrons


(n)
K 1 2
L 2 8
M 3 18
N 4 32
O 5 32
P 6 18
Q 7 8

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36

2.1.2) Subníveis

subníveis número quântico secundário número máximo de elétrons


(l)
s 0 2
p 1 6
d 2 10
f 3 14

2.2.3) Camadas e subníveis

camadas subníveis número máximo de elétrons


K s 2 = 2
L sp 2+6 = 8
M spd 2 + 6 + 10 = 18
N spdf 2 + 6 + 10 + 14 = 32
O spdf 2 + 6 + 10 + 14 = 32
P spd 2 + 6 + 10 = 18
Q sp 2+6 = 8
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2.2.4) Subníveis e orbitais

subníveis número de orbitais números quânticos magnéticos


(m)
s 1 0
p 3 -1 0 +1
d 5 -2 -1 0 +1 +2
f 7 -3 -2 -1 0 +1 +2 +3

2.2.5) Orbitais

Orbital é a região onde há grande probabilidade de o elétron ser encontrado.

Os elétrons serão representados por flechas verticais com sentidos contrários.

Cada orbital comporta no máximo 2 (dois) elétrons com spin (rotações)


contrárias.

↑↓ ou ↓↑

- +
½ ½

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37

Os números quânticos spin informam as rotações dos elétrons no orbital e são


- +
representados por ½ ou ½.

Num subnível, todos os orbitais devem receber seu primeiro elétron, antes do
primeiro orbital receber seu segundo elétron.

Ex.: subnível d, com 6 (seis) elétrons.

correto:

↑↓ ↑ ↑ ↑ ↑

errado:

↑↓ ↑↓ ↑↓

2.2) Elemento químico


É o conjunto de átomos de mesmo número atômico.

Para cada elemento, foram estabelecidos um nome e um símbolo que o


representam.

2.3) Símbolo químico


É a representação gráfica da classe de átomos que constitui esse elemento.

Ex.:

H – hidrogênio

K – potássio

Na – sódio

Mn – manganês

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38

2.4) Número atômico ( Z )


É o número de prótons ( p ) no núcleo. O Z é a identidade atômica do átomo.

Z = p

Átomos com mesmo Z são do mesmo elemento químico, logo possuem o


mesmo símbolo químico.

O Z deve ser colocado como índice inferior.

ZX ou XZ

2.5) Número de massa ( A )


É o número correspondente à soma das quantidades de prótons ( p ) e de
nêutrons ( n ) no núcleo.

A = p + n

Como:

Z = p

Substituindo, teremos:

A = Z - n

Então:

A - Z = n

O A deve ser colocado como índice superior.

A
X ou XA

2.6) Isótopos
_ diferentes n.
São átomos com:
Ex.:
_ mesmo Z;
35 37
_ diferentes A; 17Cl e 17Cl

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39

2.7) Isóbaros
São átomos com: _ diferentes Z;

_ diferentes Z; _ diferentes A;

_ mesmo A; _ mesmo n.

_ diferentes n.

Ex.: Ex.:
40 40
18Ar e 20Ca 11 12
5B e 6C

n = 11 – 5 n = 12 – 6

n=6 n=6

2.8) Isótonos
São átomos com:

2.9) Átomo neutro


É quando a quantidade de prótons é igual à quantidade de elétrons no átomo.
Então, o átomo é um sistema eletricamente neutro.

e=p

2.10) Íon
e≠p

Os íons podem ser:

_ cátion → cede elétron, ficando positivo ( + )

Ex: Na1+

_ ânion → recebe elétron, ficando negativo ( - )

Ex: O2-

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2.11) Tabela periódica


Apresenta:

_ linhas horizontais → períodos (camadas)

_ linhas verticais → famílias (grupos)

A Tabela divide-se em:

_ hidrogênio

_ metais

_ ametais

_ gases nobres

Nomenclatura:

_ família 1A ( sem H) ou 1 → alcalinos

_ família 2A ou 2 →alcalinos terrosos

_ família 6A ou 16 → calcogênios

_ família 7A ou 17→ halogênios

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41

Neste módulo, abordamos:

 Estrutura atômica: átomo, camadas, subníveis, orbitais e números quânticos.

 Elemento e símbolo químicos.

 Números atômicos e de massa.

 Diferença entre Isótopos, isóbaros e isótonos.

 Diferença entre átomo neutro e íon.

 Introdução à Tabela Periódica.

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42

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v.2

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Científicos

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FELTRE R. Fundamentos da Química. São Paulo, Editora Moderna

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HARRIS, D. C. Análise Química Quantitativa. LTC.

ATKINS, P. Físico-Química_Fundamentos. Rio de Janeiro, LTC.

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43

MÓDULO 2

1) Os átomos A e B são isóbaros. Um terceiro átomo C é isótono de B. Tem-se,


então:
x
20 A 19 B 40 21 Cy

onde:

a) x = 40 e y = 40
b) x = 40 e y = 41
c) x = 40 e y = 42
d) x = 41 e y = 40
e) x = 41 e y = 42
2) Sendo dados os íons ( 15 A 31 ) 3- e ( 20 B 40 ) 2+, podemos afirmar que:
a) A e B são isótopos
b) A e B são isoeletrônicos
c) A possui 31 nêutrons e B possui 40 nêutrons
d) A é um cátion e B é um ânion
e) Possuem o mesmo número de nêutrons
3) Um elétron que apresenta n = 6 e m = -2 poderá estar:
a) em um orbital “ s “ no terceiro nível de energia
b) em um orbital “ p “ no terceiro nível de energia
c) em um orbital “ f “ no terceiro nível de energia
d) em um orbital “ p “ no sexto nível de energia
e) em um orbital “ d “ no sexto nível de energia

4) Um átomo tem número de massa 31 e 16 nêutrons. Qual o número de elétrons


no seu nível mais esterno?
a) 2
b) 4
c) 5
d) 3
e) 8

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5) O número máximo de orbitais atômicos correspondentes ao número quântico


principal “n “ é:
a) N
b) 2n
c) 2n + 1
d) n2
e) 2n2

6) Sabendo-se que a configuração eletrônica do último nível quântico de um


elemento é 4s2 4p2, pode-se afirmar:
a) seu número atômico é 4
b) o elemento possui 32 prótons no núcleo
c) o elemento tem mais prótons no núcleo
d) o número de massa do elemento é igual ao número atômico mais 4
unidades
e) seu subnível mais energético é o 4s

7) Se o subnível mais energético de um átomo é o 4s1, pergunta-se:


a) qual o total de elétrons desse átomo?
b) quantas camadas possui esse átomo?
c) qual a sua configuração eletrônica?

8) Dados três átomos (A, B e C), notamos que: A e B são isótopos; A e C são
isótonos e B e C são isóbaros. Sabemos, ainda, que:
_ a soma dos números de prótons existentes em A, B e C é 79;

_ a soma dos números de nêutrons existentes em A, B e C é 88;

_ o número de massa de A é 55.

Calcular os números atômicos e os números de massa de A, B e C.

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45

LIGAÇÕES QUÍMICAS

MÓDULO 3
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO
Através das ligações químicas, conseguimos entender como as substâncias são
formadas, pois os átomos - ao se unirem - “doam e recebem elétrons entre si”, ou
“compartilham elétrons”.

OBJETIVOS DO MÓDULO

Esperamos que, após o estudo do conteúdo deste módulo, você seja capaz de:

 Conhecer as ligações químicas interatômicas e intermoleculares;


 Representar a ligação química interatômica iônica;
 Representar a ligação química interatômica covalente: simples e dativa.

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46

3.1) Ligações químicas

Temos dois tipos de ligações químicas:

_ as ligações químicas interatômicas → é a ligação entre átomos;

_ as ligações químicas intermoleculares → é a ligação entre moléculas.

Um átomo adquire estabilidade quando possui 8 (oito) elétrons na camada


eletrônica mais externa (ou 2 elétrons, quando possui apenas a camada K).

3.1.1) Ligações interatômicas

As ligações interatômicas podem ser:

_ ligação iônica → é a ligação entre metais e ametais;

_ ligação covalente (simples e dativa) → é a ligação entre ametais e ametais ou entre


ametais e hidrogênio;

_ ligação metálica → é a ligação entre metais e metais.

3.1.2) Ligações intermoleculares

Nos agregados iônicos, os íons estão presos por forças de coesão, de caráter
elétrico, responsáveis pela natureza sólida e pelos altos pontos de fusão e de ebulição
que caracterizam os agregados.

Já os compostos covalentes aparecem nos três estados físicos. Nas substâncias


covalentes gasosas, a separação entre as moléculas é muito grande, evidenciando
forças de coesão muito fracas e, por isso mesmo, fáceis de serem rompidas. Nos
líquidos, a coesão é mais intensa. As moléculas nem estão totalmente presas, nem se
separam, mas deslizam umas sobre as outras. Nos sólidos, a coesão é maior ainda, e
as moléculas não se movimentam umas sobre as outras.

As ligações intermoleculares podem ser:

_ forças de Van der Waals;

_ pontes de H;

_ dipolo-dipolo.

A seguir, estudaremos somente as ligações químicas iônicas e covalentes.

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47

3.3.1) Ligação química iônica

O metal “doa”o elétron, e o ametal “recebe” o elétron doado.

Exemplo:

a) 11Na e 17Cl

Na → K 2,L 8,M 1 → 1 elétron na última camada → doa 1 elétron → Na1+

Cl → K 2,L 8,M 7 → 7 elétrons na última camada → recebe 1 elétron → Cl1-

Logo: Na1+Cl1- ( o cátion fica à esquerda; e o ânion, à direita)

A fórmula será: NaCl

b) 19K e 16S

K→K 2,L 8,M 8,N 1 → 1 elétron na última camada → doa 1 elétron → K1+

S→K 2,L 8,M 6 → 6 elétrons na última camada → recebe 2 elétrons → S 2-

Necessitaremos de dois K para se ligarem ao S.

Logo: K21+S2-

A fórmula será: K2S

3.3.2) Ligação química covalente

Ocorre compartilhamento de par de elétrons. Os elétrons querem somente


“receber” elétrons.

Exemplo:

a) CO2

C→K 2,L 4 → 4 elétrons na última camada → recebe 4 elétrons

O→K 2,L 6 → 6 elétrons na última camada → recebe 2 elétrons

Logo, todos querem “receber” elétrons.

A fórmula estrutural será:

O═C═O

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48

3.3.2.1) Ligação covalente simples

Os elétrons do par vêm de átomos diferentes.

3.3.2.1) Ligação covalente dativa

Os elétrons do par vêm do mesmo átomo.

Exemplo:

a) H2SO4

Na → K 1 → 1 elétron na última camada → recebe 1 elétron

S→K 2,L 8,M 6 → 6 elétrons na última camada → recebe 2 elétrons

O→K 2,L 6 → 6 elétrons na última camada → recebe 2 elétrons

Logo, todos querem “receber” elétrons.

A fórmula estrutural será:

H─O─ S─ O─ H

Devemos, primeiro, fazer todas as ligações covalentes simples possíveis.

Depois, fazemos as ligações covalentes dativas, com os elementos que


ainda não fizeram ligação alguma.

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49

Neste módulo, abordamos:

_ ligações químicas interatômicas e intermoleculares.

_ ligação química interatômica iônica.

_ ligação química interatômica covalente: simples e dativa.

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50

COSENDEY, S. M. Química. Santo Antônio de Pádua, Curso Miller Cosendey, v.1 e


v.2

BRADY, J. E. Química Geral. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, v. 1

RUSSEL, J. B. Química Geral. São Paulo, Makron Books

MASTERTON W. I. L. Princípios de Química. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e


Científicos

EBBING, P. D. Química Geral. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos

FELTRE R. Fundamentos da Química. São Paulo, Editora Moderna

SARDELLA, A. Curso de Química. São Paulo, Editora Ática, v. 1

ROSENBERG, J. E. Química Geral. Bookman.

HARRIS, D. C. Análise Química Quantitativa. LTC.

ATKINS, P. Físico-Química_Fundamentos. Rio de Janeiro, LTC.

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51

MÓDULO 3

1) Sejam os números: X com 53 elétrons e Y com 38 elétrons. Depois de fazermos


a distribuição eletrônica, podemos afirmar que o composto mais provável entre
os dois elementos é:
a) Y3X2
b) YX2
c) Y2X3
d) Y2X
e) YX

2) Quando o elemento X do subgrupo 2A combina-se com outro elemento Y do


subgrupo 7A da Tabela Periódica, o composto formado tem fórmula e ligação:
a) XY2 , covalente
b) X2Y , iônica
c) X2Y , covalente
d) X2Y3 , iônica
e) XY2 , iônica

3) Qual será a fórmula de um provável composto entre o fósforo e o cloro?


a) PCl
b) PCl2
c) PCl3
d) P2Cl
e) P2Cl3

4) A fórmula molecular de uma substância é QR2. A molécula desta substância


apresenta somente ligações covalentes simples Os números atômicos dos
elementos Q e R, que constituem a substância QR2, podem ser,
respectivamente:
a) 12 e 16

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52

b) 56 e 35
c) 16 e 8
d) 8 e 9
e) 20 e 9

5) O nível de valência do elemento A é s2p4 e o elemento B é s1. O composto


resultante da combinação destes elementos será (os elementos A e B
encontram-se no 3º período):
a) B2A , com ligação iônica
b) B2A , com ligação covalente
c) A2B , com ligação iônica
d) A2B , com ligação covalente
e) A2B3 , com ligação iônica

6) Qual a alternativa em que aparece um composto que possui ligação covalente


dativa?
a) KBr
b) H2S
c) BaCl2
d) Cl2O7
e) HCl

7) Os elementos A, B e C têm - respectivamente - números atômicos z, z+ 1 e z +


2. O elemento B é inerte. A e C formam um composto. Que tipo de ligação se
pode prever neste composto?

8) As ligações químicas responsáveis pela formação de compostos químicos são


de natureza predominantemente:

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53

ELETRÓLISE

MÓDULO 4
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO
Serão apresentadas as Teorias de Arrhenius, Bronsted-Lowry e Lewis,
conceituando e diferenciando as funções inorgânicas: ácido, base e sal.

OBJETIVOS DO MÓDULO

Esperamos que, após o estudo do conteúdo deste módulo, você seja capaz de:

 Conhecer eletrólitos e não-eletrólitos (com hífen mesmo??..termo técnico?).


 Reconhecer soluções condutoras e não-condutoras (com hífen mesmo??).de
corrente elétrica.
 Conceitos de Ácido, Base e Sal segundo a Teoria de Arrhenius.
 Conhecer as Teorias de Bronsted-Lowry e de Lewis (Teoria Eletrônica)

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4.1) Eletrólitos e não-eletrólitos


4.1.1) Soluções condutoras e não-condutoras de corrente elétrica

Para explicar o fato de que algumas soluções conduzem corrente elétrica e


outras não, surgiu ainda - no século XIX - a Teoria da Dissociação Eletrolítica de
Arrhenius, a qual nos informa que uma substância, ao ser colocada na água, vai se
subdividindo em partículas menores.

Para alguns compostos, como o açúcar, essa divisão para nas moléculas.
Como as moléculas de açúcar são eletricamente neutras, não há condução de corrente
elétrica.

Em outros compostos, como o NaCl, a divisão dá origem a íons. O


aparecimento dos íons torna a solução condutora de corrente elétrica.

a) Soluções não-eletrolíticas ou moleculares


Verifica-se, experimentalmente, que são não-condutoras de corrente elétrica
as soluções aquosas de açúcar, álcool, éter, etc. Essas soluções são chamadas de
não-eletrolíticas ou moleculares e os compostos (açúcar, álcool, éter), de não-
eletrólitos.

b) Soluções Eletrolíticas
Verifica-se, experimentalmente, que são condutoras de corrente elétrica as
soluções aquosas de NaCl, KI, NaOH, HCl, etc. Essas soluções são chamadas de
eletrolíticas e os compostos (NaCl, KI, NaOH, HCl), de eletrólitos.

A explicação para o fato de as soluções de NaCl, KI, NaOH e Hcl


conduzirem corrente elétrica é a transformação que ocorre quando esses compostos
são colocados na água.

