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A CONTRIBUIÇÃO DA CADES E DA FAFI PARA A FORMAÇÃO DOS


PROFESSORES SECUNDARISTAS NO PIAUÍ

Amada de Cássia Campos Reis (UFPI)


amada_uapi@hotmail.com
Maria do Amparo Borges Ferro
amparoferro@uol.com.br

RESUMO

Elegemos como temática central para o presente artigo a formação de professor do


ensino secundário no Piauí numa perspectiva histórica pondo em relevo a
contribuição da Campanha de Aperfeiçoamento e Difusão do Ensino Secundário –
CADES e da Faculdade Católica de Filosofia – FAFI para a formação desses
professores. É fruto de uma pesquisa bibliográfica procurando apoio teórico em
autores como Ferro (1996, 1999), Melo (2006), Queiroz (2008), Reis (2009), Soares
(2010) Lopes (2011) e outros. Lançamos mão também da pesquisa documental
utilizando o Decreto nº 19.890, de 18 de abril de 1931, o Decreto-lei n. 4.244 de 09
de abril de 1942, Decreto nº 34.638, de 14 de novembro de 1953 e Lei nº 2.430, de
19 de fevereiro de 1955. Essa produção vem fornecer subsídios para a
compreensão do processo de formação de professor de nível secundário no Piauí e
somar esforços para construção da História da Educação no Estado e no Brasil.

Palavras-chave: Ensino secundário. Piauí. CADES. FAFI

1 INTRODUÇÃO

Estudos realizados sobre a História da Educação no Piauí revelam que o


processo de institucionalização da educação formal no Estado operou-se em meio
às situações de volubilidade alternando seus passos num vai e vem de conquistas e
atrasos. Desde a implantação da educação formal, em meado do século XIX, o
ensino público secundário no Piauí encontrou na falta de formação dos seus
professores, principalmente no que diz respeito ao domínio dos conhecimentos
necessários e específicos de cada disciplina do currículo e das habilidades para
exercer a função docente, os principais entraves para seu desenvolvimento,
estabilidade e expansão.
O período Imperial chega ao fim sem dar à educação secundária piauiense e
aos professores que formavam o quadro docente desse nível a atenção esperada
que pudesse impulsionar o seu crescimento. Durante quase todo esse período o
Liceu reinou absoluto como a única instituição de ensino secundário a existir no
Piauí, somente iniciando uma concorrência nos anos finais do século XIX quando,
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por iniciativa particular, outras instituições dessa natureza começaram a compor


esse cenário. Os docentes eram recrutados do grupo de profissionais liberais dentre
eles os “bacharéis de Direito, médicos, engenheiros e farmacêuticos. Os
professores, em sua maioria, eram portadores de diplomas de curso superior ou
seguiam a carreira militar. Muitos deles exerciam também o jornalismo ou eram
homens de letras” (QUEIROZ, 2008, p. 16).
Com o advento da República, em 1889, os ideais liberais e iluministas foram
enaltecidos no Brasil. Nesse bojo, a escola é convidada a expandir, a dar crédito ao
poder da ciência, a esboçar o perfil do novo cidadão republicano e a crer que seja
ela a via para tirar a nação do atraso em que se encontrava. Muitas reformas foram
implementadas na tentativa de dar uma nova feição à educação brasileira, no
entanto foi a partir dos anos trinta do século passado, com a inserção do país no
mundo capitalista industrializado e a exigência de mão-de-obra especializada, que
as mudanças na educação foram sentidas com mais firmeza.
As promessas de progresso anunciadas com a república chegam ao Piauí e a
educação começa a reconfigurar-se para enquadrar-se aos ideais republicanos. Nos
anos de 1930, o Estado passa por mudanças modernizadoras em vários setores da
sociedade, dentre eles o setor educacional, tendo como mola impulsionadora o início
de um processo de industrialização e urbanização.
Porém, quanto ao ensino secundário, foi a partir da década de 1950 que esse
nível educacional no Piauí começou a expandir-se com mais vigor graças aos
empreendimentos do campo privado e das iniciativas de instituições religiosas
(LOPES, 2011). Com a expansão do ensino secundário no Piauí, além do aumento
do número de instituições como consequência da demanda de alunos, houve a
necessidade de ampliar o quadro de professores qualificados para tal nível.
A formação de professores para o ensino público secundário no Piauí, ao
longo de sua história, não recebeu uma atenção merecida, principalmente no sentido
de preparar os professores quanto aos aspectos pedagógicos para o exercício de
sua função. A preocupação com formação desses professores praticamente não
existia de forma mais estruturada e mais visível até 1950, década do lançamento da
Campanha de Aperfeiçoamento e Difusão do Ensino Secundário e da criação
Faculdade Católica de Filosofia, que serão tratadas doravante pelos nomes de
CADES e FAFI respectivamente.
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2 A ATUAÇÃO DA CADES E DA FAFI NO PIAUÍ

