Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
04 - Lei nº 10.257/01 - EC 10
25 - BENS PÚBLICOS 89
26 - DESAPROPRIAÇÃO 95
29 - OUC 105
33 - DF LC nº 13/1996 129
GO MG
1. Abadiânia;
6. Cidade Ocidental;
11. Luziânia;
16. Planaltina;
20. Unaí
3. Águas Lindas;
8. Corumbá de Goiás;
13. Novo Gama;
Descoberto;
22. Cabeceira Grande!!
4. Alexânia;
9. Cristalina;
14. Padre Bernardo;
18. Valparaíso e
Municípios que vierem a ser constituídos a partir de desmembramento de território dos entes passarão a compor a RIDE.
Região metropolitana: grande centro populacional, que consiste em 1 (ou +) grande cidade central
(metrópole) e sua zona adjacente de influência. Geralmente, rm formam au, ou uma região com 2 ou +
áreas urbanizadas intercaladas com áreas rurais. A CF88 deixa a cargo dos estados a instituição de rm.
RMs não possuem personalidade jurídica própria, apenas integram o Estado às decisões sobre aquelas
determinadas políticas públicas adotadas na região. O poder decisório deve ser atribuído a um colegiado
formado pelos municípios e o Estado, não necessariamente com participação paritária no Órgão. A
participação de cada Município e do Estado deve ser estipulada em cada rm de acordo com suas
particularidades, sem que se permita que um ente tenha predomínio absoluto.
A instituição de rm pelos estados federados dispensa a edição prévia de LC federal, diante da autonomia
que lhes foi conferida pela CF - A LC que irá definir a região metropolitana é Estadual e não Federal.
Art. 4º A instituição de rm/au que envolva Municípios pertencentes a + de 1 Estado será formalizada mediante a aprovação de LCs
pelas assembleias legislativas de cada um dos Estados envolvidos. Até a aprovação das LCs por todos os Estados envolvidos, a rm/au
terá validade apenas para os Municípios dos Estados que já houverem aprovado.
São de interesse da RIDE os serviços públicos comuns ao DF e aos Municípios, especialmente, melhoria:
INFRAESTRUTURA BÁSICA E A GERAÇÃO DE EMPREGOS.
O PE poderá instituir Programa Especial de Desenvolvimento do Entorno do DF que, ouvidos os órgãos
competentes, estabelecerá mediante convênio: normas e critérios para unificação de procedimentos
relativos aos serviços públicos.
1. de natureza orçamentária, que lhe forem destinados pela União, na forma da lei;
2. que lhe forem destinados pelo DF, GO e MG, e pelos Municípios abrangidos pela RIDE;
3. de operações de crédito externas e internas.
Estados poderão, mediante lei complementar, instituir rm/au e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios
limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
A ideia é que o Estado possa interferir na prestação de políticas públicas que ostentem um caráter mais
regional, ou seja, que superem o interesse local do município. Assim, o Estado impõe compulsoriamente a
agregação do Município a uma rm, como parte do planejamento de políticas públicas regionais.
Art. 3º Os Estados, mediante LC, poderão instituir rm/au, constituídas por agrupamento de Municípios limítrofes, para integrar a
organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
Parágrafo Único. Estado e Municípios inclusos em rm/au formalizada e delimitada na forma do caput deste art. deverão promover a
governança interfederativa, sem prejuízo de outras determinações desta Lei.
CONCEITOS
Unidade territorial urbana constituída pelo agrupamento de 2 ou + Municípios limítrofes, caracterizada por
AU complementaridade funcional e integração das dinâmicas geográficas, ambientais, políticas e
socioeconômicas;
GESTÃO PLENA b) estrutura de governança interfederativa própria, nos termos do art. 8º desta Lei; e
espaço urbano com continuidade territorial que, em razão de sua população e relevância política e
METRÓPOLE socioeconômica, tem influência nacional ou sobre uma região que configure, no mínimo, a área de influência
de uma capital regional, conforme os critérios adotados pelo IBGE.
instrumento que estabelece, com base em processo permanente de planejamento, viabilização econômico-
financeira e gestão, as diretrizes para o desenvolvimento territorial e os projetos estruturantes da rm/au. A lei
PLANO DE DES.
estadual que instituir o PDUI deverá ser revista, pelo menos, a cada 10 anos.
URBANO
Deverá considerar o conjunto de Municípios que compõem a unidade territorial urbana e abranger áreas
INTEGRADO -
urbanas e rurais. Elaborar e aprovar, no prazo de 3 anos da instituição da rm/au, este deverá ser
PDUI
compatibilizado com o PD. A elaboração do plano não exime o Município da formulação do respectivo PD.
REGIÃO Unidade regional instituída pelos Estados, mediante LC, constituída por agrupamento de Municípios
METROPOLITANA limítrofes para integrar a organização/planejamento/execução de funções públicas de interesse comum;
A criação de uma rm/au ou de microrregião deve ser precedida de estudos técnicos e audiências
públicas que envolvam todos os Municípios pertencentes à unidade territorial.
§1º O PD, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de 20 mil habitantes, é o
instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.
§2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de
ordenação da cidade expressas no PD.
§3º As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro.
§4º É facultado ao PP municipal, mediante lei específica para área incluída no PD, exigir, nos termos da lei
federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu
adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I - PEU compulsórios;
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada
pelo SF, com prazo de resgate de até 10 anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados
o valor real da indenização e os juros legais.
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até 250m2, por 5 anos, ininterruptamente e sem
oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não
seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
§1º O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos,
independentemente do estado civil.
§2º Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
§3º Cabe à LC estabelecer procedimento contraditório especial, de rito sumário, para o processo
judicial de desapropriação.
§4º O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da dívida agrária, assim como o montante de
recursos para atender ao programa de reforma agrária no exercício.
I - a pequena e média propriedade rural, assim definida, desde que seu proprietário não possua outra;
II - a propriedade produtiva.
Parágrafo único. A lei garantirá tratamento especial à propriedade produtiva e fixará normas para o
cumprimento dos requisitos relativos a sua função social.
Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo
critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
Art. 187. A política agrícola será planejada e executada na forma da lei, com a participação efetiva do setor
de produção, envolvendo produtores e trabalhadores rurais, bem como dos setores de comercialização, de
armazenamento e de transportes, levando em conta, especialmente:
V - o seguro agrícola;
VI - o cooperativismo;
Art. 188. A destinação de terras públicas e devolutas será compatibilizada com a política agrícola e com o
plano nacional de reforma agrária.
§ 1º A alienação ou a concessão, a qualquer título, de terras públicas com área superior a 2.500 ha a
pessoa física ou jurídica, ainda que por interposta pessoa, dependerá de prévia aprovação do CN.
Art. 190. A lei regulará e limitará a aquisição ou o arrendamento de propriedade rural por pessoa física ou
jurídica estrangeira e estabelecerá os casos que dependerão de autorização do CN.
Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu, por 5 anos
ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a 50ha, tornando-a produtiva
por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
II - integração das atividades urbanas e rurais no território do DF, bem como deste com a região
geoeconômica e, em especial, com a região do entorno;
VI - proteção dos bens de valor histórico, artístico e cultural, dos monumentos, das paisagens naturais
notáveis e, em especial, do CUB;
Art. 313. É dever do GDF, nos termos de sua competência e em caso de utilidade pública e interesse social,
efetuar desapropriações em áreas urbanas e rurais, assegurado o direito de indenização por benfeitorias e
cessões dos titulares de arrendamento ou concessão de uso, quando for necessário à execução dos
sistemas de abastecimento de água, energia elétrica, esgotos sanitários, controle de poluição, proteção a
recursos hídricos e criação ou expansão de loteamentos urbanos.
VII - o planejamento para a correta expansão das áreas urbanas, quer pela formação de novos núcleos,
quer pelo adensamento dos já existentes;
IX - a adequação do direito de construir aos interesses sociais e públicos, bem como às normas
urbanísticas e ambientais previstas em lei;
Art. 315. A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende a exigências fundamentais de
ordenação do território, expressas no PDOT, PDLs, leg. urbanística/ambiental, especialmente quanto:
I - ao acesso à moradia;
§1º No sítio urbano tombado e inscrito como Patrimônio Cultural, o PDL será representado pelo PPCub.
§1º O PDOT tem como princípio assegurar a função social da propriedade, mediante o atendimento das
necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à preservação do meio ambiente, à justiça social e
ao desenvolvimento das atividades econômicas.
III - delimitação das áreas urbanas onde poderão ser aplicados PEU compulsórios;
a) direito de preempção;
b) ODIR;
c) ONALT;
d) OUC;
e) TDC;
VII - caracterização do Cub em limite compatível com a visibilidade e a ambiência do bem protegido;
§4º O PDOT obedecerá às demais diretrizes e recomendações da Lei Federal para a Pol. Urbana Nacional.
§5º O PDOT terá vigência de 10 anos, passível de revisão a cada 5 anos, observado o disposto:
LODF - Art. 320. Só serão admitidas modificações no PDOT, em prazo diferente do estabelecido no art. 317,§ °, para
adequação ao ZEE, por motivos excepcionais e por interesse público comprovado.
Art. 318. Os PDLs e a LUOS, complementares ao PDOT, são parte integrante do processo contínuo de
planejamento urbano.
A LUOS estabelecerá normas urbanísticas destinadas a regular as categorias de usos, por tipo e porte, e
definirá as zonas e setores segundo as indicações de usos predominantes, usos conformes e não-
conformes. Ainda, o conjunto de índices para o controle urbanístico a que estarão sujeitas as edificações,
para as categorias de atividades permitidas em cada zona.
Deverá ser encaminhada à CLDF pelo PE, no prazo máximo de 2 anos, a partir da vigência do PDOT.
PDLs tratarão das questões específicas das RAs e das ações que promovam o desenvolvimento
sustentável de cada localidade, integrando áreas rurais e urbanas, assim como detalharão a aplicação
dos instrumentos de política urbana previstos no PDOT. Serão elaborados por UPT, a partir do
agrupamento das RAs definidas no PDOT, em função da forma e da natureza das relações sociais e suas
interações espaciais, além de fatores socioeconômicos, urbanísticos e ambientais.
Encaminhados à CLDF pelo PE, no prazo máximo de 3 anos, a partir da data de vigência do PDOT.
§3º Os PDLs terão como conteúdo mínimo:
Serão elaborados pelo PE, para o período de 5 anos, passíveis de revisão a cada ano, por iniciativa do
PE ou popular, mediante LC específica, desde que comprovado o interesse público. O prazo de vigência
poderá ser prorrogado, LC específica de iniciativa do PE, por até 5 anos, dentro da vigência do PDOT.
Art. 320. Só serão admitidas modificações no PDOT, em prazo diferente do estabelecido, para adequação
ao ZEE, por motivos excepcionais e por interesse público comprovado.
Art. 322. Do PPA, da LDO e do OA deverão constar as propostas integrantes do PDOT e dos PDLs.
Art. 323. O PP do DF, em relação a áreas não edificadas, subutilizadas ou não utilizadas, aplicará o
disposto (USUCAPIÃO), a fim de impedir distorções e especulação da terra como reserva de valor.
III - habitação, indústria, comércio, agricultura, equipamentos urbanos e comunitários, sistema viário e
demais setores da economia;
Seção III - Dos Instrumentos das Políticas de Ordenamento Territorial e de Desenvolvimento Urbano
Art. 325. Na execução da política de ordenamento territorial, expansão e desenvolvimento urbanos será
utilizado o instrumento básico definido no art. 163 desta Lei Orgânica (PDOT).
Art. 163. O PDOT é o instrumento básico da política de expansão e desenvolvimento urbanos, de longo prazo e natureza permanente.
II - promoção das medidas necessárias à cooperação e articulação da ação pública e privada no território
do DF e do entorno;
Art. 328. A ação do GDF será orientada em consonância com os PDOT/PDL, especialmente quanto:
Art. 329. Lei disporá sobre contratos de transferência de posse e domínio para os imóveis urbanos em
programas habitacionais promovidos pelo PP, observadas as seguintes condições:
I - o título de transferência de posse e de domínio, conforme o caso, será conferido a homem ou mulher,
independentemente do estado civil;
II - será vedada a transferência de posse àquele que, já beneficiado, a tenha transferido para outrem, sem
autorização do PP, ou que seja proprietário de imóvel urbano;
Art. 330. O PPA, a LDO e OA garantirão o atendimento às necessidades sociais por ocasião da distribuição
dos recursos para aplicação em projetos de habitação urbana e rural pelos agentes financeiros oficiais.
Art. 331. É vedada a implantação de assentamento populacional sem que sejam observados os
pressupostos obrigatórios de infraestrutura e saneamento básico, bem como o disposto no art. 289.
Art. 289. Cabe ao PP, na forma da lei, exigir a realização de EIA/RIMA para construção, instalação, reforma, recuperação, ampliação e
operação de empreendimentos ou atividades potencialmente causadoras de significativa degradação ao meio ambiente, ao qual se
dará publicidade, ficando à disposição do público por no mínimo 30 dias antes da audiência pública obrigatória.
§1° Os projetos de parcelamento do solo no DF terão sua aprovação condicionada a apresentação de EIA/RIMA, para licenciamento.
§2° Quando da aprovação pelo PP de projeto de parcelamento do solo, o respectivo licenciamento constará do ato administrativo de
aprovação, com as limitações administrativas, caso existam.
§3° O EIA/RIMA será realizado por equipe multidisciplinar, cujos membros deverão ser cadastrados no órgão ambiental.
§4° A execução das atividades referidas no caput dependerá de prévio licenciamento pelo órgão ambiental, sem prejuízo de outras
licenças exigidas por lei. Poderá ser exigido EIA/RIMA em empreendimento ou atividades já instaladas, a qualquer tempo, na hipótese
de realização de auditoria ambiental.
§6º Na aprovação de projetos de parcelamento do solo para fins urbanos com área igual ou inferior a 60ha, ou com área igual ou
inferior a 100ha no caso de projetos urbanísticos de HIS com pequeno potencial de impacto ambiental, e de parcelamento do solo
com finalidade rural com área igual ou inferior a 200ha cuja fração mínima corresponda à definida no PDOT, o órgão ambiental pode
substituir a exigência de apresentação de EIA/RIMA pela avaliação de impacto ambiental definida em lei específica ou pelo LAS,
referentes, entre outros fatores, às restrições ambientais, à capacidade de abastecimento de água, às alternativas de esgotamento
sanitário e de destinação final de águas pluviais, mantida a obrigatoriedade da realização de audiência pública.
§7º Para fins de licenciamento ambiental de projetos de parcelamento do solo em imóveis rurais de propriedade da Administração
Pública direta ou indireta, com objetivo de regularizar a situação fundiária de ocupações consolidadas em consonância com as
definições do PDOT, o órgão ambiental substituirá a exigência de apresentação do EIA/RIMA pelo RCA e pelo PCA.
CAPÍTULO IV - DO SANEAMENTO
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 8 de 148
Art. 332. O DF instituirá, mediante lei, plano de saneamento, constando ações articuladas com a UEM, com
o objetivo de melhorar as condições de vida da população urbana e rural, em consonância com o PDOT.
I - garantia de níveis crescentes de salubridade ambiental por meio de abastecimento de água potável,
coleta e disposição sanitária de resíduos líquidos, sólidos e gasosos; promoção da disciplina sanitária do
uso e ocupação do solo, drenagem urbana e controle de vetores de doenças transmissíveis;
VI - articulação entre instituições, na área de saneamento, em integração com as demais ações de saúde
pública, meio ambiente, recursos hídricos e desenvolvimento urbano e rural;
VII - implementação de programa sobre materiais recicláveis e biodegradáveis, para viabilizar a coleta
seletiva de lixo urbano.
Art. 334. O PPA, a LDO e o OA garantirão o atendimento às necessidades sociais na distribuição dos
recursos para aplicação em projetos de saneamento pelos agentes financeiros oficiais de fomento.
CAPÍTULO V - DO TRANSPORTE
Art. 335. O Sistema de Transporte do DF subordina-se aos princípios de preservação da vida, segurança,
conforto das pessoas, defesa do meio ambiente e do patrimônio arquitetônico e paisagístico.
§2° O PP estimulará uso de veículos não poluentes e que viabilizem a economia energética, mediante
campanhas educativas e construção de ciclovias em todo o seu território.
§3º A lei estabelecerá restrições quanto a distribuição, comercialização e consumo de bebidas, com
qualquer teor alcoólico, em estabelecimentos comerciais localizados em terminais rodoviários e às
margens de rodovias sob jurisdição do DF.
Art. 336. Compete ao DF planejar, organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão/permissão,
sempre mediante licitação, os serviços de TPC, observada a legislação federal, cabendo à lei dispor sobre:
III - a política tarifária, com a garantia de que o custo do serviço de TPC deverá ser assumido por todos
que usufruem do benefício, mesmo que de forma indireta, como o comércio, a indústria e o PP;
§1° É dever do PP instalar sinais sonoros em vias de acesso a estabelecimentos públicos ou privados que
atendam a portadores de deficiência visual.
§2° A lei disporá sobre isenção ou redução de pagamento de tarifa do serviço de TPC para estudantes do
ensino superior, médio e fundamental da área rural e urbana do DF, inclusive a alunos de cursos técnicos e
profissionalizantes com carga horária igual ou superior a 200 horas-aula, reconhecidos pela Fundação
Educacional do DF ou pelo MEC, e a aluno de faculdades teológicas ou instituições equivalentes.
Art. 337. Compete ao PP planejar, construir, operar e conservar em condições adequadas de uso e
segurança o sistema viário público do DF.
Art. 339. É assegurada a gratuidade nos transportes públicos coletivos a PCD, desde que apresentem
carteira fornecida por órgãos credenciados, na forma da lei.
Art. 340. O PP e as empresas operadoras dos serviços de TPC reconhecerão as convenções e acordos
coletivos de trabalho, garantindo aos trabalhadores do setor, além dos direitos previstos e outros que
visem à melhoria da sua condição social.
Art. 341. O PP não admitirá ameaça de interrupção ou deficiência grave na prestação do serviço por parte
das empresas operadoras de TPC.
Parágrafo único. O PP, para assegurar a continuidade do serviço ou para sanar deficiência grave em sua
prestação, poderá intervir na operação do serviço, assumindo-o total ou parcialmente, mediante controle
dos meios humanos e materiais como pessoal, veículos, oficinas, garagens e outros.
Art. 342. A prestação dos serviços de TPC atenderá aos seguintes princípios:
III - segurança;
V - urbanidade e prestabilidade.
Parágrafo único. É assegurada, por intermédio do Conselho de Política Agrícola, a participação efetiva do
setor de produção, com o envolvimento de produtores e trabalhadores rurais, setores de comercialização,
armazenamento e transporte, na forma da lei.
Art. 344. Compete ao GDF implementar a política de desenvolvimento rural, asseguradas as medidas:
I - promoção do ZEE, com vistas à diversificação agrícola, respeitada a aptidão natural de cada região para
a produção agrícola, bem como para a preservação do meio ambiente;
II - programas de estímulo creditício e fiscal, com abertura de linhas de crédito especial em instituições
financeiras oficiais, para micro, pequeno e médio produtor, com vistas a incentivar a produção de alimentos
básicos para a população;
III - programas de habitação, educação, saúde e saneamento básico, de modo a garantir a permanência do
homem no campo e melhorar o bem-estar social das comunidades rurais;
XII - orientação, assistência técnica e extensão rural p/ aumento da produção e produtividade, pela difusão:
XVII - construção e conservação de estradas vicinais, com vistas ao escoamento da produção agrícola.
§1° - Os serviços constantes deste artigo, realizados pelos órgãos competentes do DF, darão prioridade a
micro, pequenos e médios produtores rurais.
§3° - As ações de apoio econômico e social dos organismos do DF estarão voltadas preferencialmente
para beneficiar projetos de assentamento de produtores e trabalhadores rurais e para imóveis que
cumpram a função social da propriedade.
§4° - Lei específica estabelecerá normas de conservação, preservação e recuperação dos solos de uso
agropecuário, bem como de fontes e outros mananciais de água, da flora e da fauna nas áreas rurais.
Art. 345. O PP dispensará a micro, pequenos e médios produtores rurais, definidos em lei, tratamento
jurídico diferenciado, que os incentive por meio da simplificação de suas obrigações administrativas,
tributárias e creditícias, da eliminação ou redução destas, por meio de lei.
Art. 346. Será compatibilizada com as ações da política agrícola, e terá por finalidade:
Art. 347. É vedada a destinação de terras rurais públicas no DF, quando se tratar de interesse social para
assentamentos agrários de trabalhadores rurais, previstos em lei:
I - a membros e servidores dos PE, Judiciário e Legislativo, incluídos os dos Tribunais de Contas, bem
como a dirigentes de órgãos e entidades da administração direta e indireta;
II - a cônjuge ou companheiro, parente consanguíneo ascendente ou descendente até 1º grau, ou afim das
autoridades indicadas no inciso I;
Art. 348. Somente poderão ser beneficiários da assistência dos órgãos especializados do DF e de seus
estabelecimentos oficiais de crédito os titulares ou concessionários de imóveis rurais cuja forma ou projeto
de exploração atenda ao princípio da função social da propriedade.
§1° - O GDF procederá bienalmente ao levantamento e cadastramento das terras públicas rurais de
seu território, com vistas a identificar aquelas que não cumpram sua função social, bem como os
concessionários inadimplentes
Art. 349. É dever do GDF intervir, diretamente e nos limites de sua competência, no regime de utilização da
terra, seja para estabelecer a racionalização econômica da malha fundiária, seja para prevenir ou corrigir o
uso antissocial da propriedade.
04 - Lei nº 10.257/01 - EC
Estabelece normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem
coletivo, da segurança, do bem-estar dos cidadãos, bem como, do equilíbrio ambiental.
I. Regulamenta os arts 182 e 183 da CF88;
II. Estabelece diretrizes de política urbana;
III. Execução da política urbana prevista na CF/88.
A política urbana tem por OBJETIVO ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade
urbana em prol do bem coletivo, mediante as seguintes DIRETRIZES GERAIS:
1 – garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à
infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações;
2 – gestão democrática por meio da participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da
comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;
3 – cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade no processo de urbanização, em
atendimento ao interesse social;
4 – planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial da população e das atividades econômicas do
Município e do território sob sua área de influência, de modo a evitar e corrigir as distorções do crescimento urbano e seus efeitos
negativos sobre o meio ambiente;
5 – oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos adequados aos interesses e necessidades
da população e às características locais;
d) a instalação de empreendimentos/atividades que possam funcionar como pólos geradores de tráfego, sem infraestrutura;
e) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua subutilização ou não utilização;
7 – integração e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais, tendo em vista o desenvolvimento socioeconômico do
Município e do território sob sua área de influência;
8 – adoção de padrões de produção e consumo de bens e serviços e de expansão urbana compatíveis com os limites da
sustentabilidade ambiental, social e econômica do Município e do território sob sua área de influência;
10 – adequação dos instrumentos de política econômica, tributária e financeira e dos gastos públicos aos objetivos do des.
urbano, de modo a privilegiar os investimentos geradores de bem-estar geral e a fruição dos bens pelos diferentes segmentos sociais;
12 – proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e construído, do patrimônio cult/hist/art/pais. e arqueológico;
14 – regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por pop. de baixa renda mediante o estabelecimento de normas
especiais de urbanização, uso/ocupação do solo e edificação, consideradas a situação socioeconômica da pop. e normas ambientais;
15 – simplificação da legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo e das normas edilícias, com vistas a permitir a
redução dos custos e o aumento da oferta dos lotes e unidades habitacionais;
16 – isonomia de condições para os agentes públicos e privados na promoção de empreendimentos e atividades relativos ao
processo de urbanização, atendido o interesse social.
17 - estímulo à utilização, nos parcelamentos do solo e nas edificações urbanas, de sistemas operacionais, padrões construtivos e
aportes tecnológicos que objetivem a redução de impactos ambientais e a economia de recursos naturais.
18 - tratamento prioritário às obras e edificações de infraestrutura de energia, telecomunicações, abast. de água e saneamento.
a) Plano Diretor
c) Zoneamento Ambiental
a) Desapropriação
b) Servidão Administrativa
c) Limitações Administrativas
l) Direito de Preempção
p) Regularização Fundiária
q) Assistência técnica e jurídica gratuita para as comunidades e grupos sociais menos favorecidos
t) Legitimação de posse
6. Estudo PRÉVIO de impacto ambiental - EIA e Estudo PRÉVIO de impacto de vizinhança- EIV
§2o Nos casos de programas e projetos HIS, desenvolvidos pelo PP com atuação específica nessa área, a CDRU de imóveis públicos poderá ser
contratada coletivamente.
§3o Os instrumentos previstos que demandam dispêndio de recursos por parte do PP municipal devem ser objeto de controle social, garantida a
participação de comunidades, movimentos e entidades da sociedade civil.
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 12 de 148
5i - PEU COMPULSÓRIOS: Lei mun. específica determinará, para solo urbano não edificado, subutilizado
ou não utilizado, devendo fixar as condições e os prazos para implementação da referida obrigação.
I. por funcionário do órgão competente do PP municipal, ao proprietário do imóvel ou, no caso de este
ser pessoa jurídica, a quem tenha poderes de gerência geral ou administração;
II. por edital quando frustrada, por 3x, a tentativa de notificação na forma prevista anteriormente.
- 1 ano, a partir da notificação, para que seja protocolado o projeto no órgão municipal competente;
A transmissão do imóvel, por ato inter vivos ou causa mortis, posterior à data da notificação, transfere as
obrigações de parcelamento, edificação ou utilização previstas, sem interrupção de quaisquer prazos.
4a - IPTU PROGRESSIVO NO TEMPO: Em caso de descumprimento das condições, o DF procederá à
aplicação do IPTU progressivo, mediante a majoração da alíquota pelo prazo de 5 anos consecutivos.
• O valor da alíquota a ser aplicado a cada ano será fixado na lei específica NÃO excederá a 2x o valor
referente ao ano anterior, respeitada a alíquota máxima de 15%.
• Caso a obrigação não seja atendida em 5 anos, o DF manterá a cobrança pela alíquota máxima (15%),
até que se cumpra a obrigação, garantida a prerrogativa de desapropriação com o pagamento em títulos.
• É vedada a concessão de isenções ou de anistia relativas à tributação progressiva.
5a - DESAPROPRIAÇÃO COM PAGAMENTO EM TÍTULOS: Decorridos 5 anos de cobrança do IPTU
progressivo sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação de PEU, o DF poderá proceder à
desapropriação do imóvel, com pagamento em títulos da dívida pública.
Os títulos terão prévia aprovação pelo SF e serão resgatados no prazo de até 10 anos, em prestações
anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais de 6% ao a.a.
I – refletirá o valor da base de cálculo do IPTU, descontado o montante incorporado em função de obras
realizadas pelo PP na área onde o mesmo se localiza;
5j - USUCAPIÃO ESPECIAL DE IMÓVEL URBANO: Aquele que possuir como sua área ou edificação
urbana de até 250 m2 por 5 anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de
sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
• O herdeiro legítimo continua, de pleno direito, a posse de seu antecessor, desde que já resida no imóvel
por ocasião da abertura da sucessão.
Os núcleos urbanos informais existentes sem oposição há mais de 5 anos e cuja área total dividida
pelo nº de possuidores seja inferior a 250m2 por possuidor são suscetíveis de serem usucapidos
coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural. O
possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido neste caso, acrescentar sua posse à de seu
antecessor, contanto que ambas sejam contínuas.
• A usucapião especial coletiva de imóvel urbano será declarada pelo juiz, mediante sentença, a qual
servirá de título para registro no cartório de registro de imóveis. Na sentença, o juiz atribuirá igual fração
ideal de terreno a cada possuidor, independentemente da dimensão do terreno que cada um ocupe,
salvo hipótese de acordo escrito entre os condôminos, estabelecendo frações ideais diferenciadas.
• O condomínio especial constituído é indivisível, não sendo passível de extinção, salvo deliberação
favorável tomada por, no mínimo, 2/3 dos condôminos, no caso de execução de urbanização posterior à
constituição do condomínio.
• As deliberações relativas à administração do condomínio especial serão tomadas por maioria de votos
dos condôminos presentes, obrigando também os demais, discordantes ou ausentes.
Na pendência da ação de usucapião especial urbana, ficarão sobrestadas quaisquer outras ações,
petitórias ou possessórias, que venham a ser propostas relativamente ao imóvel usucapiendo.
- A usucapião especial de imóvel urbano poderá ser invocada como matéria de defesa, valendo a
sentença que a reconhecer como título para registro no cartório de registro de imóveis.
- Na ação judicial de usucapião especial de imóvel urbano, o rito processual a ser observado é o sumário.
• O direito de superfície pode ser transferido a 3ºs, obedecidos os termos do contrato respectivo.
O proprietário deverá notificar sua intenção de alienar o imóvel para que o Município, no prazo máximo de
30 dias, manifeste por escrito seu interesse em comprar. À notificação mencionada será anexada proposta
de compra assinada por 3º interessado na aquisição do imóvel, da qual constarão preço, condições de
pagamento e prazo de validade. O Município fará publicar, em órgão oficial e em pelo menos um jornal
local ou regional de grande circulação, edital de aviso da notificação recebida e da intenção de aquisição
do imóvel nas condições da proposta apresentada.Transcorrido o prazo mencionado sem manifestação,
fica o proprietário autorizado a realizar a alienação para 3ºs, nas condições da proposta apresentada.
Concretizada a venda a 3º, o proprietário fica obrigado a apresentar ao Município, no prazo de 30 dias,
cópia do instrumento público de alienação do imóvel.
Ocorrida tal hipótese, o Município poderá adquirir o imóvel pelo valor da base de cálculo do IPTU ou pelo
valor indicado na proposta apresentada, se este for inferior àquele.
5m - ODIR: O PD poderá fixar áreas nas quais o direito de construir poderá ser exercido acima do CA
básico adotado, mediante contrapartida a ser prestada pelo beneficiário.
O PD definirá os limites máximos a serem atingidos pelos CAs, considerando a proporcionalidade entre a
infraestrutura existente e o aumento de densidade esperado em cada área.
O PD poderá fixar áreas nas quais poderá ser permitida alteração de uso do solo, mediante contrapartida a
ser prestada pelo beneficiário - ONALT.
I – regularização fundiária;
5o - OUC: O conjunto de intervenções e medidas coordenadas pelo PP, com a participação dos
proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcançar em
uma área transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental.
Lei específica, baseada no PD, poderá delimitar área para aplicação de OUC.
III - a concessão de incentivos a OUCs que utilizam tecnologias visando a redução de impactos
ambientais, e que comprovem a utilização, nas construções e uso de edificações urbanas, de tecnologias
que reduzam os impactos ambientais e economizem recursos naturais, especificadas as modalidades de
design e de obras a serem contempladas.
Da lei específica que aprovar a OUC constará o plano de OUC, contendo, no mínimo:
III – programa de atendimento econômico e social para a população diretamente afetada pela operação;
IV – finalidades da operação;
V – EIV;
VI - contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e investidores privados em função
da utilização dos benefícios.
VII – forma de controle da OUC, obrigatoriamente compartilhado com representação da sociedade civil.
VIII - natureza dos incentivos a serem concedidos aos proprietários, usuários perm. e investidores privados.
Os recursos obtidos pelo PP na forma do inciso VI serão aplicados exclusivamente na própria OUC.
A partir da aprovação da lei específica, são nulas as licenças e autorizações a cargo do PP expedidas em
desacordo com o plano de OUC.
A lei específica que aprovar a OUC poderá prever a emissão de quantidade determinada de certificados
de potencial adicional de construção - CEPAC, que serão alienados em leilão ou utilizados
diretamente no pagamento das obras necessárias à própria operação. Serão livremente negociados,
mas conversíveis em direito de construir unicamente na área objeto da operação. Apresentado pedido de
licença para construir, o CEPAC será utilizado no pagamento da área de construção que supere os
padrões estabelecidos pela LUOS, até o limite fixado pela lei específica que aprovar a OUC.
Rm/au instituídas por LC, poderão ser realizadas OUC interfederativas, aprovadas por leis específicas.
III – servir a programas de regfund., urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda e HIS.
A mesma faculdade poderá ser concedida ao proprietário que doar ao PP seu imóvel, ou parte dele, para
os fins previstos acima. A lei referida estabelecerá as condições relativas à aplicação da TDC.
6 - EIV: Lei definirá os empreendimentos e atividades privados/públicos em área urbana que dependerão
de elaboração de EIV para obter as licenças ou autorizações de construção, ampliação ou funcionamento a
cargo do PP municipal.
I – adensamento populacional;
IV – valorização imobiliária;
VI – ventilação e iluminação;
Dar-se-á publicidade aos documentos integrantes do EIV, que ficarão disponíveis para consulta, no órgão
competente do PP municipal, por qualquer interessado.
A elaboração do EIV não substitui a de EIA, requeridas nos termos da legislação ambiental.
3a - PD: Aprovado por LC, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana.
É parte integrante do processo de planejamento DISTRITAL, devendo o PPA, LDO e LOA incorporar as
diretrizes e as prioridades nele contidas. Deverá englobar o território do DF como um todo.
A lei que instituir o PD deverá ser revista, pelo menos, a cada 10 anos.
No processo de elaboração e na fiscalização de sua implementação, os PE e PL garantirão:
A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação
da cidade expressas no PD, assegurando o atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à
qualidade de vida, à justiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas, respeitadas as
diretrizes no EC.
O PD é obrigatório para cidades:
II – integrantes de rm/au;
III – onde o PP pretenda utilizar os instrumentos previstos no p.4º do art. 182 da CF88;
No caso de cidades com mais de 500 mil habitantes, deverá ser elaborado um plano de transporte
urbano integrado, compatível com o PD ou nele inserido.
Ainda, as cidades devem elaborar plano de rotas acessíveis, compatível com o PD no qual está inserido,
que disponha sobre os passeios públicos a serem implantados ou reformados pelo PP, com vistas a
garantir acessibilidade da PCD/MR a todas as rotas e vias existentes, inclusive as que concentrem os
focos geradores de maior circulação de pedestres, como os órgãos públicos e os locais de prestação de
serviços de saúde, educação, assistência social, esporte, cultura, correios e telégrafos, bancos, entre
outros, sempre que possível de maneira integrada com os sistemas de transporte coletivo de passageiros.
I – a delimitação das áreas urbanas onde poderá ser aplicado o PEU compulsórios, considerando a
existência de infraestrutura e de demanda para utilização.
II – direito de preempção, ODIR, ONALT, OUC e TDC, desta Lei;
III – sistema de acompanhamento e controle.
Além disso, o PD dos Municípios incluídos no cadastro nacional de municípios com áreas suscetíveis à
ocorrência (VI) deverá conter:
VI - identificação e diretrizes para a preservação e ocupação das áreas verdes municipais, quando for o
caso, com vistas à redução da impermeabilização das cidades.
• O conteúdo do PD deverá ser compatível com as disposições insertas nos planos de recursos hídricos.
• Os Municípios enquadrados em áreas suscetíveis e que não tenham PD aprovado terão o prazo de 5
anos para o seu encaminhamento para aprovação pela Câmara Municipal.
Os Municípios que pretendam ampliar o seu perímetro urbano deverão elaborar projeto específico que
contenha, no mínimo:
II - delimitação dos trechos com restrições à urbanização e dos trechos sujeitos a controle especial em
função de ameaça de desastres naturais;
III - definição de diretrizes específicas e de áreas que serão utilizadas para infraestrutura, sistema viário,
equipamentos e instalações públicas, urbanas e sociais;
V - a previsão de áreas para HIS por meio da demarcação de ZEIS e de outros instrumentos de política
urbana, quando o uso habitacional for permitido;
VII - definição de mecanismos para garantir a justa distribuição dos ônus e benefícios decorrentes do
processo de urbanização do território de expansão urbana e a recuperação para a coletividade da
valorização imobiliária resultante da ação do PP.
GESTÃO DEMOCRÁTICA DA CIDADE - Deverão ser utilizados, entre outros, os seguintes instrumentos:
III – conferências sobre assuntos de interesse urbano, nos níveis nacional, estadual e municipal;
DISPOSIÇÕES GERAIS:
O PP municipal poderá facultar ao proprietário de área atingida pela obrigação de PEU compulsórios, a
requerimento deste, o estabelecimento de consórcio imobiliário como forma de viabilização financeira do
aproveitamento do imóvel.
Os tributos sobre imóveis urbanos, assim como as tarifas relativas a serviços públicos urbanos, serão
diferenciados em função do interesse social.
Nos casos de programas e projetos HIS, desenvolvidos por órgãos ou entidades da Administração
Pública com atuação específica nessa área, os CDRU de imóveis públicos:
I – terão, para todos os fins de direito, caráter de escritura pública;
II – constituirão título de aceitação obrigatória em garantia de contratos de financiamentos
habitacionais.
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 17 de 148
Será dirigida ao meio urbano e rural, em integração com a União, com vistas à solução da carência
habitacional para TODOS os segmentos sociais, com prioridade para a população de média e baixa renda.
A ação do GDF na PHab será orientada em consonância com os PDOT e PDL, especialmente quanto:
3 – não ser, nem ter sido proprietário, promitente comprador ou cessionário de imóvel residencial no DF;
III – propriedade de imóvel residencial havido por herança/doação, em condomínio, desde que a fração
seja de até 50%;
IV – propriedade de parte de imóvel residencial, cuja fração não seja superior a 25%;
VI – devolução espontânea de imóvel residencial havido de programa habitacional desenvolvido pelo GDF
ou por meio de instituição vinculada ao Sistema Financeiro de Hab., comprovada;
VII – nua propriedade de imóvel residencial gravado com cláusula de usufruto vitalício;
Posse - As formas de posse dos imóveis públicos destinados a PHIS urbanos são:
1 – AU/PU (autorização ou permissão de uso): é admitida apenas nos casos de urgência decorrente de
situação de risco ou de calamidade pública.;
2 – CU (concessão de uso);
3 – CEU (concessão especial de uso);
4 – CDRU (concessão de direito real de uso).
A CU, a CEU ou a CDRU será usada nos casos e formas previstos na legislação federal ou distrital.
A transferência de posse de imóvel de PHIS pelo PP ao beneficiário independe de autorização legislativa.
Enquanto não houver a transferência de domínio do PP para o beneficiário, é vedado a este transferir a 3ºs
a posse de bem imóvel recebido no âmbito de PHIS do DF, salvo se autorizado pelo PE.
Título de Domínio: O beneficiário de PHIS poderá requerer a transferência de domínio após cumpridos os
prazos estabelecidos na LODF. Os imóveis públicos destinados a PHIS serão alienados por meio de venda,
permuta ou doação, na forma da legislação.