H2O H2O

NaCl  Na+ + Cl- NaOH  Na+ + OH-

H2O H2O

KI  K+ + I- HCl  H+ + Cl-

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Desde o século XIX, com base na Teoria de Arrhenius, já se admitia que essas
transformações fossem reversíveis, ou seja, ocorriam simultaneamente nos dois
sentidos. Daí, serem equacionadas com dupla seta (  ).

4.1.2) Os eletrólitos

Os chamados eletrólitos (compostos que, quando colocados na água, dão origem


a soluções eletrolíticas, podem ser de natureza iônica ou de natureza covalente).

a) Eletrólitos de Natureza Iônica

Neste caso, os íons já existem no composto em estado sólido, formando uma


rede, um retículo.

Os compostos iônicos são todos sólidos nas condições ambientes. No estado


sólido, não conduzem corrente elétrica, pois os íons estão presos no retículo.

Quando se coloca o eletrólito na água, ou quando se funde o composto, esse


retículo se quebra.

H2O

NaCl  Na+ + Cl-

fusão

NaCl  Na+ + Cl-

Obs.: Ao processo de separação dos íons dá-se o nome de dissociação iônica.

b) eletrólitos Covalentes (Moleculares)

Quando colocamos certos compostos covalentes (moleculares) na água,


ocorre uma reação entre o eletrólito e a água, dando origem aos íons que tornam a
solução condutora de corrente elétrica.

Por exemplo: ao colocarmos HCl na água, ocorre a reação abaixo


equacionada:
56

HCl + H2O  H3O+ + Cl-

O íon H3O+ (hidroxônio ou hidrônio) nada mais é que íon H+ (próton) ligado à
molécula de H2O. Uma simplificação dessa reação muito utilizada é:

HCl  H+ + Cl-

Como se observa nos compostos de natureza covalente, a formação dos


íons dá-se através de uma reação. Esses íons não existiam anteriormente no composto
HCl. A esse processo de formação de íons dá-se o nome de ionização.

Obs.:

a) dissociação - separação de íons de um retículo cristalino

H2O

Ex.: NaCl  Na+ + Cl-

b) ionização - formação de íons através de reação entre a molécula do retículo e a


da água.

Ex.: HCl + H2O  H3O+ + Cl-

4.2) Conceito de Ácido segundo a Teoria de Arrhenius


Ácido é toda substância que, em solução aquosa, liberta como cátion somente
íons H+ (ou H3O+). O íon H3O+ é o hidroxônio ou hidrônio.

Exemplos: HCl + H2O  H3O+ + Cl-

HNO3 + H2O  H3O+ + NO3-

Essas equações podem ser simplificadas:

HCl  H+ + Cl-

HNO3  H+ + NO3-

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57

Obs.: Ácidos são compostos covalentes (moleculares), de natureza


polar. Na água, sofrem ionização.

4.2.1) Hidrogênio Ionizável ou Hidrogênio Ácido

O hidrogênio do ácido, que se transforma em H+ (ou H3O+), é chamado


hidrogênio ionizável.

Os dois ácidos anteriormente exemplificados têm, cada um, apenas um


hidrogênio ionizável.

No caso de ácido com mais de um átomo de hidrogênio ionizável, a ionização


ocorre em etapas. Os mais importantes, com suas equações simplificadas, são:

H2SO4  H+ + HSO4-1 (1a etapa)

HSO4  H+ + SO4-2 (2a etapa) +

H2SO4  2H+ + SO4-2 (equação global, soma)

H3PO4  H+ + H2PO4-1 (1a etapa)

H2PO4-1  H+ + HPO4-2 (2a etapa)

HPO4-2  H+ + PO4-3 (3a etapa) +

H3PO4  3H+ + PO4-3 (equação global, soma)

H2CO3  H+ + HCO3- (1a etapa)

HCO3-  H+ + CO3-2 (2a etapa) +

H2CO3  2H+ + CO3-2 (equação global, soma)

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58

Alguns ácidos têm átomos de hidrogênio não-ionizável. São átomos de


hidrogênio não ligados a oxigênio. Os mais importantes são:

H3PO3 H O Este ácido tem dois hidrogênios ionizáveis.

H O PO

H3PO2 H O Este ácido tem um hidrogênio ionizável.

H P O

4.3) Conceito de Base segundo a Teoria de Arrhenius

Base é toda substância que, em solução aquosa, liberta como ânion somente
íon OH- (hidróxido).

Ex.: H2O

NaOH  Na+ + OH-

H2O

Ca(OH)2  Ca++ + 2OH-

Obs.: Bases são compostos iônicos. Na água, sofrem dissociação.

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59

4.4) Conceito de Sal segundo a Teoria de Arrhenius


Sal é todo composto que apresenta um cátion proveniente de uma base e um
ânion proveniente de um ácido. Os sais são compostos iônicos.

Ex.: NaOH  Na+ + OH-

HCl  H+ + Cl-

Na+Cl- é um sal. O Na+ é o cátion proveniente de base (NaOH) e o Cl- é o ânion


proveniente do ácido (HCl).

Podemos dizer que os sais resultam da reação entre um ácido e uma base com
formação de água.

Ácido + Base  Sal + Água

HCl + NaOH  NaCl + H2O

Obs.: Sais são compostos iônicos. Na água, sofrem dissociação.

4.4.1) Equação de Neutralização segundo a Teoria de Arrhenius

Na reação entre um ácido e uma base, devemos levar em conta alguns


conceitos:

a) Ácidos são compostos covalentes e, em solução aquosa, estão ionizados. Assim, na


reação, o HCl deve aparecer como H+ e Cl-.

b) Bases são compostos iônicos e, em solução aquosa, estão dissociados. Assim, na


reação, o NaOH deve aparecer como Na+ e OH-.

c) Sais são compostos iônicos e, em solução aquosa, estão dissociados. Assim, na


reação, o NaCl deve aparecer como Na+ e Cl-.

4.5) Teoria de Bronsted-Lowry


Ácido é toda espécie molecular ou iônica capaz de ceder H+ (próton). Os ácidos
são protogênicos.

Base é toda espécie molecular ou iônica capaz de receber H+ (próton). As bases


são protofílicas.

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60

Um ácido1 - ao ceder próton - transforma-se numa base2, assim como uma base1
- ao receber próton - é transformada num ácido2. Esses pares são chamados de
ácidos-base conjugados.

Ex.:

a) HI + H2O  H3O+ + I-

ácido1 base1 ácido2 base2

b) HCl + NH3  NH4 + Cl-

ácido1 base1 ácido2 base2

c) NH3 + H2O  NH4 + OH-

base1 ácido1 ácido2 base2

Obs.: A água, no exemplo (a), funcionou como base; e no exemplo (c), como ácido. As
moléculas ou íons que apresentam duplo comportamento, funcionando como ácido ou
como base, recebem a denominação de anfóteros ou anfipróticos.

4.6) Teoria de Lewis (Teoria Eletrônica)


Ácidos são espécies (moléculas, átomos ou íons) que recebem um par
eletrônico disponível de outra espécie, pela formação de uma ligação dativa. Os
ácidos de Lewis são espécies eletrófilas, ou seja, têm afinidade por elétrons.

Bases são espécies que oferecem pares eletrônicos da sua estrutura,


disponíveis, pela formação de uma ligação dativa. As bases de Lewis são espécies
nucleófilas, ou seja, têm afinidade por espécies eletricamente positivas.

O conceito de Lewis é mais amplo do que os conceitos de Arrhenius e de


Bronsted_Lowry; pois, além de englobá-los, ainda se aplica a novas reações.

Exemplo:

BF3 + F-  BF4-

a) pela fórmula eletrônica, temos:

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61

_ ácido (BF3) → B está com seis elétrons, portanto, pode receber mais dois;

_ base (F-)→ oferece o compartilhamento de seus pares eletrônicos.

b) pela fórmula estrutural:

F-

F─ B ─ F + F-  F─B─F

│ │

F F

Obs.: O fluoreto de boro (BF3) é ácido e o íon fluoreto (F-) é


base, segundo Lewis.

4.7) Concluindo
HCl + H2O  H3O+ + Cl-

a) Segundo Arrhenius
HCl é ácido  fornece H3O+ em solução aquosa.

H2O não é classificada nem como ácido nem como base.

b) Segundo Bronsted-Lowry
HCl é ácido  é doador de prótons (H+) à água.

H2O é base  recebe os prótons.

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62

Os pares conjugados ácidos-base são:

_ primeiro par conjugado  HCl / Cl

_ segundo par conjugado  H3O+ / H2O

ácido1 + base1  base2 + ácido2

_ primeiro par conjugado  ácido1 / base2

_ segundo par conjugado  base1 / ácido2

c) Segundo Lewis
HCl é ácido  hidrogênio recebe um par eletrônico em ligação dativa

H2O é base  oferece um par eletrônico da sua estrutura, disponível, para um


compartilhamento dativo.

H+

H Cl + O  O + Cl-

H H H H

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63

Neste módulo, abordamos:

 Eletrólitos e não-eletrólitos.

 Soluções condutoras e não-condutoras de corrente elétrica.

 Conceito de Ácido segundo a Teoria de Arrhenius.

 Conceito de Base segundo a Teoria de Arrhenius.

 Conceito de Sal segundo a Teoria de Arrhenius.

 Teoria de Bronsted-Lowry.

 Teoria de Lewis (Teoria Eletrônica)

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64

COSENDEY, S. M. Química. Santo Antônio de Pádua, Curso Miller Cosendey, v.1 e


v.2

BRADY, J. E. Química Geral. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, v. 1

RUSSEL, J. B. Química Geral. São Paulo, Makron Books

MASTERTON W. I. L. Princípios de Química. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e


Científicos

EBBING, P. D. Química Geral. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos

FELTRE R. Fundamentos da Química. São Paulo, Editora Moderna

SARDELLA, A. Curso de Química. São Paulo, Editora Ática, v. 1

ROSENBERG, J. E. Química Geral. Bookman.

HARRIS, D. C. Análise Química Quantitativa. LTC.

ATKINS, P. Físico-Química_Fundamentos. Rio de Janeiro, LTC.

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65

MÓDULO 4

1) De acordo com as seguintes reações:


CO3-2(aq) + HOH ↔ HCO3 + HO-(aq)

NH3 (l) ↔ NH4+ + NH21-

HCO31- (aq) ↔ H+(aq) + CO32-(aq)

A espécie química que satisfaz, tanto ao critério de Arrhenius, quanto ao


de Bronsted-Lowry, para ser considerada um ácido é:

a) NH4+

b) NH3 (l)

c) NH21-

d) CO32-(aq)

e) HCO31- (aq)

2) Dê a equação de dissociação iônica da base Mn(OH)2 :


a) Mn(OH)2 → Mn2+(aq) + 2 OH1-(aq)
b) Mn(OH)2 → Mn3+(aq) + 2 OH1-(aq)
c) Mn(OH)2 → Mn2+(aq) + OH1-(aq)
d) Mn(OH)2 → Mn2+(aq) + OH2-(aq)
e) Mn(OH)2 → Mn3+(aq) + OH1-(aq)

3) Dê a equação de ionização do ácido HBO2:


a) HBO2 → H+(aq) + BO22-(aq)
b) HBO2 → H+(aq) + 2 BO21-(aq)
c) HBO2 → 2 H+(aq) + BO21-(aq)
d) HBO2 → H+(aq) + BO21-(aq)

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e) HBO2 → H2+(aq) + BO21-(aq)

4) Escreva a equação de ionização do H3PO3, sabendo que apenas dois


hidrogênios se ionizam:
a) H3PO3 → 2 H1+(aq) + HPO32-(aq)
b) H3PO3 → 3 H1+(aq) + PO33-(aq)
c) H3PO3 → H1+(aq) + PO31-(aq)
d) H3PO3 → 2 H1+(aq) + PO33-(aq)
e) H3PO3 → 2 H1+(aq) + PO32-(aq)

5) Dê a função de cada espécie, de acordo com a Teoria Eletrônica:


SiF4 + 2 F1- → SiF62-

a) SiF4 : base de Lewis ; F1- : ácido de Lewis


b) SiF4 : ácido de Lewis ; F1- : ácido de Lewis
c) SiF4 : ácido de Lewis ; F1- : base de Lewis
d) SiF4 : base de Lewis ; F1- : base de Lewis
e) SiF4 : ácido de Arrhenius ; F1- : base de Arrhenius

6) Dê a função de cada espécie, de acordo com a Teoria Eletrônica:


Zn2+ + 6 NH3 → Zn(NH3)62+

a) Zn2+ : base de Lewis ; NH3 : ácido de Lewis


b) Zn2+ : ácido de Lewis ; NH3 : base de Lewis
c) Zn2+ : base de Lewis ; NH3 : base de Lewis
d) Zn2+ : ácido de Lewis ; NH3 : ácido de Lewis
e) Zn2+ : base de Arrhenius ; NH3 : ácido de Arrhenius

7) Explique por que o BF3 pode funcionar com ácido de Lewis, nunca como ácido
de Bronsted-Lowry.

8) Indicar a função de cada espécie química (de acordo com a Teoria de Bronsted-
Lowry) os pares conjugados:

NH3 + HNO3 → NH41+ + NO31-

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FUNÇÕES INORGÂNICAS

MÓDULO 5
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO
Serão apresentadas as Funções Inorgânicas: ácido, base, óxido e sal. Será
ensinada a nomenclatura de cada uma delas e as reações de neutralizações (parcial e
total) para formação dos sais.

Função química é o conjunto de substâncias que apresentam propriedades


químicas semelhantes.

OBJETIVOS DO MÓDULO

Esperamos que, após o estudo do conteúdo deste módulo, você seja capaz de:
 Aprender as Funções inorgânicas: ácido, base, óxido e sal.
 Efetuar as reações de neutralizações parcial e total, tanto do ácido, quanto da
base, para formação dos sais.
 Saber escrever e ler as nomenclaturas inorgânicas.

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68

5.1) Funções Inorgânicas


O cátion H+ ou H3 O+ é o responsável pelas propriedades dos ácidos, e o íon OH- é
o responsável pelas propriedades das bases.

As principais funções inorgânicas são ácidos, bases, sais e óxidos.

função inorgânica cátion (+) ânion (-)


ácido H
base OH
óxido O
sal não tem H não tem OH
não tem O
COSENDEY, S. M.

Ex.:

HBr - ácido

NaOH - base

MgO - óxido

KCl - sal

5.2) Ácidos
Os ácidos classificam-se, quanto à presença ou não de oxigênio, em hidrácidos
(que não têm oxigênio) e oxiácidos (que têm oxigênio).

5.2.1) Nomenclatura dos hidrácidos

Regra: ácido nome do elemento no ânion + ídrico

(assim mesmo??)

HF  ácido fluorídrico

HCl  ácido clorídrico

HBr  ácido bromídrico

HI  ácido iodídrico

H2S  ácido sulfídrico

H2Se  ácido selenídrico

H2Te  ácido telurídrico

HCN  ácido cianídrico

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69

5.2.2) Nomenclatura dos Oxiácidos

5.2.2.1) Oxiácidos com elemento central não metálico

Para se aprender a nomenclatura desses ácidos, é imprescindível que se guarde


a seguinte tabela dos oxiácidos (ICO) padrões:

H elemento central O fórmula nomenclatura


1 Claro 3 HClO3 ácido clórico
2 Sabemos 4 H2SO4 ácido sulfúrico
3 Pedir 4 H3PO4 ácido ortofosfórico
4 Silêncio 4 H4SiO4 ácido ortossílico
3 Bastante 3 H3BO3 ácido ortobórico
2 Como 3 H2CO3 ácido carbônico
1 Não 3 HNO3 ácido nítrico
COSENDEY, S. M.

Dicas:

Os números nas colunas do H e do O são as atomicidades na fórmula;


as letras em negrito na coluna do elemento central são os símbolos dos
elementos centrais na fórmula.
A partir do ácido-padrão de cada família, obtemos o nome dos demais
ácidos da família.

Ex.: terminação ICO

a) ácido telúrico ( H2TeO4 )

O padrão é H2SO4 . Basta substituir o S por Te.

b) ácido brômico (HBrO3)

O padrão é HClO3 . Basta substituir o Cl por Br.