A CADES e a FAFI foram de fato as primeiras iniciativas voltadas em habilitar


os professores secundaristas piauienses para a docência. A primeira foi uma ação
em nível nacional e a segunda foi uma iniciativa local.

2.1 A Campanha de Aperfeiçoamento e Difusão do Ensino Secundário – CADES e o


ensino secundário no Piauí

Apesar da Reforma Capanema apresentar um caráter elitista deixando claro


que o ensino secundário teria como preocupação a formação “das individualidades
condutoras”, ou melhor falando, daqueles homens que ocupariam cargos de
liderança na sociedade, pincipalmente na política e destinos da nação, este nível de
ensino no Brasil, a partir dos anos 40 do século passado, começou a modificar-se
visivelmente quando passou a ser procurado pela população desejosa de uma
elevação de status social e profissional. Ao tratar do crescimento desse nível
educacional no Brasil, Pinto (2003, p. 753) apresenta dados comprobatórios desse
crescimento afirmando que em “1942-1952, no que se refere a matrículas, a
expansão do ensino secundário foi de 210% no 1º ciclo e 436% no 2º ciclo. No que
diz respeito a número de unidades, essa expansão foi de 1084% e 498%
respectivamente”.
Assim, foi na primeira metade do século XX que a escola secundária cresceu
quantitativamente em todo Brasil, porém, infelizmente, não podemos dizer que
qualitativamente esse crescimento tenha sido diretamente proporcional. Esse
descompasso, em grande parte, era causado pela falta de formação dos
professores, pois poucos eram aqueles que tiveram a oportunidade de frequentar
um curso de formação de nível superior, principalmente por esses cursos serem
recentes no país e existirem em número insuficiente que pudesse dar conta da
demanda apresentada. Dessa forma, não era raro encontrar fazendo parte do corpo
docente das escolas secundárias profissionais sem habilitação pedagógica.
O governo, na busca de alternativas para enfrentar os problemas da carência
de professores secundaristas qualificados ocasionados pelo aumento da matrícula
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No governo de Getúlio Vargas, quando Armando Hildebrand tornou-se o


diretor do Ensino Secundário do MEC, em 1953, deu a esse uma injeção de ânimo.
Na sua gestão foi elaborado um Plano de Ação que ele encaminhou ao ministro
Antônio Balbino com o intuito de atualizar o ensino secundário modernizando-o para
enquadrá-lo aos padrões educacionais da época. Segundo Pinto (2003, p. 745) esse
Pano de Ação tinha como principais metas:

a descentralização administrativa, que se concretizaria com a criação


de inspetorias regionais de ensino secundário; a renovação dos
métodos didáticos; o aperfeiçoamento do pessoal envolvido com a
educação secundária (inspetores, diretores, professores e
secretários), através de cursos; e a criação de uma campanha que
deveria impulsionar o desenvolvimento e a melhoria do ensino
secundário.