Os bens imóveis públicos que integram PHab podem ter dispensada a sua licitação nas hipóteses de
alienação; CDRU; CU ou PU, na forma prevista no art. 17, I, “f”, da Lei 8.666/93, com a redação do art. 2º
da MP 292/06. - aplica-se também aos bens imóveis destinados aos PHab de regularização fundiária de IS.
Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente
justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e entidades autárquicas e
fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na
modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes casos:
f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens
imóveis residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais ou de
regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública;
Fica o PE autorizado a estabelecer convênios com os cartórios, com o objetivo de fornecer gratuitamente
ou com redução de custos a 1º titulação dos imóveis destinados aos PHIS.
As cooperativas e associações habitacionais não enquadradas nos PHIS poderão ter programas próprios.
As cooperativas habitacionais de trabalhadores terão prioridade na aquisição de áreas públicas destinadas
à habitação. Nenhum cooperado ou associado pode beneficiar-se mais de 1x em PHab do DF.
O PPA, a LDO e o LOA garantirão o atendimento das necessidades sociais por ocasião da distribuição dos
recursos para aplicação em projetos de habitação pelos agentes financeiros oficiais de fomento.
Fica proibida a emissão de cartas convocatórias para distribuição de lotes nos 3 meses que antecedem
eleição. Não se aplica aos processos em andamento que estejam previamente formalizados.
LOTE: Terreno servido de infraestrutura básica cujas dimensões atendam aos índices urbanísticos
definidos pelo PD ou lei municipal para a zona em que se situe. Poderá ser constituído sob a forma de
imóvel autônomo ou de unidade imobiliária integrante de condomínio de lotes.
Constitui loteamento de acesso controlado a modalidade de loteamento cujo controle de acesso será
regulamentado por ato do PP Municipal, sendo vedado o impedimento de acesso a pedestres ou a
condutores de veículos, não residentes, devidamente identificados ou cadastrados.
Somente para fins I - Em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as providências
urbanos em zonas para assegurar o escoamento das águas;
urbanas, de Il - em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem
expansão urbana ou que sejam previamente saneados;
de urbanização III - em terrenos com declividade ≥ 30%, salvo se atendidas exigências específicas das
específica, assim autoridades competentes;
definidas pelo PDOT IV - em terrenos onde as condições geológicas não aconselham a edificação;
ou aprovadas por lei V - em áreas de preservação ecológica ou naquelas onde a poluição impeça condições
municipal. sanitárias suportáveis, até a sua correção.
2. os lotes terão área mínima de 125m² e frente mínima de 5m, salvo quando o loteamento se destinar
a urbanização específica ou edificação de HIS, previamente aprovados pelos órgãos competentes;
3. ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio público das rodovias e ferrovias,
será obrigatória a reserva de uma faixa não edificável de 15m de cada lado, salvo maiores exigências
da legislação específica;
4. as vias de loteamento deverão articular-se com as vias adjacentes oficiais, existentes ou projetadas, e
harmonizar-se com a topografia local.
Legislação municipal definirá, para cada zona em que se divida o território do Município, os usos
permitidos e os índices urbanísticos de parcelamento e ocupação do solo, que incluirão,
obrigatoriamente, as áreas mínimas e máximas de lotes e os CA máximos.
EPC: Consideram-se comunitários os equipamentos públicos de educação, cultura, saúde, lazer etc.
EPU: Consideram-se urbanos os equipamentos públicos de abastecimento de água, serviços de
esgotos, energia elétrica, coletas de águas pluviais, rede telefônica e gás canalizado.
O PP competente poderá complementarmente exigir, em cada loteamento, a reserva de faixa non
aedificandi destinada a EPU.
No caso de lotes integrantes de condomínio de lotes, poderão ser instituídas limitações administrativas e
direitos reais sobre coisa alheia em benefício do PP, da população em geral e da proteção da paisagem
urbana, tais como servidões de passagem, usufrutos e restrições à construção de muros.
PROJETO DE LOTEAMENTO
Antes da elaboração do projeto de loteamento, o interessado deverá solicitar ao DF que defina as diretrizes
para o uso do solo, traçado dos lotes, do sistema viário, dos espaços livres e das áreas reservadas para
EPU/EPC, apresentando, para este fim, requerimento e planta do imóvel.
I - As ruas ou estradas existentes ou projetada, que compõem o sistema viário da cidade e do município,
relacionadas com o loteamento pretendido e a serem respeitadas;
III - A localização aproximada dos terrenos destinados a EPU/EPC e das áreas livres de uso público;
IV - As faixas sanitárias do terreno necessárias ao escoamento das águas pluviais e as não edificáveis;
V - A zona ou zonas de uso predominante da área, com indicação dos usos compatíveis.
PROJETO DE DESMEMBRAMENTO
Para a aprovação de projeto de desmembramento, o interessado apresentará requerimento ao DF,
acompanhado de certidão atualizada da matrícula da gleba, expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis
competente e de planta do imóvel a ser desmembrado contendo:
Lei distrital definirá os prazos para que um projeto de parcelamento apresentado seja aprovado ou
rejeitado e para que as obras executadas sejam aceitas ou recusadas.
Transcorridos os prazos sem a manifestação do PP, o projeto será considerado rejeitado ou as obras
recusadas, assegurada a indenização por eventuais danos derivados da omissão.
Quando legislação for omissa, os prazos serão de 90 dias para a aprovação ou rejeição e de 60 dias para
a aceitação ou recusa fundamentada das obras de urbanização.
Os espaços livres de uso comum, as vias e praças, as áreas destinadas a edifícios públicos e outros EPU,
constantes do projeto e do memorial, não poderão ter sua destinação alterada pelo loteador, desde a
aprovação do loteamento, salvo as hipóteses de caducidade da licença ou desistência do loteador.
O título de propriedade será dispensado quando se tratar de parcelamento popular, destinado às classes
de menor renda, em imóvel declarado de utilidade pública, com processo de desapropriação judicial em
curso e imissão provisória na posse, desde que promovido pela U/E/DF/M ou suas entidades delegadas,
autorizadas por lei a implantar projetos de habitação.
Na hipótese de parcelamento do solo implantado e não registrado, o DF poderá requerer, por meio da
apresentação de planta de parcelamento elaborada pelo loteador ou aprovada pelo DF e de declaração de
que o parcelamento se encontra implantado, o registro das áreas destinadas a uso público, que passarão
dessa forma a integrar o seu domínio.
- Não serão indenizadas as benfeitorias feitas em desconformidade com o contrato ou com a lei.
É o instrumento básico que orientará a instalação de meios de propaganda nas RAs citadas.
Reger-se-ão por legislação específica:
II – a propaganda eleitoral;
III – propaganda colocada na fuselagem de veículos, trailers, reboques etc., aeronaves e embarcações;
OBJETIVOS do PDP:
I – manter a estética da paisagem urbana por meio do ordenamento da publicidade;
II - ordenar os meios de propaganda no espaço urbano de forma que não comprometam as 4 escalas
objeto de tombamento de Brasília como Patrimônio Cultural da Humanidade;
III - estabelecer parâmetros para instalação de meios de propaganda objetivando evitar os abusos e
sobreposição dos mesmos;
IV – normatizar a utilização de meios de publicidade em área pública de forma a evitar prejuízos quanto à
circulação de veículos e pedestres.
• área máxima de exposição: área máx. permitida de exposição para cada meio de publicidade, em m2;
• faixa: é o meio de propaganda feito de tecido, destinado à pintura de publicidade ou propaganda visual
ou, ainda, à manifestação de apoio, protesto, apelo ou solidariedade;
• identificação: elemento de informação visual que identifica através do nome, denominações, logotipos
ou emblemas os bens públicos ou privados e pontos turísticos;
• meios de propaganda: são todos os elementos visuais utilizados para a divulgação de produtos,
serviços, marcas, promoções e eventos, bem como para a identificação de bens públicos e privados;
a) no térreo;
a) em área pública;
a) em equipamentos utilizados a) Aplicam-se, para efeitos desta
b) nos pavimentos superiores, b) no interior do lote; nas atividades de ambulante. Lei, aos balões de eventos fixos
incluindo torre de circulação vertical;
no solo as regras referentes aos
c) nas empenas cegas;
bens móveis.
d) em marquises;
e) em galerias
f) em toldos;
h) no cercamento.
Os meios de propaganda fixos no SOLO em área pública ou interior do lote poderão veicular:
Os meios de propaganda instalados no solo deverão conter, no mínimo, o nome e telefone da empresa responsável por sua
instalação. Ainda que instalado pelo próprio anunciante.
1. SEM ILUMINAÇÃO -
4. VIRTUAL Quando a mensagem publicitária for projetada em superfície visível de logradouro público.
De dimensão especial fixos no solo, a área máxima de exposição de cada face não poderá ultrapassar 35m².
A altura máx. dos meios de propaganda será contada a partir da base de fixação da haste, incluindo seu comprimento.
Não se aplica o disposto neste artigo aos meios de propaganda já instalados, devidamente licenciados.
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 22 de 148
PARÂMETROS
A definição da fixação, iluminação, distanciamento, quantidade, porte e demais parâmetros necessários
será observada conforme o disposto nesta Lei e seus Anexos.
A indicação da localização individual dos engenhos publicitários, quando em área pública, será feita pelo
órgão responsável pela jurisdição da área onde o ponto for alocado.
Na regulamentação da presente Lei pelo PP, serão observados os PDLs, as normas de edificação, uso e
ocupação do solo e as características físicas da área.
No setor de Recreação Pública Norte e Sul e na UnB a instalação de meios de publicidade deverá respeitar
projeto específico para cada setor, que será submetido à aprovação do órgão competente de planejamento
urbano e dos órgãos de proteção ao patrimônio cultural local e federal.
Em Área Protegida pela Legislação Ambiental: Os meios de propaganda a serem instalados no interior
de UCs, deverão ter prévia anuência do órgão ambiental, conforme definido em legislação específica.
II - equipamentos utilizados nas atividades de ambulantes, fixa no próprio equipamento, de acordo com
modelo fornecido pelo órgão competente desde que este não ultrapasse o percentual de 40% da área
da superfície onde se encontra.
III - remover, danificar, encobrir, ser colado ou pintado, sobre outros meios de sinalização/propaganda;
IV - ter sua projeção horizontal avançando sobre a faixa de rolamento das vias ou circulação de pedestres;
V - apresentar formas ou padrões que possam ser confundidos com as placas de sinalização,
especialmente as de trânsito;
VI - ser instalado em edificações ou lotes com uso residencial exceto para veicular a sinalização oficial ou a
identificação do edifício quando se tratar de habitação coletiva;
VII - ser instalado nas fachadas da edificação correspondente aos pavimentos residenciais de lotes ou
projeções, cujo uso seja misto.
II - implicar supressão ou corte de qualquer formação vegetal inserida em APP, ou das espécies arbóreo-
arbustivas tombadas em legislação específica;
VI - avançar com sua projeção além da divisa do lote ou projeção no qual estiver situado, para os meios de
propaganda fixados no solo;
VIII - danificar ou pôr em risco o funcionamento das redes de infraestrutura das concessionárias;
I - acima das edificações, nas caixas d’água ou acima dos pavimentos superiores;
V - em árvores ou arbustos;
VIII - em interseções ou rótulas de vias urbanas e rodovias, exceto quando sinalização de trânsito;
XII - em trevos, passagens de nível, viadutos, pontes, passarelas, túneis, muretas ou grades de proteção
das rodovias ou ferrovias e metrovias;
XIII - em alambrados, cercas ou muros de áreas, logradouros ou edifícios públicos, salvo se lei permitir;
XIV - nas zonas de aproximação de aeronaves, para os meios de propaganda com capacidade de
flutuação no ar presos ao solo.
O projeto em área urbana pública ou privada será submetido a exame no órgão para aprovação.
O projeto aprovado tem validade de 2 anos contados a partir da data da aprovação se não licenciado.
Pode o interessado fazer pedido de reconsideração, no prazo máximo de 30 dias, contados da data da
ciência do indeferimento da solicitação, sob pena de arquivamento do processo. A resposta do órgão à
solicitação de reconsideração do interessado será encaminhada no prazo máximo de 30 dias.
Os meios de propaganda de que trata esta Lei só podem ser instalados após a obtenção de licenciamento
no órgão, salvo disposição expressa em contrário contida nesta Lei.
Permissão/Concessão de uso: será sempre precedida de licitação pública nos termos da Lei. O GDF
poderá rescindir o contrato referido, nos casos de inadimplemento parcial ou total do mesmo ou de
interesse público justificado. Implicará cancelamento do licenciamento.
A exploração dos meios de propaganda em quaisquer bens privados que forem visíveis de
logradouros públicos dependem de licenciamento do órgão competente.
O licenciamento de que trata esta Lei terá os seguintes PRAZOS DE VALIDADE:
I - para a instalação dos meios de propaganda na edificação ou no interior do lote, o prazo de validade terá
vigência coincidente com o licenciamento;
III - localizados no interior das edificações, quando não visíveis de logradouro público;
VI - fixos nos cercamentos de estabelecimentos de ensino público e centros esportivos públicos, quando
se referirem às atividades específicas exercidas no local;
O órgão poderá reservar a si o direito de exigir até 10% da área de instalação de meio de propaganda
licenciada para veicular propaganda de interesse público, quando se tratar de área pública.
O licenciamento para instalação de meio de propaganda em área pública, poderá ser, a qualquer
tempo, mediante decisão fundamentada, por ato da autoridade concedente:
I - revogado, atendendo a relevante interesse público, com base na legislação vigente, ouvidos os órgãos;
Para os meios de propaganda objetos desta Lei instalados em área pública será cobrado
cumulativamente o preço por interferência visual e o preço por ocupação de área pública.
Para o cálculo do preço público por interferência visual, multiplicar-se-á a área total de exposição do meio
de propaganda pelo preço estabelecido no Anexo XII, desta Lei.
Para fins de licenciamento dos meios de propaganda instalados em área pública será tomado por base o
preço mínimo estabelecido no Anexo XIII.
Para os meios de propaganda localizados nas faixas de domínio de rodovias e ferrovias, o preço mínimo
será multiplicado por um fator variável conforme as categorias das rodovias, considerando o Volume Médio
Diário - VMD - de tráfego, a ser definido na regulamentação desta Lei.
I - fixos nos muros de estabelecimentos de ensino público e centros esportivos públicos, quando
veicularem somente propaganda relativa às atividades específicas exercidas no local;
VI - localizados nos canteiros de obras ou nas fachadas dos estandes de vendas que veiculem somente
propaganda relativa ao empreendimento ali realizado, referentes à construtora e à incorporação.
INFRAÇÕES E PENALIDADES
A autoridade pública que tiver ciência da ocorrência de infração na sua área de atuação deverá promover a
apuração imediata, sob pena de responsabilidade. Será considerado corresponsável o servidor público ou
qualquer pessoa, física ou jurídica, que obstruir o processo de apuração da infração.
Os encargos e as sanções previstos nesta Lei serão impostos à pessoa física ou ao responsável pela
pessoa jurídica licenciada para exploração do meio de propaganda. Caso o meio de propaganda não
possua o licenciamento previsto, os encargos e sanções desta Lei serão aplicados à pessoa física ou ao
responsável pela pessoa jurídica que esteja fazendo uso do meio de propaganda.
Os responsáveis por infrações serão punidos, de forma isolada ou cumulativa, sem prejuízo das sanções
civis e penais cabíveis, com as seguintes PENALIDADES:
I - advertência;
II - multa;
A ADVERTÊNCIA será aplicada pelo responsável pela fiscalização por meio de notificação, na qual
constará o prazo para correção da infração. O prazo referido neste artigo será de, no máximo, 20 dias,
podendo ser prorrogado, desde que devidamente justificado.
A MULTA será aplicada, mediante AI, emitido pelo responsável pela fiscalização nos seguintes casos:
Deverão ser impostas em dobro ou de forma cumulativa, se ocorrer reincidência ou infração continuada.
Infrator reincidente aquele autuado +1x no período de 12 meses, independentemente da infração cometida.
Considera-se infração continuada a manutenção ou omissão do fato que gerou a autuação, dentro do
período de 7 dias, tornando o infrator incurso em multas cumulativas pelo mesmo período, impostas pelo
responsável pela fiscalização.
Os danos não sanados pelo particular no prazo determinado serão executados pelo PP, sendo cobrado do
responsável o valor do serviço executado acrescido de taxa de administração de 10%.
I - à comprovação de propriedade;
II - ao pagamento das multas provenientes do descumprimento desta Lei, bem como demais taxas afetas;
III - ao pagamento das despesas de apreensão, constituídas pelos gastos efetivamente realizados com
remoção, transporte e depósito.
A DEMOLIÇÃO total ou parcial do meio de propaganda será imposta ao infrator quando se tratar de
instalação em desacordo com a legislação e não for possível sua apreensão.
O infrator será comunicado a efetuar a demolição no prazo de até 7 dias, exceto quando a construção
ocorrer em área pública, na qual cabe ação imediata. Caso o infrator não proceda à demolição no prazo
estipulado, esta será executada pela AR em até 15 dias, sob pena de responsabilidade.
Todos os prazos fixados nesta Lei são expressos em dias corridos contados a partir do 1º dia útil
subsequente ao fato.
2. que adornem quaisquer veículos pertencentes a empresas estrangeiras, que façam carreira no país;
3. que se incluam entre os bens referidos no art. 10 da Introdução do CC, e que continuam sujeitas à lei
pessoal do proprietário;
4. que pertençam a casas de comércio de objetos históricos ou artísticos;
5. que sejam trazidas para exposições comemorativas, educativas ou comerciais:
6. que sejam importadas por empresas estrangeiras expressamente para adorno dos respectivos
estabelecimentos.
As obras mencionadas nas alíneas 4 e 5 terão guia de licença para livre trânsito, fornecida pelo IPHAN.
II - DO TOMBAMENTO - O IPHAN possuirá 4 Livros do Tombo:
1. LT Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, as coisas pertencentes às categorias de arte
arqueológica, etnográfica, ameríndia e popular - ARETPA;
No caso de extravio/furto de qualquer objeto tombado, o respectivo proprietário deverá dar conhecimento
do fato ao IPHAN, dentro do prazo de 5 dias, sob pena de multa de 10% sobre o valor da coisa.
As coisas tombadas não poderão ser destruídas, demolidas ou mutiladas, nem, sem prévia autorização,
ser reparadas, pintadas ou restauradas, sob pena de multa de 50% do dano causado. Tratando-se de
bens pertencentes á U/E/M/DF, a autoridade responsável pela infração incorrerá pessoalmente na multa.
Sem prévia autorização do IPHAN, não se poderá, na vizinhança da coisa tombada, fazer construção que
lhe impeça ou reduza a visibilidade, nem nela colocar anúncios ou cartazes, sob pena de ser mandada
destruir a obra ou retirar o objeto, impondo-se neste caso a multa de 50% do valor do mesmo objeto.
O proprietário que não dispuser de recursos para proceder às obras de conservação e reparação que a
mesma requerer, levará ao conhecimento do IPHAN a necessidade das mencionadas obras, sob pena de
multa correspondente ao dobro da importância em que for avaliado o dano sofrido pela mesma coisa.
Recebida a comunicação, e consideradas necessárias as obras, o diretor do IPHAN mandará executá-las,
a expensas da União, devendo as mesmas ser iniciadas dentro do prazo de 6 meses, ou providenciará
para que seja feita a desapropriação da coisa. À falta de qualquer das providências, poderá o
proprietário requerer que seja cancelado o tombamento. Caso haja urgência na realização de obras e
conservação ou reparação em qualquer coisa tombada, poderá o IPHAN tomar a iniciativa de projetá-las e
executá-las, a expensas da União, independentemente da comunicação por parte do proprietário.
As coisas tombadas ficam sujeitas à vigilância permanente do IPHAN, que poderá inspecioná-los sempre
que for julgado conveniente, não podendo os respectivos proprietários ou responsáveis criar obstáculos à
inspeção, sob pena de multa, elevada ao dobro em caso de reincidência.
Os atentados cometidos contra os bens são equiparados aos cometidos contra o patrimônio nacional.
V - DISPOSIÇÕES GERAIS
O PE providenciará a realização de acordos entre a U/E, para melhor coordenação e desenvolvimento das
atividades relativas à proteção do patrimônio histórico e artístico nacional e para a uniformização da
legislação estadual complementar sobre o mesmo assunto.
O IPHAN procurará entendimentos com as autoridades eclesiásticas, instituições científicas, históricas ou
artísticas e pessoas naturais o jurídicas, com o objetivo de obter a cooperação em benefício do patrimônio
histórico e artístico nacional.
Os negociantes de antiguidades, de obras de arte de qualquer natureza, de manuscritos e livros antigos ou
raros são obrigados a um registro especial no IPHAN, cumprindo-lhes apresentar semestralmente ao
mesmo relações completas das coisas que possuírem.
Sempre que os agentes de leilões tiverem de vender objetos tombados deverão apresentar a respectiva
relação ao órgão do IPHAN, sob pena de incidirem na multa de 50% sobre o valor dos objetos vendidos.
Nenhum objeto de natureza idêntica à dos referidos desta lei poderá ser posto à venda pelos comerciantes
ou agentes de leilões, sem que tenha sido previamente autenticado pelo IPHAN, ou por perito em que o
mesmo se louvar, sob pena de multa de 50% sobre o valor atribuído ao objeto.
A autenticação será feita mediante o pagamento de taxa de peritagem de 5% sobre o valor da coisa, se
este for inferior ou equivalente, e de mais 5 mil réis por conto de réis ou fração, que exceder.
Lembrando que os atos normativos possuem caráter genérico e, portanto, incompatível com a
individualização e concretude do procedimento de tombamento. Ato do PL, alterando tombamento
concretamente fixado por ato do PE, seria incompatível com o princípio da harmonia entre os Poderes.
- Poderá “ente menor” tombar bem de “ente maior”? Pode o Município tombar um bem da União?
O parágrafo 2º, do artigo 2º, do DL 3.365/41 estabelece que:
ß2º Os bens do domínio dos E/M/DF/Territórios poderão ser desapropriados pela União, e os dos Municípios pelos
Estados, mas, em qualquer caso, ao ato deverá preceder autorização legislativa.
O STJ concluiu que o Município não poderia desapropriar um bem da União ou de um Estado:
DL 25/37 - Art. 22. Em face da alienação onerosa de bens tombados, pertencentes a pessoas naturais ou a pessoas
jurídicas de direito privado, a União, os Estados e os municípios terão, nesta ordem, o direito de preferência.
CPC Art. 1.072. Revogam-se:
I - o art. 22 do Decreto-Lei no 25, de 30 de novembro de 1937;
O Novo CPC revogou expressamente o direito de preferência legal previsto em relação aos bens
tombados. E as bancas tem cobrado demasiadamente este ponto: Não vigora mais no direito brasileiro
a exigência do direito de preferência à União, Estados e Municípios na aquisição de bens tombados.
1. O direito de petição, previsto no artigo 5º, inciso XXXIV, “a”, da CF, dada a possibilidade de os
particulares provocarem o PP diretamente acerca de ilegalidades;
2. Ação Popular, prevista no artigo 5º, inciso LXXIII, da CF e regulada pela Lei 4.717/65, a ser proposta
pelo cidadão para anulação de atos lesivos ao patrimônio público, inclusive o patrimônio cultural;
3. Ação Civil Pública, prevista na Lei 7.347/85 para a proteção de direitos difusos e coletivos da
coletividade. Destaca-se, nesta lei, o artigo 1º, inciso III que assim está redigido:
Art. 1º Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as ações de responsabilidade por danos
morais e patrimoniais causados:
III – a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
O EC prevê a necessidade de o desenvolvimento urbano respeitar a proteção, a preservação e a
recuperação do patrimônio cultural. Trata-se, inclusive, de diretriz geral da política urbana:
XII – proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e construído, do patrimônio cultural, histórico,
artístico, paisagístico e arqueológico;
O patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico também deve ser cuidado com
atenção pelas ações de política urbana. Trata-se de bens que, da mesma forma que o meio ambiente,
estão sob tutela constitucional, conforme consta do art. 216 e parágrafos da CF. Um dos aspectos mais
relevantes dessa proteção, quanto à política urbana, é a de impedir que a especulação imobiliária e outros
interesses privados acabem por causar a destruição de tais valores, sobretudo porque a destruição
frequentemente se afigura irreversível. Assim, os Municípios que pretendam ampliar o seu perímetro urbano
após abril de 2012 – data da alteração do EC – deverão elaborar projeto específico que contenha a
definição de diretrizes e instrumentos para proteção do patrimônio cultural.
Art. 42-B. Os Municípios que pretendam ampliar o seu perímetro urbano após a data de publicação desta Lei deverão
elaborar projeto específico que contenha, no mínimo:
VI - definição de diretrizes e instrumentos específicos para proteção ambiental e do patrimônio histórico e cultural;
A realidade físico-territorial correspondente ao Plano Piloto, deve ser entendida como conjunto urbano
construído em decorrência daquele projeto e cujas complementações, preservação e eventual expansão
devem obedecer às recomendações expressas no texto intitulado Brasília Revisitada e respectiva planta
em escala 1/25.000, e que constituem os anexos I e II deste Decreto. É delimitado:
• Norte: pelo Córrego Bananal, considerada entorno direito dos dois eixos que estruturam o Plano Piloto.
A manutenção do Plano Piloto será assegurada pela preservação das características essenciais de 4
escalas distintas que traduz a concepção urbana da cidade: monumental, residencial, gregária e bucólica.
1 - MONUMENTAL
Concebida para conferir à cidade a marca de efetiva capital do País, está configurada no Eixo Monumental,
desde a P3P até a Praça do Buriti e para a sua preservação serão obedecidas as seguintes disposições;
I — A P3P fica preservada tal como se encontra nesta data, no que diz respeito aos Palácios do Planalto e
do STF, ao CN, bem como aos elementos escultórios que a complementam, inclusive o Panteón, a Pira e
Monumento ao Fogo Simbólico, construídos fora da Praça, mas que se constituem parte integrante dela;
II — Também ficam incluídas para preservação as sedes vizinhas dos Palácios do Itamaraty e da Justiça,
referências integradas da Arquitetura de Oscar Niemeyer na P3P;
III - Os terrenos do canteiro central verde são considerados non aedificandi nos trechos compreendidos
entre o CN e a Plataforma Rodoviária e, entre esta e a Torre de Televisão e, no Trecho entre a Torre de
Televisão e a Praça do Buriti, excetuada as áreas destinadas ao Setor de Divulgação Cultural, descritas no
Memorial arquivado no Cartório de Registro de Imóveis.
Quaisquer modificações físicas nas áreas preservadas nos incisos I, II e III deste artigo, serão submetidas à
audiência do IPHAN e à prévia aprovação do CAUMA.
2 - RESIDENCIAL
Proporcionando uma nova maneira de viver, própria de Brasília, está configurada ao longo das alas Sul e
Norte do Eixo Rodoviário-Residencial e para a sua preservação serão obedecidas:
I — Cada Superquadra, nas alas Sul e Norte, contará com um único acesso para transporte de automóvel e
será cercada, em todo o seu perímetro, por faixa de 20m de largura com densa arborização;
II — Nas duas alas, Sul e Norte, nas sequências de Superquadras numeradas de 102 a 116, de 202 a 216 e
de 302 a 316, as unidades de habitações conjuntas terão 6 pavimentos, sendo edificadas sobre piso térreo
em pilotis, livre de quaisquer construções que não se destinem a acessos e portarias;
III — Nas duas alas, Sul e Norte, nas sequências de Superquadras duplas numeradas de 402 a 416, as
unidades de habitações conjuntas terão 3 pavimentos, edificadas sobre pisos térreos em pilotis livres de
quaisquer construções que não se destinem a acessos e portarias;
VI — Além das unidades de habitações conjuntas serão previstas e permitidas pequenas edificações de
uso comunitário;
VII — Na ala Sul os comércios locais correspondentes a cada Superquadra deverão sempre ser edificados
na situação em que se encontram na data da edição do presente Decreto.
VIII — As áreas denominadas Entrequadras, destinam-se a edificações para atividades de uso comum e de
âmbito adequado às áreas de vizinhança próximas, como: ensino, esporte, recreação, culturais e religiosas.
O sistema viário que serve às SQ manterá os acessos existentes e as interrupções nas vias L-l e W-l,
conforme se verifica na ala Sul, devendo ser o mesmo obedecido na ala Norte.
Nos setores de Habitação Individual Sul e Norte, só serão admitidas edificações para uso residencial
unifamiliar, bem como comércio local e equipamentos de uso comunitário, nos termos em que se configura
a escala residencial neste capítulo.
3 - GREGÁRIA
A escala gregária com que foi concebido o centro de Brasília, em torno da intersecção dos eixos
monumental e rodoviário, fica configurada na Plataforma Rodoviária, e nos setores de Diversões,
Comerciais, Bancários, Hoteleiros, Médico-Hospitalares, de Autarquia e de Rádio e Televisão Sul e Norte.
II — Os SD Sul/Norte serão mantidos com a atual cota máxima de coroamento, servindo as respectivas
fachadas voltadas para a Plataforma Rodoviária, em toda a altura de campo livre, para instalação de
painéis luminosos de reclame, permitindo-se o uso misto de cinemas, teatros e casas de espetáculos, bem
como restaurantes, cafés, bares, comércio de varejo e outros que propiciem o convívio público;
III — Nos demais setores referidos o gabarito não será uniforme, sendo que nenhuma edificação poderá
ultrapassar a cota máxima de 65 m, sendo permitidos os usos indicados pela denominação dos setores
de forma diversificada, ainda que se mantenham as atividades predominantes preconizadas pelo Memorial.
Nos Setores de Autarquias Sul e Norte haverá a predominância de edificações destinadas ao uso do Poder
Público com a observância da proporção de, no mínimo, 51% para ocupação pelo setor público.
4 - BUCÓLICA
Confere à Brasília o caráter de cidade-parque, configurada em todas as áreas livres, contíguas a terrenos
atualmente edificados ou institucionalmente previstos para edificação e destinadas à preservação
paisagística e ao lazer, será preservada observando-se:
São consideradas áreas non aedificandi todos os terrenos contidos no perímetro descrito que não estejam
edificados ou institucionalmente destinados à edificação, nos termos da legislação vigente, à exceção
daqueles onde é prevista expansão predominantemente residencial em Brasília Revisitada.
Nas áreas referidas onde prevalece a cobertura vegetal do cerrado nativo, esta será preservada e as
demais serão arborizadas na forma de bosques, com particular ênfase ao plantio de massas de araucária,
no entorno direto da P3P. Nas áreas non aedifícandi poderão ser permitidas instalações públicas de
pequeno porte que venham a ser consideradas necessárias, desde que aprovadas pelo CAUMA.
Será mantido o acesso público à orla do Lago em todo o seu perímetro, à exceção dos terrenos,
inscritos em Cartório de Registro de Imóveis, com acesso privativo à água.
VI - Das áreas já ocupadas no entorno direto dos dois eixos
Com o objetivo de assegurar a permanência, no tempo, da presença urbana conjunta, das 4 escalas deste
Decreto, em todas as áreas já ocupadas no entorno dos 2 eixos e contidas no perímetro delimitado, ficam
mantidos os critérios de ocupação aplicados pela administração nesta data, sendo que nos terrenos
destinados a recreação e esporte nenhuma edificação poderá ultrapassar a cota máxima do
coroamento de 7m, à exceção dos ginásios cobertos, e nos terrenos destinados a hotéis de turismo,
onde nenhuma edificação poderá ultrapassar a cota máxima de coroamento de 12m.
Nos terrenos contíguos à EM só serão admitidas as edificações necessárias à' expansão dos serviços
diretamente vinculados aos Ministérios, não podendo ser ultrapassada a cota máx. dos anexos existentes.
Disposições Gerais
São considerados setores institucionalizados todas as partes da cidade referidas no Memorial do Plano
Piloto ou criadas pela adm. durante a implantação da capital e consagradas pelo uso popular. As
proposições contidas em Brasília Revisitada deverão ser objeto de lei especial em particular no que diz
respeito à implantação de Qd. Econômicas ao longo das vias de ligação entre Brasília e as satélites.
DECRETA: Considera-se sob a proteção do GDF, a título de tombamento, o conjunto “Vila Planalto”.
Para proteção fica definido o perímetro e respectiva área de tutela Anexo I, do presente Decreto.
A integridade do conjunto da VP será assegurada pela preservação de suas características essenciais, que
lhe conferem o caráter peculiar e único prevalecendo sua escala bucólica, obedecendo aos requisitos:
II — A área de tutela será non aedificandi, com preservação da cobertura vegetal do cerrado nativo e os
trechos livres serão arborizados na forma de bosques de maneira a reforçar a presença da vegetação sobre
as edificações;
III — Preservação do traçado urbano original, caracterizado por quarteirões, ruas, largos e praças;
VI — Preservação dos espaços de valor simbólico e referencial para a população e história do cj. da VP;
VII — Preservação da estrutura urbana original, admitindo-se apenas a restauração das unidades em ruína;
As normas de preservação, ocupação e uso do solo para o conjunto tombado e área de tutela, serão
definidas pelo CAUMA, ouvidos, previamente, a Secretaria de Cultura e a TERRACAP.
Qualquer ato que importe na destruição, mutilação e alteração dos bens referidos será considerado crime
contra o Patrimônio e como tal, punível de acordo com o disposto nas leis penais, sem prejuízo das civis.
A área abrangida pelo tombamento é delimitada a leste pela orla do lago Paranoá, a oeste pela EPIA,
ao sul pelo córrego Vicente Pires e ao norte pelo córrego Bananal.
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 31 de 148
A manutenção do Plano Piloto de Brasília será assegurada pela preservação das características essenciais
de 4 escalas distintas em que se traduz a concepção urbana da cidade: a monumental, a residencial, a
gregária e a bucólica.
1. MONUMENTAL:
Concebida para conferir à cidade a marca de efetiva capital do País, está configurada no EM, desde a P3P
até a Praça do Buriti e para a sua preservação serão obedecidas as seguintes disposições:
I. A P3P fica preservada como se encontra nesta data, no que diz respeito aos Palácios do Planalto e do
STF, ao CN, bem como aos elementos escultórios que a complementam, inclusive o Panteão, a Pira, o
Monumento ao Fogo Simbólico, construídos fora da praça, mas que se constituem parte integrante dela;
II. Também ficam incluídas para preservação as sedes vizinhas dos Palácios Itamarati e da Justiça,
referências integradas da Arquitetura de Oscar Niemeyer na P3P;
III. Serão incluídos na preservação os espaços não edificados adjacentes aos palácios e monumentos
referidos, respeitada para o Espaço Lúcio Costa e aprovação dada pelo CAUMA;
IV. São também alcançados, para efeito de preservação, os espaços principais de entrada e acesso público
nos Palácios mencionados nos itens I e II;
V. Nos terrenos do canteiro central verde são vedadas quaisquer edificações acima do nível do solo
existente, garantindo a plena visibilidade ao conjunto monumental;
VI. A EM ao sul e ao norte do canteiro central, à exceção da Catedral de Brasília, será de uso exclusivo dos
Ministérios, sendo entretanto admitidas, tal como constam do Plano Piloto, edificações de acréscimos com
um pavimento em nível de mezanino e sobre pilotis, para instalação de pequeno comércio e serviços de
apoio aos servidores, no espaço compreendido entre o meio dos blocos e a escala externa posterior;
VII. As áreas compreendidas entre a EM e a Plataforma Rodoviária ao sul e ao norte do canteiro central, e
que constituem os Setores Culturais Sul e Norte, destinam-se a construções públicas de caráter cultural.
2. RESIDENCIAL:
Proporcionando uma nova maneira de viver, própria de Brasília, está configurada ao longo das alas Sul e
Norte do Eixo Rodoviário Residencial e para sua preservação serão obedecidas as seguintes disposições:
I. Cada Superquadra - SQ, contará com um único acesso para transporte de automóvel e será cercada,
em todo o seu perímetro, por faixa de 20m de largura com densa arborização;
II. Nas alas, sul e norte, nas sequências de SQ numeradas de 102 a 116, de 202 a 216 e de 302 a 316, as
unidades de habitações conjuntas terão 6 pavimentos, sendo edificadas sobre piso térreo em pilotis, livre
de quaisquer construções que não se destinem a acessos e portarias;
III. Nas alas, sul e norte, nas sequências de SQ duplas numeradas de 402 a 416, as unidades de
habitações conjuntas terão 3 pavimentos, sendo edificadas sobre pisos térreos em pilotis, livre de
quaisquer construções que não se destinem a acessos e portarias;
IV. Em todas as SQ a taxa máxima de ocupação para a totalidade das unidades de habitações
conjuntas é de 15% da área do terreno compreendido pelo perímetro externo da faixa verde;
V. Além das unidades de habitações conjuntas serão previstas e permitidas pequenas edificações de uso
comunitário, com, no máximo, 1 pavimento;
VI. Na ala sul, os comércios correspondentes a cada SQ deverão sempre ser edificados, em relação às
referidas Superquadras, na situação em que se encontram nesta data;
VII. As áreas entre as SQ denominadas Entrequadras, destinam-se a edificações para atividades de uso
comum e de âmbito adequado às áreas de vizinhança próximas, como ensino, esporte, recreação e
atividades culturais e religiosas.
O Eixo Rodoviário Residencial, terá respeitadas suas características originais, mantendo-se o caráter
rodoviário que lhe é inerente;
O sistema viário que serve às SQ manterá os acessos existentes e as interrupções nas vias L1 e W1,
conforme se verifica na ala sul, devendo ser o mesmo obedecido na ala norte.
3. GREGÁRIA:
O centro de Brasília em torno da intersecção dos Eixos Monumental e Rodoviário, fica configurada na
Plataforma Rodoviária e nos Setores de Diversões, Comerciais, Bancários, Hoteleiros, Médico-
Hospitalares, de Autarquia e de Rádio e Televisão Sul e Norte. Serão obedecidas as seguintes disposições:
I. a Plataforma Rodoviária será preservada em sua integridade estrutural e arquitetônica original, incluindo-
se nessa proteção as suas praças atualmente implantadas defronte aos SDs Sul e Norte;
II. Os SDs Sul e Norte serão mantidos com a atual cota máxima de coroamento, servindo as respectivas
fachadas voltadas para a Plataforma Rodoviária, em toda a altura de campo livre, para instalação de
painéis luminosos de reclame, permitindo- se o uso misto de cinemas, teatros e casas de espetáculos,
bem como restaurantes, cafés, bares, comércio de varejo e outros que propiciem o convívio público;
III. nos demais setores referidos no artigo anterior, o gabarito não será uniforme, sendo que nenhuma
edificação poderá ultrapassar a cota máxima de 65m, sendo permitidos os usos indicados pela
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 32 de 148
denominação dos setores de forma diversificada, ainda que se mantenham as atividades predominantes
preconizadas pelo Memorial.