Ex.; terminação OSO

a) ácido sulfuroso (H2SO3)

O padrão é H2SO4 . Tira-se um oxigênio.

b) ácido bromoso (HBrO2)

O padrão é HClO3. Basta substituir o Cl por Br e, em seguida, tirar um


oxigênio.

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70

Ex.: hipo...oso

a) ácido hipocloroso (HClO)

O padrão é HClO3 . Tiram-se dois átomos de oxigênio.

b) ácido hipobromoso (HBrO)

O padrão é HClO3. Basta substituir o Cl por Br e, em seguida, tirar dois átomos


de oxigênio.

Ex.: per...ico

a) ácido perclórico (HClO4)

O padrão é HClO3 . Adiciona-se um oxigênio.

b) ácido perbrômico (HBrO4)

O pardrão é HClO3 . Basta substituir o Cl por Br e, em seguida, adicionar um


oxigênio.

Ex.: meta...

a) ácido metafosfórico (HPO3)

O padrão é H3PO4 . Tira-se uma molécula de H2O.

Ex.: piro...

a) ácido pirofosfórico (H4P2O7)

O padrão é H3PO4. Multiplica-se o padrão por 2 (dois) e tira-se uma molécula


de H2O.

Obs.:

a) Terminação quanto ao número de oxidação:

terminação ICO  maior número de oxidação

terminação OSO  menor número de oxidação

se apresentar mais de dois números de oxidação:

prefixo per  ao maior de todos

prefixo hipo  ao menor de todos

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71

b) terminação quanto ao grau de hidratação:

prefixo orto  grau máximo de hidratação

prefixo piro  grau intermediário de hidratação

prefixo meta  grau mínimo de hidratação

5.2.2.2) Oxiácidos com elemento central metálico

a) Ácidos do Mn:

H2MnO3  ácido manganoso

H2MnO4  ácido mangânico

HMnO4  ácido permangânico

b) Ácidos do Cr:

H2CrO4  ácido crômico

H2Cr2O4  ácido pirocrômico ou ácido dicrômico

c) Ácidos do Sn:

H2SnO2  ácido estanoso

H2SnO3  ácido estânico

5.2.2.3) Particularidades

5.2.2.3.1) Peroxiácidos

São ácidos que apresentam na molécula um grupo peroxi ( - O - O - ).

a) ácido peroximonossulfúrico (H2SO5)

H O O O

H O O

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72

b) ácido peroxidissulfúrico (H2S2O8)

H O O

S O O

O O  

ou H O S O O S O H

O O  

S O O

H O O

Obs.: Vulgarmente, o H2S2O8 é chamado de ácido persulfúrico, embora


este nome esteja errado.

5.2.2.3.2) Tioácidos

Substitui-se, no ácido, um átomo de oxigênio por um de enxofre.

-O

H2SO4  H2S2O3

+S

H O S

S ácido tiossulfúrico

H O O

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73

5.2.3) Classificação dos ácidos

5.2.3.1) Quanto à presença de oxigênio na molécula

a) hidrácidos (ver item 3.2.1)

b) oxiácidos (ver item 3.2.2)

5.2.3.2) Quanto ao número de hidrogênios ionizáveis

a) Monoácidos ou monopróticos  tem um hidrogênio ionizável

Ex.: HCl (ácido clorídrico)

b) Diácidos ou dipróticos  tem dois hidrogênios ionizáveis

Ex.: H2SO4 (ácido sulfúrico)

c) Triácidos ou tripróticos  tem três hidrogênios ionizáveis

Ex.: H3PO4 (ácido ortofosfórico)

d) Tetraácidos ou tetrapróticos  tem quatro hidrogênios ionizáveis

Ex.: H4P2O7 (ácido pirofosfórico)

5.3) Bases
5.3.1) Nomenclatura

Utilizando-se a fórmula geral M(OH)x, para se dar nome a uma base basta
escrever:

M(OH)x  hidróxido de nome de M

Ex.: NaOH  hidróxido de sódio

KOH  hidróxido de potássio

NH4OH  hidróxido de amônio

Quando M tem número de oxidação variável, indica-se o número de oxidação


(Nox ) com algarismo romano:

CaOH  hidróxido de cobre I

Cu(OH)2  hidróxido de cobre II

Fe(OH)2  hidróxido de ferro II

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74

Fe(OH)3  hidróxido de ferro III

Há, ainda, uma nomenclatura em que são utilizadas as terminações OSO e ICO,
indicando o menor e o maior número de oxidação, respectivamente:

CuOH  hidróxido cuproso

Cu(OH)2  hidróxido cúprico

Fe(OH)2  hidróxido ferroso

Fe(OH)3  hidróxido férrico

5.3.2) Classificação das bases

a) Monobase  tem apenas um íon hidroxila dissociável.

Ex.: NaOH , KOH

b) Dibase  tem dois íons hidroxila dissociáveis.

Ex.: Ca(OH)2 , Ba(OH)2

c) Tribase  tem três íons hidroxila dissociáveis

Ex: Al(OH)3

d) Tetrabase  tem quatro íons hidroxila dissociáveis.

Ex.: Al(OH)4 , Sn(OH)4

Obs.: A amônia (NH3), quando colocada na água, dá origem ao


hidróxido de amônio numa reação reversível.

5.4) Indicadores
Certas substâncias, na presença de um ácido, apresentam uma cor e, na
presença de uma base, adquirem uma cor diferente. Tais substâncias são chamadas
indicadores.

Ex.:

_ fenolftaleína _ na presença de ácido  incolor

_ na presença de base  rósea (vermelho)

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75

_ tornossol _ na presença de ácido  vermelho

_ na presença de base  azul

5.5) Sais
Os sais são provenientes da reação entre um ácido e uma base.

HCl + NaOH  NaCl + H2O

sal

Para efeito de nomenclatura, pode-se pensar no sal como sendo um composto


proveniente de um ácido, substituindo-se um ou mais hidrogênios ionizáveis por metal
ou grupo NH4+.

A nomenclatura do sal vem do ácido:

presença de O ácido sal


sem O ídrico eto
com O ico ato
com O oso ito

Dica:

bico de pato

gostoso pirulito

5.5.1) Nomenclatura

Segue a regra:

nome do ânion + ATO (ou ETO ou ITO) de nome do cátio

Ex.:

Na+Cl-  cloreto de sódio

Ba++SO4--  sulfato de bário

Na+ClO-  hipoclorito de sódio

Na+HCO3-  bicabornato de sódio

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76

5.5.2) Classificação dos sais

a) Sal normal (neutro)

É um sal cujo ânion não tem hidrogênio ionizável nem grupo OH -. O sal normal
resulta de uma reação de neutralização total do ácido com a base.

Ex.: NaCl , Kbr

b) Sal ácido ou hidrogeno-sal

É um sal cujo ânion tem um ou mais hidrogênios ionizáveis e não apresenta


íons OH-. Resulta de uma reação de neutralização parcial do ácido e total da base.

Ex>: NaHCO3, KHSO4

c) Sal básico ou hidróxi-sal

É um sal cujo ânion não apresenta hidrogênio ionizável e que, além desse
ânion, tem grupo OH-. Resulta de uma reação de neutralização parcial da base e total
do ácido.

Ex.: Mg(OH)Cl

5.5.3) Equações de Neutralização (Salificação)

Segue a regra:

_ ionize o ácido, descobrindo o ânion;

_ dissocie a base, descobrindo o cátion;

_ faça a fórmula do sal;

_ escreva a equação, colocando o sal e a água como produtos, e acerte os


coeficientes.

5.5.3.1) Neutralização total do ácido e da base, formando sais normais

Ex.: HCl + NaOH  NaCl + H2O

_ ácido clorídrico  HCl  Cl1- (ânion cloreto)

_ hibróxido de sódio  NaOH  Na+ (cátion sódio)

_ sal  Na+Cl1-  NaCl

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77

5.5.3.2) Neutralização parcial do ácido e total da base, formando hidrogeno-sal


(sal ácido)
Ex.: H2SO4 + NaOH  NaHSO4 + H2O

_ ácido sulfúrico  H2SO4  SO42- (ânion sulfato)

_ hibróxido de sódio  NaOH  Na+ (cátion sódio)

_ sal  Na1+HSO41-  NaHSO4

5.5.3.3. Neutralização total do ácido e parcial da base, formando hidroxi-sal (sal


básico)
Ex.: HCl + Ca(OH)2  CaOHCl + H2O

_ ácido clorídrico  HCl  Cl1- (ânion cloreto)

_ hibróxido de sódio  Ca(OH)2  Ca2+ (cátion cálcio)

_ sal  Ca2+OHCl2-  CaOHCl

5.6) Óxidos

Óxido é todo composto binário (com dois elementos), em que o oxigênio aparece
como elemento mais eletronegativo. São conhecidos óxidos de todos os elementos
com exceção do flúor.

Obs.: OF2 não é óxido de flúor e sim difluoreto de oxigênio, pois o


flúor é mais eletronegativo que o oxigênio.

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78

5.6.1) Nomenclatura

a) Regra geral para os óxidos ExOy

mono mono

di óxido de di nome de E

tri tri

etc etc

Os prefixos “mono”, “di”, “tri” etc. indicam os valores de x e y na fórmula do óxido. O


prefixo mono, diante do nome de E, é comumente omitido.

Ex: SO3  trióxido de monoenxofre ou trióxido de enxofre

N2o3  trióxido de dinitrogênio

CO  monóxido de monocarbono ou monóxido de carbono

CO2  dióxido de monocarbono ou dióxido de carbono (gás carbônico)

Cl2O7  heptóxido de dicloro

b) Regra para óxidos de metais que têm um único Nox, e o oxigênio tem Nox = -2

óxido de nome do elemento

Ex.: ZnO  óxido de zinco

Na2O  óxido de sódio

Al2O3  óxido de alumínio

c) regra para óxidos de metais que têm mais de um Nox, e o oxigênio tem Nox = -2

óxido de nome de E Nox de E (algarismo romano)

Ex.: FeO  óxido de ferro II

Fe2O3  óxido de ferro III

Mn2O7  óxido de manganês VII

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79

Obs.: Neste caso, pode-se utilizar também as terminações OSO (para


o óxido de menor Nox ) e ICO (para o óxido de maior Nox ).

Ex.: FeO  óxido ferroso

Fe2O3  óxido férrico

d) Regra para óxidos em que o oxigênio tem Nox = -1

Esses óxido apresentam a ligação - O - O - , que é chamada de peróxido.

peróxido de nome do elemento

Ex.: Na2O2  peróxido de sódio

H2O2  peróxido de hidrogênio (água oxigenada)

5.6.2) Classificação dos óxidos

5.6.2.1) Óxido básico

É todo óxido que, ao reagir com um ácido, dá sal e água.

óxido básico + ácido  sal + água

Os óxidos básicos são formados por metais alcalinos, alcalinos terrosos e


demais metais, aparecendo com número de oxidação baixo.

Ex.: Na2 O, K2 O, CaO, CuO, Cu2 O, Ag2O e MnO.

CaO + H2 SO4  CaSO4 + H2 O

Os óxidos dos metais alcalinos e alcalinos terrosos reagem com água dando
base:

Ex.: K2 O + H2 O  2 KOH ( solúvel )

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80

Os demais óxidos não reagem com água, pois o hidrogênio correspondente é


insolúvel, formando uma película que impede o prosseguimento da reação.

água

CuO película aderente de Cu(OH)2 insolúvel

Obs.: nomes particulares:

- CaO cal virgem ou cal viva

- suspensão de Ca ( OH )2 leite de cal

- Ca ( OH )2 cal extinta ou cal hidratada

- suspensão de Mg ( OH )2 leite de magnésia

- solução de Ca ( OH )2 água de cal

5.6.2.2) Óxido ácido (ou anidrido inorgânico)

É todo óxido que, ao reagir com uma base, dá sal e água.

óxido ácido + base sal + água

Os óxidos ácidos são formados por não-metais e por certos metais com
número de oxidação elevado.

Ex.: N2 O5 , N2 O3 , SO3 , P4 O6 , P4 O10 , CO2 , Cl2 O7 , Mn2 O7 , CrO3.

CO2 + Ca ( OH )2 CaCO3 + H2 O

A maioria dos óxidos ácidos reage com água.

Ex.: N2 O5 + H2 O 2 HNO3

A sílica ( SiO2 ) não reage com água, mas reage com base:

Ex.: SiO2 + 2 NaOH  Na2 SiO3 + H2 O

Certos óxidos ácidos ( NO2 , ClO2 , Cl2 O6 ) reagem com água, dando dois
ácidos.

Ex.: 2 NO2 + H2 O  HNO2 + HNO3

Obs.: os óxidos ácidos reagem com óxidos básicos dando sal.

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81

óxido ácido + óxido básico sal

CO2 + CaO  CaCO3

5.6.2.3) Óxido neutro (ou indiferente)

É todo óxido que não reage com água, ácido ou base.

Ex.: CO, NO e N2 O

5.6.2.4) Óxido Anfótero

É todo óxido que, na presença de base, comporta-se como óxido ácido e, na


presença de ácido, como óxido básico.

Ex.: ZnO, Al2 O3 , PbO, SnO2 , SnO , As2 O3 e Al2 O5

óxido anfótero + ácido  sal + água

Ex.: ZnO + 2 HCl  ZnCl2 + H2O

óxido anfótero + base  sal + água

Ex.: ZnO + 2 NaOH  Na2 ZnO2 + H2O

5.6.3.5) Óxido salino ( ou duplo ou misto )

Tem fórmula geral: M3 O4

É todo óxido em que o metal se apresenta com dois números de oxidação.

Ex.: Fe3 O4 ou FeO.Fe2 O3

Mn3 O4 ou 2 MnO.MnO2

Pb3O4 ou PbO2 . 2PbO

5.6.3.6 ) Óxidos Superiores

São óxidos que reagem com oxiácidos, dando sal, O2, H2 O2 e H2 O.

Podem ser classificados em:

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82

5.6.3.6.1) Peróxidos

Reagem com ácido, dando sal e H2 O2.

Os peróxidos apresentam na constituição a ligação  O  O  em que o


oxigênio aparece com número de oxidação igual a - 1.

O peróxido fundamental é o peróxido de hidrogênio ( H 2 O2 ). Os demais


peróxidos são formados por metais alcalinos e alcalinos terrosos.

Ex.: K2 O2  peróxido de potássio

BaO2  peróxido de bário

Na2 O2  peróxido de sódio

CaO2  peróxido de cálcio

BaO2 + H2 SO4  BaSO4  + H2 O2

5.6.3.6.2) Superóxidos ( hiperóxidos )

Reagem com ácidos, dando sal, H2O2 e O2.

Os superóxidos apresentam o oxigênio com número de oxidação igual a - ½.

Os superóxidos são formados por metais alcalinos e alcalinos terrosos.

Ex.: KO2  superóxido de potássio

NaO2  superóxido de sódio

Ba (O2 )2  superóxido de bário

Ba (O2)2 + H2 SO4  BaSO4  + H2 O 2 + O2 

5.6.3.6.3) Bióxidos

Reagem com um oxiácido dando sal, H2 O e O2 .

Nos bióxidos, o oxigênio aparece com número de oxidação igual a - 2.

Ex.: MnO2  bióxido de manganês

PbO2  bióxido de chumbo

2 MnO2 + 2 H2 SO4  2 MnSO4 + 2 H2 O + O2 

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83

Neste módulo, abordamos:

_ Funções inorgânicas: ácido, base, óxido e sal.

_ Reações de neutralizações (parcial e total), tanto do ácido quanto da base.

_ Nomenclaturas inorgânicas.

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84

COSENDEY, S. M. Química. Santo Antônio de Pádua, Curso Miller Cosendey, v.1 e


v.2

BRADY, J. E. Química Geral. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, v. 1

RUSSEL, J. B. Química Geral. São Paulo, Makron Books

MASTERTON W. I. L. Princípios de Química. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e


Científicos

EBBING, P. D. Química Geral. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos

FELTRE R. Fundamentos da Química. São Paulo, Editora Moderna

SARDELLA, A. Curso de Química. São Paulo, Editora Ática, v. 1

ROSENBERG, J. E. Química Geral. Bookman.