Foi, portanto, a partir desse Plano de Ação, que foi criada a Campanha de
Aperfeiçoamento e Difusão do Ensino Secundário (CADES) por força do Decreto nº
34.638, de 17 de novembro de 1953. Esse decreto apresenta catorze objetivos, a
saber na íntegra:
a) promover a realização de cursos e estágios de especialização
e aperfeiçoamento para professôres, técnicos e administradores de
estabelecimentos de ensino secundário;
b) conceder e incentivar a concessão de bôlsas de estudo a
professôres secundários a fim de realizarem cursos ou estágios de
especialização e aperfeiçoamento promovidos por outras entidades,
no país ou no estrangeiro;
c) colaborar com os estabelecimentos de ensino secundário, em
fase de implantação ou reorganização, proporcionando-lhes a
assistência de técnicos remunerados pela Campanha;
d) promover estudos dos programas do curso secundário e dos
métodos de ensino das várias disciplinas, a fim de melhor ajustar o
ensino aos interêsses dos alunos e às condições e exigências do
meio;
e) elaborar e promover e elaboração de material didático,
especialmente áudio-visual, para as escolas secundárias;
f) estudar e adotar providências destinadas à melhoria e ao
barateamento do livro didático;
g) organizar missões culturais, técnicas e pedagógicas, para dar
assistência a estabelecimentos distantes dos grandes centros;
h) elaborar e aplicar provas objetivas para avaliação do
rendimento escolar;
i) incentivar a criação e o desenvolvimento de serviços de
orientação educacional nas escolas de ensino secundário;
j) organizar e administrar plano de concessão de bôlsas de
estudo a alunos bem dotados e de poucos recursos;
k) cooperar com os estabelecimentos de ensino secundário no
estudo de projetos de prédios, instalações, oficinas escolares e
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laboratórios adaptados às diversas regiões do país, bem como de


novos tipos de mobiliário escolar;
l) realizar, diretamente e em cooperação com os órgãos técnicos
federais, estaduais e municipais, levantamentos das necessidades e
possibilidades das diversas regiões do país quanto à localização da
escola secundária;
m) divulgar atos, experiências e iniciativas julgadas de interêsse
ao ensino secundário, bem como promover o intercâmbio entre
escolas e educadores nacionais e estrangeiros;
n) promover o esclarecimento da opinião pública, quanto às
vantagens asseguradas pela boa educação secundária (BRASIL,
Decreto nº 34.638... 1953).