4. BUCÓLICA:
Confere a Brasília o caráter de cidade-parque, configurada em todas as áreas livres, contíguas a terrenos
atualmente edificados ou institucionalmente previstas para edificação e destinadas à preservação
paisagísticas e ao lazer, será preservada observando-se:
São consideradas áreas non-aedificandi todos os terrenos contidos no perímetro definido como Plano
Piloto que não estejam edificados ou institucionalmente destinados à edificação, nos termos da legislação
vigente, à exceção daqueles onde é prevista a expansão predominantemente residencial em Brasília
Revisitada, que constituem os anexos I e II desta Portaria;
Nas áreas referidas, onde prevalece a cobertura vegetal do cerrado nativo, esta será preservada e as
demais serão arborizadas na forma de bosque, com particular ênfase ao plantio de massas de araucária,
no entorno direto da P3P;
Nas áreas non-aedificandi poderão ser permitidas instalações públicas de pequeno porte que venham a ser
consideradas necessárias, desde que, apreciados pelos órgãos responsáveis;
Será mantido o acesso público à orla do lago em todo seu perímetro, à exceção dos terrenos,
inscritos em Cartório de Registro de Imóveis com acesso privativo à água.
Nos terrenos contíguos à EM só serão admitidas as edificações necessárias à expansão dos serviços
diretamente vinculados aos Ministérios, não podendo ser ultrapassada a cota máxima do coroamento dos
anexos existentes.
(IV)– ser um exemplo de um tipo de edifício ou conjunto arquitetônico, tecnológico ou de paisagem, que
ilustre significativos estágios da história humana;
Que cabe ao IPHAN, enquanto órgão federal de patrimônio, zelar pela preservação da autenticidade e
integridade dos bens culturais brasileiros inscritos na Lista do Patrimônio Mundial segundo os critérios sob
os quais foram enquadrados;
Que é necessário estabelecer parâmetros para as intervenções propostas para a área de entorno do CUB,
visando preservar a ambiência e a visibilidade do bem tombado e inscrito na Lista do Patrimônio Mundial;
Que os padrões verticais presentes no Plano Piloto como referências essenciais na paisagem variam
de térreo + 3 pavimentos ou 12m, até térreo + 6 pavimentos ou 21m, reservando o máximo de 21
pavimentos ou 65m para a área central da cidade;
RESOLVE: Instituir como limite da poligonal de entorno do CUB, conforme mapa Anexo I, a área delimitada
pelo eixo da rodovia DF-001 (Estrada Parque do Contorno – EPTC), em toda a sua extensão.
Será considerada como parte da área de entorno do CUB uma faixa de 500m no lado oposto da
rodovia DF-001, contados a partir de seu eixo, ao longo de toda a poligonal acima delimitada.
Todas as intervenções na área de entorno do CUB deverão obedecer as seguintes diretrizes gerais:
I – Garantir a leitura do traçado e a preservação do espírito, concepção e ambiência do Plano Piloto,
projetado por Lucio Costa, conforme disposto no documento Brasília Revisitada, anexo I do Decreto no
10.829/1987 do GDF e da Portaria no 314/1992 do IPHAN;
II – Garantir a visibilidade do horizonte a partir da área tombada;
III – Garantir a visibilidade do Plano Piloto a partir dos mirantes naturais existentes na cumeada da
Bacia do Lago Paranoá.
Dentro da área de entorno qualquer projeto que envolva mudança no parcelamento e/ou uso do solo,
incluindo novos loteamentos e/ou projetos de regularização fundiária deverá ser submetido ao IPHAN para
análise e manifestação. Deverão ser preservadas todas as áreas de conservação ambiental.
A área do Entorno fica dividida em 06 setores, Anexo II, definidos de acordo com suas relações de
ambiência com o bem tombado, denominados:
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 33 de 148
SE-02: Proteção da Cumeada do Parque abrange a faixa de 500m situada no lado externo à Bacia do
Lago Paranoá, a partir da rodovia DF-001, no trecho que acompanha o Parque Nacional de Brasília. Nesse
setor deverá ser submetido ao IPHAN qualquer projeto que ultrapasse o limite de 9m de altura,
contados a partir da cota de soleira do lote.
SE-03: Urbanização Consolidada - Guará, Águas Claras, SIA, SOFS, Vicente Pires e Núcleo Bandeirante.
Para os lotes total ou parcialmente localizados na faixa de 500m paralela à Via EPIA deverá ser submetido
ao IPHAN qualquer projeto que ultrapasse o limite de 4 pavimentos, sendo térreo + 3, ou 12m de altura,
contados a partir da cota de soleira do lote.
Ao longo da faixa de cumeada da Bacia do Lago Paranoá, considerando-se 500m para cada lado a partir
do eixo da rodovia DF-001, deverá ser submetido ao IPHAN qualquer projeto que ultrapasse o limite de 4
pavimentos, sendo térreo +3, ou 12m de altura, contados a partir da cota de soleira do lote. Para lotes
situados nas cotas inferiores a 1090m de altitude, tomando como referência o nível mais alto da testada do
lote, deverá ser submetido ao IPHAN qualquer projeto que ultrapasse o limite de 10 pav. ou 34m de altura.
Para lotes situados entre as cotas 1090 e 1175m de altitude, tomando como referência o nível mais alto da
testada do lote, deverá ser submetido ao IPHAN qualquer projeto que ultrapasse o limite de 7 pavimentos,
sendo térreo +6, ou 21m de altura.
Para lotes situados nas cotas superiores a 1175m de altitude, tomando como referência o nível mais alto
da testada do lote, deverá ser submetido ao IPHAN qualquer projeto que ultrapasse o limite de 4
pavimentos, sendo térreo +3, ou 12m de altura.
Para a RA de Águas Claras, de modo a manter o grau de ocupação atual consolidado no bairro, deverá ser
submetido ao IPHAN qualquer projeto que ultrapasse o limite de 25 pavimentos ou 80 metros de altura,
contados a partir da cota de soleira do lote, bem como a criação de novos lotes.
SE-04: Ocupação Controlada I Riacho Fundo I e II, Núcleo Bandeirante, Trecho 2 do SMPW, Faz Sucupira
e ARIE da Granja do Ipê. Nesse setor deverá ser submetido ao IPHAN qualquer projeto que ultrapasse o
limite de 4 pavimentos, sendo térreo +3, ou 12m de altura, contados a partir da cota de soleira do lote.
SE-05: Ocupação Controlada II APA Gama Cabeça de Veado, Jardim Botânico, Faz. Água Limpa (UnB),
Reserva Ecológica do IBGE, Lago Sul e Norte, Trecho 1 do SMPW e RAs do Taquari e do Paranoá.
Nas áreas urbanizadas deverá ser submetido ao IPHAN qualquer projeto que ultrapasse o limite de 9m de
altura, contados a partir da cota de soleira do lote. E no CA do Lago Norte qualquer projeto que ultrapasse
o limite de 16m de altura, contados a partir da cota de soleira do lote.
SE-06: Ocupação Controlada III Setor Militar Complementar (SMC), Pátio Ferroviário de Brasília (PFB),
SAAN, o SOF Norte, Setor de Múltiplas Atividades Norte (SMAN), Parque de Exposições da Granja do Torto
(PqEAT), NR Boa Esperança, Parque Tecnológico Capital Digital, SCIA, a Vila Estrutural e o Aterro Sanitário.
Para os lotes total ou parcialmente localizados em uma na faixa de 500m paralela à Via EPIA deverá ser
submetido ao IPHAN qualquer projeto que ultrapasse o limite de 4 pavimentos, sendo térreo +3, ou 12m de
altura, contados a partir da cota de soleira do lote. Para os demais lotes qualquer projeto que ultrapasse o
limite de 7 pavimentos, sendo térreo +6, ou 21m de altura, contados a partir da cota de soleira do lote.
CUB foi inscrito no Livro do Tombo Histórico, e que os edifícios representativos dos Poderes da
República, de autoria do arquiteto Oscar Niemeyer, são protegidos pelo tombamento federal, e,
especificamente a Catedral Metropolitana de Brasília, inscrita no Livro de Tombo de Belas Artes;
CUB foi reconhecido pela Unesco, em 1987, como Patrimônio Cultural da Humanidade (ANTES CF88);
EM é área de destacado interesse para a preservação por se conformar como espaço que confere a
Brasília a efetiva marca de capital do país, abarcando as sedes dos Poderes da República;
Dever do PP zelar pela integridade do bem cultural acautelado, bem como estabelecer critérios para que
intervenções no bem não interfiram em sua visibilidade e em sua ambiência;
II - CRITÉRIOS GERAIS
Q1 - canteiro central gramado do I. somente serão autorizadas instalações provisórias para atendimento
Eixo Monumental entre a Rodô e à necessidade pública (utilização pelos órgãos de segurança e saúde);
Altura máx. 3 m;
a via de retorno a leste da Rod. II. deverão ser resguardadas a vegetação, as calçadas e as ciclovias.
Q3 - Setor Cultural Sul e Setor Serão admitidas instalações de palcos, equipamentos de som e
Altura máx. 15 m.
Cultural Norte similares destinados a espetáculos e eventos culturais.
máx. 10m.
II. Vedadas autorizações para instalações provisórias destinadas a
atividades esportivas no canteiro central gramado, que deverão utilizar
preferencialmente o SRPN ou parques públicos.
P3P, as áreas do CN, espelhos II. Deverá ser mantido livre e desimpedido.
-
d’água, estacionamento e jardins.
Q6 - P3P delimitada pelas vias I. Será admitida a montagem de tendas de apoio, para eventos de
circundantes, e pelo limite do cunho institucional e cultural.
Palácio do STF, com seu piso em II. Serão admitidos palcos de pequeno porte e equipamentos de som;
Altura máx. 5 m.
pedra portuguesa, elementos III. O tempo de permanência de instalações provisórias fica limitado a
escultóricos e equip. púb. 4 dias, incluindo o tempo necessário para montagem e desmontagem.
I. Nos edifícios compreendidos entre as vias N2 e S2 será permitida a veiculação de propaganda referente
à identificação dos edifícios e dos órgãos, entidades e instituições a eles associados;
II. Nos edifícios dos Ministérios, será também permitida a publicidade relativa a campanhas institucionais
de interesse público, periódicas ou eventuais, desde que devidamente autorizados pelo PP, não
ultrapassando 30% da área da empena (parede cega, voltada para o Eixo Monumental);
III. É vedada a fixação de engenhos de publicidade ou propaganda nas áreas públicas, por meio de
placas fixadas ao chão, cavaletes ou similares, salvo em eventos de caráter institucional, desde que
devidamente autorizados pelo PP.
O interessado deverá apresentar, no mínimo, projeto das estruturas a serem montadas contendo as
dimensões básicas (altura, comprimento e largura), localização pretendida e materiais, bem como
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 35 de 148
informações sobre a data do evento, período de montagem e desmontagem. O IPHAN terá até 5 dias
úteis para se pronunciar. Para o início da montagem ou colocação das instalações provisórias, o
interessado deverá portar a autorização.
DISPOSIÇÕES GERAIS:
Os eventos nesses Q, quando autorizados, não poderão receber cercamentos, salvo para garantir a
segurança de organizadores e do público presente, desde que devidamente justificado.
É vedada a ocupação no canteiro central de elementos de caráter escultórico ou figurativo que, por
sua natureza, concorram com os ícones arquitetônicos da Esplanada dos Ministérios.
Serão permitidas instalações de tendas/barracas em altura não superior a 5m, bem como de banheiros
químicos, nos espaços entre os blocos ministeriais, compreendidos entre as vias N2 e S2.
Que cabe ao IPHAN zelar pela preservação/fiscalização dos bens culturais sob tombamento federal e pela
preservação/monitoramento dos bens brasileiros inscritos na Lista do Patrimônio Mundial da Unesco;
Que a preservação do CUB exige enfoque específico, com adoção de parâmetros de intervenção que
atendam às exigências inerentes ao seu dinamismo urbano; e,
I. garantir para a presente e futuras gerações a preservação dos valores históricos do CUB, que ensejam
seu tombamento como Patrimônio Cultural Brasileiro; e,
A poligonal de tombamento do CUB é delimitada a leste pela orla oeste do Lago Paranoá, a oeste
pela EPIA, a sul pelo córrego Vicente Pires e ao norte pelo córrego Bananal, conforme Anexo 1.
O valor histórico do CUB reconhecido por força do tombamento federal e da inscrição na Lista do
Patrimônio Mundial da Unesco, se expressa nos seguintes fatos:
II. principal artefato urbano produzido no século 20, em consonância com os princípios urbanísticos e
arquitetônicos do Movimento Moderno;
VII. ação grandiosa da sociedade brasileira integrada a uma estratégia de desenvolvimento e autoafirmação
nacional para o mundo.
1 - MONUMENTAL
Confere à cidade a marca de efetiva capital do País e constitui-se nos espaços de caráter cívico e coletivo
ao longo do EM, desde a P3P até a Praça do Buriti.
III. conjunto arquitetônico e urbanístico da EM, incluindo Palácio do Itamaraty, Palácio da Justiça, edifícios
ministeriais e a Catedral Metropolitana, e a configuração viária do Eixo Monumental, com o canteiro central
como área livre pública, gramada, vegetação rarefeita e non aedificandi;
IV. plena visibilidade do conjunto monumental da EM, desde a Rodoviária até o CN;
VII. o Setor de Divulgação Cultural, incluindo seus elementos construtivos, paisagísticos e escultóricos; e
VIII. conjunto arquitetônico e urbanístico da Praça do Buriti, incluindo as edificações circundantes, seus
elementos construtivos, paisagísticos e escultóricos;
2 - RESIDENCIAL
Proporciona uma maneira inovadora de viver, própria de Brasília, e está representada nas superquadras
residenciais dispostas ao longo do Eixo Rodoviário. As características essenciais:
I. as SQ residenciais com acesso único, em sequência contínua, sem cercamento, arborizadas e com o
chão livre e acessível a todos, numeradas de 102 a 116, de 202 a 216, de 302 a 316 e de 402 a 416, bem
como seus respectivos equipamentos públicos;
II. os blocos residenciais multifamiliares e de gabarito uniforme, de 6 pavimentos, edificados sobre piso
térreo em pilotis de uso público nas superquadras 100, 200 e 300;
III. os blocos residenciais multifamiliares e de gabarito uniforme de 3 pavimentos, edificados sobre piso
térreo em pilotis de uso público nas SQ 400, e os blocos residenciais denominados “JK” e “IAPI”,
existentes nas SQ sul 408, 409, 410, 411, 412 e 413, estes desprovidos de piso térreo de uso público;
V. as entrequadras 100, 200, 300, 100/300 e 200/400 e seus respectivos equipamentos públicos.
3 - GREGÁRIA
Define o setor central do Plano Piloto e está constituída em torno da interseção dos Eixos Monumental e
Rodoviário, tendo a Plataforma Rodoviária como marco urbanístico-arquitetônico. Características:
I. Plataforma Rodoviária;
4 - BUCÓLICA
Confere o caráter de cidade-parque, é constituída pelo ambiente natural ou agenciado pelo homem,
presente nas áreas verdes livres destinadas à preservação ambiental, à composição paisagística, ao lazer e
à contemplação. Características:
PRESERVAÇÃO - A manutenção dos valores do CUB será assegurada pela preservação das suas
características essenciais, considerando-se:
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 37 de 148
I. a estrutura urbana do Plano Piloto estabelecida a partir do cruzamento entre o EM e Eixo Rodoviário, cuja
interseção, definida pela Plataforma Rodoviária, configura o seu centro urbano e articula os demais setores
funcionais da cidade;
II. a P3P como espaço cívico referencial com seus espaços livres, elementos construtivos, paisagísticos e
escultóricos;
III. o conjunto monumental da EM com canteiro central livre, gramado, non aedificandi e com arborização
rarefeita, garantindo-se a plena visibilidade desde a Rodoviária até o CN;
IV. a concentração de funções cívicas e da administração pública federal e distrital ao longo do Eixo
Monumental via arterial contínua em direção Leste-Oeste, que vai da P3P até a EPIA;
V. a ocupação residencial coletiva configurada nas superquadras 100, 200, 300 e 400 Norte e Sul, com
habitação multifamiliar em prédios de até 6 pavimentos e pilotis livres, implantados em meio a abundante
vegetação arbórea, distribuídas ao longo do Eixo Rodoviário, via arterial arqueada contínua em sentido
norte-sul, ladeada pelos Eixos L e W;
VI. o Lago Paranoá como elemento de composição urbana, paisagística e de proteção ambiental,
garantindo-se o acesso e uso público de sua orla em todas as margens limítrofes com o CUB, à exceção
dos terrenos inscritos em Cartório de Registro de Imóveis com acesso privativo à água;
VII. a paisagem urbana integrada à natural, mantendo-se a relação predominante dos espaços não
edificados sobre os construídos, com amplas áreas verdes, livres e arborizadas, que definem o caráter de
cidade-parque;
Zonas de Preservação (ZP) são porções territoriais que constituem as Macroáreas, delimitadas de acordo
com os atributos, morfologia e papéis que desempenham na constituição da paisagem urbana.
São compostas por Áreas de Preservação (AP), definidas de acordo com as especificidades urbanas
encontradas em cada Zona e estão submetidas a critérios específicos de intervenção.
MACROÁREA DE PROTEÇÃO A
Compreende a porção territorial decorrente do projeto vencedor do concurso para a nova capital do Brasil,
em 1957, englobando a área do Plano Piloto e os setores acrescidos ao projeto original ainda na fase
pioneira de construção da cidade e a porção leste do conjunto urbano, até à margem do Lago Paranoá.
É delimitada a leste pela margem oeste do Lago Paranoá, ao norte pelo córrego Bananal até sua interseção
com a EPIA, a oeste pela EPIA até sua interseção com via principal do STN, desta até sua interseção com
o limite oeste do Parque Burle Marx, prosseguindo pelas vias limítrofes a leste e sul do Setor de
Administração Municipal - SAM até a Estrada Parque Armazenagem e Abastecimento – EPAA/DF-010,
desta até sua interseção com a via N1, incluindo integralmente o Eixo Monumental (entre as vias N1, EPIA
e S1) e o setor Praça Municipal - PMU (sedes dos poderes locais), prosseguindo pelo limite oeste do
Parque da Cidade, deste pelo limite oeste do Cemitério Campo da Esperança - CES, incluindo o Cemitério,
deste até sua interseção com a Estrada do Setor Policial, desta até sua interseção com o Eixo Rodoviário
Sul, deste até sua interseção com a via L4 Sul, desta até sua interseção com o curso d’água do Parque de
Uso Múltiplo da Asa Sul, e deste até a margem oeste do Lago Paranoá.
II. AP2 – Plataforma Rodoviária, Setores de Diversão Norte/Sul e Esplanada da Torre de TV;
III. AP3 – Setor de Divulgação Cultural, Praça do Buriti e Eixo Monumental até a Praça do Cruzeiro;
V. AP5 – Setores Bancário Norte/Sul, Setores Médico Hospitalar Norte/Sul, Setores Comercial Norte/Sul,
Setores de Autarquias Norte/Sul, Setores Hoteleiro Norte/Sul, SRTV Norte/Sul; e
VI. AP6 – Setores de Habitações Coletivas Norte/Sul (100, 200, 300 e 400), Pq. Olhos D’água, Eixos
Rodoviário Norte/Sul, Setor Comercial Residencial Sul (500), Setor Comercial Residencial Norte (502) e
Setor de Edifícios de Utilidade Pública Norte (500).
AP1 da ZP1A: P3P, CN e seus anexos, EM e seus anexos, e Setores Cultural Norte/Sul:
I. preservação da P3P, com seu terrapleno, seu muro de arrimo leste, piso plano em pedra portuguesa e os
elementos escultóricos existentes na presente data;
IV. preservação dos edifícios do Museu Histórico de Brasília, da Casa de Chá (atual posto de atendimento
ao turista) e do Espaço Lucio Costa;
VI. preservação do Palácio do Itamaraty e Palácio da Justiça, com seus respectivos jardins, elementos
escultóricos e anexos contíguos;
VII. preservação dos edifícios sedes dos Ministérios como um conjunto arquitetônico de tipologia e
volumetria uniformes, com 10 pavimentos e de destinação para as atividades dos Ministérios Federais;
VIII. preservação dos anexos dos Ministérios como um conjunto arquitetônico de tipologia e volumetria
uniformes, com 4 pavimentos, e de destinação para as atividades dos Ministérios Federais, bem como a
manutenção para uso ministerial dos terrenos contíguos à EM;
IX. preservação da Catedral Metropolitana de Brasília, seu adro-praça, espelho d'água, os elementos
escultóricos, o campanário, o batistério e a sede da Cúria Metropolitana;
X. preservação do traçado viário do EM, mantendo-se a configuração das vias principais e o canteiro
central como área livre, gramada, arborizada e non aedificandi, desde o CN até a Rodoviária;
XI. manutenção da destinação dos Setores Cultural Norte/Sul para uso e Equip. púb. de caráter cultural;
XII. manutenção da passagem pública do Edifício Touring Club que liga a Plataforma Superior da
Rodoviária ao Setor Cultural Sul; e,
XIII. manutenção dos acessos viários principais dos Setores Cultural Norte/Sul pelo Eixo Monumental.
Nos terrenos contíguos à EM só serão admitidas as edificações necessárias à expansão dos serviços
diretamente vinculados aos Ministérios do Governo Federal, não podendo ser ultrapassada a cota máxima
do coroamento dos anexos existentes.
Será admitida entre os blocos ministeriais a instalação de pequenos comércios e serviços de apoio
aos usuários, obedecido o gabarito máximo de 1 pavimento.
Os usos comercial ou de serviços serão admitidos somente como complementares.
II. construção de qualquer edificação acima do nível do solo no canteiro central do Eixo Monumental;
VII. criação de novos lotes e/ou projeções na EM, exceto dos pequenos comércios/serviços mencionados;
IX. uso de rede de distribuição aérea para implantação de infraestrutura e serviços públicos.
AP2 da ZP1A: Plataforma Rodoviária, Setores de Diversões Norte/Sul e Torre de TV e sua esplanada:
II. manutenção do nível superior da Plataforma Rodoviária com destinação de uso público e de livre
circulação para pedestres;
III. preservação do traçado viário do EM, mantendo-se a configuração das vias principais e o canteiro
central como área livre, gramada, arborizada e non aedificandi, desde a Plataforma Rodov. até a Torre TV;
V. a manutenção da cota de coroamento dos SDiversões Norte/Sul e a utilização das fachadas leste para
instalação de painéis luminosos de publicidade; e
III. fixação de elementos publicitários ou informativos de qualquer natureza no canteiro central do EM,
exceto os relativos aos eventos devidamente autorizados pelo PP, a critério dos órgãos de preservação;
AP3 da ZP1A: Setor de Divulgação Cultural, Praça do Buriti (Praça Municipal) e Eixo Monumental do Setor
de Divulgação Cultural até a Praça do Cruzeiro – ficam estabelecidos os seguintes critérios:
I. uso cultural predominante para o Setor de Divulgação Cultural;
II. manutenção das características do canteiro central do EM como extensa área gramada, arborizada e
tratada à maneira de parque urbano;
III. manutenção da Praça do Buriti como sede dos PPs distritais e respectivas atividades complementares;
IV. manutenção de faixas non aedificandi no canteiro central do EM, com 30m a contar das margens
das vias S1 e N1.
A área do canteiro central entre o CCUG e a Praça do Buriti é definida como non aedificandi.
Será permitido o reparcelamento e/ou remanejamento somente dos lotes existentes e ainda não edificados
no SDC, desde que mantido o uso cultural como predominante e a ocupação máxima de 30% deste
setor. Os usos comercial e de serviços serão admitidos somente como complementares.
IV. fixação de elementos publicitários ou informativos de qualquer natureza no canteiro central do EM,
exceto os relativos aos eventos devidamente autorizados pelo PP, a critério dos órgãos de preservação;
II. manutenção de faixas non aedificandi no canteiro central do EM, com 30m a contar das margens
das vias S1 e N1.
Será admitido o desmembramento ou a criação de novos lotes, desde que sejam descontínuos e
destinados a abrigar equipamentos de caráter cultural e de uso público. Em caso de criação de novos
lotes o parcelamento não poderá ultrapassar 10% de ocupação desta Área de Preservação.
- Fica vedado na AP4 da ZP1A:
I. cercamento de qualquer natureza dos lotes do setor;
II. elementos publicitários ou informativos de qualquer natureza no canteiro central do EM, exceto os
relativos aos eventos devidamente autorizados pelo PP, a critério dos órgãos de preservação; e
III. uso de rede de distribuição aérea para implantação de infraestrutura e serviços públicos.
AP5 da ZP1A: Setores Bancário Norte/Sul, Setores Médico Hospitalar Norte/Sul, Setores Comercial Norte/
Sul, Setores de Autarquias Norte/Sul, Setores Hoteleiro Norte/Sul, Setores de Rádio e Televisão Norte/Sul:
I. usos diversificados nos setores;
IV. manutenção da Galeria dos Estados que liga o Setor Bancário Sul ao Setor Comercial Sul.
II. uso de rede de distribuição aérea para implantação de infraestrutura e serviços públicos.
AP6 da ZP1A: Superquadras Norte/Sul (100, 200, 300 e 400), Eixo Rodoviário Norte/Sul, Comércio Local
Norte/Sul – CLN/CLS, Entrequadras Norte/Sul (100, 200, 300, 100/300 e 200/400), a Avenida W3 Norte/Sul,
CRS 502 a 516, CRN 502, SEPN 503 a 516, e respectivas entrequadras:
I. Setores de Habitações Coletivas Norte/Sul (superquadras) 100, 200, 300 e 400:
a) uso residencial predominante, complementado por prestação de serviços e institucionais de apoio;
b) Em sequência contínua, numeradas de 102 a 116, de 202 a 216, de 302 a 316 e de 402 a 416;
c) acesso único para automóveis, individualizados nas 100, 200 e 300, e conjugados nas 400;
d) faixa verde circundante, disposta em todo o perímetro e provida de densa arborização;
e) taxa máxima de ocupação de até 15% da área da SQ, considerando seu perímetro externo;
f) blocos residenciais multifamiliares implantados em projeções, com pilotis livres e de uso público,
garantindo a franca circulação de pedestres e usuários;
e) blocos residenciais multifamiliares e gabarito uniforme, sendo até 6 pavimentos sobre piso térreo em
pilotis nas superquadras 100, 200 e 300 com altura máxima de 23m, contados da cota de soleira até o
limite da laje de cobertura do 6º pavimento, acrescida de no máximo 4m para caixas d’água, casas de
máquinas e demais elementos técnicos;
f) gabarito de 3 pavimentos nos blocos residenciais multifamiliares das SQ 400, edificados sobre piso
térreo em pilotis, com altura máxima de 12m, contados da cota de soleira até o limite da laje de cobertura
do 3º pavimento, acrescida de no máximo 3m para caixas d’água, casas de máquinas e demais
elementos técnicos;
g) circulação livre de pedestres garantida pela ausência de barreiras de qualquer natureza, inclusive cercas-
vivas, nos pilotis e espaços públicos;
h) ocupação descontínua dos pilotis dos blocos residenciais nas SQ em no máximo 30% da área do
térreo, exclusivamente para portarias, zeladorias, cômodos técnicos e equipamentos de uso coletivo do
condomínio;
i) ocupação descontínua das coberturas dos blocos residenciais das SQ em no máximo 30% da área da
cobertura;
j) gabarito máx. dos EPC no interior das SQ em 1 pavimento; e
A implantação de garagens subterrâneas além dos limites da projeção, não poderá reduzir o percentual de
áreas verdes da SQ, exceto quando se tratar dos acessos.
Nos pilotis dos blocos residenciais as distâncias entre os compartimentos construídos deverão ter
dimensões mín. de 2,50m, excluídos os pilares, e afastamento mínimo de 1,20m dos limites da projeção.
Na cobertura dos blocos residenciais qualquer ocupação, exceto a torre de circulação vertical, deverá
observar o afastamento mín. de 2,50m, contados a partir do limite da laje de cobertura do último pav. tipo.
O uso de jardineiras, guarda-corpo ou similares nos pilotis dos blocos residenciais para efeito de
proteção dos usuários, somente será permitido quando houver risco de queda, sendo que altura
desse elemento não poderá exceder 1,20 m, nem sua transparência visual ser inferior a 75%.
A implantação de quiosques nas SQ ficará condicionada à apresentação de um plano integral de
ocupação, considerando-se como referência de planejamento a Unidade de Vizinhança correspondente.
Não serão permitidos engenhos publicitários nas SQ Norte/Sul, com exceção de placas indicativas de
obras que deverão ser fixadas próximas às mesmas.
O Parque Olhos D’Água deverá ser mantido como parque ecológico aberto ao público, sendo admitidas
somente as construções definidas no seu plano de manejo.
Será admitido nos andares superiores dos blocos comerciais o uso habitacional como complementar.
Nas laterais dos blocos serão permitidas ocupações com mesas e cadeiras, desde que garantida a
acessibilidade e livre circulação de pedestres.
O uso das coberturas dos blocos comerciais será exclusivo para implantação de caixas d’águas e
elementos técnicos.
Serão admitidos acréscimos nas divisas voltadas para a SQ em até 6m, contados a partir do limite
dos lotes registrados em cartório. Não serão permitidos acréscimos nas laterais dos lotes, seja nas
extremidades dos blocos, seja nas áreas entre os blocos.
Nas laterais dos blocos serão permitidas ocupações provisórias com mesas e cadeiras, desde que
garantida a acessibilidade e livre circulação de pedestres.
Nas edificações situadas nos lotes de nº 35 do CLS - Restaurantes de Unidades de Vizinhança – RUVs
serão admitidos acréscimos junto às fachadas voltadas para a SQ e para as vias W1 e L1 em até 6m,
desde que garantida a acessibilidade e livre circulação de pedestres e mantidas as calçadas existentes, no
caso das ocupações voltadas para as vias W1 e L1.
Nas edificações situadas nos lotes de nº 35 do CLS - Restaurantes de Unidades de Vizinhança – RUVs
será mantido o gabarito máximo de 2 pavimentos.
IV. Nas Entrequadra Norte/Sul - EQN/EQS - 100, 200 e 300 serão mantidos:
a) usos diversificados, relacionados às características essenciais da escala residencial, à exceção do uso
residencial e industrial;
b) gabarito máximo de 3 pavimentos, exceto nos lotes destinados a templos religiosos, nas EQN/EQS 300;
c) altura máxima de 12m, nos lotes destinados a templos religiosos, nas EQN/EQS 300;
VIII. Entrequadra Norte – EQN 500 e Entrequadra Sul – EQS 500, lotes B (voltados para o CLN/CLS):
a) usos diversificados, à exceção do uso residencial e industrial;
IX. Setor Comercial Residencial Sul – SCRS 500 e Setor Comercial Residencial Norte - SCRN 502:
a) usos diversificados;
X. Setor de Edifícios de Utilidade Pública Norte – SEPN/500 (W3 Norte), serão mantidos:
a) usos diversificados; à exceção do uso industrial.
II. criação de novos lotes e projeções além dos previstos nas superquadras 100, 200, 300 e 400;
III. cercamento dos pilotis dos blocos residenciais das SQ 100, 200, 300 e 400;
IV. cercamento de qualquer natureza do perímetro das SQ 100, 200, 300 e 400; e,
ZP2A - Definida como ZP Leste, constitui a porção territorial a leste da ZP3A e tem importância
fundamental na composição da paisagem urbana do CUB, garantindo a sua integração espacial e visual
com o Lago Paranoá e a linha de cumeada de sua bacia.
É composta por 6 Áreas de Preservação, conforme mapa no Anexo 5:
I. AP1 – Setor de Administração Federal Norte/Sul, Setor de Embaixadas Norte/Sul, Parque de Uso
Múltiplo da Asa Sul, Parque Bosque dos Tribunais;
II. AP2 – Setor de Clubes Esportivos Norte, Setor de Mansões Isoladas Norte, Setor de Hotéis de Turismo
Norte, Setor de Clubes Esportivos Sul e Parque de Uso Múltiplo da Enseada Norte;
V. AP5 – Setor Palácio Presidencial (SPP), Área Verde de Proteção e Reserva (AVPR), Setor de Proteção da
Vila Planalto (SPVP) e o Parque de Uso Múltiplo Vila Planalto;
AP1 da ZP2A - Setor de Administração Federal Norte e Sul (SAFN/SAFS), Setores de Embaixadas Norte e
Sul (SEN/SES), Parque de Uso Múltiplo da Asa Sul e Parque Bosque dos Tribunais:
I. Setor de Administração Federal Norte e Sul (SAFN/SAFS):
b) no SAFS, manutenção dos padrões de ocupação do solo vigentes, com gabarito não uniforme;
a) manutenção como parque urbano público, com taxa máxima de ocupação de 2,5%.
II. uso de rede de distribuição aérea para implantação de infraestrutura e serviços públicos.
AP2 da ZP2A - Setor de Clubes Esportivos Norte/Sul (SCEN/SCES), Setor de Hotéis de Turismo Norte
(SHTN), Setor de Mansões Isoladas (SMI) e Parque de Uso Múltiplo da Enseada Norte:
I. Setor de Clubes Esportivos Norte/Sul (SCEN/SCES), e Setor de Hotéis de Turismo Norte (SHTN):
a) acesso público ao Lago, com exceção dos terrenos inscritos em Cartório de Registro de Imóveis com
acesso privativo à água, mantendo-se o afastamento mínimo de 30m da construção em relação às
margens em todos os lotes;
b) predominância de usos institucionais com atividades de recreação, lazer, turismo e cultura e atividades
diversificadas de comércio e prestação de serviços, no SCEN/SCES, exceto no Trecho 4 do SCES;
III. Parque de Uso Múltiplo da Enseada Norte: manutenção como área especial de preservação ambiental.
II. uso de rede de distribuição aérea para implantação de infraestrutura e serviços públicos.
II. manutenção dos usos inerentes às atividades do campus universitário, complementados por atividades
e serviços de apoio aos usuários;
IV. altura máxima de 15m, à exceção dos blocos residenciais multifamiliares existentes, de até 6
pavimentos sobre piso térreo em pilotis.
- Fica vedado na AP3 da ZP2A:
I. instalação de grades, cercas, aterros e construções de uso privativo sobre o espelho d'água do Lago e
em suas margens;
II. uso de rede de distribuição aérea para implantação de infraestrutura e serviços públicos.
IV. manutenção de faixa non aedificandi adjacente à Vila Planalto, com a preservação da vegetação nativa
do Cerrado;
AP5 da ZP2A – Setor Palácio Presidencial (SPP), Área Verde de Proteção e Reserva (AVPR) e Setor de
Proteção da Vila Planalto (SPVP):
II. manutenção da Área Verde de Proteção e Reserva (AVPR) e do Setor de Proteção da Vila Planalto (SPVP)
como áreas non aedificandi;
As áreas verdes livres não destinadas à ocupação na presente data serão consideradas non aedificandi.
II. instalação de grades, cercas, aterros e construções de uso privativo sobre o espelho d’água do Lago e
em suas margens;
III. uso de rede de distribuição aérea para implantação de infraestrutura e serviços públicos.
AP6 da ZP2A: Setor Terminal Norte/Sul (STN/STS) - porção leste; Parque Rural Estação Biológica:
I. Setor Terminal Norte/Sul (STN/STS) - porção leste:
c) as áreas públicas na porção leste do STN, incluindo a área livre delimitada pelo Eixo Rodoviário, pela via
L4 Norte e pelas quadras SQN 216 e SQN 416 serão consideradas non aedificandi;
d) as áreas públicas na porção leste do STS, delimitadas pelo Eixo Rodoviário, pela via L4 Sul e pelas
quadras SQS 216, SQS 416 e SGAS 616, são consideradas como non aedificandi.
II. Parque Rural Estação Biológica: manutenção dessa área como Área de Preservação Ambiental.
II. uso de rede de distribuição aérea para implantação de infraestrutura e serviços públicos.
ZP3A: Definida como área complementar do Plano Piloto, é a porção territorial contígua à ZP1A.
É composta de 4 Áreas de Preservação, conforme mapa de localização no Anexo 6:
I. AP1 – Setor de Habitações Coletivas Geminadas Norte - SHCGN; Setor de Habitações Individuais
Geminadas Sul - SHIGS; Setor Comercial Local Residencial Norte - SCLRN e Setor Comercial Residencial
Norte - SCRN, à exceção da quadra SCRN 502;
II. AP2 – Setores de Grandes Áreas Norte e Sul - SGAN/SGAS e Entrequadra Norte - EQN 700/900;
III. AP3 –Setor de Edifícios de Utilidade Pública Sul - SEPS e Setor Hospitalar Local Sul - SHLS;
IV. AP4 – Setor Terminal Norte –STN (porção oeste); e Setor Hospitalar Local Norte-SHLN.
AP1 da ZP3A - Setor de Habitações Coletivas Geminadas Norte-SHCGN; Setor de Habitações Individuais
Geminadas Sul-SHIGS; Setor Comercial Local Residencial Norte-SCLRN e Setor Comercial Residencial
Norte-SCRN, à exceção da quadra SCRN 502:
I. SHIGS e SHCGN:
d) Gabarito das edificações residenciais unifamiliares em 2 pavimentos, com altura máx. de 8,5m.
II. SCLRN e SCRN, exceto quadra SCRN 502:
a) manutenção dos atuais padrões volumétricos no SCRN e no SCLRN, garantida a cota de coroamento
uniforme de cada bloco;
AP2 da ZP3A - Setores de Grandes Áreas Norte e Sul – SGAN/SGAS 600 e 900, e Entrequadra Norte –
EQN 700/900, ficam estabelecidos os seguintes critérios:
II. uso de rede de distribuição aérea para implantação infraestrutura e serviços públicos.
AP3 da ZP3A - Setor de Edif. de Utilidade Pública Sul - SEPS e Setor Hospitalar Local Sul -SHLS:
AP4 da ZP3A - Setor Terminal Norte (porção oeste) - STN; e Setor Hospitalar Local Norte - SHLN:
ZP4A: Corresponde à porção territorial do CUB situada a oeste da ZP3A, que possui grandes áreas verdes
e ocupação rarefeita, o que lhe confere o papel de zona de amortecimento entre a Macroárea A e a
Macroárea B. É composta de 4 Áreas de Preservação, conforme mapa no Anexo 7:
I. AP1 – Parque da Cidade D. Sarah Kubitschek – Setor de Recreação Pública Sul - SRPS;
II. uso diversificado com prioridade para atividades recreativas, esportivas, culturais e de lazer;
Novas edificações como ginásios, pavilhões e quadras cobertas com altura máxima de 12m.
- Fica vedado na AP1 da ZP4A:
I. criação de acesso viário de qualquer natureza ao Parque da Cidade através dos lotes lindeiros;
II. uso de rede de distribuição aérea para implantação de infraestrutura e serviços públicos.
II. usos diversificados com prioridades para as atividades recreativas, esportivas, culturais e lazer;
Edificações como: ginásios/pavilhões/quadras cobertas, não poderão ultrapassar a altura máxima de 12m.