HARRIS, D. C. Análise Química Quantitativa. LTC.

ATKINS, P. Físico-Química_Fundamentos. Rio de Janeiro, LTC.

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85

MÓDULO 5

1) Associando a segunda coluna de acordo com a primeira,

( 1 ) Na2O ( ) óxido neutro

( 2 ) CO ( ) óxido ácido

( 3 ) ZnO ( ) óxido básico

( 4 ) CaO2 ( ) óxido anfótero

( 5 ) P4O10 ( ) peróxido

a sequencia na segunda coluna, de cima para baixo ficará:

a) 1 , 2 , 4 , 3 , 5

b) 4 , 3 , 1 , 5 , 2

c) 5 , 1 , 2 , 3 , 4

d) 2 , 5 , 3 , 1 , 4

e) 2 , 5 , 1 , 3 , 4

2) Em qual das alternativas abaixo estão representadas as substâncias óxido de

ferro II, sulfato de sódio e ácido clorídrico?

a) FeO , Na2S , HCl

b) Fe2O3 , Na2SO3, HClO4

c) FeO , Na2SO4 , HCl

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86

d) Fe3O4 , Na2SO3 , HClO

e) Fe2O3 , Na2S , HClO

3) Um elemento metálico M forma um cloreto de fórmula MCl3. A fórmula de seu

sulfato é:

a) M2SO4

b) MSO4

c) M2(SO4)3

d) M(SO4)2

e) M(SO4)3

4) Os nomes das substâncias de fórmulas CoBr2, Ca(NO2)2 e Au(OH)3 são,

respectivamente:

a) bromato de cobalto , nitrito de cálcio e hidróxido áurico

b) bromito de cobalto II , nitrato de cálcio e hidróxido auroso

c) brometo de cobalto II , nitrito de cálcio e hidróxido áurico

d) brometo cobáltico , nitrito de cálcio e hidróxido áurico

e) bromato cobáltico , nitrato de cálcio e hidróxido de ouro III

5) A única alternativa incorreta é:

a) Fe3O4 é óxido salino

b) H2O é óxido neutro

c) CaO é óxido básico

d) Cl2O7 é óxido ácido

e) H2O2 é óxido anfótero

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87

6) O sal bicarbonato de sódio é usado como antiácido. Além de entrar na

composição do fermento químico, ele também recebe o nome de

hidrogenocarbonato de sódio ou carbonato ácido de sódio. A fórmula química

desse composto é:

a) NaHCO3

b) Na2CO3

c) Na(HCO3)2

d) NaCO3

e) NaH2CO3

7) Escreva as fórmulas químicas e os respectivos nomes de quatro sais diferentes

formados por cátions de metais alcalino-terrosos, e ânions contendo enxofre e

oxigênio.

8) O ácido hipofosforoso é monoácido. Escreva a equação de sua ionização.

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88

SOLUÇÕES

MÓDULO 6
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO
Serão apresentadas as soluções - reconhecendo soluto e solvente - e
aprendendo a calcular qualquer uma das grandezas (soluto, solvente, solução e
resíduo) envolvidas no assunto. As soluções encontram-se constantemente presentes
na nossa vida. O ar que respiramos, a água que bebemos, os combustíveis que
utilizamos, as ligas com as quais são fabricadas nossas joias e utensílios domésticos
são todos exemplos de soluções. Na química, as soluções também têm sido muito
úteis, especialmente as soluções líquidas, porque são meios mais comuns para as
reações químicas ocorrerem.

OBJETIVOS DO MÓDULO

Esperamos que, após o estudo do conteúdo deste módulo, você seja capaz de:

 Diferenciar soluto e de solvente.


 Conhecer coeficiente e curvas de solubilidade.
 Reconhecer as diferenças entre as soluções.

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89

6.1) Soluções
Soluções são misturas homogêneas de duas ou mais substâncias e, como tal,
apresentam uma única fase.

Numa solução, temos:

a) soluto → é a substância que se dissolve (disperso)


b) solvente → é a substância capaz de dissolver outra (dispersante)

Ex: açúcar em água

soluto + solvente = solução

(açúcar) (água)

Obs.: O solvente mais importante é a água, por isso, quando a palavra solução
for citada, refere-se a uma solução aquosa.

Serão adotados os índices:

_1 → soluto

_2 → solvente

_ sem → solução

6.1.1) Coeficiente de solubilidade ( Cs )

É a quantidade, geralmente em gramas, de soluto necessário para saturar uma


quantidade padrão de solvente, em determinadas condições de temperatura e pressão.

Cs = msoluto / 100 g solvente

6.1.2) Curva de solubilidade ( Cs X T )

As curvas obtidas, num sistema de coordenadas, recebem o nome de curvas de


solubilidade.

Na curva de solubilidade, a solução é saturada.

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90

Acima da curva de solubilidade, a solução é supersaturada.

Abaixo da curva de solubilidade, a solução é insaturada.

As soluções supersaturadas contêm uma quantidade dissolvida de soluto


superior à capacidade máxima do solvente; portanto, só podem ser obtidas em
condições especiais e, por sua própria natureza, são muito instáveis.

Cs ( g / 100g H2O )

saturada

supersaturada

insaturada

T ( 0C )

6.1.3) Dicas para reconhecer soluções ( COSENDEY, S. M. )

Com o exemplo abaixo, saberemos como diferenciar solução insaturada,


solução saturada sem corpo de fundo, solução saturada com corpo de
fundo e solução supersaturada.

Exemplo:

Numa solução com Cs de 250 g / 100 g H2O, a certa temperatura, tem-se a


massa de certo sal abaixo (comentário: 250 g é o máximo desse sal que conseguimos
dissolver em 100 g de H2O, nessa temperatura):

a) 200 g → é uma solução insaturada → 200 g do sal é inferior aos 250 g do Cs.

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91

b) 250 g → é uma solução saturada sem corpo de fundo → 250 g do sal é igual aos
250 g do Cs.

c) 260 g → é uma solução saturada com corpo de fundo → 260 g é superior aos 250 g
do Cs, Logo, 250 g estão dissolvidos e 10 g são corpo de fundo.

d) 270 g dissolvidos → apesar de 270 g do sal serem superiores aos 250 g do Cs,
toda massa desse sal encontra-se dissolvida.

Então:

_ diluída → é quando a quantidade de soluto é muito pequena em relação ao


coeficiente de solubilidade.

_ concentrada → é quando a quantidade de soluto se aproxima bastante do coeficiente


de solubilidade.

_ saturada → é quando a quantidade de soluto atinge o coeficiente de solubilidade.

_ supersaturada → é quando a quantidade de soluto ultrapassa o coeficiente de


solubilidade.

6.1.4) Dicas de resoluções de problemas envolvendo soluções ( COSENDEY, S.


M. )

Resolve-se por regra de três simples e direta.

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92

Existem quatro grandezas, para escolhermos somente duas: solução,


soluto, solvente e resíduo (corpo de fundo), para o cálculo pela regra de
três. Essas duas grandezas estarão sempre mencionadas nos problemas.
Uma delas é o que se quer, e a outra é o dado da questão.

A primeira linha da regra de três é a linha do Cs e a segunda linha é a linha “do


que quer” (pergunta da questão) e “do que deu” (dado da questão).

Cada coluna da regra de três deve estar na mesma grandeza.

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93

Neste módulo, abordamos:

_ Soluções, soluto e solvente.

_ Coeficiente e curvas de solubilidade.

_ Dicas para reconhecer as diferenças entre as soluções.

_ Dicas de resoluções de problemas envolvendo soluções.

_ Cálculos envolvendo soluções.

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94

COSENDEY, S. M. Química. Santo Antônio de Pádua, Curso Miller Cosendey, v.1 e


v.2

BRADY, J. E. Química Geral. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, v. 1

RUSSEL, J. B. Química Geral. São Paulo, Makron Books

MASTERTON W. I. L. Princípios de Química. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e


Científicos
EBBING, P. D. Química Geral. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos

FELTRE R. Fundamentos da Química. São Paulo, Editora Moderna

SARDELLA, A. Curso de Química. São Paulo, Editora Ática, v. 1

ROSENBERG, J. E. Química Geral. Bookman.

HARRIS, D. C. Análise Química Quantitativa. LTC.

ATKINS, P. Físico-Química_Fundamentos. Rio de Janeiro, LTC.

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95

MÓDULO 6

1) A uma determinada temperatura, o Cs do iodeto de sódio é de 180 g / 100 g.


Calcule a massa de água necessária para preparar uma solução saturada que
contenha 12,6 g desse sal na temperatura considerada.
a) 4,5 g
b) 7,0 g
c) 11,5
d) 16,0
e) 22,7 g
2) O coeficiente de solubilidade de um sal, numa determinada temperatura, é de 68
g / 100 g. Calcule a massa de uma solução saturada que contenha 17 g desse
sal na temperatura considerada.
a) 17 g
b) 25 g
c) 42 g
d) 51 g
e) 68 g
3) Foram misturados e agitados 400 g de sulfato de sódio com 750 g de água, a
180C, resultando um sistema heterogêneo. Por filtração desse sistema, foram
obtidos 900 g de solução saturada. Calcule o Cs do sal, a 18 0C, e a massa do
resíduo a filtração.
a) 20 g / 100 g H2O e 250 g
b) 53 g / 100 g H2O e 400 g
c) 53 g / 100 g H2O e 250 g
d) 25 g / 100 g H2O e 400 g
e) 18 g / 100 g H2O e 400 g
4) Foram misturados e agitados 200 g de sulfato de amônio com 250 g de água,
resultando um sistema heterogêneo que, por filtração, forneceu 5 g de resíduo.
Calcule o Cs do sal na temperatura em que a experiência foi realizada.
a) 5 g / 100 g H2O
b) 78 g / 100 g H2O

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96

c) 125 g / 100 g H2O


d) 200 g / 100 g H2O
e) 250 g / 100 g H2O
5) Resfriando-se 1340 g de solução de nitrato de potássio, saturada a 800C até
200C, qual a quantidade de nitrato de potássio que se separa da solução? Dado:
_ a 20 0C , Cs = 32 g / 100 g H2O

_ a 80 0C , Cs = 168 g / 100 g H2O

a) 32 g
b) 168 g
c) 160 g
d) 680 g
e) 840 g
6) O coeficiente de solubilidade do nitrato de bário varia com a temperatura
segundo os dados abaixo:
_ a 30 0C , Cs = 60 g / 100 g H2O

_ a 40 0C , Cs = 70 g / 100 g H2O

_ a 50 0C , Cs = 80 g / 100 g H2O

Determine a massa de nitrato de bário necessária para preparar 500 g de uma


solução aquosa saturada a 40 0C.

a) 206 g
b) 300 g
c) 350 g
d) 400 g
e) 500 g
7) Calcule a quantidade máxima de sulfato de potássio que se dissolve totalmente
em 200 g de água, a 80 0C, sendo o Cs de 21,4 g / 100 g H2O.
8) Calcule a massa de sulfato de potássio que se precipita ao baixarmos para 0 0C
a temperatura de uma solução aquosa desse sal, contendo 90,85 g de sulfato de
potássio em 0,7 kg de H2O a 60 0C. Dado:
_ a 0 0C , Cs = 7,35 g / 100 g H2O

_ a 60 0C , Cs = 18,17 g / 100 g H2O

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97

CALCULO QUÍMICO

MÓDULO 7
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO
Importantes tarefas fazem parte do dia a dia dos químicos, como determinar
informações de uma substância e calcular as quantidades envolvidas.

Serão apresentados os cálculos necessários para obtermos essas informações.

OBJETIVOS DO MÓDULO

Esperamos que, após o estudo do conteúdo deste módulo, você seja capaz de:
 Cálculos envolvendo soluções;
 Escrever a fórmula química através da nomenclatura;
 Cálculos químicos envolvendo número de mol, molaridade, concentração
comum, título e fração molar;
 Mistura de soluções.

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98

7.1) Cálculo Químico


7.1.1) Massa molecular ( mol )

É a soma das massas atômicas ( copiadas da Tabela Periódica ) de todos os


elementos de uma substância.

Ex.:

a) NaCl → mol 23 + 35,5 58,5


b) KI → mol 39 + 127 166

7.1.2) Número de mol ou quantidade de matéria ( n )

É a razão entre a massa da substância pela respectiva massa molecular.

m
n mol

7.1.3) Concentração molar ou concentração em quantidade de matéria ou


molaridade ( M )

É a razão entre o número de mol do soluto ( n1 ) e o volume da solução ( V ).

Substituindo a fórmula do item 6.2.2, na fórmula do item 6.2.3, teremos a


fórmula derivada:

7.1.4) Concentração comum ( C )

É a razão entre a massa do soluto ( m1 ) e o volume da solução ( V ).

Substituindo a fórmula do item 6.2.4, na fórmula derivada da molaridade do item


6.2.3, teremos:

C = M . mol1

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99

7.1.5) Título ( T )

É a razão entre a massa do soluto ( m1 ) e a massa da solução ( m ).

Sendo:

m = m1 + m2

7.1.6) Fração molar ou fração em quantidade de matéria ( X )

É a razão entre o número de mol de uma das substâncias ( n 1 ou n2 ) e o


número de mol total ( n ).

Sendo:

n = n 1 + n2

X1 + X2 = 1

7.1.7) Densidade absoluta ( d )

É a razão entre a massa e o volume da solução.

Substituindo a fórmula do item 6.2.5 na fórmula 6.2.7, teremos:

C=d.T

Normalmente, a densidade tem a unidade g/ml ou g/cm3. Logo, usamos a


fórmula abaixo, que permite a densidade estar em g/ml ou g/cm3 e a concentração
comum em g/l :

C = 1000 . d . T

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100

7.2) Mistura de soluções


Mi . Vi = Mf . Vf

ou

Ci . Vi = Cf . Vf

Onde:

Vf = Vi + Vágua

Mf < Mi

Cf < Ci

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101

Neste módulo, abordamos:

 Cálculos envolvendo soluções.

 Escrever a fórmula química através da nomenclatura.

 Cálculos químicos: número de mol, molaridade, concentração comum,

título e fração molar.

 Mistura de soluções.

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102

COSENDEY, S. M. Química. Santo Antônio de Pádua, Curso Miller Cosendey, v.1 e


v.2

BRADY, J. E. Química Geral. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, v. 1

RUSSEL, J. B. Química Geral. São Paulo, Makron Books

MASTERTON W. I. L. Princípios de Química. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e


Científicos
EBBING, P. D. Química Geral. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos

FELTRE R. Fundamentos da Química. São Paulo, Editora Moderna

SARDELLA, A. Curso de Química. São Paulo, Editora Ática, v. 1

ROSENBERG, J. E. Química Geral. Bookman.

HARRIS, D. C. Análise Química Quantitativa. LTC.

ATKINS, P. Físico-Química_Fundamentos. Rio de Janeiro, LTC.

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103

MÓDULO 7

1) No preparo de solução de tinturaria, 521,5 g de hipoclorito de sódio são


dissolvidos em água suficiente para 10,0 litros de solução. A concentração, em
mol/l, da solução obtida é:
a) 7,0
b) 3,5
c) 0,7
d) 0,35
e) 0,22
2) O “soro caseiro” - recomendado para evitar a desidratação infantil - consiste
numa solução aquosa de cloreto de sódio 3,5 g/l e de sacarose ( C 12H22O11 ) 11
g/l. Quais as concentrações, em mol/l, respectivamente, do cloreto de sódio na
solução e de sacarose ?
a) 0,03 e 0,15
b) 0,03 e 0,45
c) 0,45 e 0,06
d) 0,06 e 0,45
e) 0,06 e 0,03
3) Uma massa de 160 g de hidróxido de sódio foi dissolvida em 216 g de água. A
fração molar de hidróxido e de água nessa solução, respectivamente, é:
a) 0,160 e 0,216
b) 0,250 e 0,750
c) 0,426 e 0,574
d) 0,400 e 0,120
e) 0,750 e 0,250
4) Se adicionarmos 80 ml de água a 20 ml de uma solução 0,20 mol/l de hidróxido
de potássio, obteremos uma solução de concentração molar igual a:
a) 0,010
b) 0,020
c) 0,025
d) 0,040

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104

e) 0,050
5) Sabe-se que, em 100 ml de leite integral, há cerca de 120 mg de cálcio. Calcule
a concentração de cálcio no leite, em mol/l.
a) 0,01
b) 0,02
c) 0,03
d) 0,04
e) 0,05
6) Calcule a porcentagem em massa correspondente a 4,2 kg de ácido sulfídrico
em 800 g de água.
a) 4,2 %
b) 8,0 %
c) 42 %
d) 80 %
e) 84 %
7) Calcule a concentração, em g/l, de uma solução 4 mol/l de ácido clórico.