Pelos objetivos propostos percebemos que essa campanha foi ousada e


deles destacamos, por sua ação mais relevante, a realização de estágios bem como
de cursos tanto de especialização como de aperfeiçoamento direcionados aos
professores secundaristas e também para o corpo técnico-administrativo que
trabalhavam nas instituições de ensino secundário, a criação de um sistema de
concessão bolsas de estudo como incentivo para que os professores se
interessassem em deslocar em busca desses estágios e cursos em alguma
instituição aqui mesmo no Brasil ou no exterior, como também a criação do serviço
inovador de orientação educacional.
Vale ressaltar que nas regiões que não houvesse professores licenciados era
concedido, pelo Decreto-Lei nº 8.777, de 22 de Janeiro de 1946, o registro de
professor para o ensino secundário àqueles que solicitassem e fossem aprovados
em provas de suficiência.
Como consequência da criação da CADES, merece relevo a realização dos
exames de suficiência para o exercício do magistério nos cursos secundários
sancionado pela Lei nº 2.430, de 19 de fevereiro de 1955. Essa lei autorizava ao
Ministério da Educação e Cultura compor bancas examinadoras nos Estados por
meio das inspetorias seccionais para o cumprimento de tais exames que eram feitos
com os pretendentes professores de ensino secundário que não eram formados pela
Faculdade de Filosofia e aos aprovados era-lhes concedido o direito de lecionar
nesse nível (BRASIL, Lei nº 2.430..., 1955).
Por ocasião da operacionalização da CADES é de destaque uma importante
ação que foi a publicação tanto de periódicos como de livros contendo orientações
didáticas. Essas publicações foram, certamente, de grande serventia também aos
professores secundaristas piauienses, pois traziam preceitos com o intuito de
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facilitar a atuação do professor em sala. Baraldi e Gaertner (2010) dizem que esses
livros não passavam de manuais com informações pontuais de didática e seu
conteúdo estava voltado para o controle do ensino determinando o passo-a-passo
do fazer do professor secundário, porém na falta de alternativa pelas dificuldades da
época de produção bibliográfica na área pedagógica estes livros tornavam-se muitas
vezes as únicas opções. Um periódico que surgiu com a CADES foi a revista Escola
Secundária criada com a intenção de fazer circular entre os professores
secundaristas os conhecimentos e atividades técnicas pedagógicas, além da
divulgação de cursos preparatório para os exames de suficiência.
No Piauí, as ações da CADES começaram a se desenvolver em 1956, porém
a inspetoria seccional foi instalada em 1957. O primeiro curso promovido pela
CADES no Piauí foi o de Língua Portuguesa e a partir de então outros cursos foram
sendo oferecidos com mais frequência e regularidade (SOARES, 2010).
Com o passar dos anos a CADES se firmou e mais e mais professores,
aqueles que lecionavam de forma circunstancial nas escolas secundárias da capital
das cidades do interior do estado iam se qualificando e submetendo-se aos exames
de suficiência.
Os cursos fornecidos pela CADES funcionavam de forma intensiva no período
de férias coletivas dos professores, geralmente nos meses de janeiro e fevereiro
para que o período letivo não fosse interrompido causando prejuízo aos alunos
(SOARES, 2010). Com esses cursos pela primeira vez os professores do ensino
secundário do Piauí tiveram a oportunidade de se qualificarem e regularizarem a sua
função, enquanto aguardavam uma formação em alguma licenciatura, uma vez que
a maioria deles tinha formação como profissional liberal ou era religioso.

2.2 A Faculdade Católica de Filosofia do Piauí – FAFI e a formação de professores


secundaristas no Piauí

Podemos dizer que a modernidade chega ao Brasil em 1930 quando o


processo de industrialização e urbanização imprime um novo ritmo ao país. Foi a
partir dessa década que o cenário educacional brasileiro começou a ter novos rumos
com a tomada de algumas medidas dentre elas: a criação do Ministério dos
Negócios da Educação e Saúde Pública (1930), a necessidade de elaboração do
Plano Nacional de Educação estabelecido pela Constituição de 1934, Reformas e
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Decretos-leis como a Reforma Francisco Campos (1931) a qual coube o mérito de