II. uso de rede de distribuição aérea para implantação de infraestrutura e serviços públicos.
III. altura máx. das edificações em até 12m, à exceção de estádios, ginásios, pavilhões e quadras cobertas.
Será admitido o reparcelamento do setor, desde que sejam mantidos a altura máxima, o uso
predominante e a taxa máxima de ocupação.
- Fica vedado na AP3 da ZP4A:
I. o cercamento de qualquer natureza das áreas adjacentes ao Ginásio de Esportes Nilson Nelson e ao
Estádio Nacional Mané Garrincha;
II. uso de rede de distribuição aérea para implantação de infraestrutura e serviços públicos.
II. manutenção do uso predominante de prestação de serviços funerários, complementada com atividades
de apoio aos usuários.
Fica vedado o uso de rede de distribuição aérea para implantação de infraestrutura e serviços públicos.
MACROÁREA DE PROTEÇÃO B
Compreende a porção Oeste do conjunto tombado e envolve os setores urbanos implantados fora da
estrutura concebida por Lucio Costa no Relatório do Plano Piloto de Brasília.
É delimitada a norte pela via principal do STN, desta até sua interseção com o limite oeste do Parque Burle
Marx, prosseguindo pelas vias limítrofes a leste e sul do Setor de Administração Municipal - SAM até a
Estrada Parque Armazenagem e Abastecimento – EPAA/DF-010, desta até sua interseção com a via N1,
excluindo o EM até sua interseção com a EPIA, prosseguindo pela via S1 até sua interseção com a 1ª
Avenida do Sudoeste, desta até a via limítrofe a norte do SIG, desta até o limite oeste do Parque da
Cidade, deste até o limite oeste do Cemitério Campo da Esperança - CES, excluindo o Cemitério, deste até
sua interseção com a Estrada do Setor Policial, desta até sua interseção com o Eixo Rodoviário Sul, desta
até sua interseção com a via L4 Sul, desta até sua interseção com o curso d’água do Parque de Uso
Múltiplo da Asa Sul, deste até a margem oeste do Lago Paranoá, desta até o córrego Vicente Pires, deste
até sua interseção com a EPIA, desta até sua interseção com a via principal do STN, conforme mapa de
delimitação no Anexo 2.
I. AP1 - Setor de Habitações Coletivas Econômicas Sul – SHCES – Cruzeiro Novo; Setor Residencial
Econômico Sul – SRES – Cruzeiro Velho; Áreas Octogonais – AOS;
II. AP2 – Setor de Habitações Coletivas Sudoeste – SQSW, Parque de Uso Múltiplo das Sucupiras, Parque
Urbano Bosque do Sudoeste, Comércio Local (CLSW) e Entrequadras (EQSW); Setor de Habitações
Coletivas Sudoeste – Quadras residenciais (QRSW), Comércio Local (CLRSW) e Entrequadras (EQRSW);
Setor de Habitações Coletivas Sudoeste – Quadras Mistas (QMSW) e Centro Comercial (CCSW); Setor
Hospitalar Local Sudoeste (SHLSW); Instituto de Meteorologia – INMET, CEB e CAESB;
AP1 da ZP1B - Setor de Habitações Coletivas Econômicas Sul – SHCES – Cruzeiro Novo; Setor
Residencial Econômico Sul – SRES – Cruzeiro Velho; Áreas Octogonais – AOS:
I. Setor de Habitações Coletivas Econômicas Sul – SHCES – Cruzeiro Novo:
AP2 da ZP1B - Setor de Habitações Coletivas Sudoeste – SQSWs, Parque de Uso Múltiplo das Sucupiras,
Parque Urbano Bosque do Sudoeste, CLSWs e EQSWs; Setor de Habitações Coletivas Sudoeste –
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 46 de 148
Quadras residenciais (QRSW), Comércio Local (CLRSW) e Entrequadras (EQRSW); Setor de Habitações
Coletivas Sudoeste – Quadras Mistas (QMSW) e Centro Comercial (CCSW); Setor Hospitalar Local
Sudoeste (SHLSW); Áreas do Instituto Nacional de Meteorologia-INMET, da CEB e da CAESB:
a) uso residencial, complementado por prestação de serviços e institucional de apoio aos moradores;
b) blocos residenciais multifamiliares implantados em projeção e com gabarito de 6 pavimentos nas SQSW
e 3 pavimentos nas QRSW, sobre térreo em pilotis, sem cercamento de qualquer natureza;
c) ocupação descontínua e de no máximo 40% da área dos pilotis dos blocos residenciais;
d) ocupação descontínua e de no máximo 40% da área da cobertura dos blocos residenciais;
e) gabarito máximo dos equipamentos públicos comunitários no interior das superquadras de 1 pavimento.
Na cobertura dos blocos residenciais qualquer ocupação, exceto a torre de circulação vertical, deverá
observar o afastamento mínimo de 2,50m, contados a partir do limite da laje de cobertura do último
pavimento tipo.
II. Comércio Local (CLSW), Comércio Local (CLRSW) e Entrequadras (EQSW e EQRSW):
b) gabarito dos blocos comerciais e institucionais de até 3 pavimentos, em CLSW, CLRSW e EQRSW,
exceto para lotes de templos religiosos;
III. Setor de Habitações Coletivas Sudoeste – Quadras Mistas (QMSW) e Centro Comercial (CCSW):
a) uso diversificado;
b) blocos residenciais implantados em projeção e com gabarito máximo em até 6 pavimentos (térreo mais
cinco) nas quadras 1 e 4 da CCSW, e em até 4 pavimentos (térreo mais três) nas demais quadras.
b) manutenção do uso institucional como predominante, gabarito máximo de 6 pavimentos e taxa máxima
de ocupação de 15% para novos lotes, em caso de reparcelamento do lote do INMET.
a) manutenção como parque urbano público, com taxa máxima de ocupação em até 2,5%; e
c) respeito à faixa non aedificandi do EM, no caso de construções no Pq. de Uso Múltiplo das Sucupiras.
I. uso diversificado;
ZP2B: Compreende parte da porção urbana descrita no documento Brasília Revisitada 1985/87 e outras
aglomerações urbanas contíguas, concomitantes com ou posteriores à implantação do Plano Piloto,
constituindo-se em área de proteção subsidiária ao CUB, situada a oeste da ZP4A e ao norte do Eixo
Monumental. É composta de 3 Áreas de Preservação, conforme mapa no Anexo 9:
I. AP1 - Setor Militar Urbano – SMU;
II. AP2 - Setor de Habitações Coletivas Noroeste – SHCNW; SQNW; ARIE Cruls;
I. usos vinculados às atividades institucionais das Forças Armadas e atividades complementares de apoio;
II. ocupação com predominância dos espaços livres sobre os espaços construídos;
III. gabarito máximo de 4 pavimentos, exceto para ginásios, pavilhões e quadras cobertas, máx. 17m.
AP2 da ZP2B - SHCNW, SQNW e Área de Relevante Interesse Ecológico - ARIE Cruls:
I. Setor de Habitações Coletivas Noroeste – SHCNW, Superquadra Noroeste – SQNW:
c) ocupação descontínua dos pilotis dos blocos residenciais nas superquadras em no máximo 40%
da área do térreo;
d) ocupação descontínua das coberturas dos blocos residenciais no máximo 40% da área da
cobertura;
Na cobertura dos blocos residenciais qualquer ocupação, exceto a torre de circulação vertical, deverá
observar o afastamento mínimo de 2,50m, contados a partir do limite da laje de cobertura do último
pavimento tipo.
I. usos diversificados;
III. AP3 - Área Especial de Proteção do Jardim Zoológico; ARIE do Santuário de Vida Silvestre do Riacho
Fundo; Paq. das Aves, Parque Ecológico da Candangolândia.
AP1 da ZP3B - Setor de Múltiplas Atividades Sul – SMAS, Setor Hípico – SHIP, Setor Policial – SPO e Setor
Terminal Sul-STS (porção Oeste, lotes 1 e 2, Terminal de Integração e estação metrô Asa Sul):
I. uso diversificado;
AP3 da ZP3B – Área Especial de Proteção do Jardim Zoológico; ARIE do Santuário de Vida Silvestre do
Riacho Fundo; Parque das Aves, Parque Ecológico da Candangolândia:
DISPOSIÇÕES FINAIS
Para efeito de cumprimento do disposto nessa Portaria, os projetos de intervenção no CUB serão
submetidos à análise e aprovação do DF, cabendo obrigatoriamente a análise e aprovação do IPHAN
apenas nos casos de intervenções que impliquem em:
A obrigatoriedade de análise por parte do IPHAN incide igualmente sobre as Áreas de Gestão Autônoma.
O IPHAN, a seu critério e a qualquer tempo, poderá requisitar a análise de outras intervenções no espaço
urbano, que julgar pertinentes à preservação do CUB.
GLOSSÁRIO
• Afastamentos mínimos: faixas não edificáveis situadas no interior dos lotes, entre seus limites e a área
passível de ocupação pela edificação, de acordo com a LUOS, destinadas a garantir ventilação e
iluminação naturais, bem como privacidade dos moradores vizinhos.
• Alinhamento do lote ou projeção: limite entre o lote/projeção e o logradouro público ou lotes vizinhos.
• Área livre: área desimpedida de edificações no interior dos lotes ou em áreas públicas passível de
ocupação por paisagismo e pavimentações.
• Área de vizinhança: unidade residencial provida de bens e serviços para as necessidades diárias dos
seus moradores, composta de 4 SQ, comércio local, equipamentos de uso coletivo e estrutura viária.
• Cobertura: ocupação parcial sobre a laje de cobertura do último pavimento da edificação, para lazer e
recreação, quando permitida pela LUOS, não se constituindo em unidade imobiliária autônoma.
• Malha urbana: conjunto dos elementos (ruas, terrenos, construções) que compõem, integradamente, o
espaço da cidade, tecido urbano.
• Paisagem urbana: a arte de tornar coerente e organizado, visualmente, o emaranhado de edifícios, ruas
e espaços que constituem o ambiente urbano; processo pelo qual se organiza equilibra e torna coerente
todo o espaço urbano; resultado das mudanças do meio físico provocadas pelo homem, sendo uma
paisagem natural modificada em sua dinâmica, ligada aos sistemas políticos e econômicos dominantes
ao longo do processo histórico.
• Patrimônio Mundial: a Lista do Patrimônio Mundial foi instituída pela UNESCO, após a Convenção Geral
para a Proteção do Património Mundial, Cultural e Natural (1972) e se destina a promover a identificação,
a proteção e a preservação do patrimônio cultural e natural de todo o mundo, considerado de
excepcional valor para toda a humanidade; no caso de bens do patrimônio cultural, podem ser inscritos
nessa lista monumentos, conjuntos de edifícios ou sítios de valor histórico, estético, arqueológico,
científico, etnológico e antropológico; quando inscrito nessa lista, um bem cultural é popularmente
conhecido como “Patrimônio da Humanidade” ou “Patrimônio Cultural da Humanidade”.
• Pilotis: designa o sistema de pilares que elevam o edifício do chão, permitindo o trânsito de pedestres
atravessando-o em seu nível térreo; por extensão, chama-se pilotis a área de uso público no térreo dos
edifícios de superquadras e outros, formada pelo conjunto de pilares que sustentam a edificação,
espaços livres que permitam a circulação transversal e áreas de uso comum do condomínio.
• Projeção: unidade imobiliária urbana, desvinculada ou não de uma via de acesso, peculiar do CUB que
constitui parcela autônoma de parcelamento, definida por limites geométricos e caracterizada por
possuir, no mínimo, três de suas divisas voltadas para área pública, taxa de ocupação de 100%de sua
área e nível térreo livre, permitindo a circulação de pedestres.
• Remembramento: união de 2 ou mais lotes, passando a constituir uma unidade imobiliária indivisa.
• Subsolo: pavimento situado abaixo do térreo, que apresenta 60% ou mais de seu volume enterrado em
relação ao perfil natural do terreno.
• Taxa de ocupação: índice percentual da área do lote, projeção ou setor que pode ser ocupada pela
projeção das edificações em seu interior, excluindo-se beirais, brises, pergolados, guaritas e
elementos arquitetônicos decorativos acoplados às fachadas do edifício.
• Tombamento: instrumento jurídico de proteção do patrimônio cultural brasileiro referente a bens culturais
materiais, isolados ou em conjuntos, organizada pelo Decreto-Lei no 25/1937, e recepcionada pela CF88
em seu artigo no 216, §1º. É de competência comum à União, Estados, Municípios e o DF.
• Uso residencial: corresponde à atividade de habitação; pode ser unifamiliar (unidade residencial onde
habita uma família, casa) ou multifamiliar (unidades onde habitam mais de uma família, como edifícios ou
condomínios).
I - bens, móveis e imóveis, existentes em seu território, cuja conservação seja do interesse público;
II - monumentos naturais, sítios e paisagens que importa conservar e proteger;
É de interesse público a conservação dos bens que se vinculam a fatos memoráveis da história de Brasília
e os de excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico;
Importa conservar e proteger os monumentos naturais, sítios e paisagens de feição notável pelas
qualidades com que tenham sido dotados pela natureza ou agenciados pela indústria humana.
Os bens referidos serão considerados parte do patrimônio histórico, artístico e natural do DF depois de
tombados e inscritos, singular, coletiva ou agrupadamente, num dos Livros de Tombo.
O tombamento far-se-á mediante ATO do Governador do DF, com base em deliberação do Conselho
de Defesa do Patrimônio Cultural do DF.
O tombamento de bens pertencentes ao DF far-se-á de ofício, e o de bens pertencentes a outras pessoas,
voluntária ou compulsoriamente, segundo as modalidades, os critérios e os prazos estabelecidos em
Regulamento;
• O tombamento será voluntário sempre que o proprietário o solicitar, devendo o bem atender aos
requisitos para integrar o Patrimônio Cultural do DF, a juízo do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural
do DF, ou sempre que o mesmo proprietário anuir, por escrito, à notificação da autoridade competente.
• O tombamento será compulsório quando o proprietário opuser recusa à inscrição do bem.
O proprietário do bem tombado terá o prazo de 30 dias, a partir do recebimento da notificação, para
manifestar sua anuência ao tombamento ou impugná-lo.
O tombamento dos bens será considerado provisório enquanto o respectivo processo não estiver
concluído. Enquanto persistir o tombamento provisório, este se equipara ao definitivo.
Os bens tombados pela União, localizados no DF, serão inscritos ex-oficio nos Livros de Tombo.
O tombamento dos bens pertencentes à União dependerá de anuência da autoridade responsável.
1. LT dos Bens Móveis de Valor Arqueológico, Etnográfico, Bibliográfico, Histórico e Artístico;
2. LT de Edifícios e Monumentos Isolados;
3. LT de Conjunto Urbano e Sítios Históricos;
4. LT de Monumentos, Sítios, Paisagens Naturais e Arqueológicas.
O ato de tombamento definirá uma área de tutela.
Não se poderá, nas áreas de tutela, sem prévia autorização do Conselho, edificar ou demolir construções
ou modificar a ambiência ou os campos visuais, sem proceder à colocação de cartazes e anúncios. A
inobservância acarretará para o infrator a obrigação de demolir a construção, reconstruir o objeto demolido
e restaurar a ambiência modificada pelo ato ilícito;
A saída do território do DF de bem notificado ou inscrito como de valor cultural dependerá de autorização
do SECULT, ouvido o Conselho.
Extravio, roubo ou furto de qualquer objeto tombado, o proprietário deverá comunicar a ocorrência, no
prazo de 24 hs, à autoridade policial e ao Secretário da Cultura, sob pena de lhe ser aplicada muita
correspondente à 1/2 do valor da obra. - DIFERENTE FEDERAL!!
Os atos cometidos contra os bens são equiparados aos cometidos contra o patrimônio nacional.
Não vigora mais no direito brasileiro a exigência do direito de preferência à União, Estados e
Municípios na aquisição de bens!!! Ocorre que, o Novo CPC, em seu artigo 1.072, inciso I, dispôs:
Art. 1.072. Revogam-se:
I - o art. 22 do Decreto-Lei no 25, de 30 de novembro de 1937;
O Novo CPC revogou expressamente o direito de preferência legal previsto em relação aos bens
tombados. E as bancas tem cobrado demasiadamente este ponto.
Ressalvadas as exceções previstas em lei, é vedada a destruição, demolição ou mutilação de qualquer
bem objeto de tombamento.
A restauração, reforma ou pintura dependerão de prévia autorização especial do Conselho, sob pena de
cominação da multa de 1/2 do valor da obra, sem prejuízo do ressarcimento por eventual dano causado.
O cancelamento do tombamento far-se-á mediante decreto do Governador, por iniciativa do
SECULT, após decisão do Conselho.
O cancelamento do tombamento só poderá ser concedido:
I - quando se provar que resultou de erro de fato quanto à sua causa determinante;
II - por exigência indeclinável do desenvolvimento econômico-social do DF, em atendimento a uma
proposta que leve em conta a indispensável conciliação entre a preservação dos bens culturais e o
processo de desenvolvimento.
São ratificados os tombamentos realizados pelo Governo do DF.
Aplica-se subsidiariamente ao DF a legislação federal relativa à preservação de bens culturais e
naturais e a referente à respectiva expropriação.
16 - DF Lei nº 3.977/07 - Bens Culturais de natureza IMATERIAL
Institui o registro de bens culturais de natureza imaterial que constituem patrimônio artístico, cultural e histórico do DF.
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 50 de 148
O registro dos bens culturais de natureza imaterial terá como referência a continuidade histórica do bem e
sua relação com a identidade, a ação e a memória dos diferentes grupos integrantes da comunidade.
O registro dará ao bem o título de Patrimônio Cultural do DF e consistirá na inscrição em um dos livros:
O registro do bem em um dos Livros será reavaliado a cada 10 anos, quando se decidirá sobre sua
permanência com o título de Patrimônio Cultural do DF.
DF buscará a integração com o Entorno para a proteção dos bens culturais de natureza imaterial comuns.
d) projeto sujeito a emissão de nova licença de funcionamento no mesmo endereço e sem mudança ou
ampliação do ramo de atividade ou da área inicialmente licenciada;
VIII – custos, cronograma e responsáveis pela implantação, planos e programas de monitoramento das
medidas propostas, quando houver.
Os estudos urbanísticos, os planos de ocupação e demais estudos aprovados para a área de inserção do
empreendimento/atividade podem, a critério do órgão responsável, ser aceitos, total ou parcialmente,
como conteúdo do EIV. Deve ser exigida a complementação e a atualização dos estudos, quando eles não
forem suficientes para a avaliação dos impactos dos empreendimentos e das atividades.
MEDIDAS DE ADEQUAÇÃO/PREVENÇÃO/RECUPERAÇÃO/MITIGAÇÃO/COMPENSAÇÃO
As medidas de adequação de projeto, prevenção, recuperação, mitigação e compensação de impactos e
dos planos/programas de monitoramento devem ser definidas com fundamento nos seguintes princípios:
I – justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização;
II – melhoria da qualidade de vida da população e redução das desigualdades socioespaciais;
III – garantia de implantação e funcionamento de infraestrutura urbana e EPCs adequados às necessidades
da população.
Na hipótese de considerar o empreendimento/atividade viável com condicionantes de adequação, o órgão
deve exigir a adoção de instrumentos de política urbana, a adequação do projeto e as medidas de
prevenção, recuperação, mitigação e compensação necessárias para a implantação, em relação aos danos
ou impactos na área de intervenção.
As medidas devem ser fixadas com fundamento no EIV e nas contribuições oferecidas pela população e
pelo órgão, aplicadas de forma unitária ou cumulativa, devendo também:
I – considerar o porte do empreendimento e ser proporcionais à gradação do dano/impacto que vier a ser
dimensionado;
II – ser voltadas para eliminar ou mitigar conflitos com os usos já implantados;
III – possibilitar a inserção harmônica do empreendimento em seu entorno;
IV – preservar ou melhorar a qualidade de vida da população residente e usuária da área de intervenção e a
qualidade ambiental urbana;
V – ser custeadas pelo interessado diretamente ou mediante contraprestação remunerada dos custos dos
serviços e das obras a serem executadas pelo PP.
Quando as medidas forem implementadas de forma continuada, devem ser elaborados planos/programas
de monitoramento que especifiquem, no mínimo, a forma, a periodicidade e o prazo referente aos serviços.
As medidas são aplicadas cumulativamente com os instrumentos de ODIR e de ONALT e com as previstas
na lei específica que instituir a OUC, quando for o caso.
As medidas de adequação do projeto de arquitetura ou urbanismo devem ser exigidas para ajustar o
projeto ao meio ambiente urbano/rural em que será inserido, de forma cumulativa ou não, por meio da:
I – adequação dos parâmetros edilícios e urbanísticos, preservados o CA básico e o uso original;
II – adaptação do sistema viário e da circulação de veículos e pedestres;
III – medidas que visam ao conforto e à preservação ambiental.
As medidas de prevenção, recuperação e mitigação devem ser exigidas para adequar o empreendimento/
atividade ao meio ambiente urbano/rural, sem prejudicar a população residente ou usuária da área e suas
proximidades. Podem contemplar, de forma cumulativa ou não, ações e medidas socioeconômicas,
ambientais e de infraestrutura. Podem ser exigidas ações diferentes destas previstas, por proposição do
interessado ou da comissão multissetorial, quando o impacto do empreendimento na região assim o
permitir e houver fundamento no EIV e audiências públicas.
Medidas de Compensação: Devem ser exigidas por danos não recuperáveis ou mitigáveis com
parâmetros ou valores fixados de modo proporcional ao grau do impacto provocado pela implantação do
empreendimento ou pelo funcionamento da atividade.
Podem contemplar, de forma cumulativa ou não, o custeio direto ou indireto das seguintes ações:
I – implantação de paisagismo em área pública;
II – doação da área do empreendimento para implantação de equipamento comunitário ou regional;
III – preservação de bens de interesse pais., hist., art. ou cult., também a recuperação ambiental da área;
IV – qualificação/revitalização de áreas comerciais/industriais em processo de decadência ou degradação;
V – implantação, urbanização e requalificação de área pública;
VI – implantação e manutenção de equipamento comunitário ou regional;
VII – implantação e manutenção de mobiliário urbano;
VIII – implantação de obras de arte e outros equipamentos urbanos;
IX – implantação de obras e serviços para facilitar a circulação de pedestres, ciclistas, PNE;
X – compensação pecuniária.
Podem ser exigidas ações diferentes destas previstas, por proposição do interessado ou da comissão
multissetorial, quando o impacto do empreendimento na região assim o permitir e houver fundamento no
EIV e audiências públicas.
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 54 de 148
Procedimentos Administrativos:
O órgão competente deve analisar os requerimentos de aprovação de projetos e de licenciamento de
construção e funcionamento de atividades e identificar os casos em que é exigido EIV, na forma desta Lei.
O interessado deve ser comunicado quanto à exigência de EIV para manifestação de interesse de
continuidade do licenciamento. Caso o interessado se manifeste pela continuidade, o processo deve ser
encaminhado ao SEGETH devidamente instruído, no mínimo, com Estudo Preliminar Arquitetônico ou
Plano de Ocupação Urbanístico, acompanhado de MD, com a análise da consulta prévia.
O SEGETH deve submeter à comissão multissetorial os processos relativos aos empreendimentos e às
atividades sujeitos a EIV. Compete à comissão multissetorial:
I – elaborar TR;
II – verificar a conformidade do EIV com os requisitos exigidos para sua elaboração;
III – examinar a consistência técnica do EIV;
IV – solicitar esclarecimentos e complementação das informações apresentadas;
V – recomendar ou exigir ajustes;
VI – acompanhar a audiência pública;
VII – recomendar a dispensa de elaboração de EIV quando for julgado que todos os elementos necessários
estão contemplados em estudos existentes;
VIII – emitir parecer sobre o EIV do projeto submetido à sua consideração, recomendando o aceite ou a
rejeição do documento pela autoridade competente, de modo parcial ou total;
IX – emitir recomendações acerca da adequação do projeto e das medidas de prevenção, recuperação,
mitigação ou compensação a serem adotadas, quando for o caso;
X – manifestar-se quanto à prorrogação da validade do AV;
XI – manifestar-se quanto aos recursos;
XII – realizar outras atribuições definidas no regulamento desta Lei.
A comissão multissetorial deve ser composta por órgãos, entidades e concessionárias, respeitadas suas
respectivas competências, conforme o conteúdo a ser abordado no EIV.
O prazo para elaboração do TR é de, no máximo, 20 dias úteis, contados da solicitação do interessado
junto ao SEGETH. O prazo previsto pode ser prorrogado por igual período mediante justificativa.
O interessado tem o prazo de 180 dias, contados da expedição do TR, para apresentar o EIV, podendo
esse prazo ser prorrogado por igual período, a critério do órgão. Caso o interessado não apresente no
prazo e se manifeste pela continuidade, deve ser emitido novo TR e devem ser reiniciados os prazos.
O prazo para análise do EIV pela comissão multissetorial é de 60 dias úteis, contados do recebimento do
estudo, e pode ser prorrogado por igual período mediante justificativa. Caso o EIV não seja apresentado
nos termos exigidos no TR, deve ser exigida sua complementação em até 60 dias úteis e reiniciada a
contagem do prazo.
O órgão deve garantir a participação da comunidade, por meio de audiência pública, no processo de
apreciação de EIV. Esta deve ocorrer antes da tomada de decisão final do órgão. Deve ser providenciada
pela respectiva AR, sendo que o conteúdo do EIV deve ser apresentado pela equipe técnica responsável
por sua elaboração. As sugestões e propostas advindas da audiência pública devem ser avaliadas pela
comissão multissetorial e subsidiar a tomada de decisão final quanto à implementação da atividade ou do
empreendimento objeto do EIV e à definição das medidas e dos ajustes necessários.
A comissão deve emitir relatório final com pronunciamento sobre a viabilidade/inviabilidade da atividade.
O relatório final da comissão multissetorial deve ser submetido à autoridade superior do órgão
responsável pelo planejamento urbano para aprovação em até 30 dias.
O relatório final deve ser encaminhado para aprovação prévia do CONPLAN, nos casos:
I – previstos no art. 4º, II, IV e V;
"II – aprovação de projeto urbanístico, com ou sem alteração de índices urbanísticos, nos termos previstos no PDOT, nos casos:
a) projetos específicos de cada Área de Dinamização;
b) proposta de admissão do uso comercial no Setor de Recreação Pública Norte – SRPN;
c) projetos específicos de cada polo multifuncional;
d) OUC…
…IV – aprovação de condomínios urbanísticos e de projetos urbanísticos com diretrizes especiais, nas seguintes situações:
a) em Zona Urbana Consolidada;
b) em Zona Urbana do Conjunto Tombado;
c) com área igual ou maior que 4ha;
V – aprovação de parcelamento do solo, nas seguintes situações:
a) em Zona Urbana Consolidada;
b) em Zona Urbana do Conjunto Tombado;
c) com densidade acima de 150 hab/ha.”
II – previstos no art. 8º; "Art. 8º O PP pode elaborar o EIV sempre que julgar necessário."
III – de empreendimentos e atividades inseridos na ZUCT;
IV – em que as medidas de mitigação determinem reestruturação viária;
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 55 de 148
As sanções previstas nos incisos III e IV devem ser aplicadas por meio de ato declaratório de perda,
restrição ou suspensão pela autoridade administrativa ou financeira que concedeu os benefícios, incentivos
ou financiamentos, mediante comunicação do órgão responsável pela fiscalização.
As multas devem ser aplicadas em dobro e de forma cumulativa, se ocorrer má-fé, dolo, reincidência ou
infração continuada.
Considera-se infração continuada a manutenção do fato ou da omissão após 30 dias da aplicação
da multa anterior. Na infração continuada, a multa deve ser aplicada até cessar a infração.
Considera-se reincidente o infrator autuado mais de uma vez no período de 12 meses, pela mesma
infração, após o julgamento definitivo do auto de infração originário.
Ao RT pela obra ou pela elaboração do EIV, a multa, quando cabível, corresponde a 50% do valor aplicado
como multa ao proprietário. Não se aplica quando comunicar previamente a irregularidade à autoridade.
Deve ser aplicada, simultaneamente à sanção de perda/restrição de incentivos e benefícios fiscais e a de
perda/suspensão da participação em linhas de financiamento.
As multas devem ser recolhidas em parcela única diretamente na conta do FUNDURB.
Taxa de análise de EIV no valor-base de R$ 1.000,00, constituindo como fato gerador a prestação de
serviço de exame do estudo, sem prejuízo dos valores correspondentes a outros procedimentos.
Deve ser paga antecipadamente à prática de qualquer ato ou atividade sujeita à sua incidência.
A taxa tem por base o valor definido no caput, multiplicado pelo índice “y”, referente à área da poligonal do
empreendimento constante do art. 4º, II, III, IV e V, consideradas as seguintes faixas de cobrança:
A taxa deve ser cobrada tomando-se por base o valor definido no caput multiplicado pelo índice “y”
referente à área de construção pretendida para os empreendimentos, consideradas as seguintes faixas:
I – até 5 mil m2: y=1; IV – acima de 15 mil e até 20 mil m2: y=4;
II – acima de 5 mil e até 10 mil m2: y=2; V – acima de 20 mil e até 40 mil m2: y=5;
III – acima de 10 mil e até 15 mil m2: y=3; VI – acima de 40 mil m2: y=6.
Taxas de emissão de TR e de AV no valor de R$ 200,00 cada, devem ser recolhidas previamente à emissão.
Deve constar dos editais de licitação da TERRACAP a informação sobre a necessidade de elaboração de
EIV para os casos definidos nesta Lei. Esta Lei não se aplica aos processos de regularização fundiária.
A aplicação da CU deve seguir as normas gerais, princípios, critérios e procedimentos definidos nesta LC.
PRINCÍPIOS:
I - respeito ao interesse coletivo em detrimento do interesse particular;
II - justa indenização ao Estado pelo não atendimento dos dispositivos legais que tratam dos índices e dos
parâmetros urbanísticos;
VII - garantia da segurança jurídica do processo de licenciamento de obras e edificações, desde que
atendidas as condições estabelecidas nesta LC.
Somente as edificações comprovadamente construídas até a data estabelecida no PDOT podem ser
objeto de CU. Entende-se por edificação comprovadamente construída aquela que apresente, no mínimo,
estrutura concluída, com todo o conjunto de vigas, pilares e lajes da edificação.
Também é permitida a aplicação de CU para regularização de edificações construídas dentro dos limites de
lote ou projeção registrados com base em projetos aprovados ou que possuam alvarás de construção
expedidos até a data estabelecida no PDOT nas quais tenham sido constatadas desconformidades com
os índices e os parâmetros urbanísticos estabelecidos na legislação urbanística.
VI - proporcionem risco não passível de mitigação quanto a estabilidade, segurança, higiene e salubridade;
VII - tenham sido tombadas pelo IPHAN individualmente ou estejam em processo de tombamento;
VIII - estejam situadas em faixa de domínio ou servidão para passagem de infraestrutura urbana.
Excetuam-se do disposto no inciso III as edificações que ocupam área pública com fundamento em
legislação específica.
As edificações inseridas na ZUCT do zoneamento do PDOT devem ter prévia manifestação dos órgãos
responsáveis pela preservação do CUB, para fins de aplicação do instrumento de CU. As edificações
localizadas na área de tutela de edificação ou de conjuntos urbanos tombados individualmente e de
lugares registrados devem ter prévia anuência dos órgãos responsáveis pela sua proteção.
VI - docs. de licenciamento de obras expedidos pelo PP, quando for o caso, ou nº do respectivo processo;
VIII - documentação que comprove que a edificação estava construída, nos termos do art. 6º, § 2º;
XII - laudo de profissional legalmente habilitado que ateste a garantia de estabilidade estrutural e
segurança da edificação e do entorno imediato, com respectiva ART/RRT do responsável técnico;
XIII - anuência das concessionárias de serviços públicos quanto a capacidade de pronto atendimento à
edificação conforme construída, sem condicionantes;
Consideram-se documentos de que trata o inciso VIII fotografias aéreas capturadas sem qualquer
alteração digital e laudo de engenheiro responsável técnico da obra devidamente registrado no CREA/CAU.
Deve ser indeferido o requerimento que se refira a imóvel ou edificação sobre a qual recaiam pendências
com relação a títulos executivos extrajudiciais firmados com o DF.
O projeto de arquitetura de regularização, deve ser fiel ao que está construído e àquilo a que se pleiteia a
aplicação da CU, considerando a data referida no art. 6º, § 1º, identificadas as partes a regularizar,
contendo, no mínimo:
I - planta de situação;
IV - cortes e fachadas;
O projeto de arquitetura de regularização deve ser apresentado em conformidade com as normas vigentes
de apresentação de projetos para aprovação.
III - solicitar manifestação técnica dos órgãos responsáveis pela preservação do CUB, nos termos da
legislação específica de preservação, quando a edificação estiver situada no CUB;
IV - solicitar anuência dos órgãos competentes quando a edificação estiver situada na área de tutela de
edificação ou conjunto urbano tombado individualmente e de lugares registrados;
VI - manifestar-se quanto aos recursos apresentados com respeito aos atos relativos a sua atuação;
VII - realizar ou solicitar ao órgão responsável pela fiscalização vistoria no imóvel objeto de regularização
para aferição dos usos instalados e dos parâmetros de ocupação construídos conforme informado no MD
e no projeto de arquitetura de regularização.
O interessado tem prazo de 90 dias para atendimento integral das eventuais exigências expedidas,
contado a partir da data da comunicação e prorrogável mediante justificativa, sob pena de arquivamento.
O TAR tem validade de 12 meses, a contar da data de sua expedição, período em que o interessado
deve adotar as providências relativas à obtenção do alvará de construção.
O valor da contrapartida pecuniária pode ser parcelado, sendo que a inadimplência de qualquer parcela
por período superior a 60 dias do respectivo vencimento implica imediata perda de validade do TAR. Na
hipótese de perda de validade do TAR pelo decurso de prazo ou por inadimplência, SEGETH deve informar
o órgão/entidade responsável pela fiscalização, que deve notificar os responsáveis pelo empreendimento
para cumprimento da LUOS, no prazo máximo de 90 dias, sem prejuízo das sanções.
É permitido ao proprietário/titular do direito de construir requerer, por mais uma única vez, a aplicação da
CU p/ mesma edificação. No caso, devem ser descontados do novo cálculo da contrapartida pecuniária
os valores já pagos no 1º processo pelo proprietário do imóvel ou pelo titular do direito de construir.
Indeferida a regularização da edificação nos termos desta LC, a SEGETH deve informar o órgão
responsável pela fiscalização, que notificará os responsáveis pelo empreendimento para cumprimento da
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 59 de 148
LUOS no prazo máximo de 90 dias, sem prejuízo das sanções aplicadas. O interessado fica sujeito às
penalidades decorrentes do descumprimento da legislação urbanística aplicável ao lote ou à projeção.
Transcorrido o prazo de 90 dias sem que o interessado tenha realizado as devidas adequações, o órgão de
fiscalização deve promover a demolição e cobrar do proprietário ou do titular do direito de construir os
custos da operação, conforme legislação específica.
Até a adoção das providências necessárias à demolição, o infrator fica sujeito a multa mensal de R$
5.000,00 multiplicados pelo índice k, proporcional à área da obra ou da edificação objeto da infração:
A inadimplência de qualquer parcela relativa ao saldo remanescente da CP por período superior a 60 dias
do respectivo vencimento implica execução da carta de fiança bancária ou do seguro-garantia.
Para a emissão da carta de habite-se, deve ser efetuado registro do gravame de que o imóvel foi objeto de
regularização por meio de CU na respectiva matrícula.
Para os imóveis que não se enquadrem no art. 6º, § 3º (já possuem habite-se/AC), a carta de habite-se
deve ser emitida com a anotação de que foi expedida após regularização por meio de CU.
Das decisões administrativas cabe recurso, garantido o contraditório e a ampla defesa e facultando-se ao
interessado apresentação de laudo de contestação, conforme regulamento, em face:
CONTRAPARTIDA PECUNIÁRIA:
Para efeitos do cálculo da CP da CU, são considerados os seguintes os parâmetros urbanísticos:
I - taxa de permeabilidade do lote;
II - TO;
IV - altura da edificação;
V - nº de pavimentos da edificação;
I - CP é o valor total em R$ da contrapartida a ser paga pela CU decorrente da soma ponderada das
irregularidades;
II - Wn corresponde ao peso dos parâmetros urbanísticos com relação à sua importância para fins de CU;
III - ?n corresponde à variação, em módulo, de dado parâmetro urbanístico a partir da comparação entre a
situação implantada e a normativa;
§ 1º Os pesos (Wn) de que trata o inciso II do caput correspondentes a cada parâmetro urbanístico
relacionado no art. 24, I a VII, constam do Anexo I.
§ 2º A variação de que trata o inciso III deve ser calculada observando o valor efetivamente implantado (xn)
e o previsto na norma (Pn) para cada parâmetro analisado, calculado pela seguinte fórmula, onde:
O valor global é calculado a partir dos valores de referência constantes do Anexo II, para os casos de
habitação unifamiliar e demais usos, sendo resultado do seguinte produto: VGLOBAL = (AC * VC) onde:
O SEGETH deve publicar anualmente os valores de referência para o cálculo da CP nos moldes Anexo II.
O pagamento da CP para a regularização deve ser feito sem prejuízo das taxas/multas devidas.
Para edificações que apresentem projeto de arquitetura aprovado, AC e carta de aceite de todas as
concessionárias, o valor total em reais da contrapartida a ser paga pela CU é reduzido em 25% na
aplicação da fórmula.
O PE fica autorizado a parcelar o valor em até 12x, mensais iguais, fixas e consecutivas.
Ficam isentas de pagamento da CP as edificações que não excedam a 250m2 de área construída
total, com uso predominante de habitação unifamiliar, localizadas em ZEIS e nos programas HIS.
Aplica-se às edificações destinadas a entidades ou instituições sem fins lucrativos, mesmo que em caráter
assistencial, incluindo as associações civis desportivas, religiosas e de ensino.
TAXAS: Fica criada a taxa de análise de documentação e emissão do TAR, correspondente aos seguintes
valores computados sobre a área total da edificação:
I - projeto de até 250m2: R$ 100,00;
II - projeto superior a 250m2: R$ 0,10 para cada m2 que exceda a 250m2 de área total edificada, somado
ao valor constante do inciso I.
A taxa não é cobrada para análise de documentação e emissão do TAR de habitações unifamiliares
localizadas em ZEIS..
I - cujo CA correspondente à edificação construída ultrapasse em 50% ou mais o CA máximo definido para
o lote ou a projeção;
II - cuja altura ou nº de pavimentos, para edificações construídas com mais de 5 pavimentos, ultrapassem
em 50% ou mais a altura ou o nº de pavimentos definidos para o lote ou a projeção.