8) Numa solução a 5 %, com densidade 2 g/cm3, qual a concentração, em g/l?

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105

CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

MÓDULO 8
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO
Será apresentado o Cálculo Estequiométrico, que é o nome que se dá ao estudo
das relações quantitativas entre substâncias participantes de uma reação química.

OBJETIVOS DO MÓDULO

Esperamos que, após o estudo do conteúdo deste módulo, você seja capaz de:

 Realizar cálculos envolvendo reações químicas;


 Conhecer as reações de neutralização;
 Balancear uma equação química por tentativa.

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106

8.1) Cálculo Estequiométrico


Consiste em, a partir de uma quantidade conhecida (massa, volume ou número
de mol) de uma substância X, calcular a quantidade de outra substância Y que reage
com X, ou que é formada a partir dela.

8.1.1) Dicas de resoluções de problemas (COSENDEY, S. M. )

 Resolve-se por regra de três simples e direta.


 A equação química deve estar balanceada.
 Os coeficientes estequiométricos (números do balanceamento) devem estar
multiplicando cada grandeza da primeira linha da regra de três.
 Os valores (o “dado” e “o que se quer”) devem ser colocados logo abaixo das
substâncias citadas
 Existem grandezas, para escolhermos somente duas: número de mol, massa
molecular, volume, massa, 22,4 l (se for CNTP) e 6 . 10 23 moléculas, para o
cálculo pela regra de três. Essas duas grandezas estarão sempre mencionadas
nos problemas: uma delas é “o que se quer” e a outra é “o dado da questão”.
 A primeira linha da regra de três é a linha das duas grandezas, e a segunda
linha é a linha “do que quer” (pergunta da questão) e “do que deu” (dado da
questão).
 Cada coluna da regra de três deve estar na mesma grandeza.

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107

Neste módulo, abordamos:

 Cálculos envolvendo reações químicas.

 Reações de neutralização e de combustão.

 Balanceamento de equações por tentativa.

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108

COSENDEY, S. M. Química. Santo Antônio de Pádua, Curso Miller Cosendey, v.1 e


v.2

BRADY, J. E. Química Geral. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, v. 1

RUSSEL, J. B. Química Geral. São Paulo, Makron Books

MASTERTON W. I. L. Princípios de Química. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e


Científicos

EBBING, P. D. Química Geral. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos

FELTRE R. Fundamentos da Química. São Paulo, Editora Moderna

SARDELLA, A. Curso de Química. São Paulo, Editora Ática, v. 1

ROSENBERG, J. E. Química Geral. Bookman.

HARRIS, D. C. Análise Química Quantitativa. LTC.

ATKINS, P. Físico-Química_Fundamentos. Rio de Janeiro, LTC.

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109

MÓDULO 8

1) Uma amostra de galena apresenta 80 % de pureza em sulfeto de chumbo (PbS).


Ache a massa de PbS contida em 320 g dessa amostra.

a) 80 g
b) 191 g
c) 239 g
d) 256 g
e) 320

2) Um químico dispõe de 242,5 g de uma amostra de blenda com 80 % de pureza


em sulfeto de zinco. Calcule o volume de dióxido de enxofre (SO 2), obtido a
17ºC e 580 mm Hg, quando se submete tal amostra a uma ustulação:

ZnS + O2 → ZnO + SO2

a) 17 l

b) 62,3 l

c) 80 l

d) 242,5 l

e) 580 l

3) Foram submetidos 50 g de uma amostra de hematita a uma redução com


carvão, obtendo-se 28 g de ferro. Determine o grau de pureza, em óxido de
ferro, dessa hematita:
Fe2O3 + C → Fe + CO2

a) 80 %

b) 70 %

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110

c) 60 %

d) 50 %

e) 40 %

4) Considere 50 g de uma amostra de calcário, com 80 % de pureza, em carbonato


de cálcio. Calcule o volume de gás carbônico, nas CNTP, que se obtém quando essa
amostra reage com ácido clorídrico em excesso, sabendo que o rendimento da reação
é de 95 %.

a) 33,6 l

b) 22,4 l

c) 16,8 l

d) 11,2 l

e) 8,512 l

5) Um químico possui 156,25 g de calcário. Submetendo-o à ação de ácido


sulfúrico em excesso, obteve 27,44 L de gás carbônico, nas CNTP, com um rendimento
de 98 %. Qual é o grau de pureza desse calcário?

a) 100 %

b) 80 %

c) 60 %

d) 40 %

e) 20 %

6) Uma amostra de magnesita - com 70 % de pureza em MgCO3 - foi submetida à


decomposição térmica, obtendo-se 5,32 L de CO2, nas CNTP, com um rendimento de
95 %. Calcule a massa da amostra de magnesita utilizada:

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111

MgCO3 → MgO + CO2

a) 5,32 g

b) 10,64 g g

c) 30 g

d) 84 g

e) 70 g

7) O carbonato de cálcio reage com ácido clorídrico conforme a equação:

CaCO3 + 2 HCl → CaCl2 + H2O + CO2

Calcule a assa de água, em gramas, e o volume de gás carbônico nas CNTP que
se formam a partir de 50 g e carbonato de cálcio.

8) Calcule o volume de hidrogênio, a 27 0C e 2 atm, que se obtém na reação entre


8 g de cálcio e quantidade suficiente de água, conforme a equação.

Ca + 2 H2O → Ca(OH)2 + H2

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112

CINÉTICA QUÍMICA

MÓDULO 9
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO
A Cinética Química tem como objeto de estudo a velocidade de reação, os
fatores que interferem na velocidade de reação e os mecanismos de reação, isto é, a
sequência de etapas pelas quais uma reação se processa.

OBJETIVOS DO MÓDULO

Esperamos que, após o estudo do conteúdo deste módulo, você seja capaz de:
 Estudar a velocidade das reações;
 Conhecer os fatores que influem na velocidade das reações;
 Saber o que é catalisador.

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113

9.1) Cinética Química


É o estudo da velocidade das reações químicas e dos fatores que nela influem.

9.1.1) Velocidade média da reação

É o quociente da variação da concentração molar (ou molaridade) de uma das


substâncias, dividida pela variação do tempo.

A+B C+D

Velocidade média da reação em relação à substância C:

Vm =

9.1.2) Fatores que influem na velocidade das reações

- Frequência dos choques

- Energia (violência) dos choques

- Orientação apropriada das moléculas no instante do choque

9.1.3) Fatores que afetam a frequência e a energia

- Os gases reagem melhor e mais rapidamente que os líquidos;

- Os líquidos mais que os sólidos;

- Os sólidos, quanto mais pulverizados, mais rápida será a reação;

- Temperatura em que se processa a reação;

- Luz;

- Pressão;

- Concentração dos reagentes;

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114

- Catalisadores.

Obs.:

- O aumento de temperatura aumenta a velocidade da reação.

- A energia elétrica aumenta a velocidade da reação.

- O aumento de pressão aumenta a velocidade da reação.

- O aumento da concentração dos reagentes, aproxima as moléculas,


aumentando a velocidade da reação.

aA + bB + cC + ... xX + yY + zZ + …

V = K [A]α [B]β [C]γ...

Concentrações molares ou molaridade. (Só dos reagentes)

Constante cinética ou constante de velocidade da reação

Às vezes: α=a

β=b

γ=c

Obs.: Molecularidade: a + b + c ...

Ordem: α + β + γ + ...

Ex.: A + H2O B+C V = K [A]

Molecularidade = 2

Ordem = 1 1ª ordem

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115

2A + B B+C V = K [A]2 [B]

Molecularidade = 3

Ordem = 3

9.1.4) Catalisador

Catalisador é a substância que aumenta a velocidade de uma reação, sem ser


consumido durante o processo.

Catálise é o aumento de velocidade da reação, provocado pelo catalisador.

O catalisador cria um novo caminho para a reação, com energia de ativação


menor.

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116

Neste módulo, abordamos:

 Cinética química.

 Cálculo da velocidade média da reação

 Fatores que influem na velocidade das reações

 Fatores que afetam a frequência e a energia

 Catalisador

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117

COSENDEY, S. M. Química. Santo Antônio de Pádua, Curso Miller Cosendey, v.1 e


v.2

BRADY, J. E. Química Geral. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, v. 1

RUSSEL, J. B. Química Geral. São Paulo, Makron Books

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Científicos

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HARRIS, D. C. Análise Química Quantitativa. LTC.

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118

MÓDULO 9

1) Para o sistema X(g) + Y(g) → Z(g) a expressão da velocidade de reação é v = k


[X] . [Y]. Usando-se concentrações iguais de X e Y, qual a afirmativa errada?
a) a variação da temperatura do sistema afeta a velocidade da reação.
b) aumentando-se a temperatura, o valor da constante de velocidade não é
alterado.
c) dobrando-se a concentração de X e diminuindo-se para metade a
concentração de Y, a velocidade da reação não se altera.
d) aumentando-se somente a concentração de Y, a velocidade da reação
aumenta.
e) aumentando-se o volume da câmara de reação, a velocidade diminui.

2) Uma regra relacionada com a influência da temperatura sobre a velocidade das


reações químicas, diz que a velocidade de reação duplica para um aumento de
100C (Regra de an’t Hoff) de temperatura. Esta regra é apenas uma
aproximação, mas será considerada válida para a reação: 2 A + B →
produtos. Considere igualmente válida a lei da ação das massas (Lei de
Guldberg-Waage) para a reação. Face ao exposto, o fator de aumento da
velocidade da reação proposta, quando simultaneamente se aumenta de 20 0C
a temperatura e se dobram as concentrações dos reagentes, será:
a) 4
b) 8
c) 16
d) 32
e) 64

3) As reações químicas são tão mais rápidas quanto:


a) mais o complexo ativado se assemelhar aos produtos.
b) mais uniforme for a distribuição de energia das partículas reagentes.

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119

c) maior for o número de colisões entre as partículas que constituem o


complexo ativado.
d) maior for o número de partículas reagentes com energia superior à
energia de ativação.
e) maior for a energia de ativação para formar o complexo ativado.

4) Considere os seguintes dados relacionados à velocidade inicial da reação:


A → produtos

[A] inicial (mol/l) Velocidade (mol/l.s)


10-8 10-16 k
10-4 10-8 k
K = constante de velocidade

Qual a ordem dessa reação?

a) 1
b) 1,5
c) 2
d) 2,5
e) 3

5) A energia de ativação é um dos fatores determinantes:


a) da velocidade de uma reação.
b) da massa ativa de uma reação.
c) do efeito térmico de uma reação.
d) da atividade ótica de um isômero.
e) da atividade de um soluto.

6) Observa-se que a velocidade de reação é maior, quando um comprimido


efervescente usado no combate à azia, é colocado:
a) inteiro, em água que está à temperatura de 6 0C.
b) pulverizado, em água que está à temperatura de 45 0C.
c) inteiro, em água que está à temperatura de 45 0C.
d) pulverizado, em água que está à temperatura de 6 0C.
e) inteiro, em água que está à temperatura de 25 0C.

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120

7) O óxido nítrico reage com hidrogênio, produzindo nitrogênio e vapor de água, de


acordo com a seguinte equação: 2 NO(g) + 2 H2(g) → N2(g) + 2 H2O(g)
Acredita-se que essa reação ocorra em duas etapas:

2 NO + H2 → N2O + H2O (lenta)

N2O + H2O → N2 + H2O (rápida)

De acordo com esse mecanismo, a expressão da velocidade da reação é:

8) A reação genérica “A + 2 B → produtos” se processa numa única etapa. Sua


constante de velocidade vale 0,3 l/mol.min. Qual a velocidade da reação em
mol/l.min, quando as concentrações de A e B forem, respectivamente, 2,0 e 3,0
mol/l ?

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121

TERMOQUÍMICA

MÓDULO 10
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO
A energia liberada nas reações químicas está presente em várias atividades da
nossa vida diária. A maioria das reações químicas ocorre produzindo variações de
calor. A termoquímica ocupa-se do estudo quantitativo das variações térmicas que
acompanham as reações químicas.

OBJETIVOS DO MÓDULO

Esperamos que, após o estudo do conteúdo deste módulo, você seja capaz de:

 Diferenciar reações exotérmicas de reações endotérmicas;


 Conhecer o calor liberado ou absorvido numa reação;
 Saber as aplicações químicas das funções termodinâmicas;
 Conhecer as Leis da Termoquímica: de Hess e de Berthelot;
 Saber o que é Energia de Ligação.

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122

10.1) Termoquímica
Termoquímica estuda as quantidades de calor liberadas ou absorvidas durante
as reações químicas.

Ex.:

Q ∆U+δ

A energia interna de um gás perfeito depende exclusivamente da temperatura.


Sendo assim:

Temperatura Energia interna


aumenta aumenta
diminui diminui
constante constante (∆U 0)

10.2) Entalpia (H)


É o conteúdo calorífico de um sistema.
H=U+PV
Volume O produto p V é denominado
Pressão “energia de volume”.
Energia interna
∆H ∆U + ∆(p )

∆H ∆U + p∆U + ∆p

Considerando uma transformação a pressão constante (∆p 0):

∆H ∆U + p∆

Pela 1ª lei da termodinâmica: ∆U Q–δ

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123

∆H = Q – δ + p∆V ∆H = Q = Calor trocado (a pressão constante).

δ = p∆V

∆H = Hf – Hi

Entalpia do 1º membro.
Entalpia do 2º membro.
Variação de entalpia  Indica a quantidade de calor liberado ou
absorvido durante uma transformação.

10.3) Tipos de reações


a) Reação exotérmica (produto).
Ex.: Cgrafite + 02(g) CO2(g) + 94,1 kcal

b) Reação endotérmica (reagente).


Ex.: H2(g) + I2(g) + 12,4 kcal 2 HI(g)

10.4) Aplicações químicas das funções termodinâmicas

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124

U2 – U1 ∆U > 0
U2 > U1 Reação endotérmica
(a volume constante).

Ea = Energia de ativação É a energia necessária para levar os reagentes


ao “estado ativado” (estágio intermediário entre reagentes e produtos).

U2 – U1 ∆U < 0
U2 < U1 Reação exotérmica
(a volume constante).

H2 – H1 ∆H > 0
H2 > H1 Reação endotérmica
(a pressão constante).

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125

H2 – H1 ∆H < 0
H2 < H1 Reação exotérmica
(a pressão constante).

10.5) Variação de energia interna e de entalpia


a) A volume constante (∆ 0)

∆U = Q - δ ∆U Q - p∆
δ p∆ ∆U Q calor trocado

b) À pressão constante (∆p 0)


∆H ∆U + ∆(P ) ∆H ∆U + p∆ + ∆p
δ p∆ ∆H ∆U + p∆
∆U Q-δ ∆H Q-δ+δ
∆H Q Calor trocado

10.6) Leis da termoquímica.


a) Lei de Hess  em uma equação termoquímica, os calores envolvidos
dependem exclusivamente dos conteúdos energéticos inicial e final,
independendo do caminho seguido pela
reação.

∆U = U2 – U1 Independe do caminho

∆H = H2 – H1 percorrido.

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126

b) Lei de Berthelot (ou do trabalho máximo)  quando duas ou mais reações


químicas podem ocorrer simultaneamente, ocorrerá preferencialmente aquela
em que ocorre maior liberação de calor.
Ex.: (1) H2 + F2 2HF ∆H - 128 kcal
(1) H2 + Br 2HBr ∆H - 17 kcal
Espontaneidade: reação (1) > reação (2)

Obs.: Para que uma equação termoquímica esteja completa, é necessário


que sejam mencionados - entre parêntesis - o estado físico dos elementos
ou substâncias envolvidas e, no caso de elementos sólidos, o estado
alotrópico dos mesmos.