imprimir, em todo território nacional, uma nova organização ao ensino secundário e
os Decretos-lei conhecidos como Leis Orgânicas (1942-1946), dentre eles o que se
refere ao ensino secundário.
No Piauí, nesses anos correspondentes às mudanças gerais ocorridas na
sociedade e na educação do país, as escolas de ensino secundário se consolidaram
e outras foram criadas inclusive no interior do Estado como o Ginásio Santa
Teresinha (Floriano – 1934), o Ginásio Estadual Picoense (Picos – 1949), o Ginásio
Municipal Oeirense (Oeiras – 1952). Apesar dos avanços conquistados pelo ensino
secundário em vários aspectos, principalmente no que diz respeito à sua expansão,
estruturação e organização curricular, a formação de seus professores ainda carecia
uma melhor atenção. Apenas o ensino primário contava com instituições formadoras
de seus professores – as escola normais.
O Decreto nº 19.890, de 18 de abril de 1931, conhecido como Reforma
Francisco Campos, exigia formação superior como requisito para tornar-se professor
secundarista, porém poucos eram os professores no Brasil que atendiam essa
determinação. No Piauí, essa exigência era ainda mais difícil de ser atingida, pois
para um professor chegar a esse nível de qualificação teria que, assumindo todas as
despesas, se deslocar para o Rio ou São Paulo ou outro centro que oferecessem
algum curso superior na área da Educação, Ciências e Letras.
De acordo com o Decreto-Lei nº 4.244, de 9 de Abril de 1942, também
chamado de Lei Orgânica do Ensino Secundário ou Reforma Capanema, no seu art.
79, as instituições de ensino secundário deveriam compor o seu corpo docente
apenas com professores formados em “cursos apropriados”, de preferência aqueles
que já tenham cursado o ensino superior.
Como podemos perceber, tanto a Reforma Francisco Campos como a
Reforma Capanema exigiam formação superior como condição para que um
professor assumisse sua função no ensino secundário. O Piauí entrou na segunda
metade do século XX sem escola superior onde os professores secundaristas
pudessem buscar uma qualificação. A escola superior até então existente era a
Faculdade de Direito do Piauí, fundada em 1931.
Tal situação incomodou alguns intelectuais piauienses dentre eles José
Camilo da Silveira Filho, Celso Pinheiro Filho e Edgard Nogueira que tomaram a
iniciativa de criar, em 1952, a Faculdade de Filosofia, porém tal empreitada não foi
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exitosa. O sonho de criar uma faculdade que viesse contribuir para a formação de
professores do ensino secundário e também do ensino normal só se realizou em
1958 quando entrou em atividade a Faculdade Católica de Filosofia do Piauí mais
conhecida como FAFI. (MELO, 2006).
A FAFI iniciou suas atividades no turno noturno, funcionando
temporariamente em instalações cedidas pelo Colégio do Sagrado Coração de
Jesus e ofertando três cursos: o de Filosofia, o de Letras Neolatinas e,
conjuntamente, o de Geografia e História.
A FAFI, segundo Lopes (2013), no decurso de seus dez primeiros anos de
existência enfrentou algumas barreiras que dificultaram o alcance de seus objetivos
integralmente não conseguindo preparar com eficiência seus professores, pois os
conteúdos eram insuficientes, ministrados unicamente de forma teórica, sem
reflexão e sem instigar o interesse dos alunos principalmente pela falta do uso de
recursos didáticos estimulantes. Não havia cursos para preparar professores na área
de Química, Física, Matemática e Biologia e os licenciados nos cursos oferecidos
não são compatíveis com a demanda.
Mesmo tendo que enfrentar tais limitações essa instituição desempenhou um
papel muito importante para a formação de professores do ensino secundário. A
partir de então o ensino secundário no Piauí começou a apresentar ganhos
qualitativos.

3 CONCLUSÃO

Diante do exposto percebemos que a formação do professor secundarista no


Piauí, ao longo do seu percurso histórico, teve que superar diversos obstáculos. A
princípio eram criticados pelos governantes como desprovidos dos conhecimentos
mínimos necessários e pela inabilidade pedagógica para o exercício da função, no
entanto muito pouco foi feito para mudar esse quadro.
Por quase um século e meio a profissão do professor secundarista piauiense
viveu na provisoriedade sendo praticamente exercida por profissionais liberais e
religiosos, ambos autodidatas no campo pedagógico, que viam o seu fazer docente
como uma segunda opção para complementação da renda familiar ou como uma
ação que era exercida com propósitos filantrópicos.
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No que diz respeito ao aspecto legal, o Decreto nº 19.890, de 18 de abril de


1931, o Decreto-lei n. 4.244 de 09 de abril de 1942, Decreto nº 34.638, de 14 de
novembro de 1953 e Lei nº 2.430, de 19 de fevereiro de 1955 foram decisivos para
profissionalização e consolidação do perfil do professor secundarista do Piauí da
época.
Uma atenção mais contundente quanto a uma efetiva formação dos
professores secundaristas do Piauí só começou em meados da década de cinquenta
do século XX com criação da Campanha de Aperfeiçoamento e Difusão do Ensino
Secundário (CADES) e da criação da Faculdade Católica de Filosofia (FAFI). A
CADES e a FAFI foram dois marcos importantes na formação dos professores
secundaristas no Piauí, pois foi a partir daí que se deu propriamente o início da
profissionalização desses professores.

4 REFERÊNCIAS

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CADES: traços de uma Formação de Professores na História da Educação
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10

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Disponível em: < http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1950-1959/lei-2430-19-
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