A aplicação das multas previstas faz-se sem prejuízo da comunicação dos fatos ao órgão fiscalizador do
exercício profissional, obedecidos os requisitos desta LC e do COE.
Esta LC não possui efeito suspensivo de ações fiscais existentes, incluindo aquelas que geraram
multas e as que foram lançadas em dívida ativa.
Casos omissos e conflitantes desta LC são analisados e deliberados pelo CONPLAN, que pode, se
entender necessário, realizar audiência pública sobre o assunto.
A regularização da edificação nos termos desta LC não implica reconhecimento de direitos quanto ao uso
irregular ou à permanência de atividades irregulares instaladas no imóvel.
Devem ser promovidas ações integradas dos órgãos e das entidades do DF para inibir a desobediência
dos índices e dos parâmetros urbanísticos que regem as unidades imobiliárias.
Tem por objetivo contribuir para o acesso universal à cidade, o fomento e a concretização das condições
que contribuam para a efetivação dos princípios, objetivos e diretrizes da política de desenvolvimento
urbano, por meio do planejamento e da gestão democrática do Sistema Nacional de Mob. Urb. - SNMU.
a) de passageiros;
a) coletivo;
a) público;
II - estacionamentos;
VI - equipamentos e instalações; e
• Modos de transporte não motorizado: modalidades que se utilizam do esforço humano/tração animal;
• Transporte público coletivo: serviço público de transporte de passageiros acessível a toda a população
mediante pagamento individualizado, com itinerários e preços fixados pelo PP;
• Transporte privado coletivo: serviço de transporte de passageiros não aberto ao público para a
realização de viagens com características operacionais exclusivas para cada linha e demanda;
• Transporte público individual: serviço remunerado de transporte de passageiros aberto ao público, por
intermédio de veículos de aluguel, para a realização de viagens individualizadas - taxi;
PRINCÍPIOS:
I - acessibilidade universal;
VII - justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do uso dos diferentes modos e serviços;
DIRETRIZES:
I - integração com a política de desenvolvimento urbano e respectivas políticas setoriais de habitação,
saneamento básico, planejamento e gestão do uso do solo no âmbito dos entes federativos;
II - prioridade dos modos de transportes não motorizados sobre os motorizados e dos serviços de
transporte público coletivo sobre o transporte individual motorizado;
VII - integração entre as cidades gêmeas localizadas na faixa de fronteira com outros países sobre a linha
divisória internacional.
OBJETIVOS
III - proporcionar melhoria nas condições urbanas da população referente à acessibilidade e à mobilidade;
III - ser instrumento da política de ocupação equilibrada da cidade de acordo com o PD;
IV - contribuição dos beneficiários diretos e indiretos para custeio da operação dos serviços;
VII - integração física, tarifária e operacional dos diferentes modos e das redes de transporte público e
privado nas cidades;
VIII - articulação interinstitucional dos órgãos gestores por meio de consórcios públicos; e
Os Municípios deverão divulgar, de forma sistemática e periódica, os impactos dos benefícios tarifários
concedidos no valor das tarifas dos serviços de TPC.
O preço público cobrado do usuário pelo uso do TPC denomina-se TARIFA PÚBLICA, sendo
instituída por ato específico do PP outorgante.
A existência de diferença a menor entre o valor monetário da tarifa de remuneração da prestação do
serviço de transporte público de passageiros e a tarifa pública cobrada do usuário denomina-se deficit ou
subsídio tarifário. A maior denomina-se superavit tarifário.
Caso o poder público opte pela adoção de subsídio tarifário, o déficit originado deverá ser coberto por
receitas extratarifárias, receitas alternativas, subsídios orçamentários, subsídios cruzados intrassetoriais e
intersetoriais provenientes de outras categorias de beneficiários dos serviços de transporte, dentre outras
fontes, instituídos pelo PP delegante. Na ocorrência de superávit tarifário proveniente de receita adicional
originada em determinados serviços delegados, a receita deverá ser revertida para o próprio SNMU.
II - incorporar índice de transf. de parcela dos ganhos eficiência/produtividade das empresas aos usuários;
O operador do serviço, por sua conta e risco e sob anuência do PP, poderá realizar descontos nas tarifas
ao usuário, inclusive de caráter sazonal, sem que isso possa gerar qualquer direito à solicitação de revisão
da tarifa de remuneração.
O PP poderá, em caráter excepcional e desde que observado o interesse público, proceder à revisão
extraordinária das tarifas, por ato de ofício ou mediante provocação da empresa, caso em que esta deverá
demonstrar sua cabal necessidade, instruindo o requerimento com todos os elementos indispensáveis e
suficientes para subsidiar a decisão, dando publicidade ao ato.
A contratação dos serviços de TPC será precedida de licitação e deverá observar as seguintes diretrizes:
II - definição dos incentivos e das penalidades aplicáveis vinculadas à consecução ou não das metas;
III - alocação dos riscos econômicos e financeiros entre os contratados e o poder concedente;
Qualquer subsídio tarifário ao custeio da operação do TPC deverá ser definido em contrato, com base em
critérios transparentes e objetivos de produtividade e eficiência, especificando, minimamente, o objetivo, a
fonte, a periodicidade e o beneficiário;
Os serviços de TPC, prestados entre pessoas físicas/jur., deverão ser autorizados, disciplinados e
fiscalizados pelo PP competente, com base nos princípios e diretrizes desta Lei.
III - exigência de inscrição do motorista como contribuinte individual do INSS, nos termos da legislação.
O serviço de transporte remunerado privado individual de passageiros nos Municípios que optarem pela
sua regulamentação, somente será autorizado ao motorista que cumprir as seguintes condições:
I - possuir CNH na categoria B/superior que contenha a informação que exerce atividade remunerada;
II - conduzir veículo que atenda aos requisitos de idade máxima e às características exigidas pela
autoridade de trânsito e pelo poder público municipal/DF;
A exploração dos serviços remunerados de transporte privado individual sem o cumprimento dos requisitos
previstos nesta Lei e na regulamentação do PP caracterizará transporte ilegal de passageiros.
Os serviços de util. pública de transporte individual de passageiros deverão ser organizados, disciplinados
e fiscalizados pelo PP municipal, com base nos requisitos mínimos de segurança, de conforto, de higiene,
de qualidade dos serviços e de fixação prévia dos valores máximos das tarifas a serem cobradas.
O direito à exploração de serviços de táxi poderá ser OUTORGADO a qualquer interessado que satisfaça
os requisitos exigidos pelo PP local. É permitida a transferência da outorga a 3ºs que atendam aos
requisitos exigidos em legislação. Em caso de falecimento do outorgado, o direito à exploração do serviço
será transferido a seus sucessores legítimos. As transferências dar-se-ão pelo prazo da outorga e são
condicionadas à prévia anuência do PP municipal e ao atendimento dos requisitos fixados para a outorga.
Na OUTORGA de exploração de serviço de táxi, reservar-se-ão 10% das vagas para condutores com
deficiência. Para concorrer às vagas, o condutor com deficiência deverá observar os seguintes requisitos
quanto ao veículo utilizado:
No caso de não preenchimento das vagas, as remanescentes devem ser disponibilizadas para os demais.
Na prestação de serviços de TPC, o PP delegante deverá realizar atividades de fiscalização e controle dos
serviços delegados, preferencialmente em parceria com os demais entes federativos.
III - ser informado nos pontos de embarque e desembarque de passageiros, de forma gratuita e acessível,
sobre itinerários, horários, tarifas dos serviços e modos de interação com outros modais;
Os usuários terão o direito de ser informados, em linguagem acessível e de fácil compreensão, sobre:
III - os padrões preestabelecidos de qualidade e quantidade dos serviços ofertados, bem como os meios
para reclamações e respectivos prazos de resposta.
II - ouvidorias nas instituições responsáveis pela gestão ou nos órgãos com atribuições análogas;
VII - prestar, diretamente ou por delegação ou gestão associada, os serviços de transporte público
interestadual de caráter urbano.
A União apoiará e estimulará ações coordenadas e integradas entre Municípios e Estados em áreas
conurbadas, au e rm destinadas a políticas comuns de mobilidade urbana, inclusive nas cidades definidas
como cidades gêmeas localizadas em regiões de fronteira com outros países. Poderá delegar aos E/DF/M
a organização e a prestação dos serviços de TPC interestadual e internacional de caráter urbano, desde
que constituído consórcio público ou convênio de cooperação para tal fim.
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 64 de 148
Poderão delegar aos Municípios a organização e a prestação dos serviços de TPC intermunicipal de
caráter urbano, desde que constituído consórcio público ou convênio de cooperação para tal fim.
II - prestar, direta, indiretamente ou por gestão associada, os serviços de TPC urbano, que têm caráter
essencial;
II - a identificação dos meios financeiros e institucionais que assegurem sua implantação e execução;
II - a identificação dos meios financeiros e institucionais que assegurem sua implantação e execução;
Consideram-se atribuições mínimas dos órgãos gestores dos entes federativos incumbidos
respectivamente do planejamento e gestão do sistema de MU:
I - planejar e coordenar os diferentes modos e serviços, observados os princípios e diretrizes desta Lei;
III - aplicação de tributos sobre modos e serviços de transporte urbano pela utilização da infraestrutura
urbana, visando a desestimular o uso de determinados modos e serviços de mobilidade, vinculando-se a
receita à aplicação exclusiva em infraestrutura urbana destinada ao TPC e ao transporte não motorizado e
no financiamento do subsídio público da tarifa de transporte público, na forma da lei;
IV - dedicação de espaço exclusivo nas vias públicas para os serviços de TPC e modos não motorizados;
V - estabelecimento da política de estacionamentos de uso público e privado, com e sem pagamento pela
sua utilização, como parte integrante da PNMU;
VII - monitoramento e controle das emissões dos gases de efeito local e de efeito estufa dos modos de
transporte motorizado, facultando a restrição de acesso a determinadas vias em razão da criticidade dos
índices de emissões de poluição;
IX - convênio para o transporte coletivo urbano internacional nas cidades definidas como cidades gêmeas
nas regiões de fronteira do Brasil com outros países.
I - os serviços de TPC;
II - a circulação viária;
V - a integração dos modos de transporte público e destes com os privados e os não motorizados;
XI - a sistemática de avaliação, revisão e atualização periódica do PMU em prazo não superior a 10 anos.
Como instrumento de planejamento, o PDTU/DF tem por objetivo definir as diretrizes e as políticas
estratégicas para a gestão dos transportes urbanos no âmbito do DF e do Entorno.
O PDTU/DF deve ser planejado e executado em articulação com os municípios da Região do Entorno.
O PDTU/DF fundamenta-se na articulação dos vários modos de transporte com a finalidade de atender às
exigências de deslocamento da população, buscando a eficiência geral do Sistema TPC/DF e garantindo
condições adequadas de mobilidade para os usuários, cumprindo os seguintes objetivos:
III – qualidade ambiental efetivada pelo controle dos níveis de poluição atmosférica e sonora e pela
proteção do patrimônio hist./arq., bem como das diversas áreas residenciais e de vivência coletiva, contra
o trânsito indevido de veículos;
São objetivos gerais para a melhoria do transporte urbano e rural e da mobilidade no DF e no Entorno:
DIRETRIZES DO PDTU
I – articulação com as políticas públicas do GDF, sobretudo com as políticas de desenvolvimento urbano;
II – adoção de medidas articuladas para a promoção dos transportes públicos, regulação da circulação do
automóvel, planejamento do território, gestão ambiental e outras políticas públicas afins, garantindo-se a
priorização da circulação dos veículos do STPC/DF e o não motorizado sobre o individual motorizado;
VII – fomento ao desenv. e à implantação de novas tecnologias de gestão, operação e controle de TPC;
VIII – intervenções viárias que proporcionem maior fluidez e segurança à circulação de veículos, pedestres
e ciclistas;
IX – implantação de medidas para ampliar o uso da bicicleta e os deslocamentos de pedestres nas viagens
diárias, assegurando-se conforto e segurança para os ciclistas e para os pedestres;
XI – regulação da oferta de vagas de estacionamento onde for necessária, como forma de reduzir a
circulação de veículos de transporte individual/privado, para a viabilidade de padrões sustentáveis de
mobilidade.
I – melhoria da qualidade e redução do custo das viagens para o usuário dos serviços do STPC/DF;
II – restrição ao uso indiscriminado do transporte motorizado individual, em especial nas situações que
levem ao congestionamento viário.
II – estabelecer metas de curto, médio e longo prazo para os transportes urbanos do DF e de ligação com
os municípios do Entorno, com vistas à melhoria da mobilidade da população;
III – definir instrumento básico da política de transporte e de orientação dos agentes públicos e privados
que operam no território do DF;
O PDTU/DF será atualizado por ocasião da realização do censo demográfico do IBGE ou a cada 10
anos e revisado a cada 5 anos. A atualização se baseará em nova pesquisa de origem-destino por
amostra de domicílios e incorporará as definições mais recentes emanadas do PDOT.
IV – implantação do sistema viário estruturador em consonância com o estabelecido neste Plano, com os
instrumentos de política urbana, com o PDOT e com os Planos Locais;
A tomada de decisão para implementar as propostas para cada um dos eixos de transporte do STPC/DF
será precedida de estudos particularizados, com precisão e nível de detalhamento superiores aos do
PDTU/DF, confirmando-se sua viabilidade técnica, econômica, social e ambiental, bem assim
demonstrando-se seu impacto financeiro-orçamentário sobre as contas do DF.
TPC: é serviço público essencial, cuja organização e prestação competem ao DF, conforme art. 335, da
LODF, combinado com o art. 30, V, e art. 32, § 1º, da Constituição Federal. Deve ser planejado, coordenado
e operado, assegurando aos cidadãos o acesso universal, seguro e equânime ao espaço urbano e rural.
IV – implantar bilhetagem informatizada que permita maior flexibilidade nas integrações, e maior controle;
V – implantar controle e monitoração operacional por meio do Sistema Inteligente de Transporte – ITS;
VI – priorizar a circulação dos coletivos em relação aos automóveis, com a implantação de sistema de
controle e coordenação semafórica e de faixas exclusivas e prioritárias ao transporte coletivo;
VII – facultar a acessibilidade por meio de rede de calçadas e de ciclovias seguras e confortáveis;
X – alternativas de integração que reduzam o custo e o tempo de deslocamento para maior nº de usuários;
XII – atender as necessidades básicas de TPC das comunidades das zonas rurais.
Para melhor atender à demanda e racionalizar a oferta de transporte, deverão ser implantadas medidas
operacionais de reestruturação, compreendendo, entre outras:
III – ajuste dos intervalos temporais entre veículos, adequando-se a capacidade à demanda;
VI – articulação com os mun. do Entorno para a implantação de único sistema integrado de TPC.
São medidas de infraestrutura para a reestruturação do transporte coletivo:
II – adoção de medidas de incentivo à integração entre os modos coletivos, bicicleta e automóvel particular,
por meio da implantação de estacionamentos e paraciclos ou bicicletários, próximos aos terminais e
estações de integração;
b) melhoria viária, por meio de duplicação, construção, adequação geométrica de vias e melhoria dos
acessos aos terminais e pontos de transferência;
II – implantação de eixos estruturais de TPC, a médio e longo prazo, interligando-se as RAs e municípios
do Entorno com a área central de Brasília e demais polos centralizadores e priorizando-se a circulação do
TPC, mediante a utilização de faixas exclusivas e prioritárias e a expansão do modo ferroviário, além de
ciclovias e infraestrutura de apoio à população usuária.
A rede de terminais deverá ser remodelada de forma a se adequar ao modelo operacional integrado,
devendo possuir:
II – estrutura de controle operacional dos veículos que operam no Sistema, visando à melhoria da
mobilidade de passageiros e veículos;
III – características físicas e operacionais que facilitem o transbordo dos usuários, com menor distância a
ser percorrida entre o embarque e o desembarque, em condições de segurança, proteção e acessibilidade;
IV – sistema viário de acesso aos terminais de integração e pontos de parada dotado de condições
seguras de circulação e conforto, priorizando-se as demandas das PCD/MR.
TRANSPORTE NÃO MOTORIZADO: tem por objetivo fundamental garantir acessibilidade às funções
urbanas e aos sistemas de locomoção, assegurando-se maior inclusão social no conjunto das políticas de
transporte e circulação. O transporte não motorizado, realizado a pé ou por bicicletas e, eventualmente,
por outros veículos de propulsão humana deve ser incentivado para uso nas atividades diárias, por
intermédio de diferentes ações:
I – criação e adequação de espaço viário seguro e confortável para o pedestre, o ciclista e PCD/ MR;
II – adoção de medidas de uso e ocupação do solo que favoreçam a redução das necessidades de
deslocamentos motorizados;
I – rede viária para o transporte formado por ciclovias, ciclofaixas e faixas ou áreas compartilhadas;
I – a inclusão da bicicleta nos deslocamentos urbanos e rurais como elemento da mobilidade sustentável e
como forma de redução do custo da mobilidade das pessoas e redução da poluição ambiental;
II – a integração aos modos coletivos de transporte com a construção de bicicletários e paraciclos junto às
estações e terminais;
IV – promoção de campanhas de educação para o trânsito, voltadas para a presença de ciclistas nas vias;
II – definir áreas prioritárias para implantação de calçadas e travessias, obs. normas de acessibilidade;
III – tratar locais críticos para pedestres, com medidas moderadoras de tráfego voltadas à redução de
velocidade dos veículos e à melhoria ambiental do espaço urbano;
III – implementar soluções viárias que priorizem os modos não motorizados e o TPC;
IV – definir uma rede viária articulada e hierarquizada que elimine os gargalos físicos e operacionais e
propicie condições apropriadas para os usuários da via;
VII – mobilizar a sociedade em prol da segurança de trânsito e promover campanhas educativas para a
sensibilização de condutores, passageiros e pedestres com relação ao comportamento no trânsito;
I – Eixo Oeste:
II – Eixo Sul:
III – Eixo Sudoeste:
IV – Eixo Norte:
V – Área Central:
A consolidação do sistema viário do DF com as características físicas compatíveis com a função de cada
via, conforme constituído no PDTU/DF, tem como objetivos específicos:
I – planejar e operar o tráfego de maneira a ordenar a circulação, reduzir acidentes e minimizar os conflitos
entre veículos e pedestres;
II – desenvolver sistema de orientação de tráfego, de forma que usuários evitem rotas congestionadas;
Caberá aos órgãos responsáveis estabelecer e executar plano de ação para inspeção diária nos pontos de
maior movimento e em horários de pico, identificando e corrigindo interferências no sistema viário e em
suas condições de segurança. Os órgãos competentes desenvolverão planos de ações com diretrizes para
a execução de obras e realização de eventos que interfiram na circulação viária.
DISPOSIÇÕES FINAIS
Como instrumento de planejamento e suporte a decisões estratégicas do GDF quanto à provisão de
infraestrutura de transporte para atender às necessidades de acessibilidade e mobilidade das pessoas, o
PDTU/DF não limita as formulações possíveis para transporte no DF.
Alterações nas redes de transporte estudadas poderão ser aceitas a qualquer tempo mediante análise do
impacto sobre elas de propostas de:
III – incorporações de soluções técnicas para tratamento de questões setoriais específicas de transporte;
Tais propostas apenas serão incorporadas ao PDTU/DF mediante confirmação de sua viabilidade técnica,
econômica e ambiental, demonstrado seu impacto financeiro-orçamentário sobre as contas do DF.
O DF estabelecerá com os entes da federação com jurisdição sob os TPC de interesse da RIDE
mecanismos jurídicos que deem sustentação a soluções institucionais para integrar o STPC/DF ao serviço
rodoviário interestadual semi-urbano de ligação com o DF, assim como aos serviços internos dos
municípios da mesma região.
I – rede viária formada por ciclovias, ciclofaixas, faixas compartilhadas e rotas operacionais de ciclismo;
O SC do DF deverá:
I – articular o transporte por bicicleta com o PDTU, viabilizando os deslocamentos com segurança,
eficiência e conforto para o ciclista;
III – implantar trajetos cicloviários onde os desejos de viagem sejam expressivos para a demanda a que se
comprometem atender;
IV – agregar aos terminais de TPC urbano infraestrutura apropriada para a guarda de bicicletas;
V – permitir acesso e transporte, em vagão especial, no Metrô e VLT, de ciclistas com suas bicicletas;
Caberá ao GDF, por meio dos órgãos competentes, consolidar o programa de implantação do SC/DF,
considerando as propostas contidas no Planos Diretores e de Desenvolvimento Setorial.
A ciclovia será constituída de pista própria para a circulação de bicicletas, separada fisicamente do tráfego
geral, e atenderá ao seguinte:
I – ser totalmente segregada da pista de rolamento do tráfego geral, calçada, acostamento, ilha ou
canteiro central;
II – poderá ser implantada nas laterais da faixa de domínio das vias públicas, no canteiro central, em
terrenos marginais às linhas férreas, margens de cursos d’água, parques e em outros locais de interesse;
III – ter traçado e dimensões adequados para a segurança do tráfego de bicicletas e possuirá sinalização
de trânsito específica, em interseções com circulação de veículos e pedestres.
A ciclofaixa consistirá numa faixa exclusiva destinada à circulação de bicicletas, delimitada por sinalização
específica, em interseções com circulação de veículos e pedestres, utilizando parte da pista ou da calçada.
Poderá ser adotada quando não houver disponibilidade de espaço físico ou de recursos financeiros para a
construção de uma ciclovia, desde que as condições físico-operacionais do tráfego motorizado sejam
compatíveis com a circulação de bicicletas.
A faixa compartilhada poderá utilizar parte da via pública, desde que devidamente sinalizada,
permitindo a circulação compartilhada de bicicletas com o trânsito de veículos motorizados ou
pedestres, conforme previsto no Código de Trânsito Brasileiro.
A faixa compartilhada deverá ser utilizada somente em casos especiais, para dar continuidade ao sistema
cicloviário ou em parques, quando não for possível a construção de ciclovia ou ciclofaixa. Poderá ser
instalada na calçada, desde que autorizada e devidamente sinalizada pelo Órgão Executivo de Trânsito,
nos casos em que não comprometer a mobilidade segura e confortável do pedestre.
Bicicletário: local destinado para estacionamento de longa duração de bicicletas, poderá ser
público/privado.
Paraciclo: local destinado ao estacionamento de bicicletas de curta e média duração em espaço
público, equipado com dispositivos para sua instalação.
A elaboração de projetos de construção de praças e parques, incluindo os parques lineares, com área
superior a 4.000m2, deve contemplar o tratamento cicloviário nos acessos e no entorno próximo, assim
como paraciclos no seu interior.
O GDF deverá viabilizar a implantação de locais reservados para bicicletários, em um raio de 100m dos
terminais e estações de ônibus, Metrô e VLT e corredores de TPC, dando prioridade às estações
localizadas nos cruzamentos com vias estruturais. A segurança do ciclista e do pedestre é condicionante
na escolha do local e mesmo para a implantação de bicicletários.
As novas vias públicas, incluindo pontes, viadutos e túneis, devem prever espaços destinados ao acesso e
circulação de bicicletas, em conformidade com os estudos de viabilidade.
Os projetos dos parques lineares previstos nos PD e nos PDLs deverão contemplar ciclovias internas e,
quando possível, de acesso aos parques, em conformidade com estudos de viabilidade aprovados.
A implantação e operação dos bicicletários, em imóveis públicos ou privados, deverão ter controle de
acesso, a ser aprovado pelo Órgão Executivo de Trânsito.
Nas ciclovias, ciclofaixas e locais de trânsito compartilhado, poderão ser permitidos, de acordo com
regulamentação pelo Órgão Executivo de Trânsito, além da circulação de bicicletas:
II – utilização de patins, patinetes e skates nas pistas onde sua presença não seja expressamente proibida;
III – circulação de bicicletas, patinetes ou similares elétricos, desde que desempenhem velocidades
compatíveis com a segurança do ciclista ou do pedestre onde exista trânsito compartilhado.
O GDF deve manter ações educativas permanentes com o objetivo de promover padrões de
comportamento seguros e responsáveis dos ciclistas, assim como deverá promover campanhas
educativas, tendo como público-alvo os pedestres e os condutores de veículos, motorizados ou não,
visando divulgar o uso adequado de espaços compartilhados.
I - identificar os núcleos urbanos informais que devam ser regularizados, organizá-los e assegurar a
prestação de serviços públicos aos seus ocupantes, de modo a melhorar as condições urbanísticas e
ambientais em relação à situação de ocupação informal anterior;
II - criar unidades imobiliárias compatíveis com o ordenamento territorial urbano e constituir sobre elas
direitos reais em favor dos seus ocupantes;
III - ampliar o acesso à terra urbanizada pela população de baixa renda, de modo a priorizar a permanência
dos ocupantes nos próprios núcleos urbanos informais regularizados;
VIII - ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus hab.;
• Núcleo urbano: assentamento humano, com uso e características urbanas, constituído por unidades
imobiliárias de área inferior à fração mínima de parcelamento prevista na em lei, independentemente da
propriedade do solo, ainda que situado em área qualificada ou inscrita como rural;
• Núcleo urbano informal: aquele clandestino, irregular ou no qual não foi possível realizar a titulação de
seus ocupantes, ainda que atendida a legislação vigente à época de sua implantação ou regularização;
• Núcleo urbano informal consolidado: aquele de difícil reversão, considerados o tempo da ocupação, a
natureza das edificações, a localização das vias de circulação e a presença de equipamentos públicos,
entre outras circunstâncias a serem avaliadas pelo Município;
• Legitimação de posse: ato do PP destinado a conferir título, por meio do qual fica reconhecida a posse
de imóvel objeto da Reurb, conversível em aquisição de direito real de propriedade na forma desta
Lei, com a identificação de seus ocupantes, do tempo da ocupação e da natureza da posse;
• Ocupante: aquele que mantém poder de fato sobre lote ou fração ideal de terras públicas ou privadas
em núcleos urbanos informais.
No caso de a Reurb abranger área de UC uso sustentável que, nos termos da Lei, admita regularização,
será exigida também a anuência do órgão gestor da unidade, desde que estudo técnico comprove que
essas intervenções de regularização fundiária implicam a melhoria das condições ambientais em relação à
situação de ocupação informal anterior.
Na Reurb cuja ocupação tenha ocorrido às margens de reservatórios artificiais de água destinados à
geração de energia ou ao abastecimento público, a faixa da APP consistirá na distância entre o nível
máximo operativo normal e a cota máxima.
Esta Lei não se aplica aos núcleos urbanos informais situados em áreas indispensáveis à segurança
nacional ou de interesse da defesa, assim reconhecidas em decreto do Poder Executivo federal.
Aplicam-se as disposições desta Lei aos imóveis localizados em área rural, desde que a unidade imobiliária
tenha área inferior à fração mínima de parcelamento prevista na legislação correlata.
Os estudos técnicos citados aplicam-se somente às parcelas dos núcleos urbanos informais situados nas
APP, nas UCs uso sustentável ou nas APMs e poderão ser feitos em fases ou etapas, sendo que a parte do
núcleo urbano informal não afetada por esses estudos poderá ter seu projeto aprovado e levado a registro
separadamente. A aprovação ambiental da Reurb poderá ser feita pelos Estados na hipótese de o
Município não dispor de capacidade técnica para a aprovação dos estudos.
2. Reurb de Interesse Específico (Reurb-E) - regularização fundiária aplicável aos núcleos urbanos
informais ocupados por população não qualificada na hipótese de Reurb-S.
Serão isentos de custas e emolumentos, entre outros, os seguintes atos registrais relacionados à Reurb-S:
IV - o registro da CRF e do projeto de regularização fundiária, com abertura de matrícula para cada unidade
imobiliária urbana regularizada;
Os atos de que trata este artigo independem da comprovação do pagamento de tributos ou penalidades
tributárias, sendo vedado ao oficial de registro de imóveis exigir sua comprovação.
As isenções de custas aplicam-se também à Reurb-S que tenha por objeto conjuntos habitacionais ou
condomínios de interesse social construídos pelo PP, diretamente ou por meio da administração pública
indireta, que já se encontrem implantados em 22 de dezembro de 2016.
Na Reurb, os Municípios/DF poderão admitir o uso misto de atividades como forma de promover a
integração social e a geração de emprego e renda no núcleo urbano informal regularizado.
A classificação do interesse visa exclusivamente à identificação dos responsáveis pela implantação ou
adequação das obras de infraestrutura essencial e ao reconhecimento do direito à gratuidade das custas e
emolumentos notariais e registrais em favor daqueles a quem for atribuído o domínio das unidades
imobiliárias regularizadas.
V - o Ministério Público.
Os legitimados poderão promover todos os atos necessários à regularização fundiária, inclusive requerer
os atos de registro.
INSTRUMENTOS DA REURB - Poderão ser empregados, no âmbito da Reurb, sem prejuízo de outros que
se apresentem adequados, os seguintes institutos jurídicos:
V - o consórcio imobiliário;
XIV - a doação; e
XV - a compra e venda.
Na Reurb-E, promovida sobre bem público, havendo solução consensual, a aquisição de direitos reais pelo
particular ficará condicionada ao pagamento do justo valor da unidade imobiliária regularizada, a ser
apurado na forma estabelecida em ato do Poder Executivo titular do domínio, sem considerar o valor das
acessões e benfeitorias do ocupante e a valorização decorrente dessa implantação.
As áreas de propriedade do PP registradas no Registro de Imóveis, que sejam objeto de ação judicial
versando sobre a sua titularidade, poderão ser objeto da Reurb, desde que celebrado acordo judicial ou
extrajudicial, na forma desta Lei, homologado pelo juiz.
O Município/DF poderão instituir como instrumento de planejamento urbano Zonas Especiais de Interesse
Social (ZEIS), no âmbito da política municipal de ordenamento de seu território.
Considera-se ZEIS a parcela de área urbana instituída pelo PD ou definida por outra lei municipal,
destinada preponderantemente à população de baixa renda e sujeita a regras específicas de parcelamento,
uso e ocupação do solo. A Reurb não está condicionada à existência de ZEIS.
I - planta e MD da área a ser regularizada, nos quais constem suas medidas perimetrais, área total,
confrontantes, coordenadas georreferenciadas dos vértices definidores de seus limites, nº das matrículas
ou transcrições atingidas, indicação dos proprietários identificados e ocorrência de situações de domínio
privado com proprietários não identificados em razão de descrições imprecisas dos registros anteriores;
II - planta de sobreposição do imóvel demarcado com a situação da área constante do registro de imóveis.
O auto de demarcação urbanística poderá abranger uma parte ou a totalidade de um ou mais imóveis
inseridos em uma ou mais das seguintes situações:
I - domínio privado c/ proprietários não identificados, em razão de descrições imprecisas dos registros
anteriores;
II - domínio privado objeto do devido registro no registro de imóveis competente, ainda que de
proprietários distintos; ou
Eventuais titulares de domínio ou confrontantes não identificados, ou não encontrados ou que recusarem o
recebimento da notificação por via postal, serão notificados por edital, para que, querendo, apresentem
impugnação à demarcação urbanística, no prazo comum de 30 dias. O edital conterá resumo do auto, com
a descrição que permita a identificação da área a ser demarcada e seu desenho simplificado.
A ausência de manifestação dos indicados será interpretada como concordância com a demarcação.
Se houver impugnação apenas em relação à parcela da área objeto do auto de demarcação urbanística, é
facultado ao PP prosseguir com o procedimento em relação à parcela não impugnada.
A critério do PP municipal, as medidas poderão ser realizadas pelo registro de imóveis do local do núcleo
urbano informal a ser regularizado. A notificação conterá a advertência de que a ausência de impugnação
implicará a perda de eventual direito que o notificado titularize sobre o imóvel objeto da Reurb. Na hipótese
de apresentação de impugnação, poderá ser adotado procedimento extrajudicial de composição de
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 74 de 148
conflitos. Caso exista demanda judicial de que o impugnante seja parte e que verse sobre direitos reais ou
possessórios relativos ao imóvel abrangido pela demarcação urbanística, deverá informá-la ao PP, que
comunicará ao juízo a existência do procedimento. Para subsidiar o procedimento será feito um
levantamento de eventuais passivos tributários, ambientais e administrativos associados aos imóveis
objeto de impugnação, assim como das posses existentes, com vistas à identificação de casos de
prescrição aquisitiva da propriedade. A mediação observará o disposto na legislação correlata, facultando-
se ao PP promover a alteração do auto de demarcação urbanística ou adotar qualquer outra medida que
possa afastar a oposição do proprietário ou dos confrontantes à regularização da área ocupada.
Caso não se obtenha acordo na etapa de mediação, fica facultado o emprego da arbitragem.
Decorrido o prazo sem impugnação ou caso superada a oposição ao procedimento, o auto de demarcação
urbanística será encaminhado ao registro de imóveis e averbado nas matrículas por ele alcançadas.
A averbação informará:
II - as matrículas alcançadas pelo auto de demarcação urbanística e, quando possível, a área abrangida em
cada uma delas; e
III - a existência de áreas cuja origem não tenha sido identificada em razão de imprecisões dos registros
anteriores.
Na hipótese de o auto de demarcação urbanística incidir sobre imóveis ainda não matriculados,
previamente à averbação, será aberta matrícula, que deverá refletir a situação registrada do imóvel,
dispensadas a retificação do MD e a apuração de área remanescente. Nos casos de registro anterior
efetuado em outra circunscrição, para abertura da matrícula, o oficial requererá, de ofício, certidões
atualizadas daquele registro. Na hipótese de a demarcação urbanística abranger imóveis situados em mais
de uma circunscrição imobiliária, o oficial do registro de imóveis responsável pelo procedimento
comunicará as demais circunscrições imobiliárias envolvidas para averbação da demarcação urbanística
nas respectivas matrículas alcançadas. A demarcação urbanística será averbada ainda que a área
abrangida pelo auto supere a área disponível nos registros anteriores. Não se exigirá, para a averbação da
demarcação urbanística, a retificação da área não abrangida pelo auto, ficando a apuração de
remanescente sob a responsabilidade do proprietário do imóvel atingido.
Legitimação Fundiária: constitui forma originária de aquisição do direito real de propriedade conferido por
ato do PP, exclusivamente no âmbito da Reurb, àquele que detiver em área pública ou possuir em área
privada, como sua, unidade imobiliária com destinação urbana, integrante de núcleo urbano informal
consolidado existente em 22 de dezembro de 2016.
Apenas na Reurb-S, a legitimação fundiária será concedida ao beneficiário, desde que:
II - o beneficiário não tenha sido contemplado com legitimação de posse ou fundiária de imóvel urbano
com a mesma finalidade, ainda que situado em núcleo urbano distinto; e
III - em caso de imóvel urbano com finalidade não residencial, seja reconhecido pelo PP o interesse público
de sua ocupação.
Por meio da legitimação fundiária, em qualquer das modalidades da Reurb, o ocupante adquire a unidade
imobiliária com destinação urbana livre e desembaraçada de quaisquer ônus, direitos reais, gravames ou
inscrições, eventualmente existentes em sua matrícula de origem, exceto quando disserem respeito ao
próprio legitimado. Deverão ser transportadas as inscrições, as indisponibilidades ou os gravames
existentes no registro da área maior originária para as matrículas das unidades imobiliárias que não
houverem sido adquiridas por legitimação fundiária.
Na Reurb-S de imóveis públicos, a U/E/DF/M e as suas entidades vinculadas, quando titulares do domínio,
ficam autorizados a reconhecer o direito de propriedade aos ocupantes do núcleo urbano informal
regularizado por meio da legitimação fundiária. Nestes caso, o PP encaminhará a CRF para registro
imediato da aquisição de propriedade, dispensados a apresentação de título individualizado e as cópias da
documentação referente à qualificação do beneficiário, o projeto de regularização fundiária aprovado, a
listagem dos ocupantes e sua devida qualificação e a identificação das áreas que ocupam. Poderá o PP
atribuir domínio adquirido por legitimação fundiária aos ocupantes que não tenham constado da listagem
inicial, mediante cadastramento complementar, sem prejuízo dos direitos de quem haja constado na inicial.
Nos casos de regularização fundiária urbana previstos na legislação, os Municípios poderão utilizar a
legitimação fundiária e demais instrumentos previstos nesta Lei para conferir propriedade aos ocupantes.
Legitimação de Posse: instrumento de uso exclusivo para fins de regularização fundiária, constitui ato do
PP destinado a conferir título, por meio do qual fica reconhecida a posse de imóvel objeto da Reurb, com a
identificação de seus ocupantes, do tempo da ocupação e da natureza da posse, o qual é conversível em
direito real de propriedade, na forma desta Lei.
A legitimação de posse poderá ser transferida por causa mortis ou por ato inter vivos.
Sem prejuízo dos direitos decorrentes do exercício da posse mansa e pacífica no tempo, aquele em cujo
favor for expedido título de legitimação de posse, decorrido o prazo de 5 anos de seu registro, terá a
conversão automática dele em título de propriedade, desde que atendidos os termos e as condições do
art. 183 CF88, independentemente de prévia provocação ou prática de ato registral. Nos casos não
contemplados pelo art. 183, o título de legitimação de posse poderá ser convertido em título de
propriedade, desde que satisfeitos os requisitos de usucapião estabelecidos na legislação em vigor, a
requerimento do interessado, perante o registro de imóveis competente.
A legitimação de posse, após convertida em propriedade, constitui forma originária de aquisição de direito
real, de modo que a unidade imobiliária com destinação urbana regularizada restará livre e desembaraçada
de quaisquer ônus, direitos reais, gravames ou inscrições, eventualmente existentes em sua matrícula de
origem, exceto quando disserem respeito ao próprio beneficiário.
O título de legitimação de posse poderá ser cancelado pelo PP emitente quando constatado que as
condições estipuladas nesta Lei deixaram de ser satisfeitas, sem que seja devida qualquer
indenização àquele que irregularmente se beneficiou do instrumento.
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
A Reurb obedecerá às seguintes fases:
I - requerimento dos legitimados;
II - processamento administrativo do requerimento, no qual será conferido prazo para manifestação dos
titulares de direitos reais sobre o imóvel e dos confrontantes;
VII - registro da CRF e do projeto de regularização fundiária aprovado perante o oficial do cartório de
registro de imóveis em que se situe a unidade imobiliária com destinação urbana regularizada.
Não impedirá a Reurb, na forma estabelecida nesta Lei, a inexistência de lei municipal específica que trate
de medidas ou posturas de interesse local aplicáveis a projetos de regularização fundiária urbana.
A fim de fomentar a efetiva implantação das medidas da Reurb, os entes federativos poderão celebrar
convênios ou outros instrumentos congêneres com o Ministério das Cidades, com vistas a cooperar para a
fiel execução do disposto nesta Lei.