Ex.: H2(g) + 1/2O2(g) H2O(l) ∆H - 68,3 kcal

C(grafite) + O2(g) CO2(g) ∆H - 94,0 kcal

Obs.:
Transformação ∆H
exotérmica -
endotérmica +

10.7) Energia de ligação


É a energia envolvida na união ou na separação de dois átomos, ligados
quimicamente. Em função das energias de ligação, podemos estimar o calor
envolvido em determinada reação.

Obs.: A quebra de uma ligação é um processo endotérmico (∆H > 0). A


formação de uma ligação é um processo exotérmico (∆H < 0).

Exemplo:

1 – Com as seguintes energias de ligação, em kcal/mol,

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127

é possível prever-se que a energia total envolvida na reação é:

2 x 100 + 1 x 200 1 x 135 3 x 100 + 1 x 116 + 1 x 146

400 135 562 kcal/mol

(calor absorvido) (calor liberado)

Energia de dissociação Energia de formação

das ligações das ligações

∆H = 535 – 562 = - 27 kcal/mol

Obs.: Haverá um saldo de calor liberado, logo, a reação é exotérmica.

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128

Neste módulo, abordamos:

 Termoquímica.

 Entalpia (H).

 Tipos de reações.

 Aplicações químicas da termodinâmica.

 ariação de energia interna (∆U).

 Leis da termoquímica.

 Energia de ligação.

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129

COSENDEY, S. M. Química. Santo Antônio de Pádua, Curso Miller Cosendey, v.1 e


v.2

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RUSSEL, J. B. Química Geral. São Paulo, Makron Books

MASTERTON W. I. L. Princípios de Química. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e


Científicos

EBBING, P. D. Química Geral. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos

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130

MÓDULO 10

1) A oxidação completa de C (diamante) com oxigênio gasoso para formar um mol


de CO2(g), é acompanhada por uma variação de entalpia de ΔH - 94,5o kcal. A
oxidação completa de C (grafita) - com oxigênio gasoso para formar 1 mol de
CO2(g) - tem uma variação de entalpia de ΔH - 94,05 kcal. A fabricação
industrial do diamante a partir da grafita envolve uma variação de entalpia, ΔH,
em kcal por mol, igual a:
a) – 188,55
b) + 188,55
c) + 94,,95
d) – 0,45
e) + 0,45

2) A decomposição do clorato de potássio exige o fornecimento de x calorias por


mol de cloreto de potássio formado. Se o volume de oxigênio formado, medido
nas condições normais de temperatura e pressão, for 112 litros, o calor fornecido
ao sistema deverá ser de, aproximadamente:
a) 2,0 x cal
b) 3,3 x cal
c) 4,8 x cal
d) 5,0 x cal
e) 7,5 x cal

3) Se todo calor obtido pela combustão de 0,10 mol de metano (CH4) fosse
aproveitado no aquecimento de 1,0. 103 g de água, inicialmente a 10 0C, qual
seria a temperatura final da água?
CH4(g) + 2 O2(g) → 2 H2O + CO2(g) ΔH - 200 kcal/mol

a) 20 0C
b) 30 0C

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131

c) 40 0C
d) 50 0C
e) 60 0C

4) Com base nas variações de entalpias associadas às reações abaixo:


N2(g) + 2 O2(g) → 2 NO2)g) ΔH + 67,6 kJ

N2(g) + 2 O2(g) → N2O4(g) ΔH + 9,6 kJ

Pode-se prever que a variação de entalpia associada à reação de dimerização


do NO2 será igual a:

a) – 58,0 kJ
b) + 58,0 kJ
c) – 77,2 kJ
d) + 77,2 kJ
e) 648 kJ

5) Conhecendo-se as seguintes energias de ligação no estado gasoso:


H ─ H : ΔH 104 kcal/mol

Cl ─ Cl : ΔH 58 kcal/mol

H ─ Cl : ΔH 103 kcal/mol

Calcule o ΔH da reação, em kcal:

H2 + Cl2 → 2 HCl

a) 44
b) 368
c) – 59
d) – 44
e) 59

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132

6) Utilize os seguintes valores de ΔH:


H2(g) + F2(g) → 2 HF ΔH - 546 kJ

C(Graf.) + 2 F2(g) → CF4(g) ΔH - 680 kJ

2 C(Graf.) + 2 H2(g) → C2H4(g) ΔH + 52 kJ

para determinar a variação de entalpia do processo, em kJ:

C2H4(g) + 6 F2(g) → 2 CF4(g) + 4 HF(g) ΔH ?

a) 2504
b) – 1278
c) 1278
d) – 2452
e) - 2504

7) Considere as seguintes equações termoquímicas:


2 S(s) + 2 O2(g) → 2 SO2(g) + 142,0 kcal

2 SO2(g) + O2(g) → 2 SO3 + 46,0 kcal

Calcule o calor de formação de um mol de SO3 gasoso, em kcal/mol.

8) Considere os seguintes dados:


C(grafite) + 2 H2(g) → CH4(g) ΔH -18 kcal/omol

C(g) + 2 H2(g) → CH4(g) ΔH -190 kcal/omol

Quantas kcal são necessárias para vaporizar 120 g de carbono grafítico?

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133

EQUILÍBRIO QUÍMICO

MÓDULO 11
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO
Reações químicas são processos em que substâncias (os reagentes) interagem
para formar outras substâncias (os produtos), que apresentam propriedades diferentes
das que reagem. Algumas reações químicas que ocorrem em sistemas abertos se
processam totalmente.

OBJETIVOS DO MÓDULO

Esperamos que, após o estudo do conteúdo deste módulo, você seja capaz de:

 Conhecer as reações;
 Conhecer as Constantes de Equilíbrio;
 Saber dos fatores que Deslocam o Equilíbrio.

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134

11.1) Equilíbrio Químico


É característico de reações reversíveis:

direta
Reagentes Produtos
inversa

As reações direta e inversa ocorrem contínua e ininterruptamente.

Um sistema atinge o equilíbrio químico, quando a velocidade da reação direta for


igual à velocidade da reação inversa.

V direta = V inversa

Isso ocorre:

- No início da reação, têm-se apenas as substâncias reagentes;

- A reação se inicia, e a velocidade da reação direta é máxima;

- Com o tempo, a quantidade de substâncias reagentes diminui e, com isso, a


velocidade da reação direta diminui;

- Os produtos vão sendo formados, a reação inversa se inicia, e a velocidade da reação


inversa vai se tornando maior à medida que a quantidade de produtos aumenta.

Obs.: O equilíbrio químico só pode ser atingido em sistemas fechados (onde


não há troca de matéria com o meio ambiente)

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135

11.2 – Constante de equilíbrio de concentrações (Kc)

Somente para gases.

aA + bB + ... xX + yY + …

xx …
Kc
A a B b…

11.3 – Grau de equilíbrio

11.4 – Constante de equilíbrio em termos de pressão parcial (K p)

Px x P … 1 ∆n
Kc ( )
Pa a Pb b … R

( ) ( )

1 ∆n
Kc Kp ( )
R

Kp Kc (R )∆n

11.5 – Deslocamento do equilíbrio químico


É toda alteração da velocidade da reação direta ou da reação inversa.

Fatores (ou forças) capazes de deslocar um sistema em equilíbrio:

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136

- As concentrações (ou pressões parciais) dos participantes do equilíbrio;

- A pressão total sobre o sistema;

- A temperatura do sistema  O aumento de temperatura desloca o equilíbrio no


sentido endotérmico.

Obs.:

a)

1
Reagentes Produtos
2

- Adicionando A ou B, o equilíbrio irá se deslocar para a direita (1);

- Retirando A ou B, o equilíbrio irá se deslocar para a esquerda (2).

b) Num sistema heterogêneo (sólido e gases), o sólido não influi no deslocamento.

c)

1
A2 + 3B2 2AB3
2

- Um aumento de pressão desloca o equilíbrio no sentido de menor volume (1)

- Uma diminuição de pressão desloca o equilíbrio no sentido de maior volume (2)

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137

Neste módulo, abordamos:

 Equilíbrio químico;

 Constantes de equilíbrio;

 Grau de equilíbrio;

 Deslocamento do equilíbrio químico.

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138

COSENDEY, S. M. Química. Santo Antônio de Pádua, Curso Miller Cosendey, v.1 e


v.2

BRADY, J. E. Química Geral. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, v. 1

RUSSEL, J. B. Química Geral. São Paulo, Makron Books

MASTERTON W. I. L. Princípios de Química. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e


Científicos

EBBING, P. D. Química Geral. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos

FELTRE R. Fundamentos da Química. São Paulo, Editora Moderna

SARDELLA, A. Curso de Química. São Paulo, Editora Ática, v. 1

ROSENBERG, J. E. Química Geral. Bookman.

HARRIS, D. C. Análise Química Quantitativa. LTC.

ATKINS, P. Físico-Química_Fundamentos. Rio de Janeiro, LTC.

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139

MÓDULO 11

1) No estudo do equilíbrio:
C2H5 ─ OH(l) + H3C ─ COOH(l) ↔ H3C ─ COOC2H5(l) + H2O(l)

Partiu-se de um mol de álcool etílico e de um mol de ácido acético. Após o


equilíbrio ter sido atingido, formaram-se X mol de acetato de etila e X mol de água. A
MÓDULO 1
expressão que dá a constante de equilíbrio da reação é:

a) X / (1 – X)
b) 2 X / (1 – X)
c) X2 / (1 – X)2
d) 2 X / (1 – X)2
e) X2 / (1 – X)

2) Ao realizar-se a reação:
H+(aq) + HS(aq) ↔ H2S

Verificou-se que, no equilíbrio, [HS-] = 0,1 mol/l e [H2S] = 0,4 mol/l. O valor da
constante de equilíbrio na temperatura em que a experiência foi K = 1 . 107. Nas
condições da experiência, [H+], em mol/l, é:

a) 1 . 10-1
b) 2 . 10-3
c) 3 . 10-5
d) 4 . 10-7
e) 5 . 10-9

3) Qual é a constante de equilíbrio da reação de decomposição, representada pela


equação abaixo?
2 HI(g) ↔ H2(g) + I2(g)

a) 54,4

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140

b) 17,67 . 10-3

c) 1,84 . 10-2

d) 32,4

e) 6,50 . 10-5

4) Em água líquida, o produto iônico da água (Kw) vale:


Kw = 1,0 . 10-14 .....temperatura da água 25 OC

Kw = 5,3 . 10-14 .....temperatura da água 50 OC

Assim sendo, um líquido de água a 50 0 é, em relação a um litro da água 25 OC:

a) menos condutor da corrente elétrica.


b) menos ionizado.
c) mais rico em moléculas não dissociadas.
d) mais rico em cátions e ânions.
e) mais rico em íons positivos do que negativo.

5) Considere os valores das constantes de ionização dos ácidos nitroso e acético,


a 25 0C:
HNO2 : K = 5,1 . 10-14

H3C ─ COOH : K 1,8 . 10-5

A reação que, a 25 0C, processa-se em maior extensão no sentido indicado:

a) HNO2 + H3C ─ COOH →

b) NO21- + H3C ─ COO1- →

c) NO21- + H3C ─ COOH →

d) H+ + NO21- →

e) H+ + H3C ─ COO1- →

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141

6) A solubilidade do hidróxido de magnésio em água é de 5,0. 10-4 mol/l. Seu


produto de solubilidade é:
a) 1,0 . 10-7
b) 2,5 . 10-7
c) 5,0 . 10-8
d) 2,5 . 10-9
e) 5,0 . 10-10

7) Na combustão do monóxido de carbono (g), em recinto fechado, o rendimento


da reação, em termos de dióxido de carbono produzido (g), diminui com o
aumento de temperatura e diminuição de pressão. Qual o enunciado do princípio
que justifica essa afirmação?

8) Calcule a constante de equilíbrio, em termos de concentração, para a reação


representada pela equação química abaixo, sabendo que - nas condições de
temperatura e pressão em que se encontra o sistema - existem as seguintes
concentrações dos compostos presentes no equilíbrio: [SO3] = 0,1 mol/l , [O2] =
1,5 mol/l , [SO2] = 1,0 mol/l.
2 SO2 + O2 ↔ 2 SO3

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142

ELETROQUÍMICA

MÓDULO 12
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO
É estudada a relação entre energia elétrica e reação química, ou seja, como
substâncias reagem gerando corrente elétrica e como, através da energia elétrica,
transformamos substâncias.

OBJETIVOS DO MÓDULO

Esperamos que, após o estudo do conteúdo deste módulo, você seja capaz de:

 Conhecer as reações de oxidação e de redução;


 Reconhecer o número de oxidação;
 Esquematizar uma pilha;
 Conhecer eletrólise ígnea e eletrólise em solução aquosa.

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143

12.1) Eletroquímica
Estuda a relação entre energia elétrica e reação química. Substâncias reagem,
gerando corrente elétrica ou - através da corrente elétrica - transformam substâncias.

Pilhas
Reação química Corrente elétrica
Eletrólise

12.1.1) Reações de oxi-redução

São aquelas que ocorrem através da transferência de elétrons.

a) Reação de oxidação → são átomos que perdem elétrons e transformam-se em


íons.
A → A1+ + 1 e-

b) Reação de redução → são íons que recebem elétrons e transformam-se em


átomos neutros.
B1+ + 1 e- → B

c) Reação global → somam-se as reações de oxidação e de redução.


A + B1+ → A1+ + B

d) Agente redutor → é a espécie que cede elétron, seria o átomo A


e) Agente oxidante → é a espécie que recebe elétron, seria o íon B1+

12.1.2) Pilhas

São dispositivos através das quais os elétrons envolvidos, numa reação de oxi-
redução, são utilizados para produzir corrente elétrica.

Durante a reação, os elétrons deixam o metal A e, através do circuito externo da


pilha, dirigem-se para a placa de B.

O eletrodo em que ocorre a redução é chamado catodo (dica: consoante /


consoante).

O eletrodo em que se realiza a oxidação recebe o nome anodo (dica: vogal /


vogal).

O eletrodo em que ocorre a redução é chamado catodo.

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144

A reação que ocorre na pilha pode ser:

A / B1+ // A1+ / B

12.1.3) Eletrólise

É a reação de oxi-redução que é provocado pela corrente elétrica, isto é,


“decomposição de corrente elétrica”.

Na célula (ou cuba eletrolítica), existindo um eletrólito (a corrente elétrica irá


passar), cada um de seus íons migrará para o eletrodo de sinal contrário e lá irá
“perder” ou “ganhar” elétrons, causando:

- Passagem de corrente elétrica;

- Alterações químicas nos íons.

Para que aconteça é importante que:

- A corrente elétrica seja contínua e a voltagem suficiente para provocar a


eletrólise.

- Os íons tenham “liberdade de movimento”:

- Seja por fusão  eletrólise ígnea;

- Seja por dissolução num “solvente ionizante” que, em geral, é a água 


eletrólise em solução.

Obs.:

Catodo Anodo Catodo Anodo

Pilhas Polo + Polo - Pilhas Redução Oxidação

Eletrólise Polo - Polo + Eletrólise Redução Oxidação

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145

Obs.: Eletrólise em solução aquosa:

- Metais alcalinos

- Cátion: H+ > - Metais alcalinos terrosos

(Eºred) -Al

- Ánion: OH- > - Ânions oxigenados

(Eºoxi) - F-

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146

Neste módulo, abordamos:

 Reações de oxidação e de redução.

 Número de oxidação.

 Esquematização uma pilha.

 Eletrólise ígnea e eletrólise em solução aquosa.

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147

COSENDEY, S. M. Química. Santo Antônio de Pádua, Curso Miller Cosendey, v.1 e


v.2

BRADY, J. E. Química Geral. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, v. 1

RUSSEL, J. B. Química Geral. São Paulo, Makron Books

MASTERTON W. I. L. Princípios de Química. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e


Científicos
EBBING, P. D. Química Geral. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos

FELTRE R. Fundamentos da Química. São Paulo, Editora Moderna

SARDELLA, A. Curso de Química. São Paulo, Editora Ática, v. 1

ROSENBERG, J. E. Química Geral. Bookman.

HARRIS, D. C. Análise Química Quantitativa. LTC.