Compete aos Municípios nos quais estejam situados os núcleos urbanos informais a serem regularizados:
O Município deverá classificar e fixar, no prazo de até 180 dias, uma das modalidades da Reurb ou
indeferir, fundamentadamente, o requerimento. A inércia do Município implica a automática fixação da
modalidade de classificação da Reurb indicada pelo legitimado em seu requerimento, bem como o
prosseguimento do procedimento administrativo da Reurb, sem prejuízo de futura revisão dessa
classificação pelo Município, mediante estudo técnico que a justifique.
Instaurada a Reurb, o Município deverá proceder às buscas necessárias para determinar a titularidade do
domínio dos imóveis onde está situado o núcleo urbano informal a ser regularizado. Tratando-se de imóveis
públicos ou privados, caberá aos Municípios notificar os titulares de domínio, os responsáveis pela
implantação do núcleo urbano informal, os conflitantes e os terceiros eventualmente interessados, para,
querendo, apresentar impugnação no prazo de 30 dias, contado da data de recebimento da
notificação. Tratando-se de imóveis públicos municipais, o Município deverá notificar os conflitantes e
terceiros eventualmente interessados, para, querendo, apresentar impugnação no prazo de 30 dias,
contado da data de recebimento da notificação. Na hipótese de apresentação de impugnação, será
iniciado o procedimento extrajudicial de composição de conflitos de que trata esta Lei.
A notificação do proprietário e dos conflitantes será feita por via postal, com AR, no endereço que constar
da matrícula ou da transcrição, considerando-se efetuada quando comprovada a entrega nesse endereço.
A notificação da Reurb também será feita por meio de publicação de edital, com prazo de 30 dias, do qual
deverá constar, de forma resumida, a descrição da área a ser regularizada, nos seguintes casos:
Caso algum dos imóveis atingidos ou conflitantes não esteja matriculado ou transcrito na serventia, o DF/
Município realizará diligência perante as serventias anteriormente competentes, mediante apresentação da
planta do perímetro regularizado, a fim de que a sua situação jurídica atual seja certificada, caso possível.
A Reurb será instaurada por decisão do Município, por meio de requerimento, por escrito, de um dos
legitimados de que trata esta Lei. Na hipótese de indeferimento do requerimento de instauração da Reurb,
a decisão do Município deverá indicar as medidas a serem adotadas, com vistas à reformulação e à
reavaliação do requerimento, quando for o caso.
Instaurada a Reurb, compete ao Município aprovar o projeto de regularização fundiária, do qual deverão
constar as responsabilidades das partes envolvidas. A elaboração e o custeio do projeto de regularização
fundiária e da implantação da infraestrutura essencial obedecerão aos seguintes procedimentos:
I - na Reurb-S:
a) operada sobre área de titularidade de ente público, caberão ao referido ente público ou ao Município
promotor/DF a responsabilidade de elaborar o projeto de regularização fundiária nos termos do ajuste que
venha a ser celebrado e a implantação da infraestrutura essencial, quando necessária; e
b) operada sobre área titularizada por particular, caberão ao Município/DF a responsabilidade de elaborar e
custear o projeto de regularização fundiária e a implantação da infraestrutura essencial, quando necessária;
II - na Reurb-E, a regularização fundiária será contratada e custeada por seus potenciais
beneficiários ou requerentes privados;
III - na Reurb-E sobre áreas públicas, se houver interesse público, o Município poderá proceder à
elaboração e ao custeio do projeto de regularização fundiária e da implantação da infraestrutura
essencial, com posterior cobrança aos seus beneficiários.
Os Municípios poderão criar câmaras de prevenção e resolução administrativa de conflitos, no âmbito da
administração local, inclusive mediante celebração de ajustes com os TJ estaduais, as quais deterão
competência para dirimir conflitos relacionados à Reurb, mediante solução consensual. O modo de
composição e funcionamento das câmaras será estabelecido em ato do PE municipal e, na falta do ato,
pelo disposto em legislação. Se houver consenso entre as partes, o acordo será reduzido a termo e
constituirá condição para a conclusão da Reurb, com consequente expedição da CRF.
II - planta do perímetro do núcleo urbano informal com demonstração das matrículas ou transcrições
atingidas, quando for possível;
IV - projeto urbanístico;
V - memoriais descritivos;
VIII - estudo técnico ambiental, para os fins previstos nesta Lei, quando for o caso;
X - TC a ser assinado pelos responsáveis, pelo cumprimento do cronograma físico definido no inciso IX.
I - das áreas ocupadas, do sistema viário e das unidades imobiliárias, existentes ou projetadas;
II - das unidades imobiliárias a serem regularizadas, suas características, área, confrontações, localização,
nome do logradouro e nº de sua designação cadastral, se houver;
III - quando for o caso, das quadras e suas subdivisões em lotes ou as frações ideais vinculadas à unidade
regularizada;
IV - dos logradouros, espaços livres, áreas destinadas a edifícios públicos e outros equipamentos urbanos,
quando houver;
A Reurb pode ser implementada por etapas, abrangendo o núcleo urbano informal de forma total ou
parcial. As obras de implantação de infraestrutura essencial, de EPC e de melhoria habitacional, bem
como sua manutenção, podem ser realizadas antes, durante ou após a conclusão da Reurb.
O Município definirá os requisitos para elaboração do projeto de regularização, no que se refere aos
desenhos, ao MD e ao cronograma físico de obras e serviços a serem realizados.
A planta e o MD deverão ser assinados por profissional legalmente habilitado, dispensada a apresentação
de ART/RRT, quando o responsável técnico for servidor ou empregado público.
Na Reurb-E, os Municípios/DF deverão definir, por ocasião da aprovação dos projetos de regularização
fundiária, nos limites da legislação de regência, os responsáveis pela:
III - implementação das medidas de mitigação e compensação urbanística e ambiental, e dos estudos
técnicos, quando for o caso.
Para que seja aprovada a Reurb de núcleos urbanos informais, ou de parcela deles, situados em áreas de
riscos geotécnicos, de inundações ou de outros riscos especificados em lei, estudos técnicos deverão ser
realizados, a fim de examinar a possibilidade de eliminação, de correção ou de administração de riscos na
parcela por eles afetada. Nesta hipótese é condição indispensável à aprovação da Reurb a implantação
das medidas indicadas nos estudos técnicos realizados.
Na Reurb-S que envolva áreas de riscos que não comportem eliminação, correção ou administração, os
Municípios deverão proceder à realocação dos ocupantes do núcleo urbano informal a ser regularizado.
III - identificar e declarar os ocupantes de cada unidade imobiliária com destinação urbana regularizada, e
os respectivos direitos reais.
II - a localização;
VI - a listagem com nomes dos ocupantes que houverem adquirido a respectiva unidade, por título de
legitimação fund. ou mediante ato único de registro, estado civil, a profissão, CPF, identidade e filiação.
III - registro dos direitos reais indicados na CRF junto às matrículas dos respectivos lotes, dispensada a
apresentação de título individualizado.
Quando o núcleo urbano regularizado abranger mais de uma matrícula, o oficial do registro de imóveis
abrirá nova matrícula para a área objeto de regularização, destacando a área abrangida na matrícula de
origem, dispensada a apuração de remanescentes.
O oficial do cartório de registro de imóveis, após o registro da CRF, notificará o Incra, o MMA e a Receita
Federal para que esses órgãos cancelem, parcial ou totalmente, os respectivos registros existentes no CAR
e nos demais cadastros relacionados a imóvel rural, relativamente às unidades imobiliárias regularizadas.
Quando se tratar de imóvel sujeito a regime de condomínio geral a ser dividido em lotes com indicação, na
matrícula, da área deferida a cada condômino, o Município poderá indicar, de forma individual ou coletiva,
as unidades imobiliárias correspondentes às frações ideais registradas, sob sua exclusiva
responsabilidade, para a especialização das áreas registradas em comum.
Os padrões dos MD, das plantas e das demais representações gráficas, inclusive as escalas adotadas e
outros detalhes técnicos, seguirão as diretrizes estabelecidas pela autoridade municipal/distrital
competente, as quais serão consideradas atendidas com a emissão da CRF.
Não serão exigidos reconhecimentos de firma nos documentos que compõem a CRF ou o termo individual
de legitimação fundiária quando apresentados pela U/E/DF/Municípios ou entes da administração indireta.
O registro da CRF produzirá efeito de instituição e especificação de condomínio, quando for o caso, regido
pelas disposições legais específicas, hipótese em que fica facultada aos condôminos a aprovação de
convenção condominial.
O registro da CRF será feito em todas as matrículas atingidas pelo projeto de regularização fundiária
aprovado, devendo ser informadas, quando possível, as parcelas correspondentes a cada matrícula.
Nas matrículas abertas para cada parcela, deverão constar dos campos referentes ao registro anterior e ao
proprietário:
I - quando for possível, a identificação exata da origem da parcela matriculada, por meio de planta de
sobreposição do parcelamento com os registros existentes, a matrícula anterior e o nome do proprietário;
II - quando não for possível identificar a exata origem da parcela matriculada, todas as matrículas
anteriores atingidas pela Reurb e a expressão “proprietário não identificado”, dispensando-se nesse caso
os requisitos da legislação correlata.
Qualificada a CRF e não havendo exigências nem impedimentos, o oficial do cartório efetuará o seu
registro na matrícula dos imóveis cujas áreas tenham sido atingidas, total ou parcialmente.
Não identificadas as transcrições ou as matrículas da área regularizada, o oficial do cartório abrirá matrícula
com a descrição do perímetro do núcleo urbano informal que constar da CRF e nela efetuará o registro.
Registrada a CRF, será aberta matrícula para cada uma das unidades imobiliárias regularizadas.
Para os atuais ocupantes das unidades imobiliárias objeto da Reurb, os compromissos de compra e venda,
as cessões e as promessas de cessão valerão como título hábil para a aquisição da propriedade, quando
acompanhados da prova de quitação das obrigações do adquirente, e serão registrados nas matrículas das
unidades imobiliárias correspondentes, resultantes da regularização fundiária.
Com o registro da CRF, serão incorporados automaticamente ao patrimônio público as vias públicas, as
áreas destinadas ao uso comum do povo, os prédios públicos e os equipamentos urbanos, na forma
indicada no projeto de regularização fundiária aprovado. A requerimento do Município, o oficial de registro
de imóveis abrirá matrícula para as áreas que tenham ingressado no domínio público.
As unidades desocupadas e não comercializadas alcançadas pela Reurb terão as suas matrículas abertas
em nome do titular originário do domínio da área. As unidades não edificadas que tenham sido
comercializadas a qualquer título terão suas matrículas abertas em nome do adquirente, conforme
procedimentos previstos.
TÍTULO XI - DA LAJE
‘Art. 1.510-A. O proprietário de uma construção-base poderá ceder a superfície superior ou inferior de sua construção a fim de que o
titular da laje mantenha unidade distinta daquela originalmente construída sobre o solo.
§ 1o O direito real de laje contempla o espaço aéreo ou o subsolo de terrenos públicos ou privados, tomados em projeção vertical,
como unidade imobiliária autônoma, não contemplando as demais áreas edificadas ou não pertencentes ao proprietário da
construção-base.
§ 2o O titular do direito real de laje responderá pelos encargos e tributos que incidirem sobre a sua unidade.
§ 3o Os titulares da laje, unidade imobiliária autônoma constituída em matrícula própria, poderão dela usar, gozar e dispor.
§ 4o A instituição do direito real de laje não implica a atribuição de fração ideal de terreno ao titular da laje ou a participação
proporcional em áreas já edificadas.
§ 5o Os Municípios/DF poderão dispor sobre posturas edilícias e urbanísticas associadas ao direito real de laje.
§ 6o O titular da laje poderá ceder a superfície de sua construção para a instituição de um sucessivo direito real de laje, desde que haja
autorização expressa dos titulares da construção-base e das demais lajes, respeitadas as posturas edilícias e urbanísticas vigentes.’
‘Art. 1.510-B. É expressamente vedado ao titular da laje prejudicar com obras novas ou com falta de reparação a segurança, a linha
arquitetônica ou o arranjo estético do edifício, observadas as posturas previstas em legislação local.’
‘Art. 1.510-C. Sem prejuízo, no que couber, das normas aplicáveis aos condomínios edilícios, para fins do direito real de laje, as
despesas necessárias à conservação e fruição das partes que sirvam a todo o edifício e ao pagamento de serviços de interesse comum
serão partilhadas entre o proprietário da construção-base e o titular da laje, na proporção que venha a ser estipulada em contrato.
§ 1o São partes que servem a todo o edifício:
I - os alicerces, colunas, pilares, paredes-mestras e todas as partes restantes que constituam a estrutura do prédio;
II - o telhado ou os terraços de cobertura, ainda que destinados ao uso exclusivo do titular da laje;
III - as instalações gerais de água, esgoto, eletricidade, aquecimento, ar condicionado, gás, comunicações e semelhantes que sirvam a
todo o edifício; e
IV - em geral, as coisas que sejam afetadas ao uso de todo o edifício.
§ 2o É assegurado, em qualquer caso, o direito de qualquer interessado em promover reparações urgentes na construção na forma do
parágrafo único do art. 249 deste Código.’
‘Art. 1.510-D. Em caso de alienação de qualquer das unidades sobrepostas, terão direito de preferência, em igualdade de condições
com terceiros, os titulares da construção-base e da laje, nessa ordem, que serão cientificados por escrito para que se manifestem no
prazo de 30 dias, salvo se o contrato dispuser de modo diverso.
§ 1o O titular da construção-base ou da laje a quem não se der conhecimento da alienação poderá, mediante depósito do respectivo
preço, haver para si a parte alienada a terceiros, se o requerer no prazo decadencial de 180 dias, contado da data de alienação.
§ 2o Se houver mais de uma laje, terá preferência, sucessivamente, o titular das lajes ascendentes e o titular das lajes descendentes,
assegurada a prioridade para a laje mais próxima à unidade sobreposta a ser alienada.’
‘Art. 1.510-E. A ruína da construção-base implica extinção do direito real de laje, salvo:
I - se este tiver sido instituído sobre o subsolo;
II - se a construção-base não for reconstruída no prazo de cinco anos.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não afasta o direito a eventual reparação civil contra o culpado pela ruína.’”
Art. 57. O caput do art. 799 da Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 (CPC), passa a vigorar acrescido dos seguintes incisos X e
X - requerer a intimação do titular da construção-base, bem como, se for o caso, do titular de lajes anteriores, quando a penhora recair
sobre o direito real de laje;
XI - requerer a intimação do titular das lajes, quando a penhora recair sobre a construção-base.” (NR)
CAPÍTULO VI - DO CONDOMÍNIO DE LOTES
Art. 58. O CC, passa a vigorar acrescida da Seção IV no Capítulo VII do Título III do Livro III da Parte Especial:
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 80 de 148
CONDOMÍNIO DE LOTES
CONJUNTOS HABITACIONAIS: Serão regularizados como, os núcleos urbanos informais que tenham sido
constituídos para a alienação de unidades já edificadas pelo próprio empreendedor, público ou
privado. Podem ser constituídos de parcelamento do solo com unidades edificadas isoladas, parcelamento
do solo com edificações em condomínio, condomínios horizontais ou verticais, ou ambas as modalidades
de parcelamento e condomínio. As unidades resultantes da regularização de conjuntos habitacionais serão
atribuídas aos ocupantes reconhecidos, salvo quando o ente público promotor do programa habitacional
demonstrar que, durante o processo de regularização fundiária, há obrigações pendentes, caso em que as
unidades imobiliárias regularizadas serão a ele atribuídas. Para a aprovação e registro dos conjuntos
habitacionais que compõem a Reurb ficam dispensadas a apresentação do habite-se e, no caso de Reurb-
S, as respectivas certidões negativas de tributos e contribuições previdenciárias.
Após o registro da instituição do condomínio urbano simples, deverá ser aberta uma matrícula para cada
unidade autônoma, à qual caberá, como parte inseparável, uma fração ideal do solo e das outras partes
comuns, se houver, representada na forma de percentual. As unidades autônomas constituídas em
matrícula própria poderão ser alienadas e gravadas livremente por seus titulares.
A gestão das partes comuns será feita de comum acordo entre os condôminos, podendo ser formalizada
por meio de instrumento particular. No caso da Reurb-S, a averbação das edificações poderá ser efetivada
a partir de mera notícia, a requerimento do interessado, da qual constem a área construída e o nº da
unidade imobiliária, dispensada a apresentação de habite-se e de certidões negativas de tributos e
contribuições previdenciárias.
A intenção será presumida quando o proprietário, cessados os atos de posse sobre o imóvel, não
adimplir os ônus fiscais instituídos sobre a propriedade predial e territorial urbana, por 5 anos.
O procedimento de arrecadação de imóveis urbanos abandonados obedecerá ao disposto em ato do PE
municipal/distrital e observará, no mínimo:
III - notificação ao titular do domínio para, querendo, apresentar impugnação no prazo de 30 dias, contado
da data de recebimento da notificação.
abandonado, no transcorrer do triênio a que alude o CC, fica assegurado ao PE municipal/distrital o direito
ao ressarcimento prévio, e em valor atualizado, de todas as despesas em que eventualmente houver
incorrido, inclusive tributárias, em razão do exercício da posse provisória. Os imóveis arrecadados pelos
Municípios/DF poderão ser destinados aos programas habitacionais, à prestação de serviços públicos, ao
fomento da Reurb-S ou serão objeto de CDRU a entidades civis que comprovadamente tenham fins
filantrópicos, assistenciais, educativos, esportivos ou outros, no interesse do Município ou do DF.
Acarretam o vencimento antecipado da dívida decorrente de contrato de compra e venda com cláusula de
alienação fiduciária em garantia firmado, no âmbito do PMCMV, com o FAR:
I - a alienação ou cessão, por qualquer meio, dos imóveis objeto de operações realizadas com recursos
advindos da integralização de cotas no FAR antes da quitação;
II - a utilização dos imóveis objeto de operações realizadas com recursos advindos da integralização de
cotas no FAR em finalidade diversa da moradia dos beneficiários e das respectivas famílias; e
III - o atraso superior a 90 dias no pagamento das obrigações objeto de contrato firmado, no âmbito do
PMCMV, com o FAR, incluindo os encargos contratuais e os encargos legais, inclusive os tributos e as
contribuições condominiais que recaírem sobre o imóvel.”
Nas operações de financiamento imobiliário, inclusive nas operações do PMCMV, com recursos advindos
da integralização de cotas no FAR, uma vez averbada a consolidação da propriedade fiduciária, as ações
judiciais que tenham por objeto controvérsias sobre as estipulações contratuais ou os requisitos
procedimentais de cobrança e leilão, excetuada a exigência de notificação do devedor fiduciante, serão
resolvidas em perdas e danos e não obstarão a reintegração de posse de que trata este artigo.
I - planta da área em regularização assinada pelo interessado responsável pela regularização e por
profissional legalmente habilitado, acompanhada da ART/RRT, contendo o perímetro da área a ser
regularizada e as subdivisões das quadras, lotes e áreas públicas, com as dimensões e numeração dos
lotes, logradouros, espaços livres e outras áreas com destinação específica, se for o caso, dispensada a
ART/ RRT quando o responsável técnico for servidor ou empregado público;
II - descrição técnica do perímetro da área a ser regularizada, dos lotes, das áreas públicas e de outras
áreas com destinação específica, quando for o caso;
III - documento expedido pelo Município, atestando que o parcelamento foi implantado antes de 19 de
dezembro de 1979 e que está integrado à cidade.
§ 5º No caso de o loteador deixar de atender à notificação até o vencimento do prazo contratual, ou quando o
loteamento ou desmembramento for regularizado pela Prefeitura/DF nos termos do art. 40 desta Lei, o loteador não
poderá, a qualquer titulo, exigir o recebimento das prestações depositadas.
Art.39. Será nula de pleno direito a cláusula de rescisão de contrato por inadimplemento do adquirente, quando o
loteamento não estiver regularmente inscrito.
Art. 40. A Prefeitura Municipal/DF se desatendida pelo loteador a notificação, poderá regularizar loteamento ou
desmembramento não autorizado ou executado sem observância das determinações do ato administrativo de licença,
para evitar lesão aos seus padrões de desenvolvimento urbano e na defesa dos direitos dos adquirentes de lotes.
§ 1º A Prefeitura Municipal/DF que promover a regularização, na forma deste artigo, obterá judicialmente o levantamento
das prestações depositadas, com os respectivos acréscimos de correção monetária e juros, nos termos do § 1º do art.
38 desta Lei, a título de ressarcimento das importâncias despendidas com equipamentos urbanos ou expropriações
necessárias para regularizar o loteamento ou desmembramento.
§ 2º As importâncias despendidas pela Prefeitura/DF para regularizar o loteamento ou desmembramento, caso não
sejam integralmente ressarcidas conforme o disposto no parágrafo anterior, serão exigidas na parte faltante do loteador,
aplicando-se o disposto no art. 47 desta Lei.
§ 3º No caso de o loteador não cumprir o estabelecido no parágrafo anterior, a Prefeitura/DF poderá receber as
prestações dos adquirentes, até o valor devido.
§ 4º A Prefeitura/DF para assegurar a regularização do loteamento ou desmembramento, bem como o ressarcimento
integral de importâncias despendidas, ou a despender, poderá promover judicialmente os procedimentos cautelares
necessários aos fins colimados.
Art. 41. Regularizado o loteamento/desmembramento pela Prefeitura/DF, o adquirente do lote, comprovando o depósito
de todas as prestações do preço avençado, poderá obter o registro, de propriedade do lote adquirido, valendo para
tanto o compromisso de venda e compra devidamente firmado.
Art. 42. Nas desapropriações não serão considerados como loteados ou loteáveis, para fins de indenização, os terrenos
ainda não vendidos ou compromissados, objeto de loteamento ou desmembramento não registrado.
Art. 44. O Município/DF/E poderão expropriar áreas urbanas ou de expansão urbana para reloteamento, demolição,
reconstrução e incorporação, ressalvada a preferência dos expropriados para a aquisição de novas unidades.
Art. 47. Se o loteador integrar grupo econômico ou financeiro, qualquer pessoa física ou jurídica desse grupo,
beneficiária de qualquer forma do loteamento/desmembramento irregular, será solidariamente responsável pelos
prejuízos por ele causados aos compradores de lotes e ao PP.
Art. 48. O foro competente para os procedimentos judiciais previstos nesta Lei será o da comarca da situação do lote.
Art. 49. As intimações e notificações previstas nesta Lei deverão ser feitas pessoalmente ao intimado ou notificado, que
assinará o comprovante do recebimento, e poderão igualmente ser promovidas por meio dos Cartórios de Registro de
Títulos e Documentos da Comarca da situação do imóvel ou do domicílio de quem deva recebê-las.
§ 1º Se o destinatário se recusar a dar recibo ou se furtar ao recebimento, ou se for desconhecido o seu paradeiro, o
funcionário incumbido da diligência informará esta circunstância ao Oficial competente que a certificará, sob sua
responsabilidade.
§ 2º Certificada a ocorrência dos fatos mencionados no parágrafo anterior, a intimação ou notificação será feita por
edital na forma desta Lei, começando o prazo a correr 10 dias após a última publicação.
CAPÍTULO IX
Disposições Penais
Para fins da Reurb, ficam dispensadas a desafetação e as exigências previstas no inciso I do caput do art.
17 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993.
Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente
justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e entidades autárquicas e
fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na
modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes casos:
a) dação em pagamento;
b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de
governo, ressalvado o disposto nas alíneas f, h e i;
c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do art. 24 desta Lei;
d) investidura;
e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo;
f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens
imóveis residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais ou de
regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública;
g) procedimentos de legitimação de posse de que trata o art. 29 da Lei no 6.383, de 7 de dezembro de 1976, mediante
iniciativa e deliberação dos órgãos da Administração Pública em cuja competência legal inclua-se tal atribuição;
h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens
imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até 250 m² e inseridos no âmbito de programas de regularização
fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública;
i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou onerosa, de terras públicas rurais da União e do Incra, onde
incidam ocupações até o limite de que trata a lei, para fins de regularização fundiária, atendidos os requisitos legais; e
Fica habilitado o FNHIS a destinar recursos para a compensação, total ou parcial, dos custos referentes
aos atos registrais da Reurb-S. Devem os Estados criar e regulamentar fundos específicos destinados à
compensação, total ou parcial, dos custos referentes aos atos registrais da Reurb-S previstos nesta Lei.
Serão regularizadas, na forma desta Lei, as ocupações que incidam sobre áreas objeto de demanda judicial
que versem sobre direitos reais de garantia ou constrições judiciais, bloqueios e indisponibilidades,
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 83 de 148
ressalvada a hipótese de decisão judicial específica que impeça a análise, aprovação e registro do projeto
de regularização fundiária urbana.
As normas e os procedimentos estabelecidos nesta Lei poderão ser aplicados aos processos
administrativos de regularização fundiária iniciados pelos entes públicos competentes até a data de
publicação desta Lei.
A Medida Provisória no 2.220, de 4 de setembro de 2001, passa a vigorar com as seguintes alterações:
Aquele que, até 22/12/16, possuiu como seu, por 5 anos, ininterruptamente e sem oposição, até
250m2 de imóvel público situado em área com características e finalidade urbanas, e que o utilize
para sua moradia ou de sua família, tem o direito à concessão de uso especial para fins de moradia
em relação ao bem objeto da posse, desde que não seja proprietário ou concessionário, a qualquer
título, de outro imóvel urbano ou rural.
Nos imóveis de que trata, com mais de 250m2, ocupados até 22/12/16, por população de baixa renda
para sua moradia, por 5 anos, ininterruptamente e sem oposição, cuja área total dividida pelo
número de possuidores seja inferior a 250m2 por possuidor, a concessão de uso especial para fins
de moradia será conferida de forma coletiva, desde que os possuidores não sejam proprietários ou
concessionários, a qualquer título, de outro imóvel urbano ou rural.
É facultado ao PP competente conceder autorização de uso àquele que, até 22/12/16, possuiu como
seu, por 5 anos, ininterruptamente e sem oposição, até 250m2 de imóvel público situado em área
com características e finalidade urbanas para fins comerciais.
A Lei no 6.766, de 19 de dezembro de 1979, passa a vigorar com as seguintes alterações:
O lote poderá ser constituído sob a forma de imóvel autônomo ou de unidade imobiliária integrante de
condomínio de lotes.
Constitui loteamento de acesso controlado a modalidade de loteamento, cujo controle de acesso será
regulamentado por ato do poder público Municipal, sendo vedado o impedimento de acesso a
pedestres ou a condutores de veículos, não residentes, devidamente identificados ou cadastrados.
No caso de lotes integrantes de condomínio de lotes, poderão ser instituídas limitações administrativas e
direitos reais sobre coisa alheia em benefício do poder público, da população em geral e da proteção da
paisagem urbana, tais como servidões de passagem, usufrutos e restrições à construção de muros.
Os núcleos urbanos informais existentes sem oposição há mais de 5 anos e cuja área total dividida
pelo nº de possuidores seja inferior a 250m2 por possuidor são suscetíveis de serem usucapidos
coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural.
O PP municipal poderá facultar ao proprietário da área atingida pela obrigação de (PEU compuls.),
ou objeto de regularização fundiária urbana para fins de regularização fundiária, o estabelecimento
de consórcio imobiliário como forma de viabilização financeira do aproveitamento do imóvel.
Considera-se consórcio imobiliário a forma de viabilização de planos de urbanização, de
regularização fundiária ou de reforma, conservação ou construção de edificação por meio da qual o
proprietário transfere ao PP municipal seu imóvel e, após a realização das obras, recebe, como
pagamento, unidades imobiliárias devidamente urbanizadas ou edificadas, ficando as demais
unidades incorporadas ao patrimônio público.
O valor das unidades imobiliárias a serem entregues ao proprietário será correspondente ao valor do
imóvel antes da execução das obras.
A instauração do consórcio imobiliário por proprietários que tenham dado causa à formação de
núcleos urbanos informais, ou por seus sucessores, não os eximirá das responsabilidades
administrativa, civil ou criminal.”
Art. 81. A Lei no 6.015, de 31 de dezembro de 1973, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 221. § 3º Fica dispensada a apresentação dos títulos previstos nos incisos I a V do caput deste artigo
quando se tratar de registro do projeto de regularização fundiária e da constituição de direito real, sendo o
ente público promotor da regularização fundiária urbana responsável pelo fornecimento das informações
necessárias ao registro, ficando dispensada a apresentação de título individualizado, nos termos da
legislação específica.”
Art. 82. A Lei no 12.651, de 25 de maio de 2012, passa a vigorar com as seguintes alterações:
Na Reurb-S dos núcleos urbanos informais que ocupam APP, a regularização fundiária será admitida por
meio da aprovação do projeto de regularização fundiária, na forma da lei específica de REURB.
Na Reurb-E dos núcleos urbanos informais que ocupam APP não identificadas como áreas de risco, a
regularização fundiária será admitida por meio da aprovação do projeto de regularização fundiária, na
forma da lei específica de REURB.
§1º O processo de regularização fundiária de interesse específico deverá incluir estudo técnico que
demonstre a melhoria das condições ambientais em relação à situação anterior e ser instruído…
A venda aplica-se unicamente aos imóveis ocupados até 22 de dezembro de 2016, exigindo-se que o
usuário seja regularmente inscrito e esteja em dia com suas obrigações para com a SPU.
A venda direta de que trata este artigo somente poderá ser concedida para, no máximo, 2 imóveis, 1
residencial e 1 não residencial, regularmente cadastrados em nome do beneficiário na SPU.
O preço de venda será fixado com base no valor de mercado do imóvel, segundo os critérios de avaliação
previstos em lei, excluídas as acessões e as benfeitorias realizadas pelo ocupante. O prazo de validade da
avaliação será de, no máximo, 12 meses.
Nos casos de condomínio edilício privado, as áreas comuns, excluídas suas benfeitorias, serão
adicionadas na fração ideal da unidade privativa correspondente.
As pessoas físicas de baixa renda que, por qualquer título, utilizem regularmente imóvel da União, inclusive
imóveis provenientes de entidades federais extintas, para fins de moradia até 22/12/16, e que sejam
isentas do pagamento de qualquer valor pela utilização, na forma da legislação patrimonial e dos cadastros
da SPU, poderão requerer diretamente ao oficial de registro de imóveis, mediante apresentação da
Certidão de Autorização de Transferência CAT, a transferência gratuita da propriedade do imóvel, desde
que preencham os requisitos previstos. A transferência gratuita somente poderá ser concedida uma vez
por beneficiário. A avaliação prévia do imóvel e a prévia autorização legislativa específica não
configuram condição para a transferência gratuita de que trata este artigo.
Para obter gratuitamente a CDRU ou o domínio pleno do imóvel, o interessado deverá requerer à SPU a
Certidão de Autorização de Transferência para fins de Reurb-S (CAT-Reurb-S), a qual valerá como
título hábil para a aquisição do direito mediante o registro no cartório de registro de imóveis competente.
Na hipótese de imóveis destinados à Reurb-S cuja propriedade da União ainda não se encontre
regularizada no cartório competente, a abertura de matrícula poderá ser realizada por meio de
requerimento da SPU, dirigido ao oficial do referido cartório, acompanhado dos seguintes documentos:
II - ato de discriminação administrativa do imóvel da União para fins de Reurb-S, a ser expedido pela SPU.
O oficial do cartório de registro de imóveis deverá, no prazo de 30 dias, contado da data de protocolo do
requerimento, fornecer à SPU no Estado/DF a certidão da matrícula aberta ou os motivos fundamentados
para a negativa da abertura, hipótese para a qual deverá ser estabelecido prazo para que as pendências
sejam supridas. O disposto não se aplica aos imóveis da União submetidos a procedimentos específicos
de identificação e demarcação, os quais continuam submetidos às normas pertinentes.
Os procedimentos para a transferência gratuita do direito real de uso ou do domínio pleno de imóveis da
União no âmbito da Reurb-S, inclusive aqueles relacionados à forma de comprovação dos requisitos pelos
beneficiários, serão regulamentados em ato específico da SPU.
Ficam a União, suas autarquias e fundações autorizadas a transferir aos E/DF/Municípios as áreas
públicas federais ocupadas por núcleos urbanos informais, para que promovam a Reurb nos termos
desta Lei, observado o regulamento quando se tratar de imóveis de titularidade de fundos.
Para os fins desta Lei, considera-se área urbana consolidada aquela:
I - incluída no perímetro urbano ou em zona urbana pelo PD ou por lei municipal específica;
II - com sistema viário implantado e vias de circulação pavimentadas;
III - organizada em quadras e lotes predominantemente edificados;
IV - de uso predominantemente urbano, caracterizado pela existência de edificações residenciais,
comerciais, industriais, institucionais, mistas ou voltadas à prestação de serviços; e
V - com a presença de, no mínimo, 3 dos seguintes equipamentos de infraestrutura urbana:
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 85 de 148
• Venda direta: modalidade de alienação na qual o domínio do imóvel rural é transferido diretamente aos
beneficiários.
São OBJETIVOS da Política de Regularização de Terras Públicas Rurais pertencentes ao DF ou à Terracap:
I - promover a regularização de ocupações em terras públicas rurais;
II - promover a regularização fundiária das terras públicas rurais, nas esferas registral e ambiental;
III - ordenar a ocupação e a exploração do território rural do DF, em harmonia com os dispositivos legais.
As terras rurais que venham a ser incorporados ao patrimônio do DF/Terracap podem ser regularizadas nos
termos desta Lei. A ocupação e a exploração das terras públicas rurais não contempladas nesta Lei
obedecem às finalidades estabelecidas no art. 346, I a VII, da LODF.
Art. 346. A política fundiária e do uso do solo rural do DF será compatibilizada com as ações da política agrícola,
observados os princípios constitucionais pertinentes, e terá por finalidade:
I - assegurar o cumprimento da função social da propriedade;
II - promover a ocupação ordenada do território em harmonia com as disposições do PDOT;
III - permitir o aproveitamento racional e adequado dos recursos naturais;
IV - incrementar a produção de alimentos;
V - fixar o homem ao campo, valorizando o trabalho como instrumento de promoção social;
VI- preservar áreas que contenham recursos hídricos para irrigação;
VII - promover o aproveitamento da propriedade em todas as suas potencialidades, em consonância com a vocação e
capacidade de uso do solo e a proteção ao meio ambiente.
No cumprimento dos objetivos da Política de Regularização de Terras Públicas Rurais, é observado:
I - a gleba a ser regularizada deve ter destinação rural, com o efetivo exercício da atividade de
agricultura, pecuária, agroindústria, turismo rural ou ecológico, preservação ambiental ou
reflorestamento, além das atividades de suporte à produção, conforme regulamento;
II - a regularização da ocupação contínua incidente sobre terras rurais registradas em matrículas distintas é
feita por meio de instrumento único;
III - a regularização da ocupação incidente em terra rural dividida por via pública ou sobreposta a
macrozonas diferentes é feita por meio de instrumentos distintos, para o mesmo ocupante;
IV - as glebas com características rurais inseridas em zona urbana são regularizadas como áreas rurais,
desde que atendam ao disposto nos arts. de 278 a 283 do PDOT;
V - as glebas com características rurais inseridas em zona urbana considerada ARIS ou ARINE, conforme
definido no PDOT, devem integrar o plano de regularização de seus respectivos setores e ser adequadas às
diretrizes do ZEE, quando aprovado;
VI - caso, no curso do processo de regularização, seja constatada a interferência da gleba com área
destinada à implantação de projeto de interesse público, o ocupante de terra pública rural que preencher
requisitos descritos em lei, pode ser realocado para outra gleba, a ser disponibilizada pelo PP, com
dimensões e características equivalentes, preferencialmente localizada no mesmo núcleo rural ou na bacia
hidrográfica da área original.
O PP, ao instituir ou implementar projetos de interesse público que se sobreponham à terra rural cujo
ocupante preencha os requisitos, deve, preferencialmente à relocação prevista no inciso V, implementá-los
em terra pública desocupada, adjacente ou próxima.
O DF/Terracap ficam autorizados a conceder o uso oneroso ou alienar as terras públicas rurais de
que são proprietários no território do DF e as que venham a ser incorporadas ao seu patrimônio,
dispensada a licitação, diretamente ao legítimo ocupante, nos termos esta Lei.
Para as terras públicas rurais que não tenham certidão de matrícula individualizada, é certificada a
ocupação em processo administrativo junto à Seagri/DF.
Fica o DF autorizado a receber terras rurais da União e incorporá-las ao seu patrimônio e a promover sua
regularização, nos termos desta Lei. As terras públicas rurais não regularizadas recebidas da União são
destinadas prioritariamente aos projetos de assentamento de trabalhadores rurais.
Para ser beneficiário da regularização prevista nesta Lei, o ocupante de terra pública rural deve
iniciar o procedimento administrativo junto à Seagri/DF, a fim de comprovar os seguintes requisitos:
I - ocupação de:
a) gleba rural com área não inferior a 2 ha;
b) gleba com característica rural inserida em zona urbana;
II - ocupação efetivada anteriormente a:
a) 05/12/08, por si;
b) 27/08/04, por sucessão;
III - atividade rural ou ambiental efetiva, dando à gleba que ocupa sua destinação legal em
cumprimento à função social da terra;
IV - não ser concessionário de outra terra rural pertencente ao DF/Terracap, mediante comprovação
por termo de declaração emitido pelo ocupante;
V - estar adimplente perante a Fazenda Pública do DF, Terracap e a Seagri/DF;
VI - estar adimplente com o ITR;
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 87 de 148
VII - apresentar inscrição da gleba no CAR, criado pela Lei federal nº 12.651/12.
Os instrumentos jurídicos para concessão de uso e alienação das terras públicas rurais são:
I - legitimação de posse para a gleba com característica rural inserida em zona urbana ou gleba rural que
não possua matrícula individualizada;
II - CDU, com vigência de 30 anos, renovável por igual período, mediante retribuição anual;
III - Concessão de Direito Real de Uso - CDRU:
a) mediante retribuição anual, com prazo determinado e vigência de 30 anos, renovável por igual período;
b) mediante alienação do direito real de uso, por prazo indeterminado;
IV - escritura de compra e venda.
A gleba com característica rural inserida em zona urbana é regularizada por meio da CDU ou da
CDRU, com opção de compra do direito de uso, conforme regulamento.
Estando a ocupação da terra pública rural regularizada por meio da CDU e em sendo efetuado o registro
da individualização do imóvel rural, o concedente tem o prazo máximo de 1 ano para notificar o
concessionário para a celebração da CDRU.
A escritura da CDRU é lavrada com opção de compra do imóvel rural, conforme regulamento.
Para exercitar o direito de compra do imóvel rural, o beneficiário deve estar adimplente com o contrato e
com a Fazenda Pública do DF.
Ficam a Terracap/DF autorizados a efetuar o registro da individualização da terra pública rural para fins de
cumprimento do disposto acima.
Os custos cartoriais de abertura de matrícula individualizada das áreas públicas rurais são de
responsabilidade exclusiva da Terracap, que não pode repassá-los ao legítimo ocupante.