ATKINS, P. Físico-Química_Fundamentos. Rio de Janeiro, LTC.

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148

MÓDULO 12

1) Para niquelar uma peça de cobre, usou-se uma solução de sulfato de níquel II, e
aparelhagem conveniente para eletro de posição. Terminada a niquelação,
verificou-se que haviam passado pelo circuito 1,0. 10-3 mol de elétrons.
Concluiu-se, então, que a quantidade de níquel depositada sobre a peça de
cobre é:
a) 5,0 . 10-4 mol, isto é, 29,35 . 10-3 g
b) 1,0 . 10-3 mol, isto é, 58,71 . 10-3 g
c) 2,0 . 10-3 mol, isto é, 117,42 . 10-3 g
d) 2,5 . 10-4 mol, isto é, 14,67 . 10-3 g
e) 1,0 . 10-3 mol, isto é, 29,35 . 10-3 g

2) Eletrolisando-se, durante 5 (cinco) min, a solução de CuSO4 - com uma corrente


de 1,93 A -, verificou-se que a massa de cobre metálico depositada no catodo
de cobre foi de 0,18 g. Em função dos valores apresentados acima, o
rendimento do processo foi igual a:
a) 94,5 %
b) 96,3 %
c) 97,2 %
d) 98,5 %
e) 99,3 %

3) Uma corrente elétrica de 5 A atravessa uma solução de cloreto de ouro (AuCl 3),
durante 30 min. Sabendo-se que a massa atômica do ouro é 197 e a constante
de Faraday é igual a 96500 C, o ouro depositado no cátodo é:
a) 18,36 g
b) 12,24 g
c) 0,106 g
d) 0,20 g
e) 6,12 g

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149

4) Um agricultor, querendo apressar a dissolução do sulfato de cobre dentro de um


tanque de polietileno com água, utilizou, para agitá-la, uma enxada de ferro
nova, limpa e em pintura. Após algum tempo, retirou a enxada da solução e
percebeu que ela mudara de cor, ficando avermelhada. A partir disso, conclui-se
que houve uma reação química sobre a enxada. Esse processo tem sua
explicação no fato de:
a) o íon cobre da solução ter reduzido o ferro da enxada.
b) o ferro da enxada ser mais nobre do que o cobre.
c) o íon ferro ter agido como oxidante.
d) o íon cobre da solução ter oxidado o ferro da enxada.
e) o íon cobre ter agido como redutor.

5) Numa cela eletroquímica, eletrodo é:


a) uma lâmina metálica.
b) a solução.
c) a lâmina metálica e a solução em que está mergulhada.
d) a parede porosa ou a ponte salina.
e) o catodo.

6) Na cela eletroquímica Al │ Al3+ ││Fe2+ │Fe, podemos afirmar que:


a) o alumínio sofre redução.
b) o ferro é o ânodo.
c) os elétrons fluem, pelo circuito externo, do alumínio para o ferro.
d) os elétrons fluem, pelo circuito externo, do ferro para o alumínio.
e) a solução dos íons Au3+ irá se diluir.

7) Sabendo que o cobalto pode ceder elétrons espontaneamente para os íons Au 3+


e considerando a pilha Co│Co2+││Au3+│Au, responda às seguintes perguntas:
a) Qual é a reação global do processo? Quais são as semirreações?
b) Quem se oxida? Quem se reduz?
c) Qual é o eletrodo positivo ou catodo? Qual é o negativo ou anodo?
d) Em que sentido fluem os elétrons pelo fio?
e) Qual dos eletrodos é corroído? Qual deles tem sua massa aumentada?

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150

f) Qual das duas soluções se dilui? Qual delas se concentra?


g) Quais os íons em trânsito na solução? Em que sentido flui cada um
deles?

8) Mergulha-se uma placa limpa de zinco em uma solução de sulfato de cobre.


Observa-se que a placa fica recoberta por uma depósito escuro e que, passado algum
tempo, a solução se torna mais clara. Removido o depósito, constata-se que a placa se
apresenta corroída.

Explique o que ocorreu:

a) na placa de zinco
b) na solução

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151

RADIOATIVIDADE

MÓDULO 13
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO
Estudos realizados mostram que as radiações emitidas pelas substâncias têm
origem no núcleo do átomo, ou seja, as radiações devem-se às transformações que
ocorrem nos núcleos atômicos.

Radioatividade é o fenômeno pelo qual o núcleo de um átomo emite,


espontaneamente, radiações.

OBJETIVOS DO MÓDULO

Esperamos que, após o estudo do conteúdo deste módulo, você seja capaz de:

 Conceituar radioatividade;
 Apresentar as principais partículas radioativas;
 Definir tempo de meia vida, transmutação nuclear, emissão radioativa e
velocidade de desintegração;
 Comentar fissão nuclear e fusão nuclear, suas aplicações, benefícios e perigos.

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152

13.1) Radioatividade
Benéfica por suas possibilidades de fornecer alternativas, perigosa quando mal
utilizada, e nociva quando a sua exposição não estiver conforme os limites conhecidos
dos seres vivos.

Radioatividade é um fenômeno nuclear. É a atividade que certos átomos


possuem de emitir radiações eletromagnéticas e partículas de seus núcleos.

As reações nucleares são processos em que o núcleo de um átomo sofre


alteração.

Nuclídeo é o nome dado a um núcleo caracterizado por um número atômico (Z)


e um número de massa (A).

Radionuclídeo ou radioisótopo é um nuclídeo emissor de radiação.

13.2) Principais partículas radioativas


4 2
alfa: α2 dêuteron: d1

0 0
beta: β-1 pósitron: e+1

0 0
gama: γ0 neutrino: v0

1 1
próton: p1 nêutron: n0

13.3) Tempo de meia-vida


É o tempo necessário para que metade da quantidade de um radionuclídeo
presente numa amostra sofra decaimento radioativo.

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153

x → número de meia-vida
T → tempo total
t → tempo da meia-vida
m0 → massa inicial
m → massa final

13.4) Transmutação nuclear


É a transformação de um nuclídeo em outro, provocada pelo bombardeamento
com uma partícula.

27 4 30 1
Ex: 13Al + 2α → 15P + 0n

A: 27 + 4 = 30 + 1 Z: 13 + 2 = 15 + 0

31 = 31 15 = 15

13.5) Emissão radioativa


É a transformação de um nuclídeo em outro, provocada pela emissão de uma
partícula.

238 234 4
Ex: 92U → 90Th + 2α

A: 238 = 234 + 4 Z: 92 = 90 + 2

238 = 238 92 = 92

13.6) Velocidade de desintegração


A velocidade de desintegração de uma amostra radioativa depende do número
inicial de átomos instáveis.

→ velocidade de desintegração

Δn
Δn → número de átomos desintegrados
Δt

Δt → intervalo de tempo

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154

13.7) Fissão nuclear


É o processo de quebra de núcleos grandes em núcleos menores, liberando
uma grande quantidade de energia.

235 1 90 143
Ex: 92U + 0n → 35Br + 57La + 3 0n1 + energia

A: 235 + 1 = 90 + 143 + 3 . 1 Z: 92 + 0 = 35 + 57 + 3 . 0

236 = 236 92 = 92

A bomba atômica (bomba A) é uma bomba de fissão nuclear.

13.8) Fusão nuclear


É a união de núcleos pequenos, formando núcleos maiores e liberando uma
quantidade muito grande de energia.

2 3 4 1
Ex: 1H + 1H → 2He + 0n + energia

A: 2 + 3 = 4 + 1 Z: 1 + 1 = 2 + 0

5=5 2=2

A bomba de hidrogênio (bomba H) é uma bomba de fusão nuclear. Para que


essa fusão ocorra, é necessária uma altíssima temperatura, que é conseguida através
da explosão de uma bomba atômica, a qual funciona com detonador da bomba H.

As reações que ocorrem no Sol são também de fusão nuclear.

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155

Neste módulo, abordamos:

 conceito de radioatividade;

 principais partículas radioativas;

 tempo de meia vida;

 transmutação nuclear;

 emissão radioativa;

 velocidade de desintegração;

 fissão nuclear;

 fusão nuclear.

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156

COSENDEY, S. M. Química. Santo Antônio de Pádua, Curso Miller Cosendey, v.1 e


v.2
BRADY, J. E. Química Geral. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, v. 1

RUSSEL, J. B. Química Geral. São Paulo, Makron Books

MASTERTON W. I. L. Princípios de Química. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e


Científicos

EBBING, P. D. Química Geral. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos

FELTRE R. Fundamentos da Química. São Paulo, Editora Moderna

SARDELLA, A. Curso de Química. São Paulo, Editora Ática, v. 1

ROSENBERG, J. E. Química Geral. Bookman.

HARRIS, D. C. Análise Química Quantitativa. LTC.

ATKINS, P. Físico-Química_Fundamentos. Rio de Janeiro, LTC.

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157

MÓDULO 13

1) O isótopo 131 do iodo (Z = 53) é usado no diagnóstico de disfunções da tireoide,


assim como no tratamento de tumores dessa glândula. Por emissão de radiação
β e γ, esse isótopo se transforma em um outro elemento químico E. Qual deve
ser a notação desse elemento?

a) 52E130

b) 52E131

c) 53E130

d) 54E130

e) 54E131

222 210
2) Ao se desintegrar, o átomo de 86Rn se transforma em 84Po . O número de
partículas α e β emitidas no processo é, respectivamente:
a) 2 e 4
b) 2 e 6
c) 3 e 2
d) 3 e 4
e) 4 e 6

3) Usinas termonucleares são projetadas para converter, em energia elétrica, a


energia que é liberada num processo de:
a) decaimento nuclear alfa
b) decaimento nuclear
c) transmutação nuclear
d) fissão nuclear
e) fusão nuclear

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158

4) O reator atômico instalado no município de Angra dos Reis é do tipo PWR


(Reator de Água Pressurizada). O seu princípio básico consiste em obter
energia através do fenômeno “fissão nuclear”, em que ocorre a ruptura de
núcleos pesados em outros mais leves, liberando grande quantidade de energia.
Esse fenômeno pode ser representado pela seguinte equação nuclear:
235 1 144
92U + 0n → 55Cs + T + 2 0n1 + energia

Os números atômicos e de massa do elemento T são, respectivamente:

a) 27 e 91
b) 37 e 90
c) 39 e 92
d) 43 e 93
e) 29 e 89

239
5) Um átomo de um elemento radioativo ao elemento 92X sofre desintegração,
emitindo uma partícula α e partículas β. Qual o número de partículas β emitidas
e qual o número de nêutrons do átomo resultante, respectivamente, sabendo-se
que é isótopo do elemento X?
a) 2 e 143
b) 1 e 143
c) 2 e 142
d) 1 e 142
e) 3 e 142

206
6) Partindo-se de um átomo radioativo, chega-se ao elemento 82Pb , através de
três decaimentos β e dois decaimentos α. De que elemento é o átomo radioativo
e qual o seu número de massa, respectivamente?
a) 82 e 210
b) 84 e 218
c) 83 e 214
d) 85 e 222
e) 81 e 206

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159
238
7) Sabe-se que o 92U emite partículas α e β sucessivamente, até se transformar
206
em 82Pb . Determine o número de partículas α e β emitidas por átomos de
urânio.

8) O radioisótopo 53I131 emite radiação β e perde 75 % de sua atividade em 16 dias.


131
Qual o tempo de meia-vida do 53I ? Qual o elemento formado nessa
desintegração?
a. 4 dias e He
b. 6 dias e Ne
c. 8 dias e Xe
d. 10 dias e Kr
e. 12 dias e Ar

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160

PEÇAS DE LABORATÓRIO E SEGURANÇA

MÓDULO 14
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO
Serão mostrados alguns instrumentos utilizados em laboratório e suas
respectivas utilidades, além das regras de segurança e das precauções que devem ser
tomadas num laboratório.

OBJETIVOS DO MÓDULO

Esperamos que, após o estudo do conteúdo deste módulo, você seja capaz de:

 Descrição e uso das principais peças de laboratórios;


 Conhecer normas de segurança em laboratórios;
 Identificar e armazenar reagentes.

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161

14.1) Peças de Laboratório


14.1.1) Vidro

a) tubo de ensaio→ usado para efetuar reações químicas em pequena escala.

b) copo de Becker → serve para reações entre soluções, dissolver substâncias, efetuar
reações de precipitação e aquecer líquidos.

c) funil de vidro → auxilia no enchimento de frascos e como suporte para o papel de


filtro.

d) balão de fundo chato → usado para aquecer e preparar soluções.

e) condensador → utilizado nos processos de destilação.

f) pipeta → para medir e transferir um líquido.

g) bureta → para medir volume de líquidos.

h) proveta → mede e transfere volumes de líquidos.

i) funil de decantação → separa líquidos imiscíveis.

j) erlenme er → utilizado para preparar soluções.

k) bastão de vidro → utilizado para agitar substâncias.

l) kitassato → utilizado em filtrações a vácuo.

m) vidro de relógio → permite a pesagem de reagentes por evaporação.

14.1.2) Porcelana

a) cadinho → usado para aquecimento.

b) pistilo → usado para trituração e pulverização de sólidos.

14.1.3) Metal

a) tripé de ferro → serve de apoio para a tela de amianto e outras peças que são
colocadas sobre ela.

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162

b) suporte universal → sustenta peças.

c) tela de amianto → é um trançado de fios de ferro, tendo no centro um disco de


amianto que recebe calor do bico de Bunsen e distribui o calor uniformemente para
todo o recipiente.

d) bico de Bunsen → é a fonte de aquecimento mais empregada em laboratório.

e) garra metálica → permite sustentar peças no suporte universal.

14.1.3) Madeira

a) suporte → utilizada para tubos de ensaio.

14.2) Segurança em Laboratórios


A segurança em laboratório é fator fundamental e, para tanto, é recomendável
tomar conhecimento das normas de segurança no primeiro contato com o laboratório.

14.2.1) Antes de iniciar o trabalho

a) Ouvir atentamente a orientação dada pelo professor.

b) Ler atentamente e seguir com precisão as instruções antes de iniciar o trabalho


específico; pois, se feito sem cuidado, representa perda de tempo e enganos.

c) Organizar o material necessário às tarefas evitando demoras.

d) Ter sempre o material para as atividades de laboratório. Ex.: lápis preto, lápis de cor,
apontador, uma caixa de giletes novas, agulha histológica, um pano de pelúcia limpo,
borracha macia, régua, caderno para anotações etc.

e) Uso de roupas adequadas.

14.2.2) Durante o trabalho

a) Seguir corretamente as instruções conforme a sequência dada às tarefas.

b) Respeitar as recomendações e, quando ocorrer algum imprevisto ou algo anormal,


consultar o professor.

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163

c) Desenvolver as atividades com proveito, observando tudo o que ocorre, a fim de


obter um resultado satisfatório.

d) Analisar, com os colegas e professor, os dados oriundos das observações


experimentais, chegando a um resultado de consenso.

e) Manter o local de trabalho limpo, cuidando sempre do descarte do material


indesejável.

14.2.3) Após o trabalho

a) Limpar e guardar o material, de acordo com a orientação recebida.

b) No caso de restos sólidos, inúteis: embrulhar a sobra em papel jornal e colocar em


lixeiras, evitando entupimentos de pia.

c) Limpar a mesa de trabalho com pano úmido, deixando o local limpo e organizado.

d) Se utilizados bancos, estes deverão ser colocados em seus lugares.

e) Lavar as vidrarias, adequadamente, com distribuição de tarefas entre os


componentes do grupo, utilizando quando necessário detergente e escovas
apropriadas.

f) Para retirar manchas de corantes: usar água acidulada (água mais ácido clorídrico) e
enxaguar com água limpa.

14.2.4) No uso do fogo

a) Nunca aquecer substâncias em tubo de ensaio, com a boca do tubo voltada para um
ou mais colegas.

b) Nunca colocar perto de fogo substâncias voláteis e inflamáveis, como álcool,


gasolina, éter etc. Se os frascos das soluções forem de plástico, o perigo será maior.

c) Se o álcool da lamparina se esgotar durante um experimento:

- Reabastecê-la após a certeza de que o fogo está apagado;

- Colocar pequena quantidade de álcool em frascos de alumínio para, então,


reabastecê-la, evitando a proximidade do frasco original com as chamas.

d) Não circular com lamparinas acesas.