A CDU e a CDRU são instrumentos hábeis para a obtenção de crédito rural e podem constituir garantia
para as operações de investimento. Essa garantia é condicionada à prévia anuência do concedente.
A operação de crédito rural garantida fica vinculada à respectiva terra pública rural concedida.
A CDU e a CDRU são transferíveis inter vivos e causa mortis, condicionada à anuência do concedente, e
não podem ser objeto de penhora ou de arresto, salvo se resultar de garantia de operação de crédito rural
tomado em instituição financeira com atuação no DF, desde que mantidas as condições expressas no
contrato original, em conformidade com o regulamento desta Lei.
O adquirente ou o herdeiro fica obrigado a requerer a anuência do concedente para a transferência junto à
Seagri/DF, no prazo de 90 dias corridos, contados da efetiva transferência ou partilha de bens.
Em caso de inadimplemento, as terras vinculadas à operação podem ser levadas a leilão público a ser
realizado pela instituição financeira credora, para se constituir nova CDU ou CDRU a novo concessionário.
Em caso de rescisão do contrato de CDU ou CDRU que seja objeto de garantia em operações de crédito
rural, as terras vinculadas a esses contratos podem ser levadas a leilão público a ser realizado pela
instituição financeira credora, para se constituir nova CDU ou CDRU a novo concessionário.
O valor da terra nua para efeito alienação de imóvel rural, seja por meio de escritura pública de compra e
venda, seja por alienação do direito real de uso por meio da CDRU é aferido mediante avaliação procedida
pela Terracap/DF, conforme o caso, em conformidade com a metodologia determinada pela ABNT,
levando-se em conta os critérios de dimensão, localização, capacidade de uso, recursos naturais
intrínsecos e preço corrente na localidade, deduzindo-se os valores das benfeitorias e acessões
correspondentes à abertura de área, conservação e melhoria do solo, tendo como base o valor mínimo por
hectare estabelecido na Planilha de Preços Referenciais do INCRA.
O laudo de avaliação deve demonstrar a metodologia do cálculo realizado e, caso demandadas, a Terracap
ou a Seagri/DF devem revisar os laudos de avaliação realizados, no prazo de até 30 dias corridos,
contados a partir do protocolo do requerimento do concessionário.
O valor da retribuição anual da CDU/CDRU citadas corresponde a 0,5% sobre o valor da terra nua.
Para fins de aferição do valor de retribuição anual da CDU, é considerado o valor da terra nua por ha
estabelecido na Planilha de Preços Referenciais INCRA. Para fins de aferição do valor de retribuição anual
da CDRU, mediante retribuição anual, é considerado o valor mínimo da terra nua por hectare.
Não é cobrada retribuição anual da CDU/CDRU sobre as áreas de Reserva Legal e de APP.
O laudo de avaliação deve demonstrar a metodologia do cálculo realizado e, caso demandadas, a Terracap
ou Seagri/DF devem revisar os laudos de avaliação realizados, no prazo de até 30 dias corridos, contados
a partir do protocolo do requerimento do concessionário.
Os valores resultantes da retribuição anual da CDU/CDRU são destinados ao Fundo de
Desenvolvimento Rural do DF - FDR e ao Fundo de Aval do DF - FADF, na forma da lei.
A alienação do direito real de uso citada, mediante opção do beneficiário efetivada por meio da CDRU, tem
seu preço definido no intervalo entre 40% e 60% do valor da terra nua, conforme condições estabelecidas.
O beneficiário pode efetuar o pagamento da alienação em uma das seguintes modalidades:
I - pagamento à vista, com desconto de 10% sobre o valor do preço final da avaliação, aplicado o
percentual de CDRU;
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 88 de 148
II - pagamento parcelado por prazo máximo de 30 anos, com pagamentos anuais, semestrais ou mensais,
observadas as seguintes condições:
a) sobre o valor da alienação, aplicado o percentual de CDRU, incidem os mesmos encargos financeiros
adotados para o crédito rural oficial;
b) para agricultores familiares incidem os mesmos encargos financeiros adotados para o crédito rural oficial
para essa categoria de produtor;
c) bônus de adimplemento aplicados sobre o valor da parcela, exclusivamente quando a prestação for
paga até a data do vencimento, de 10% aos agricultores familiares e de 5% aos demais beneficiários.
Os beneficiários de terras públicas rurais podem adquirir a propriedade da terra regularizada nos termos
desta Lei, mediante opção formalizada ou constante do contrato da CDRU firmado com o PP, desde que:
I - a terra esteja com sua situação registral atualizada, com a respectiva individualização e matrícula, nos
termos da Lei federal nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973;
II - ocupem a terra com cultura agrícola ou pecuária ou preservação ambiental efetiva.
A aquisição é viabilizada por meio de escritura pública de compra e venda e pagamento do valor de
avaliação da terra nua. Perde o título da terra, com a consequente reversão da área em favor do PP, o
proprietário ou o terceiro adquirente que parcele ou altere a destinação do imóvel rural.
No caso previsto, em que haja gravame pendente de garantia de crédito rural, a reversão não afeta o direito
da instituição financeira credora com atuação no DF, de levar a leilão público seu crédito, para se constituir
nova CDRU do imóvel rural a novo concessionário.
O beneficiário de imóvel rural que opte pela aquisição da terra pode efetuar o pagamento::
I - pagamento à vista, com desconto de 10% sobre o valor da avaliação da terra nua;
II - pagamento parcelado nas seguintes condições:
a) prazo máximo de 30 anos, com pagamentos anuais, semestrais ou mensais;
b) incidência de encargos financeiros na mesma base adotados para o crédito rural oficial;
c) bônus de adimplemento aplicados sobre o valor da parcela, exclusivamente quando da prestação paga
até a data de vencimento, no percentual 10% aos agricultores familiares, e 5% aos demais beneficiários.
Aos agricultores familiares, conforme são definidos em lei, o pagamento parcelado tem a incidência de
encargos financeiros na mesma base adotada para o crédito rural oficial para essa categoria de produtor.
Aos beneficiários integrantes do PRÓ-RURAL/DF-RIDE que se enquadrem na concessão de incentivo
econômico, conforme definido em lei, as condições para a aquisição são previstas nas normas
regulamentares específicas desse programa.
Aos beneficiários do Programa de Assentamento de Trabalhadores Rurais - PRAT, as condições para a
opção de aquisição, quando parcelada, seguem o regulamento estabelecido para os agricultores familiares.
Nos casos de alienação previstos nesta Lei, são aplicados os índices redutores sobre o valor apurado da
terra nua, atendidos os seguintes critérios:
I - ancianidade da ocupação: desconto correspondente a 1,5% por ano de ocupação da terra pública rural,
a contar da data mais antiga, reconhecida pela Administração Pública, em processo administrativo
específico, limitado a 50% do valor apurado, não considerados períodos inferiores a 12 meses;
II - preservação ambiental: desconto de até 20% sobre a porção de Área de Preservação Permanente e de
Reserva Legal, comprovadamente preservada e sobre a área em que conserva, voluntariamente, parcelas
da vegetação nativa, nos moldes do art. 44 da Lei federal nº 12.651, de 2012, na forma do regulamento.
O DF/Terracap podem destinar as terras públicas rurais não regularizadas, alternativamente para:
I - empreendimentos beneficiários do PRÓ-RURAL/DF-RIDE, nos moldes da Lei nº 2.499, de 1999;
II - projetos de assentamento de trabalhadores rurais;
III - projetos de crédito fundiário;
IV - constituição de reserva legal, nos moldes previstos na Lei federal nº 12.651, de 2012;
V - alienação ou concessão por meio de licitação pública.
As terras públicas rurais não regularizadas referidas no caput são:
I - as áreas que sejam consideradas desocupadas em processo adm. específico, no âmbito da Seagri/DF;
II - áreas que tenham o pedido de regul. indeferido em razão do ocupante não preencher os requisitos;
III - as áreas que não tenham o requerimento de regularização protocolado no prazo previsto nesta Lei;
IV - as áreas que tenham rescindida a CDU/CDRU, à exceção da terra dada em garantia de crédito rural;
V - as áreas que retornem ao PP em razão do descumprimento de cláusula contratual pelo beneficiário;
VI - as áreas que sejam parceladas ou que tenham o uso rural alterado, independentemente de proc. jud.
As terras públicas rurais não regularizadas são destinadas prioritariamente aos Proj. de Assentamento de
Trab. Rurais. O cadastro das terras públicas rurais deve conter, no mínimo, a malha fundiária, seus
respectivos ocupantes e a situação de regularização da ocupação.
Devem ser disponibilizadas as informações e os cadastros dos processos administrativos
pertinentes a esta Lei, em conformidade com a Lei nº 4.990, de 12 de dezembro de 2012, - LAI.
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 89 de 148
É nula de pleno direito a alienação ou a concessão de terras públicas rurais em desacordo com o disposto
nesta Lei, caso em que as terras revertem ao patrimônio do DF/Terracap, conforme o caso.
A concessão/alienação de que trata esta Lei é objeto de decisão, caso a caso, do órgão competente e
deve ser publicada no DODF.
A decisão, além de outras exigências previstas nesta Lei, é precedida da verificação do cumprimento da
função social do imóvel preconizada pela Lei federal nº 4.504/64 - Estatuto da Terra.
No caso de falecimento do titular ou de enfermidade física ou mental que o impeça de gerir seus próprios
atos, a outorga será transferida, pelo prazo restante, nesta ordem:
I - ao cônjuge ou companheiro;
O direito de transferência não será considerado herança, para todos os efeitos de direito.
A transferência dependerá de:
II - preenchimento, pelo interessado, dos requisitos exigidos pelo Município para a outorga.
Extingue-se a outorga:
III - por revogação do ato pelo PP municipal, se demonstrado o interesse público de forma motivada.
O Município poderá dispor sobre outros requisitos para a outorga, observada a gestão democrática do EC.
25 - BENS PÚBLICOS
CC. Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno;
todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
Podem ser formalmente considerados como bens públicos apenas os bens de propriedade das PJs de
direito público: U/E/DF/Municípios e respectivas autarquias e fundações.
Os bens das EPs/SEM não podem ser considerados bens públicos, sujeitos à tomada de contas
especial pelo TCU. Também não são considerados bens públicos os bens das demais pessoas jurídicas de
direito privado integrantes da administração pública.
Não se sujeitam ao regime de penhora, eis que a satisfação de créditos da Fazenda Pública deve ser
2. IMPENHORABILIDADE
feita através do regime de precatórios;
3. NÃO ONERABILIDADE
São espécies de direitos reais de garantia sobre coisa alheia: o penhor, a anticrese e a hipoteca.
4. INALIENABILIDADE Os bens públicos que se encontram destinados a uma finalidade pública específica (afetados) não
(relativa) podem ser objeto de alienação.
Os bens públicos não podem ser adquiridos por usucapião - NÃO HÁ EXCEÇÕES!
Disposição expressa tanto no CC como em alguns trechos da CF:
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até 250m2, por 5 anos, ininterruptamente e sem oposição,
utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro
imóvel urbano ou rural. (...)
§ 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu, por 5 anos ininterruptos, sem
oposição, área de terra, em zona rural, não superior a 50ha, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família,
tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 90 de 148
O STF possui o entendimento que até mesmo os bens dominicais, que são desafetados, sem finalidade
pública alguma a eles atrelada são imprescritíveis.
Súmula 340 – STF - Desde a vigência do CC, os bens dominicais, como os demais bens públicos, não podem ser
adquiridos por usucapião.
Entende-se que os bens de pessoas adm. de direito privado que estejam sendo diretamente empregados
na prestação de um serviço público passam a revestir características próprias do regime de bens públicos
enquanto permanecerem com essa utilização. Essa sujeição das regras do regime público decorre do
princípio da continuidade dos serviços públicos e não de alguma característica formal ou da natureza do
bem em si considerado. Não se pode transmudar o bem da PJ de direito privado em bem público.
CLASSIFICAÇÃO
Aqueles destinados à utilização geral pelos indivíduos, que podem ser utilizados por todos em igualdade de
1. USO COMUM
condições. Ex: ruas, praças, mares e rios.
Aqueles destinados à execução de serviços administrativos e dos serviços públicos em geral. São os bens
2. USO ESPECIAL das pessoas jurídicas de direito público utilizados para a prestação de serviços públicos (em sentido amplo).
Ex: escolas públicas, hospitais públicos, prédios de repartições públicas.
São os bens públicos que não possuem uma destinação pública definida, que podem ser utilizados pelo
Estado para fazer renda. Ex: terras devolutas, prédios públicos desativados e móveis inservíveis. São aqueles
3. DOMINICAIS
que não se encontram destinados a uma finalidade pública específica (portanto desafetados), podem ser
objeto de alienação, obedecidos os requisitos legais.
CC - Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração
federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito
pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas
de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
ALIENAÇÃO:
CC - Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a
sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Os bens de uso comum do povo e de uso especial seriam inalienáveis, salvo se perderem tal condição
transmudando-se para bens dominicais.
CC Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
Os bens dominicais são aqueles bens do Estado que são desafetados, não possuem uma destinação
pública específica e que podem ser utilizados pelo PP para fazer renda. É possível inferir, portanto, que tais
bens são bens patrimoniais disponíveis, diante da sua natureza patrimonial e da não afetação a
determinada finalidade pública. Podem ser alienados, respeitando as condições legais.
Os bens dominicais do Estado comportam função patrimonial ou financeira, podendo, por exemplo,
ser locados ou alienados, na forma da lei. Integram o domínio privado do Estado, ou seja, seu
patrimônio disponível.
Para que um bem de uso comum do povo possa ser alienado, necessária a sua desafetação de uma
finalidade pública. Por outro lado, os bens dominicais já estão desafetados e, portanto, passíveis de
alienação, observados os requisitos legais. De acordo com o art.17, da Lei 8.666, os requisitos legais para
alienação de bens públicos são:
• Demonstração do interesse público;
• Prévia avaliação;
• Licitação;
• E, em caso de bens imóveis, prévia autorização legislativa;
Como característica dos bens públicos temos a inalienabilidade, em geral, não podem ter a sua
propriedade transmitida. Entretanto, essa característica, diferentemente da imprescritibilidade, não é
absoluta. Há a possibilidade de um bem público ser alienado, nos termos dos art. 100 e 101 do CC:
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua
qualificação, na forma que a lei determinar.
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
AFETAÇÃO x DESAFETAÇÃO: São fatos administrativos dinâmicos que indicam a alteração das
finalidades do bem público. Também podem ser denominados de consagração ou desconsagração.
Possui consequência direta na inalienabilidade do bem público.
Os bens públicos AFETADOS, que possuem uma destinação específica, não podem, enquanto
permanecerem nesta situação ser alienados. Assim, os bens de uso comum do povo e os bens de uso
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 91 de 148
especial não são suscetíveis de alienação enquanto assim estiverem destinados. Por outro lado, acaso
ocorra a sua desafetação, tais bens serão considerados bens dominicais e poderão ser alienados, por
não estarem afetados a um fim público.
A afetação é possível pela simples destinação do bem, pelo uso, a desafetação não é admitida pela
doutrina pelo simples fato do não uso. Em virtude do instituto da desafetação retirar a proteção do bem
público quanto a indisponibilidade e inalienabilidade, tornando-o mais vulnerável às ingerências
administrativas, seria necessária uma maior cautela para que esse bem fosse desafetado.
I. Bem de uso comum do povo – seria necessária uma lei ou um ato do Executivo - previamente
autorizado por lei;
II. Bem de uso especial – trata-se de situação mais amena, sendo necessária uma lei ou um ato do
Poder Executivo.
O fato de os bens públicos estarem desafetados não interfere nas características de
impenhorabilidade e imprescritibilidade. Tais bens continuam sendo impenhoráveis e não passíveis
de usucapião. Na desafetação, o bem é subtraído à dominialidade pública para ser incorporado ao
domínio privado, do Estado ou do administrado.
A natureza jurídica dos bens das EP/SEM a princípio devem ser consideradas entes privados - CF:
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta CF, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida
quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que
explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis,
comerciais, trabalhistas e tributários;
Assim, se privados os bens das empresas estatais, a eles não se aplica o regime jurídico relativo aos bens
públicos. As EP/SEM não são pessoas jurídicas de direito público, mas de direito privado. Logo, seus bens
não estão submetidos ao regime jurídico de bens públicos.
Contudo, tem sido recorrente decisões do STF que aplicam a determinados prestadores de serviço
público a impenhorabilidade de seus bens enquanto afetados à prestação destes.
Exemplo: empresa concessionária de serviço de distribuição de energia elétrica, uma pessoa jurídica de
direito privado, seus bens não são públicos. Entretanto os bens penhorados são afetados à realização do
serviço e, embora bem particulares, gozam das regras próprias do regime jurídico de bens públicos.
As terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das
vias federais de comunicação e à preservação ambiental são bens da União. As demais, são bens dos
Estados. Não há previsão de terras devolutas de propriedade dos Municípios.
As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são bens da União e, assim como os parques nacionais
possuem destinação específica, sendo considerados bens de uso especial.
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União,
Municípios ou terceiros;
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.
As águas públicas pertencem aos estados-membros, exceto se estiverem em terrenos da União, se
banharem mais de um Estado, se fizerem limites com outros países ou se estenderem a território
estrangeiro ou dele provierem (hipóteses em que pertencerão à União).
CC - Art. 1.822. A declaração de vacância da herança não prejudicará os herdeiros que legalmente se habilitarem; mas,
decorridos 5 anos da abertura da sucessão, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município/DF, se
localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União quando situados em território federal.
CC Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente
pela entidade a cuja administração pertencerem.
Não exige prévia licitação e pode ser revogável a qualquer tempo sem necessidade de indenização.
Principal característica é o predomínio do interesse do particular, cabendo-lhe utilizar ou não o bem.
Ex.: Fechamento de uma rua para organização de uma festa pela associação de moradores de um bairro residencial.
direito real resolúvel de uso de terreno público ou sobre o espaço aéreo que o recobre, para os fins que,
prévia e determinantemente, o justificaram. É previsto no DL 271/67 e é, portanto, exclusivo para a União:
Art. 7º É instituída a concessão de uso de terrenos públicos ou particulares remunerada ou gratuita, por tempo certo ou indeterminado,
como direito real resolúvel, para fins específicos de regularização fundiária de interesse social, urbanização, industrialização, edificação,
cultivo da terra, aproveitamento sustentável das várzeas, preservação das comunidades tradicionais e seus meios de subsistência ou
outras modalidades de interesse social em áreas urbanas.
§1º A concessão de uso poderá ser contratada, por instrumento público ou particular, ou por simples termo administrativo, e será
inscrita e cancelada em livro especial.
§2º Desde a inscrição da concessão de uso, o concessionário fruirá plenamente do terreno para os fins estabelecidos no contrato e
responderá por todos os encargos civis, administrativos e tributários que venham a incidir sobre o imóvel e suas rendas.
§3º Resolve-se a concessão antes de seu termo, desde que o concessionário dê ao imóvel destinação diversa da estabelecida no
contrato ou termo, ou descumpra cláusula resolutória do ajuste, perdendo, neste caso, as benfeitorias de qualquer natureza.
§4º A concessão de uso, salvo disposição contratual em contrário, transfere-se por ato inter vivos , ou por sucessão legítima ou
testamentária, como os demais direitos reais sobre coisas alheias, registrando-se a transferência.
Se trata de um direito real e não pessoal, a CDRU transfere-se por ato inter vivos ou por sucessão
legítima ou testamentária, como os demais direitos reais sobre coisas alheias, registrando-se a
transferência.
A Lei 8.666 determina que haja licitação na modalidade concorrência, sendo o critério de julgamento o
maior lance/oferta, caso se trate de concessão onerosa, sendo dispensadas em casos específicos.
Art. 23. §3º A concorrência é a modalidade de licitação cabível, qualquer que seja o valor de seu objeto, tanto na compra ou alienação
de bens imóveis, ressalvado o disposto no art. 19, como nas CDRU e nas licitações internacionais, admitindo-se neste último caso,
observados os limites deste artigo, a tomada de preços, quando o órgão ou entidade dispuser de cadastro internacional de
fornecedores ou o convite, quando não houver fornecedor do bem ou serviço no País.
Art. 17, inciso I: alienação e CDRU, gratuita ou onerosa, de terras públicas rurais da União na Amazônia Legal onde incidam ocupações
até o limite de 15 módulos fiscais ou 1.500ha, para fins de regularização fundiária, atendidos os requisitos legais;
§3º A fração ideal atribuída a cada possuidor não poderá ser superior a 250m2.
Tais direitos também serão garantidos aos ocupantes regularmente inscritos de imóveis públicos com até
250m2 e que estejam situados em área urbana, quanto a imóveis da U/E/DF/Municípios.
Art. 4º No caso de a ocupação acarretar risco à vida ou à saúde dos ocupantes, o PP garantirá ao possuidor o exercício do
direito de que tratam os arts. 1º e 2º em outro local.
Além disso, poderá o PP também escolher local diverso quando o imóvel ocupado for (art. 5º):
I - de uso comum do povo;
II - destinado a projeto de urbanização;
III - de interesse da defesa nacional, da preservação ambiental e da proteção dos ecossistemas naturais;
IV - reservado à construção de represas e obras congêneres; ou
O título de concessão poderá ser obtido pela via administrativa perante o órgão competente da
Administração Pública que terá o prazo de 12 meses para decidir o pedido, a contar da data de seu
protocolo. E, se o imóvel for pertencente ao Estado/União, caberá ao interessado instruir o pedido com
certidão municipal que ateste a localização do imóvel em área urbana e a sua destinação para moradia do
ocupante ou de sua família. Acaso recusado o pedido administrativo ou ainda em caso de omissão do PP,
será cabível a via judicial para regularizar a propriedade. Neste caso, a concessão de uso especial para fins
de moradia será declarada pelo juiz mediante sentença. Destaque-se:
§4º O título conferido por via administrativa ou sentença judicial servirá para efeito de registro no cartório.
Art. 7º O direito de concessão de uso especial para fins de moradia é transferível por ato inter vivos ou causa mortis.
O direito à concessão de uso especial para fins de moradia extingue-se em caso de o concessionário dar
ao imóvel destinação diversa da moradia para si ou de sua família. Também será extinto acaso venha a
adquirir a propriedade ou a concessão de outro imóvel urbano ou rural. A extinção será averbada no
correspondente cartório de registro de imóveis, por meio de declaração do PP concedente.
É a utilização especial em que o PP permite, de forma gratuita, o uso de bem público por órgão da mesma
pessoa ou de pessoa diversa, com o propósito de desenvolver atividades benéficas para a coletividade,
com fundamento na cooperação entre as entidades públicas e privadas.
A grande diferença entre esta cessão e as demais formas de utilização dos bens públicos,
fundamenta- se no benefício coletivo decorrente da atividade desempenhada pelo cessionário.
O mais comum é que a Adm. ceda bens entre órgãos da mesma pessoa (Secretaria de Justiça cede prédio
para a Secretaria de Administração do mesmo Estado), mas pode ocorrer a cessão entre órgãos de
entidades públicas diversas ou para pessoas privadas que desempenhem finalidades não lucrativas.
Em relação aos bens públicos e de acordo com a Lei nº 8.666 é correto afirmar que os bens imóveis de uso
comum e os de uso especial não podem ser alienados a particulares enquanto conservarem esta
qualidade, mas podem ter seu domínio transferido a outro ente público, observados os requisitos legais,
sem perderem a afetação.
Destacando: a MP nº 2.220/01 que logo em seu art. 1º confere o direito de concessão de uso para fins de
moradia a indivíduos que atendam determinados requisitos. Vejamos a transcrição do texto legal:
Art. 1º Aquele que, até 22/12/16, possuiu como seu, por 5 anos, ininterruptamente e sem oposição, até 250m2 de
imóvel público situado em área com características e finalidade urbanas, e que o utilize para sua moradia ou de sua
família, tem o direito à concessão de uso especial para fins de moradia em relação ao bem objeto da posse, desde que
não seja proprietário ou concessionário, a qualquer título, de outro imóvel urbano ou rural.
É necessário que se preste atenção no lapso temporal.
BENFEITORIA EM BEM PÚBLICO IRREGULARMENTE OCUPADO
De acordo com o art. 1.219 do CC, o possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias
necessárias e úteis, restando consolidado o entendimento pelo STJ que tal direito de retenção abrange
também as acessões (construções e plantações) nas mesmas circunstâncias.
Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às
voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito
de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis.
Para o STJ, nos casos em que o bem público foi ocupado irregularmente, a pessoa não tem direito de ser
indenizada pelas acessões feitas, assim como não tem direito à retenção pelas benfeitorias realizadas,
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 95 de 148
mesmo que fique provado que a pessoa estava de boa-fé. É que a ocupação irregular de bem público
não pode ser classificada como posse, mas mera detenção, possuindo, portanto, natureza precária.
A posse é o direito reconhecido a quem se comporta como proprietário, não havendo como reconhecer a
posse a quem, por proibição legal, não possa ser. Assim, a ocupação de área pública, quando irregular,
não pode ser reconhecida como posse, mas como mera detenção. Ademais, eventual inércia ou omissão
do PP não tem o efeito de afastar ou distorcer a aplicação da lei. O imóvel público é indisponível, de modo
que eventual omissão dos governos implica responsabilidade de seus agentes, nunca vantagem de
indivíduos às custas da coletividade. Por fim, não se pode afirmar que tal ato configurará enriquecimento
sem causa do PP, eis que esta provavelmente terá um custo para demolir a construção feita ou, no máximo
regularizá-la para adequá-la à legislação vigente, dada a provável inutilidade do imóvel.
Sem prazo Sem prazo de duração Com prazo de duração Com ou sem prazo de duração
Sem prévia Com licitação (apesar de ser Com prévia licitação Com prévia licitação, concorrência
licitação ATO), sempre que possível e
houver mais de um interessado*
Revogável a Revogável a qualquer tempo, sem Recisão hipóteses legais, Direito real e não pessoal. Transfere-se por
qualquer tempo, indenização c/ indenização - se a causa ato inter vivos ou por sucessão legítima ou
sem indenização não for imputada ao conc. testamentária, registrando-se a transf.
26 - DESAPROPRIAÇÃO
Consiste na forma mais drástica de intervenção do Estado na propriedade e que afeta o próprio
caráter perpétuo e irrevogável do direito de propriedade. Por meio dela, o PP toma o domínio da
propriedade de seu titular para o fim de vinculá-la a algum interesse público, consistente em necessidade
ou utilidade pública, ou interesse social. Trata-se de forma de aquisição originária de propriedade.
CF. Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social,
mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao
proprietário indenização ulterior, se houver dano;
CF, art. 216, §1º: O PP, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de
inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação.
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social,
mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
Art. 182 § 4º É facultado ao PP municipal, mediante lei específica para área incluída no PD, exigir, nos termos da lei federal, do
proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena,
sucessivamente, de: …
…III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo SF, com prazo
de resgate de até 10 anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja
cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de
preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até 20 anos, a partir do 2º ano de sua emissão, e cuja utilização será
definida em lei.
art. 182: inadequado aproveitamento de solo
EXTRAORDINÁRIA art. 184: improdutividade do IMÓVEL RURAL
URBANO
prazo p/ resgate até 10 anos até 20 anos, a partir do 2º ano de sua emissão
3. Expropriações: O art. 243 da CF trata, ainda, não de uma modalidade de desapropriação, mas de
expropriação, uma vez que a União não indeniza o proprietário da terra. Este simplesmente perde o bem
em razão de penalidade constitucionalmente prevista.
Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas
psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a
programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas
em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º. (Redação dada pela Emenda Const. nº 81/2014)
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado e reverterá a fundo especial com destinação específica, na
forma da lei. (Redação dada pela Emenda Const. nº 81/ 2014) .
d) a salubridade pública;
e) a criação e melhoramento de centros de população, seu abastecimento regular de meios de subsistência;
f) o aproveitamento industrial das minas e das jazidas minerais, das águas e da energia hidráulica;
g) a assistência pública, as obras de higiene e decoração, casas de saúde, clínicas, estações de clima e fontes medicinais;
j) a preservação e conservação dos monumentos históricos e artísticos, isolados ou integrados em conjuntos urbanos ou
rurais, bem como as medidas necessárias a manter-lhes e realçar-lhes os aspectos mais valiosos ou característicos e,
ainda, a proteção de paisagens e locais particularmente dotados pela natureza;
k) a preservação e a conservação adequada de arquivos, documentos e outros bens moveis de valor histórico ou artístico;
l) a construção de edifícios públicos, monumentos comemorativos e cemitérios;
m) a criação de estádios, aeródromos ou campos de pouso para aeronaves;
n) a reedição ou divulgação de obra ou invento de natureza científica, artística ou literária;
o) os demais casos previstos por leis especiais.
§1º - A construção ou ampliação de distritos industriais, de que trata a alínea i do caput deste artigo, inclui o loteamento
das áreas necessárias à instalação de indústrias e atividades correlatas, bem como a revenda ou locação dos
respectivos lotes a empresas previamente qualificadas.
§2º - A efetivação da desapropriação para fins de criação ou ampliação de distritos industriais depende de aprovação,
prévia e expressa, pelo PP competente, do respectivo projeto de implantação".
§3º Ao imóvel desapropriado para implantação de parcelamento popular, destinado às classes de menor renda,
não se dará outra utilização nem haverá retrocessão.
Já nos termos da Lei 4.132/62, artigo 2º - Considera-se de interesse social:
I - o aproveitamento de todo bem improdutivo ou explorado sem correspondência com as necessidades de habitação,
trabalho e consumo dos centros de população a que deve ou possa suprir por seu destino econômico;
III - o estabelecimento e a manutenção de colônias ou cooperativas de povoamento e trabalho agrícola;
IV - a manutenção de posseiros em terrenos urbanos onde, com a tolerância expressa ou tácita do proprietário, tenham
construído sua habilitação, formando núcleos residenciais de mais de 10 famílias;
V - a construção de casa populares;
VI - as terras e águas suscetíveis de valorização extraordinária, pela conclusão de obras e serviços públicos,
notadamente de saneamento, portos, transporte, eletrificação armazenamento de água e irrigação, no caso em que não
sejam ditas áreas socialmente aproveitadas;
VII - a proteção do solo e a preservação de cursos e mananciais de água e de reservas florestais.
VIII - a utilização de áreas, locais ou bens que, por suas características, sejam apropriados ao desenvolvimento de
atividades turísticas.
§1º O disposto no item I deste artigo só se aplicará nos casos de bens retirados de produção ou tratando-se de imóveis
rurais cuja produção, por ineficientemente explorados, seja inferior à média da região, atendidas as condições naturais
do seu solo e sua situação em relação aos mercados.
§2º As necessidades de habitação, trabalho e consumo serão apuradas anualmente segundo a conjuntura e condições
econômicas locais, cabendo o seu estudo e verificação às autoridades encarregadas de velar pelo bem estar e pelo
abastecimento das respectivas populações.
Art. 5º No que esta lei for omissa aplicam-se as normas legais que regulam a desapropriação por unidade pública,
inclusive no tocante ao processo e à justa indenização devida ao proprietário.
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 97 de 148
Tanto a desapropriação por utilidade pública, quanto a desapropriação por interesse social serão regidas
pelas disposições do Decreto-Lei 3.365/ 41. A desapropriação divide-se em 2 fases muito bem definidas:
Inexiste nesta etapa qualquer transferência do bem para o PP. O bem permanece com o proprietário, com
todos os poderes inerentes ao direito de propriedade. Não assiste direito de indenização pela mera
declaração de utilidade pública do bem a ser desapropriado.
2. Fase EXECUTÓRIA da Desapropriação: Em que pese ser possível deverá ocorrer mediante acordo na
esfera administrativa, esta não é a regra, mas sim a demanda judicial.
I. Competência para processar e julgar a demanda:
EXPROPRIANTE EXPROPRIADO COMPETÊNCIA
Apenas juízes estaduais ou federais podem processar a demanda, não há hipótese de competência
delegada. Se o bem não estiver situado na cidade sede de Justiça Federal, a ação de desapropriação deve
ser proposta na Seção Judiciária da Justiça Federal com competência para aquela região.
Ainda, a desapropriação pode ser proposta pela concessionária de serviço público no exercício da
função delegada, mediante autorização expressa em lei ou contrato. Decreto-Lei 3.365/41:
Art. 3º Os concessionários de serviços públicos e os estabelecimentos de caráter público ou que exerçam funções
delegadas de PP poderão promover desapropriações mediante autorização expressa, constante de lei ou contrato.
Apesar de ser ato típico do Poder Executivo, poderá o Poder Legislativo iniciar o procedimento:
Art. 8º O Poder Legislativo poderá tomar a iniciativa da desapropriação, cumprindo, neste caso, ao Executivo,
praticar os atos necessários à sua efetivação.
O polo passivo da demanda será ocupado pelo proprietário do bem, sendo certo que os entes
públicos maiores poderão desapropriar bens dos entes menores, não sendo a recíproca verdadeira.
Art. 2º Mediante declaração de ut. pública, todos os bens poderão ser desapropriados pela U/E/DF/Municípios e Terr.
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 98 de 148
§1º A desapropriação do espaço aéreo ou do subsolo só se tornará necessária, quando de sua utilização resultar
prejuízo patrimonial do proprietário do solo.
§2º Os bens do domínio dos Estados, Municípios, DF e Territórios poderão ser desapropriados pela União, e os dos
Municípios pelos Estados, mas, em qualquer caso, ao ato deverá preceder autorização legislativa.
§3º É vedada a desapropriação, pelos Estados, DF, Territórios e Municípios de ações, cotas e direitos representativos do
capital de instituições e empresas cujo funcionamento dependa de autorização do Governo Federal e se subordine à
sua fiscalização, salvo mediante prévia autorização, por decreto do Presidente da República.
Conforme pontuado, o Município não poderá desapropriar bens dos entes maiores.
Isto porque o próprio dispositivo legal estabelece que qualquer outra questão – à exceção do vício no
processo judicial ou o valor da indenização – deverá ser discutida por meio de ação direta.
Há, porém, uma exceção no que se refere à defesa do particular: O contestante poderá postular o direito
de extensão, entendido como o direito que assiste ao particular de, impugnando o valor ofertado pelo PP,
pleitear a extensão da desapropriação, para que esta alcance parte remanescente do bem que se tornaria
inútil ou de difícil utilização, caso o bem fosse desapropriado apenas parcialmente.
Já a revelia, no âmbito do processo expropriatório, não induz a presunção sobre o valor ofertado pelo PP,
sendo necessária a realização de perícia, em razão do princípio da justa indenização.
Art. 23. Findo o prazo para a contestação e não havendo concordância expressa quanto ao preço, o perito apresentará o laudo
em cartório até 5 dias, pelo menos, antes da audiência de instrução e julgamento.
A perícia técnica somente será dispensada em caso de aceitação expressa do réu dos valores
discriminados e ofertados pelo PP na petição inicial. A perícia poderá ser determinada de ofício, haja vista
a intenção do processo de buscar o valor da justa indenização a que faz o jus o particular.
III. Imissão provisória na posse de Imóvel Rural
Difere em razão do tipo do imóvel. É que a imissão provisória na posse do imóvel rural pode ocorrer acaso
alegue o expropriante urgência e deposite em juízo a quantia que entende devida pelo imóvel, podendo o
proprietário levantar 80% do valor depositado. O juiz poderá, então, deferir a imissão provisória na posse
do imóvel, independente da citação do réu.
Art. 15. Se o expropriante alegar urgência e depositar quantia arbitrada de conformidade com o art. 685 do CPCl, o juiz
mandará imití-lo provisoriamente na posse dos bens;
O entendimento do STF é o de que a imissão provisória não acarreta transferência de propriedade, de
modo que o provimento antecipatório pode ser concedido mediante depósito prévio de valores que
estejam aquém da correta indenização a ser paga pelo expropriante. Naturalmente, aferido o valor correto
a ser pago, após a realização da perícia judicial, o ente público precisará pagar o saldo remanescente para
efetivar a transferência do imóvel. Contudo, é necessário que o Expropriado demonstre a efetiva
propriedade do bem, bem como a quitação das dívidas fiscais e publique editais com o prazo de 10 dias
para conhecimento de terceiros. Acaso haja dúvida fundada sobre o domínio do bem, o valor depositado
ficará em juízo enquanto os interessados discutam a propriedade em ações próprias.
provisória – será necessária a realização de perícia prévia, que poderá resultar na necessidade do ente
público complementar o valor ofertado. Percebe-se, portanto, que a sistemática da imissão provisória na
posse de imóvel residencial urbano é diferente do imóvel rural.
Tendo por fundamento o poder da autotutela, possível a desistência da ação de desapropriação através da
revogação do decreto expropriatório. Para o STJ, possível a desistência a qualquer tempo da ação de
desapropriação desde que ainda não tenha sido pago integralmente o valor da indenização ao particular.
Assim, mesmo que iniciado o pagamento, a desistência será viável, se não concluído, restituindo-se
o bem ao particular no mesmo estado que recebido.
DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA
É o fato administrativo por meio do qual o Estado se apropria de bem particular, sem observância
dos requisitos da declaração e indenização prévia. Trata-se, pois, de desapropriação sem o
atendimento das formalidades legais, correspondendo a um esbulho estatal e ocorre quando o PP
interfere na propriedade do particular e lá pratica atos de domínio, sem prévia ação ou título.
Se o bem expropriado ainda não está sendo utilizado em nenhuma finalidade pública, poderá o particular
propor ação possessória visando a manter ou retomar a posse do bem. Acaso o bem expropriado já esteja
afetado em alguma finalidade pública, considera-se que houve fato consumado e somente restará ao
particular ajuizar “ação de desapropriação indireta”, visando receber indenização:
Art. 35. Os bens expropriados, uma vez incorporados à Fazenda Pública, não podem ser objeto de reivindicação, ainda
que fundada em nulidade do processo de desapropriação. Qualquer ação, julgada procedente, resolver-se-á em perdas
e danos.
Segundo o STJ, a ação de desapropriação indireta possui natureza real e pode ser proposta pelo
particular prejudicado enquanto não tiver transcorrido o prazo para que o PP adquira a propriedade
do bem por meio da usucapião, aplicando-se por analogia o prazo da usucapião extraordinária. Como na
desapropriação indireta pressupõe-se que o PP tenha realizado obras no local ou tenha dado ao imóvel
uma utilidade pública ou de interesse social, entende-se que a situação se enquadraria no PU do art. 1.238
do CC, de sorte que o prazo para usucapião seria de 10 anos:
Art. 1.238. Aquele que, por 15 anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade,
independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para
o registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a 10 anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua
moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo.
Ressalte-se que vigora na desapropriação o princípio da justa indenização e exatamente por isso inexiste
vinculação entre o valor estimado pelo autor na ação de desapropriação direta ou indireta e a fixação da
justa indenização pelo magistrado acatando laudo pericial imparcial. Isto porque o valor fixado pelo autor
na ação de desapropriação é meramente estimativo. Ademais, o promissário comprador do imóvel tem
direito de receber indenização no caso deste imóvel ter sofrido desapropriação indireta, ainda que esta
promessa não esteja registrada no Cartório de Registro de Imóveis.