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164

e) Em caso de incêndio: usar o extintor ou, então, um pano grosso para abafar o fogo,
ou jogar areia sobre as chamas. Ter muita calma.

f) Verificar se as lamparinas, ou bico de Bunsen, ou botijão de gás, estão devidamente


fechados.

14.2.5) No uso das vidrarias

a) Para se introduzirem tubos de vidros ou termômetros em orifícios de rolhas: lubrificar


a peça e o orifício com glicerina. Após isso, segurar a peça com um pano ou papel
absorvente e introduzi-la com movimentos circulares.

b) Quando as bordas são cortantes: Limá-las ou arredondá-las ao fogo.

c) Para uso, sustentar tubos de ensaio ou termômetros por meio de garras metálicas:
Envolver a peça de vidro com um pano e, depois, apertar a garra.

14.2.6) No uso das substâncias químicas

a) Ler sempre o rótulo dos frascos antes de manipulá-los.

b) Usar colher plástica para a retirada de substâncias sólidas e pipetas, ou conta-gotas


para substâncias em solução.

Obs.: Não utilizar a mesma colher ou pipeta para outras substâncias, e nunca usar a
boca para sucção apenas os pipetadores ou seringas com uma mangueira de borracha
acoplada em sua extremidade.

c) Usar sempre pequenas porções: economia e precauções.

d) Não levar as mãos à boca ou aos olhos quando manipular drogas.

e) Não cheirar diretamente uma substância: mãos em concha aproximam vapores.

f) Nunca adicionar água em ácido concentrado e, sim, o ácido sobre a água,


derramando-o lentamente.

g) Conservar os frascos fechados e rotulados.

h) Não misturar substâncias ao acaso. Seguir seriamente as instruções recebidas.

i) Não recolocar no frasco original uma substância que sobrou ou que foi recuperada.

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165

14.2.7) Regras de segurança

a) Conhecer a localização das saídas de emergência.

b) Conhecer a localização e o funcionamento de extintores de incêndio, caixas de


primeiros socorros, chuveiros e equipamentos de proteção.

c) Não comer, beber, fumar ou guardar alimentos no laboratório.

d) Nunca trabalhar no laboratório sem a presença do professor.

e) Utilizar os aparelhos só depois de ter lido e compreendido as respectivas instruções,


e procurar compreender a sua finalidade.

g) Manter as bancadas limpas e arrumadas, o chão limpo e seco, e as passagens


desobstruídas.

h) Efetuar o trabalho laboratorial sempre de pé.

i) Todos os recipientes que contenham produtos devem estar devidamente rotulados.

j) Reagentes e equipamento devem ser arrumados após ter terminado a sua utilização.

k) Os bicos de gás apenas devem ser acesos quando for necessário, e deve ser
vigiado o seu funcionamento.

l) Não aquecer recipientes fechados.

m) Colocar o material de vidro partido ou rachado em recipiente próprio.

n) Realizar na hotte os trabalhos que envolvam libertação de gases ou vapores.

o) Findo o trabalho experimental, verificar se as torneias de água e de gás se


encontram fechadas e se os aparelhos elétricos foram desligados.

14.2.8) Proteção individual

a) Usar bata de algodão para proteção do corpo e do vestuário; não a usando, no


entanto, fora do laboratório.

b) Atar o cabelo.

c) Não usar lentes de contato no laboratório.

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166

d) Usar óculos de segurança, sempre que necessário, ou até écran de proteção, se o


trabalho envolver risco de explosão.

e) Não cheirar nem provar produtos químicos.

f) Não pipetar com a boca.

g) Não manipular reagentes sólidos com as mãos.

h) Utilizar luvas sempre que necessário.

i) Usar pinças para manusear material quente.

j) Remover quaisquer salpicos de reagente da pele, utilizando água e sabão.

k) Não usar anéis no laboratório, para que os reagentes não se alojem sob eles.

l) Usar sempre sapatos com solados (ou solar) antiderrapantes.

m) Sempre que o trabalho envolva a produção de poeiras ou gases nocivos, devem ser
usadas máscaras respiratórias.

n) Lavar as mãos com água e sabão, depois de terminado o trabalho.

14.2.9) Armazenamento de reagentes

O armazém de reagentes deve ser fresco, com iluminação e ventilação; e,


obviamente, separado do laboratório propriamente dito.

Os reagentes deverão ser guardados, atendendo aos seguintes aspectos:

a) O acesso deve ser fácil.

b) Quando a realização de atividade experimental, devem ser retirados apenas os


indicados no protocolo, devolvendo-os imediatamente aos respectivos lugares, a partir
do momento em que não sejam necessários.

c) Deve ser feito um controle de entradas e saídas a fim de possibilitar um eficaz


reabastecimento.

d) Os reagentes inflamáveis, tóxicos e explosivos devem ser reduzidos ao mínimo


indispensável.

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167

e) Devem ser arrumados de acordo com a sua classificação, segundo as categorias:


inflamável, tóxico, explosivo, oxidante, corrosivo, nocivo ou radioativo. Os reagentes
sensíveis à água, como o caso dos metais alcalinos e alcalino-terrosos, devem ser
afastados dos restantes, bem como os gases comprimidos.

14.2.10) Identificação dos reagentes

Para o utilizador do laboratório, é fundamental a identificação de um produto


químico, bem como as suas propriedades potencialmente perigosas, a fim de trabalhar
em condições de segurança.

A identificação dos produtos químicos comerciais é feita por meio de um rótulo,


onde são indicados, além da marca do fabricante ou do vendedor, o nome químico,
símbolos e frases de aviso sobre as suas propriedades perigosas, o grau de pureza, a
fórmula molecular e outras especificações, como: a densidade, o ponto de fusão, o
ponto de ebulição, a listagem da percentagem de impurezas etc.

14.2.11) No caso de acidentes

a) Qualquer acidente deve ser comunicado imediatamente ao professor.

b) Corte (ou ferimento, mesmo leve) deve ser desinfetado e coberto.

c) Queimadura pequena (produzida por fogo ou material quente) deve ser tratada com
pomada apropriada, ou com vaselina, ou com ácido pírico.

d) Queimadura com ácido deve ser lavada com muita água e, em seguida, com solução
diluída de bicabornato de sódio.

e) Queimadura com álcalis deve ser lavada com muita água e, em seguida, com
solução diluída de ácido acético.

f) Queimadura com fenol deve ser lavada com muito álcool.

g) Intoxicação com ácidos – Tomar leite de magnésia e procurar o médico.

14.2.12) Primeiros socorros

Por primeiros socorros, entende-se o atendimento imediato e rápido ao


acidentado até seu encaminhamento ao médico, em casos mais graves.

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168

O atendimento eficiente a qualquer problema dependerá basicamente da


existência, no laboratório, de um armário de primeiros socorros facilmente identificado.
Nesse armário, ou mesmo caixa de primeiros socorros, é preciso haver: um recipiente
lava-olhos, gazes (de tamanho pequeno, médio e grande esterilizadas), rolo de algodão
esterilizado, esparadrapo, colírio neutro, sabão neutro, mercúrio, álcool, tesoura,
termômetro, pinça e copos descartáveis.

Os acidentes mais frequentes nos laboratórios de nossas escolas envolvem:


queimaduras, cortes, pequenas hemorragias, desmaios etc. Para tanto, vamos
relacionar aqui alguns lembretes importantes que nos auxiliarão nos primeiros
socorros.

a) Ter, no laboratório, um cobertor para caso de fogo e proteção de feridos.

b) Evitar, sempre que possível, tocar ferimentos com as mãos, peças de roupas ou
qualquer outro material contaminado.

c) Em caso de desmaio, deitar o indivíduo de costas, com a cabeça mais baixa que o
corpo, fazendo-o respirar amoníaco ou vinagre.

d) Em caso de sinais de desmaio, sentar o indivíduo e curvar sua cabeça entre as


pernas, fazendo-o respirar profundamente.

e) Em caso de hemorragias, fazer compressão do ferimento com curativos


esterilizados. Dependendo do local do ferimento, essa compressão poderá ser feita
diretamente ou a uma certa distância do mesmo.

f) Em caso de contato de pele com substâncias químicas, promover uma lavagem


abundante do local com água.

g) Em caso de queimaduras por contato ou respingos, providenciar a lavagem da área


afetada com água fria, por um período de pelo menos 15 minutos, encaminhando em
seguida o acidentado ao socorro médico mais próximo.

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169

Neste módulo, abordamos:

 Descrição e uso das principais peças de laboratórios;

 Conhecer normas de segurança em laboratórios;

 Prevenção de acidentes;

 Materiais de segurança;

 Identificar e armazenar reagentes.

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170

COSENDEY, S. M. Química. Santo Antônio de Pádua, Curso Miller Cosendey, v.1 e


v.2

BRADY, J. E. Química Geral. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, v. 1

RUSSEL, J. B. Química Geral. São Paulo, Makron Books

MASTERTON W. I. L. Princípios de Química. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e


Científicos

EBBING, P. D. Química Geral. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos

FELTRE R. Fundamentos da Química. São Paulo, Editora Moderna

SARDELLA, A. Curso de Química. São Paulo, Editora Ática, v. 1

ROSENBERG, J. E. Química Geral. Bookman.

HARRIS, D. C. Análise Química Quantitativa. LTC.

ATKINS, P. Físico-Química_Fundamentos. Rio de Janeiro, LTC.

BARTHELEMY, Richard E. ET alii. Innovations in Equipament and Techniques for the


Biology Teaching Laboratory. D.H.Heath and Company Boston 1964.

FUNBEC – Fundação Brasileira para o desenvolvimento do ensino de ciências.


Laboratório Básico Polivalente de Ciências para o 1º grau: Manual do Professor. Rio de
Janeiro, FENAME/ PREMEN/ DEF, 1978.

SÉRVULO, Folgueras Dominguez. As Experiências em Química. São Paulo. EDART,


1975.

http://www.algosobre.com.br/quimica/alguns-dos-materias-utilizados-num-laboratorio-
quimico.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Material_de_laborat%C3%B3rio

http://www.ca.ufsc.br/qmc/material/material.htm

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171

MÓDULO 14

1) Qual o instrumento útil para separar gasolina do água?

a) tubo de ensaio

b) copo de Becker

c) funil de decantação

d) kitassato

e) erlenmeyer

2) Qual a peça necessária numa destilação?


f) vidro de relógio
g) cadinho
h) pistilo
i) bastão de vidro
j) condensador

3) Qual peça é usada para triturar e pulverizar substâncias sólidas?


a) bastão de vidro
b) pistilo

c) kitassato

d) condensador

e) funil de decantação

4) Informe a peça de porcelana:


a) cadinho
b) proveta

c) condensador

d) funil

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172

e) funil de decantação

5) Informe a peça que mede e transfere líquidos:


a) bastão de vidro
b) tubo de ensaio
c) funil
d) pipeta
e) condensador

6) Peça utilizada na filtração a vácuo:


a) bastão de vidro
b) pistilo

c) kitassato

d) condensador

e) funil de decantação

7) Esquematize as peças utilizadas numa destilação, informando o nome de cada


uma delas.

8) Faça uma planta de um laboratório de química informando pontos de água, luz e


gás, armários, bancadas...

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173

ANEXOS

1) TABELA PERIODICA

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174

2) TABELA DE POTENCIAL E REDUÇÃO

Semi-reação Eo (V)
Li (aq) + e-  Li(s)
+
-3,05
K+ (aq) + e-  K(s) -2,93
Ba2+(aq) + 2e-  Ba(s) -2,90
Sr2+(aq) + 2e-  Sr(s) -2,89
Ca2+(aq) + 2e-  Ca(s) -2,87
Na+(aq) + e-  Na(s) -2,71
Mg2+(aq) + 2e-  Mg(s) -2.37
Be2+(aq) + 2e-  Be(s) -1,85
Al3+(aq) + 3e-  Al(s) -1,66
Mn2+(aq) + 2e-  Mn(s) -1,18
2H2O + 2e-  H2(g) + 2OH-(aq) -0,83
Zn2+(aq) + 2e-  Zn(s) -0,76
Cr3+(aq) + 3e-  Cr(s) -0,74
Fe3+(aq) + 2e-  Fe(s) -0,44
Cd2+(aq) + 2e-  Cd(s) -0,40
PbSO4(s) + 2e-  Pb(s) + SO2-4(aq) -0,31
Co2+(aq) + 2e-  Co(s) -0,28
Ni2+(aq) +2e-  Ni(s) -0,25
Sn2+(aq) + 2e-  Sn(s) -0,14
Pb2+(aq) + 2e-  Pb(s) -0,13
2H+(aq) + 2e-  H2(g) 0,00
Sn4+(aq) + 2e-  Sn2+(aq) +0,13
Cu2+(aq) + e-  Cu+(aq) +0,15
SO2-4 (aq) + 4H+(aq) + 2e-  SO2 (g) + 2 H2O (l) + 0,20
AgCl(s) + e-  Ag(s) + Cl-(aq) +0,22
Cu2+(aq) + 2e-  Cu(s) +0,34
O2(g) + 2H2O + 4e-  4OH- (aq) +0,40
I2(s) + 2e-  2I-(aq) +0,53
MnO-4(aq) + 2H2O + 3e-  MnO2(s) + 4OH-(aq) +0,59
O2(g) + 2H+(aq) + 2e-  H2O2(aq) +0,68
Fe3+(aq) + e-  Fe2+(aq) +0,77
Ag+(aq) + e-  Ag(s) +0,80
Hg2+2(aq) + 2e-  2Hg(l) +0,85
2Hg2+(aq) + 2e-  Hg2+2(aq) +0,92
NO-3(aq) + 4H+(aq) + 3e-  NO(g) + 2H2O +0,96
Br2(l) + 2e-  2Br-(aq) +1,07
O2(g) + 4H+(aq) + 4e-  2H2O +1,23
MnO2(s) + 4H+(aq) + 2e-  Mn2+(aq) + 2H2O +1,23
Cr2O2-7(aq) + 14H+(aq) + 6e-  2Cr3+(aq) + 7H2O +1,33
Cl2(g) + 2e-  2Cl-(aq) +1,36

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175

Au3+(aq) + 3e-  Au(s) +1,50


MnO-4(aq) + 8H+(aq) + 5e-  Mn2+(aq) + 4H2O +1,51
Ce4+(aq) + e-  Ce3+(aq) +1,61
PbO2(s) + 4H+(aq) + SO2-4(aq) + 2e-  PbSO4(s) + 2H2O +1,70
H2O2(aq) + 2H+(aq) + 2e-  2H2O +1,77
Co3+(aq) + e-  Co2+(aq) +1,82
O3(g) + 2H+(aq) + 2e-  O2(g) + H2O(l) +2,07
F2(g) + 2e-  2 F-(aq) +2,87

3) TABELA DE ENERGIA DE LIGAÇÃO

Ligação Energia de ligação


kcal/mol de ligações
H-H 104,2
Cl - Cl 57,8
H - Cl 103,0
O=O 118,3
Br - Br 46,1
H - Br 87,5
C-C 83,1
C-H 99,5
C - Cl 78,5

4) TABELA DE ENTALPIA DE FORMAÇÃO


0
Entalpia padrão ( f) em
kcal/mol
H20 (l) - 68,3

HCl (g) - 22,0

HBr (g) - 8,6

Hl (g) + 6,2

CO (g) - 26,4

CO2 (g) - 94,1

NH3 (g) - 11,0

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176

SO2 (g) - 70,9

CH4 (g) - 17,9

C2H4 (g) + 11,0

C2H6 (g) - 20,5

C2H2 (g) + 53,5

C6H6 (l) + 12,

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177

WEBGRAFIA

Clicke Escola. Disponível em <http://www.clickescolar.com.br/tabela-periodica.htm>

Colegio Web. Tabela de pontencia de redução. Disponível em


<http://www.colegioweb.com.br/quimica/tabela-de-potenciaispadrao-de-reducao-.html>

Scribd. Termoquímica. Disponível em


<http://pt.scribd.com/doc/19261736/termoquimica-mais-avancada>

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