4. RETROCESSÃO E TREDESTINAÇÃO
Efetivada a desapropriação, o PP deve destinar o bem desapropriado à finalidade pública que justificou o
ato. Se não o fizer, ocorrerá o fenômeno da tredestinação que poderá ser lícita ou ilícita.
• Tredestinação LÍCITA: ocorre quando o bem é desapropriado para um fim, mas lhe é dado fim diverso
pelo PP, porém ainda permanecendo o interesse público.
Ex.: PP desapropria um terreno para a construir uma escola, mas por questões de conveniência e oportunidade constrói um hospital.
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 100 de 148
• Tredestinação ILÍCITA: ocorre quando ao bem desapropriado é dado destino desprovido de interesse
público (transferência do bem a terceiro, por exemplo).
• Direito de retrocessão é, pois, aquele que assiste ao proprietário do bem exigi-lo de volta caso, após
efetivada a desapropriação, a ele seja dada destinação desprovida de interesse público. Assim, sempre
será cabível o direito de retrocessão em caso de tredestinação ilícita.
CC Art. 519. Se a coisa expropriada para fins de utilidade pública/interesse social, não tiver o destino para que se desapropriou,
ou não for utilizada em obras ou serviços públicos, caberá ao expropriado direito de preferência, pelo preço atual da coisa.
Contudo, em caso de tredestinação lícita, passando o bem para finalidade diversa, mas igualmente
fundamentada no interesse público, não haverá direito de retrocesso. Ressalte-se que nas desapropriações
ordinárias, após desapropriado o bem, caso pretenda o PP aliená-lo, será necessário ser facultado ao
antigo proprietário a preferência na aquisição do imóvel pelo valor atualizado.
Ainda a ADESTINAÇÃO que seria a ausência de qualquer finalidade dada ao bem após finalizada a
desapropriação. Celso de Melo defende que nessas hipóteses não caberia o direito de retrocessão,
visto que o PP não é obrigado a dentro de determinado prazo dar um fim ao imóvel.
DESAPROPRIAÇÃO PARA FINS DE REFORMA AGRÁRIA
CF88 Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não
esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de
preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até 20 anos, a partir do 2º ano de sua emissão, e cuja utilização será
definida em lei.
§1º As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro.
§2º O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para fins de reforma agrária, autoriza a União a
propor a ação de desapropriação.
§3º Cabe à LC estabelecer procedimento contraditório especial, de rito sumário, para o processo judicial de
desapropriação.
§4º O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da dívida agrária, assim como o montante de recursos para
atender ao programa de reforma agrária no exercício.
§5º São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência de imóveis desapropriados
para fins de reforma agrária.
Art. 185. São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária:
I - a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário não possua outra;
II - a propriedade produtiva.
Parágrafo único. A lei garantirá tratamento especial à propriedade produtiva e fixará normas para o cumprimento dos
requisitos relativos a sua função social.
Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de
exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
I - aproveitamento racional e adequado;
II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;
III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
O imóvel rural produtivo não será desapropriado para fins de reforma agrária pois já cumpre sua
função social. A competência para propor a Desapropriação para fins de reforma agrária é privativa/
exclusiva da União Federal, sendo proposta pelo órgão executor (INCRA) perante a Justiça Federal.
COMPETÊCIAS DE DESAPROPRIAÇÃO
A contestação na ação de desapropriação para fins de reforma agrária é mais ampla que no DL 3.365/41,
eis que poderá o réu alegar qualquer matéria de defesa, exceto a relativa à existência de interesse social.
Ex: possibilidade de se alegar que o imóvel é produtivo e que está em regime de pousio (descanso).
A lei exige a participação do MP na ação de desapropriação de imóvel rural para fins de reforma
agrária. Nas ações de desapropriação com base no DL 3.365/41 não é necessária a intervenção do MP.
O processo de desapropriação por reforma agrária possui grande impacto social e pressão política intensa.
Assim, tendo em vista a invasão de fazendas de propriedade de sua família, o então presidente FHC,
editou a MP 2183-56/ 2001 que adicionou o parágrafo 6º , do artigo 2º , da Lei 8.629/ 93:
§6º O imóvel rural de domínio público ou particular objeto de esbulho possessório ou invasão motivada por conflito
agrário ou fundiário de caráter coletivo não será vistoriado, avaliado ou desapropriado nos 2 anos seguintes à sua
desocupação, ou no dobro desse prazo, em caso de reincidência; e deverá ser apurada a responsabilidade civil/adm. de
quem concorra com qualquer ato omissivo ou comissivo que propicie o descumprimento dessas vedações.
Assim, o STJ confirmou este entendimento, afirmando a impossibilidade de se prosseguir as ações
desapropriatórias de terras invadidas por movimentos sociais:
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 101 de 148
Súmula 354, STJ - A invasão do imóvel é causa de suspensão do processo expropriatório para fins de reforma agrária.
O processo de desapropriação para fins de reforma agrária também gira em torno da verificação do valor
da justa indenização a ser paga ao particular pela perda da propriedade. Contudo, o pagamento será
feito através de uma sistemática diferente: Seja através da sentença judicial ou através de acordo,
sempre que houver majoração dos valores referentes às benfeitorias úteis e necessárias a serem
pagos pelo ente expropriante, tais valores serão pagos através da sistemática dos precatórios. E, se
inferior a 60 Salários Mínimos, poderá ser utilizada a sistemática de RPV. Já quanto à terra nua, os
valores majorados deverão ser pagos imediatamente através de Títulos da Dívida Agrária.
Efetuada a desapropriação, o INCRA terá 3 anos para efetivar a reforma agrária, sob pena de tredestinação
que gera o direito a retrocessão. A União publica o Decreto declarando o imóvel rural de interesse
social para fins de Reforma Agrária e passa para o INCRA o trabalho de promover a Desapropriação.
§3º As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro.
Assim, mesmo que a propriedade esteja cumprindo sua função social, poderá o PP desapropriá-la em caso
de necessidade ou utilidade pública, ou ainda, em caso de interesse social.
Outra hipótese é aquela em que a propriedade que não cumpre sua função social e que já passara
sucessivamente pela edificação/parcelamento compulsórios e pelo IPTU progressivo no tempo, poderá ser
desapropriada. Trata-se, pois, de uma desapropriação extraordinária (uma verdadeira sanção ao
particular) e cujo pagamento será feito em títulos da dívida pública, conforme previsão constitucional:
§ 4º É facultado ao PP municipal, mediante lei específica para área incluída no PD, exigir, nos termos da lei federal, do
proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena,
sucessivamente, de: (...)
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo SF, com prazo
de resgate de até 10 anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
A CF88 prevê 2 tipos de desapropriação da propriedade urbana:
1. Desapropriação comum, que pode ser por utilidade ou necessidade pública ou por interesse social -
mediante prévia e justa indenização em dinheiro e;
Verificado que o imóvel se trata de solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, lei municipal
específica para área incluída no PD poderá determinar o parcelamento, a edificação ou a utilização
compulsórios, fixando as condições para o cumprimento desta obrigação. Trata-se do disposto no EC:
Art. 5º Lei municipal específica para área incluída no PD poderá determinar o parcelamento, a edificação ou a utilização
compulsórios do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, devendo fixar as condições e os prazos para
implementação da referida obrigação.
A lei municipal com conteúdo específico em relação àquela determinada área incluída no PD deve prever
que imóveis daquela região, acaso estejam em situação de não utilização, subutilização ou não edificação
poderão sofrer as determinações deste dispositivo. No caso, o conteúdo específico consistirá na indicação
de área incluída no PD, em relação à qual podem ser expedidas as imposições urbanísticas de
parcelamento, edificação e utilização compulsórios. Assim, o PE Municipal notificará o proprietário para
que parcele, edifique ou utilize o imóvel em evidência. Tal notificação deverá ser averbada no competente
cartório de registro de imóveis. Normalmente um servidor do Município faz a notificação formal do
proprietário do imóvel ou do seu representante legal, em caso de pessoa jurídica. E, acaso frustrada 3x a
tentativa de notificação pessoal, o Município a fará por meio de edital.
Após a notificação, o particular terá o prazo mínimo de 1 ano (a depender da previsão da lei municipal)
para protocolar o projeto da destinação que pretende dar ao bem. Tal prazo será contado a partir da
notificação. Aprovados os projetos, terá o particular o prazo de 2 anos para iniciar as obras do
empreendimento, contados da data da aprovação dos projetos. Empreendimentos de grande porte, em
caráter excepcional, a lei municipal poderá prever a conclusão em etapas, assegurando-se que o projeto
aprovado compreenda o empreendimento como um todo.
O EC estabeleceu que a transmissão do imóvel – a título gratuito ou oneroso, por ato inter vivos ou causa
mortis – posterior à notificação transfere todas as obrigações previstas quanto ao parcelamento,
edificação e utilização do imóvel e sem qualquer interrupção dos prazos. Se a notificação consta no
registro de imóveis, o comprador tem total ciência das obrigações, não podendo, pois alegar qualquer
causa de suspensão ou interrupção dos prazos definidos na notificação.
O valor máximo das alíquotas – progressivo no tempo – será de 15%. E, a partir do primeiro ano, até
chegar ao valor máximo, a alíquota não excederá a 2x o valor referente ao ano anterior. Percebe-se,
portanto, que o EC estabeleceu limites para se evitar um possível abuso dos Prefeitos, a pretexto de
manutenção da ordem urbanística.
Passados os 5 anos de cobrança de IPTU progressivo, o Município poderá: manter a cobrança do IPTU
em valores máximos até que o proprietário cumpra sua obrigação ou proceder à desapropriação do
imóvel. Poderá o Prefeito entender que não é interessante a desapropriação do imóvel, apenas a
manutenção da cobrança de IPTU em valores elevados.
Após 5 anos da cobrança do IPTU progressivo sem o cumprimento das obrigações por parte do
proprietário, poderá o Município proceder à desapropriação do imóvel com pagamento em títulos da dívida
pública. Os títulos terão prévia autorização pelo SF e serão resgatados no prazo de até 10 anos, em
prestações anuais, iguais e sucessivas, mantendo-se o valor real da indenização e juros legais de 6%a.a.
O valor real da indenização:
I – refletirá o valor da base de cálculo do IPTU, descontado o montante incorporado em função de obras
realizadas pelo PP na área onde o mesmo se localiza após a notificação;
II – não computará expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros compensatórios.
O valor do imóvel deve refletir a base de cálculo do IPTU, não deverá computar expectativas de ganhos
futuros, lucros cessantes ou compensatórios, mas o valor real apurado.
O valor da indenização deve ser o valor do imóvel descontado o montante incorporado em função de
obras públicas realizadas na área onde ele se localiza após a notificação.
Os títulos previstos para pagamento não poderão ser utilizados para o pagamento de tributos.
O Município procederá ao adequado aproveitamento do imóvel no prazo máximo de 5 anos, contado a
partir da sua incorporação ao patrimônio público. Poderá ser efetivado diretamente pelo PP ou por meio de
alienação/concessão a 3ºs, observando-se, nesses casos, o devido procedimento licitatório. Ficam
mantidas para o adquirente as mesmas obrigações de parcelamento, edificação ou utilização.
O Município deve encetar todo o esforço para verificar se a obrigação será honrada, porque, se não o for,
sujeitar-se-á o novo proprietário a todas as sanções urbanísticas cabíveis. Só não é cabível a renovação da
notificação para o cumprimento da obrigação, porque esta se presume conhecida pelo proprietário.
RESUMO
- A desapropriação consiste na forma mais drástica de intervenção do Estado na propriedade, que afeta o
próprio caráter perpétuo e irrevogável do direito de propriedade.
- Tanto a desapropriação por necessidade/utilidade pública, quanto a desapropriação por interesse social
serão regidas pelas disposições do Decreto-Lei 3.365/ 41.
- A Lei é explícita ao autorizar os Estados a desapropriarem bens do Município, mas, implicitamente, veda
o inverso. Desse modo, deve ser aplicado, por analogia, o entendimento adotado pelo STJ no sentido de
que "É vedado ao Município desapropriar bens de propriedade da União ou de suas autarquias e
fundações, sem prévia autorização, por decreto, do Presidente da República”.
- O mérito da contestação é de cognição limitada, podendo abranger apenas eventual vício no processo
judicial ou o valor da indenização, razão pela qual é incabível a propositura de reconvenção.
- STF: laudo particular é útil para a imissão provisória na posse de imóvel rural, sendo necessário o laudo
judicial para definição do justo preço e consequente transmissão da propriedade de forma definitiva.
- STJ: é possível a desistência a qualquer tempo da ação de desapropriação desde que ainda não tenha
sido pago integralmente o valor da indenização ao particular. Mesmo que iniciado o pagamento, a
desistência será viável se não concluído, restituindo-e ao particular no mesmo estado que recebido.
- Na desapropriação direta, os juros compensatórios são devidos desde a antecipada imissão na posse e
na desapropriação indireta, a partir da efetiva ocupação do imóvel.
- Em desapropriação, é devida a correção monetária até a data do efetivo pagamento da indenização,
devendo proceder-se à atualização do cálculo, ainda que por mais de uma vez.
- O imóvel que poderá sofrer a desapropriação para fins de reforma agrária será apenas aquele que não
atende a sua função social, sendo certo que o objetivo é exatamente dar função social a este bem.
- A competência para propor a Desapropriação para fins de reforma agrária é privativa/exclusiva da União,
sendo proposta pelo órgão executor (INCRA) perante a Justiça Federal.
- A invasão do imóvel é causa de suspensão do processo expropriatório para fins de reforma agrária.
- O imóvel que se trata de solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, lei municipal específica
para área incluída no PD poderá determinar o parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios,
fixando as condições para o cumprimento desta obrigação.
- Acaso não cumpridas as condições e prazos estabelecidas quanto às determinações ou, ainda, acaso o
particular descumpra os prazos relativos à apresentação dos projetos ou inícios das obras (1 ou 2 anos),
poderá o Município proceder à aplicação do IPTU progressivo (máx. 15% e 2x ano anterior).
- Passados os 5 anos de cobrança de IPTU progressivo, o Município poderá ou manter a cobrança do
IPTU em valores máximos até que o proprietário cumpra sua obrigação ou proceder à desapropriação.
- A tredestinação lícita ocorre quando o bem é desapropriado para um fim, mas lhe é dado fim diverso
pelo poder público, porém ainda permanecendo o interesse público.
- A tredestinação ilícita: quando ao bem desapropriado é dado destino desprovido de interesse público.
- O direito de retrocessão é, aquele que assiste ao proprietário do bem exigi-lo de volta caso, após
efetivada a desapropriação, a ele seja dada destinação desprovida de interesse público.
- Sempre será cabível o direito de retrocessão em caso de tredestinação ilícita.
- Em caso de tredestinação lícita, passando o bem para finalidade diversa, mas igualmente fundamentada
no interesse público, não haverá direito de retrocesso.
27 - LIMITAÇÃO/SERVIDÃO ADMINISTRATIVA
LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA: Ato genérico por meio do qual o PP impõe a proprietários indeterminados
obrigações com o objetivo de fazer com que aquela propriedade atenda à sua função social.
Tratam-se, assim, de medidas de caráter geral direcionadas a todos os proprietários daquela determinada
região, fundamentadas no poder de polícia do Estado, gerando para os proprietários obrigações positivas
ou negativas, com o fim de condicionar o exercício do direito de propriedade ao bem-estar social.
Podem ser instituídas em lei ou regulamento de qualquer ente da Adm. e, por constituírem imposições
gerais destinadas a propriedades indeterminadas, não ensejam nenhuma indenização por parte do PP em
favor dos proprietários. Na generalidade dos casos, a limitação administrativa é gratuita, surgindo o dever
de indenizar somente em casos de redução do valor econômico do bem. Todavia, o proprietário do bem
não fará jus a qualquer direito indenizatório se tiver adquirido o bem após a limitação já ter sido imposta.
Ressalte-se que os danos causados em caso de limitação administrativa devem ser objeto de ação
pessoal, cujo prazo prescricional é de 5 anos. Ex: Limitação à altura dos prédios em determinada região.
SERVIDÃO ADMINISTRATIVA: É uma restrição específica que atinge parcial e concretamente o direito de
propriedade, incidindo sobre o caráter exclusivo de propriedades determinadas. Consiste em uma
obrigação de tolerar ou deixar fazer e autoriza o PP a usar da propriedade imóvel do particular para
assegurar a realização e conservação de obras/serviços de utilidade pública. Características:
• Ônus real;
A servidão pode ser instituída por acordo administrativo ou através de sentença judicial e, por
constituírem direito real de uso, devem ser averbadas no respectivo Registro de Imóveis.
Exemplo de servidão, tem-se a passagem de rede elétrica (fios de alta tensão) por dentro da propriedade.
A regra é que a servidão não gere qualquer direito a indenização ao proprietário.
Será cabível, contudo, o direito à indenização em caso de o ônus imposto ao proprietário ser tão elevado
que cause algum dano à propriedade (referida indenização será prévia). Contudo, a indenização não pode
elevar-se até o montante do valor da propriedade, pois não foi imposta a supressão, mas mera restrição.
Enquanto a limitação administrativa é uma restrição geral e gratuita imposta indeterminadamente às
propriedades particulares em benefício da coletividade, a servidão administrativa é um ônus real
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 104 de 148
sobre determinada e específica propriedade privada, mediante indenização pelo PP (se houver
prejuízo para o proprietário) para propiciar a execução de algum serviço público.
A diferença entre os institutos, pois, é que na restrição sobre o caráter absoluto da propriedade (limitação
administrativa) minoram-se os poderes do uso, gozo ou fruição do proprietário sobre a sua propriedade e
na servidão administrativa (restrição sobre o caráter exclusivo da propriedade), o proprietário é obrigado a
suportar que outrem também usufrua de sua propriedade em prol da coletividade.
O DL3.365/41 mostra uma hipótese onde a servidão administrativa é instituída de forma onerosa: quando a
desapropriação a ser efetuada pelo Estado necessite da constituição de servidões. Trata-se do disposto no
artigo 40: O expropriante poderá constituir servidões, mediante indenização na forma desta lei.
As servidões administrativas podem ser instituídas tanto por acordo adm. quanto por sentença judicial.
Às servidões aplicam-se as regras de desapropriação quanto ao estabelecimento pela via judicial. Da
mesma forma como na desapropriação, os atos materiais da servidão podem ser executados pelo
concessionário de serviço público. Poderá, pois, o concessionário promover/executar a instituição da
servidão administrativa, desde que expressamente previsto em lei ou contrato, tal qual:
Art. 3º Os concessionários de serviços públicos e os estabelecimentos de caráter público ou que exerçam funções
delegadas de PP poderão promover desapropriações mediante autorização expressa, constante de lei ou contrato.
• Ônus real;
28 - SOLO CRIADO
A ideia de solo criado deriva da evolução da tecnologia das construções que permitiu a edificação não
apenas do solo natural, mas também de solos artificiais sobrepostos ou subpostos a este.
A noção de solo criado desenvolveu-se inicialmente a partir da observação da possibilidade de criação artificial de área
horizontal, mediante a sua construção sobre ou sob o solo natural. (…) Não se confunde, no entanto, a noção com a de
ocupação do espaço aéreo, visto que pode haver ocupação de espaço aéreo sem criação de solo; seria o caso de
construção (...) da nave de uma catedral gótica, também de grande altura, mas sem nenhum plano utilizado no
intermediário.
A tecnologia permitiu, então, o crescimento exacerbado do nº de pavimentos em um determinado terreno e
gerou o aumento exponencial no nº de construções e de ocupantes daquela determinada área.
Contudo, questões de infraestrutura urbana, saneamento básico, redes de água e energia, necessidade de
escolas, parques e capacidade viária exigem uma atuação efetiva do PP Municipal no estabelecimento de
limitações ao poder de construir.
Exatamente por isto que cada terreno, a depender do zoneamento estabelecido pelo Município, possui um
coeficiente de aproveitamento (índice que mede a quantidade de edificação que poderá ser construída
naquela superfície edificável do terreno).
Todavia, o estabelecimento de tal coeficiente gera injustiças ocasionadas pela valorização de alguns
imóveis e desvalorização de outros, em consequência da capacidade legal de comportar área edificada. E,
para igualar esta situação de injustiça, a solução ideal é estabelecer o coeficiente único para todas as
zonas da cidade.
O direito de construir acima do coeficiente único estabelecido terá que ser adquirido do PP por via de
concessão, ou de particular por via de compra ou outra forma de aquisição que a lei dispuser.
Visto tais pontos, poderemos definir o solo criado como toda edificação construída com coeficiente acima
do coeficiente único, quer envolvendo a ocupação do espaço aéreo, quer a de subsolo.
Tal conceito surgira no Brasil com a Carta de Embu, elaborada na década de 70 (1976) por juristas,
arquitetos, urbanistas e economistas, reconhecendo exatamente a necessidade de intervenção do
PP quanto ao assunto. A Carta é bastante sucinta, eis o texto:
"Considerando que, no território de uma cidade, certos locais são mais favoráveis à implantação de diferentes tipos de
atividades urbanas;
Considerando que a competição por esses locais tende a elevar o preço dos terrenos e a aumentar a densidade das
áreas construídas;
Considerando que a moderna tecnologia da construção civil permite intensificar a utilização dos terrenos, multiplicando
o nº de pavimentos pela ocupação do espaço aéreo ou do subsolo;
Considerando que esta intensificação sobrecarrega toda a infraestrutura urbana, a saber, a capacidade das vias, das
redes de água, esgoto e energia elétrica, bem assim a dos equipamentos sociais, tais como, escolas, áreas verdes etc.;
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 105 de 148
Considerando que essa tecnologia vem ao encontro dos desejos de multiplicar a utilização dos locais de maior
demanda, e, por assim dizer, permite a criação de solo novo, ou seja, de áreas adicionais utilizáveis, não apoiadas
diretamente sobre solo natural;
Considerando que a legislação de uso do solo procura limitar este adensamento, diferenciadamente para cada zona, no
interesse da comunidade;
Considerando que um dos efeitos colaterais dessa legislação é o de valorizar diferentemente os imóveis, em
consequência de sua capacidade legal de comportar área edificada, gerando situações de injustiça;
Considerando que o direito de propriedade, assegurado na CF88, é condicionado pelo principio da função social da
propriedade, não devendo, assim, exceder determinada extensão de uso e disposição, cujo volume é definido segundo
a relevância do interesse social;
Admite se que, assim como o loteador é obrigado a entregar ao PP áreas destinadas ao sistema viário, equipamentos
públicos e lazer, igualmente, o criador de solo deverá oferecer à coletividade as compensações necessárias ao re-
equilíbrio urbano reclamado pela criação do solo adicional, e
Conclui se que:
1. ... constitucional a fixação, pelo município, de um coeficiente único de edificação para todos os terrenos
urbanos.
1.1 A fixação desse coeficiente não interfere com a competência municipal para estabelecer índices diversos de
utilização dos terrenos, tal como já se faz, mediante legislação de zoneamento.
1.2 Toda edificação acima do coeficiente único é considerada solo criado, quer envolva ocupação de espaço
aéreo, quer a de subsolo
2. ... constitucional exigir, na forma da lei municipal, como condição de criação de solo, que o interessado
entregue ao PP áreas proporcionais ao solo criado; quando impossível a oferta destas áreas, por inexistentes ou
por não atenderem às condições legais para tanto requeridas, é admissível sua substituição pelo equivalente
econômico.
2.1 O proprietário de imóvel sujeito a limitações administrativas, que impeçam a plena utilização do coeficiente
único de edificação, poderá alienar a parcela não utilizável do direito de construir.
2.2 No caso do imóvel tombado, o proprietário poderá alienar o direito de construir correspondente à área
edificada ou ao coeficiente único de edificação”.
A ODIR é um dos instrumentos da política urbana para regular o instituto do solo criado e está prevista no
EC nos artigos 28 e seguintes:
Art. 28. O PD poderá fixar áreas nas quais o direito de construir poderá ser exercido acima do CA básico adotado,
mediante contrapartida a ser prestada pelo beneficiário.
ß1º Para os efeitos desta Lei, CA é a relação entre a área edificável e a área do terreno.
ß2º O PD poderá fixar CA básico único para toda a zona urbana ou diferenciado para áreas específicas dentro da zona
urbana.
ß3º O PD definirá os limites máximos a serem atingidos pelos CA, considerando a proporcionalidade entre a
infraestrutura existente e o aumento de densidade esperado em cada área.
Art. 29. O PD poderá fixar áreas nas quais poderá ser permitida alteração de uso do solo, mediante contrapartida a ser
prestada pelo beneficiário.
Art. 30. Lei municipal específica estabelecerá as condições a serem observadas para a ODIR e de ONALT,
determinando:
I – a fórmula de cálculo para a cobrança;
II – os casos passíveis de isenção do pagamento da outorga;
III – a contrapartida do beneficiário.
Art. 31. Os recursos auferidos com a adoção da ODIR/ONALT serão aplicados com as finalidades previstas nos incisos I
a IX do art. 26 desta Lei.
Qual a natureza jurídica do pagamento feito pelo particular relativamente ao “solo criado”?
Chegou ao STF a discussão acerca da natureza jurídica do pagamento feito pelo particular ao Município
relativamente ao “solo criado”. Segundo pacificado, a referida parcela não pode ser considerada como um
tributo, eis que não possui natureza compulsória e não está previsto na CF88. Trata-se, em verdade, de
uma compensação financeira (uma remuneração) ao Município pela utilização além do limite da área de
edificação, compensando-se o Ônus causado em decorrência da sobrecarga da aglomeração urbana.
29 - OUC
A Operação Urbana Consorciada (OUC) é um instrumento urbanístico previsto na legislação brasileira para
a intervenção em trechos do território que possibilita realizar projetos urbanos em parceria com o setor
privado. Em outras palavras, trata-se de um instrumento de coordenação de iniciativas públicas e privadas
para promover a transformação de um perímetro delimitado dentro da cidade. Lei municipal específica que
será editada com base no PD poderá delimitar área para aplicação de OUC (art. 32 - EC).
III - a concessão de incentivos a operações urbanas que utilizam tecnologias visando a redução de impactos ambientais,
e que comprovem a utilização, nas construções e uso de edificações urbanas, de tecnologias que reduzam os impactos
ambientais e economizem recursos naturais, especificadas as modalidades de design e de obras a serem contempladas.
Nas transformações urbanísticas estruturais, o que a lei pretendeu foi que certas áreas fossem modificadas
em sua estrutura básica, vale dizer, que os elementos de infraestrutura urbana pudessem ser revistos e
melhorados para o bem-estar dos moradores e usuários permanentes.
As “intervenções” a que o texto legal se refere incluem obras públicas, provisão de infraestrutura e
equipamentos sociais que serão implantados no território. Já as “medidas” são normas e regulamentos
que definem parâmetros para o uso e ocupação do solo e orientam o desenvolvimento urbano também na
área selecionada. É importante, contudo, sublinhar a noção de “conjunto” que o texto traz. Em outras
palavras, não são intervenções e medidas aleatórias ou isoladas, mas iniciativas que se somam,
estabelecem relações entre si e formam um todo coerente, ou seja, configuram um sistema orientado a um
objetivo comum. Este conjunto de intervenções e medidas caracteriza o projeto urbano da OUC.
A definição do instrumento pelo EC identifica os motivos que justificam a iniciativa de uma OUC, ou seja,
seus objetivos. Só é possível instituir uma OUC quando o município identifica a necessidade de promover,
em um perímetro determinado, “transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização
ambiental”, ou seja, é a intenção de projeto que motiva a utilização da OUC.
• Melhorias sociais: melhoria das condições de moradia, trabalho, saúde, educação, lazer e cidadania da
população diretamente afetada pela OUC, notadamente àqueles de baixa renda; promoção da inclusão
social e o uso e ocupação democráticos do espaço urbano;
• Valorização ambiental: ações de recuperação, proteção e/ou melhoria do meio ambiente natural e
urbano na área de intervenção e promoção de ações sustentáveis do ponto de vista ambiental, cultural,
econômico e social.
Em resumo: este instrumento serve para desenvolver e implementar uma intervenção urbana
negociada com a sociedade civil, que pode incluir a realização de obras e a definição de normas
urbanísticas específicas, para alcançar certos objetivos da política urbana do município.
A valorização gerada pela intervenção pode e deve ser utilizada como fonte de recursos para a
implementação das OUCs.
Esta noção também está presente no instrumento Outorga Onerosa do Direito de Construir (ODIR).
Entretanto, enquanto a ODIR recupera a valorização decorrente de índices urbanísticos concedidos acima
do parâmetro básico de aproveitamento (Coeficiente de Aproveitamento Básico), a OUC permite recuperar
também a valorização decorrente de obras públicas. Outra diferença importante entre os dois instrumentos
é que, enquanto os recursos obtidos por meio da ODIR vão para um fundo municipal e podem ser
aplicados em todo o território municipal, os recursos obtidos por meio da OUC devem ser aplicados
exclusivamente no programa de intervenções definidos pela OUC.
Lei municipal específica precisará aprovar a OUC. Mas qual o conteúdo mínimo desta norma?
Art. 33. Da lei específica que aprovar a OUC constará o plano de operação urbana consorciada, contendo, no mínimo:
I – definição da área a ser atingida;
II – programa básico de ocupação da área;
III – programa de atendimento econômico e social para a população diretamente afetada pela OUC;
IV – finalidades da operação;
V – EIV;
VI - contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e investidores privados em função da utilização
dos benefícios previstos nos incisos I, II e III do ß2º do art. 32 desta Lei;
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 107 de 148
VII – forma de controle da operação, obrigatoriamente compartilhado com representação da sociedade civil.
VIII - natureza dos incentivos a serem concedidos aos proprietários, usuários permanentes e investidores privados, uma
vez atendido o disposto no inciso III do ß2º do art. 32 desta Lei.
Em caso de exigência de contrapartida dos proprietários, usuários e investidores, qual o destino dos
recursos a ser dado pelo Município?
Os recursos obtidos pelo Município deverão ser aplicados exclusivamente na própria OUC, conforme:
ß1º Os recursos obtidos pelo PP na forma do inciso VI deste artigo serão aplicados exclusivamente na própria OUC.
E como ficam as licenças e autorizações a cargo do Município após a aprovação da lei específica
que aprovar a OUC?
Neste caso, serão nulas as licenças e autorizações concedidas a partir da aprovação da lei específica se
expedidas em desacordo com o plano de OUC.
ß2º A partir da aprovação da lei específica de que trata o caput, são nulas as licenças e autorizações a cargo do PP
municipal expedidas em desacordo com o plano de OUC.
Art. 34. A lei específica que aprovar a OUC poderá prever a emissão pelo Município de quantidade determinada de
certificados de potencial adicional de construção, que serão alienados em leilão ou utilizados diretamente no pagamento
das obras necessárias à própria OUC.
Estes títulos serão livremente negociados, mas conversíveis em direito de construir unicamente naquela
determinada área objeto da OUC.
ß1º Os certificados de potencial adicional de construção serão livremente negociados, mas conversíveis em direito de
construir unicamente na área objeto da OUC.
E, apresentado o pedido de licença para construir, o certificado de potencial adicional será utilizado no
pagamento da área de construção que supere os padrões estabelecidos pela legislação de uso e
ocupação do solo, até o limite fixado pela lei específica que aprovar a OUC (parágrafo 2º).
Art. 34-A. Nas rm/au instituídas por LC estadual, poderão ser realizadas OUCs interfederativas, aprovadas por leis
estaduais específicas.
PU. As disposições dos arts. 32 a 34 aplicam-se às OUCs interfederativas previstas no caput deste art., no que couber.
1. O que é uma OUC? Para que serve uma OUC? Qual o principal objetivo da OUC?
OUC é um instrumento urbanístico para viabilização de projetos urbanos em parceria com o setor privado.
A OUC incide sobre uma área delimitada e deve ser aprovada por lei específica, alinhada à estratégia geral
definida pelo PD. Por meio da OUC é possível desenvolver e implementar uma intervenção urbana
negociada com a sociedade civil, que pode incluir a realização de obras e a definição de normas
urbanísticas específicas. Os objetivos de uma OUC são promover transformações urbanísticas estruturais,
melhorias sociais e valorização ambiental.
Uma lei específica, baseada no PD, estabelece a área de OUC e define intervenções e medidas específicas
para alcançar os objetivos previstos pela Operação. Os interessados em participar da OUC, isto é, em
empreender na área, devem pagar contrapartidas correspondentes às normas estabelecidas na Lei da
Operação. Em geral, as Operações incluem uma estratégia de adensamento e se paga uma contrapartida
por potencial adicional de construção. Os recursos obtidos por meio da contrapartida são utilizados para
realizar os investimentos previstos na OUC.
A OUC define regras específicas para determinada área que não necessariamente implicam em
flexibilização do zoneamento. O que motiva a instituição de uma OUC é uma intenção de transformação do
território. Os parâmetros definidos para a área devem refletir a intenção de transformação da área, ou seja,
não se trata de excepcionar as normas vigentes, mas de definir normas que permitam alcançar os objetiv.
A estratégia de adensamento do município é matéria que deve ser endereçada no PD. Se e quando o PD
definir o adensamento concentrado de determinada área da cidade, tal intenção poderá ser viabilizada por
meio de uma OUC. Por exemplo, se o PD identifica regiões aptas a comportar a demanda futura da cidade
por meio de renovação urbana, isto é, por meio do adensamento de áreas já ocupadas, a transformação de
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 108 de 148
tais áreas poderá ser planejada e implementada mediante a proposição de uma OUC. Neste caso, a
aplicação do instrumento permitiria que o valor gerado pelo adensamento proposto seja utilizado para
financiar a infraestrutura de suporte do incremento populacional em determinada região. É importante,
contudo, ter em conta que promover adensamento construtivo não significa necessariamente promover
adensamento populacional e que, além do incremento de potencial de construção, é preciso combinar
outros parâmetros (por exemplo, de densidade de domicílios) para que os objetivos de transformação
sejam efetivamente alcançados.
5. Quais municípios devem utilizar a OUC? É uma ferramenta que serve para qualquer município?
• A OUC é um instrumento bastante flexível que pode ser utilizado por qualquer município em que haja a
intenção de promover, em uma determinada área, transformações urbanísticas estruturais, valorização
ambiental e melhorias sociais. Observadas as diretrizes definidas pelo PD, é possível instituir uma OUC
em área de expansão urbana, cobrando contrapartida pela mudança de uso e investindo o recurso obtido
na OUC (por exemplo, para provisão habitacional ou de equipamentos públicos). Essa é uma situação
frequente em muitos municípios, independente do porte. Contudo, o formato de OUC mais conhecido,
isto é, aquele que prevê o adensamento de determinadas áreas e utiliza o CEPAC como meio para
pagamento da contrapartida por potencial construtivo depende da ocorrência de pelo menos 3
condições simultâneas:
• demanda por área construtiva adicional em determinadas localizações, pois este só tem valor quando há
escassez de terrenos reais;
• cultura de se construir e morar em edifícios altos, garantindo que haja demanda e interesse pelo
potencial adicional de construção; e
Também é necessário observar se o município dispõe dos recursos técnicos e humanos – equipe
capacitada a planejar e gerir uma OUC.
6. Quais são os parceiros privados de uma OUC? Qual o papel de cada um?
O quadro abaixo relaciona os principais agentes privados envolvidos em uma OUC, seus interesses e
riscos. O papel que cada um assumirá depende da negociação estabelecida no âmbito de cada OUC.
Para conduzir a elaboração do plano da OUC, é imprescindível uma equipe multidisciplinar, que alie
conhecimento urbanístico, visão de mercado e domine aspectos jurídicos, uma vez que o plano deverá ser
traduzido em texto legal. Também é necessária uma equipe apta a coordenar processos de consulta
pública e participação dos interessados. Já a implementação da OUC pode ser conduzida por setores da
prefeitura que usualmente trabalham com o licenciamento de projetos e execução de obras públicas. É
preciso, no entanto, que haja uma coordenação centralizada de um departamento ou órgão específico para
gerir os recursos obtidos e coordenar a implementação. Também é desejável que haja uma equipe
dedicada a monitorar o andamento e que faça a interlocução com a instância de controle da Operação,
obrigatoriamente compartilhada com a sociedade civil.
O perímetro é definido a partir do estudo da área e da abrangência que se pretende dar ao projeto de
transformação, ou seja, a área de influência de uma OUC é estabelecida considerando os objetivos de
transformação previstos. Por exemplo, se a finalidade da OUC é a conversão de uso de determinada área,
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 109 de 148
seu perímetro será definido a partir da identificação das áreas que apresentam características comuns de
uso e ocupação (morfologia) da zona que se pretende modificar. Ou, no caso de uma OUC em área de
expansão urbana, a demanda projetada da cidade por novas áreas (quantidade de terreno necessária para
atender a demanda) somada aos condicionantes físicos e ambientais definirá a área da OUC. Sempre
levando em consideração as diretrizes gerais do PD e os objetivos específicos da OUC, é possível que uma
OUC estabeleça perímetros descontínuos, ou, ainda, perímetros com características distintas: onde os
recursos são mobilizados e áreas de influência onde parte dos recursos serão aplicados.
Os CEPAC (Certificados de Potencial Adicional de Construção) são um meio para pagamento das
contrapartidas em OUC e funcionam como uma moeda de troca entre recursos financeiros e m2 adicionais
de construção. Foram regulamentados pela CVM como valores mobiliários. Uma vez emitidos pela
prefeitura e colocados no mercado, os CEPAC podem ser negociados livremente pelo adquirente, mas
apenas podem ser convertidos em direito de construir unicamente na OUC a qual correspondem. Em geral,
os CEPAC são comercializados pela prefeitura em leilão, possibilitando a arrecadação antecipada dos
recursos para a execução das intervenções previstas na OUC. A utilização dos CEPAC como forma de
contrapartida não é obrigatória e muitas vezes pode não ser a melhor opção pela complexidade da
operação e alto custo operacional que a gestão do CEPAC envolve. Caso o município decida aprovar uma
OUC sem o uso de CEPAC, é possível prever a cobrança de contrapartidas diretamente em dinheiro ou em
obras. Nestes casos, toda a gestão das contrapartidas será realizada diretamente pela prefeitura. É
importante que as regras de cálculo da contrapartida sejam precisas e transparentes, de modo a garantir a
credibilidade do instrumento.
10. Quais são os tipos de contrapartidas de uma OUC? Qual é o melhor tipo de contrapartida?
Uma OUC pode prever o pagamento de contrapartidas em dinheiro, obras, investimentos ou em CEPAC. A
melhor contrapartida depende das finalidades de cada OUC e do contexto do município, que deve ter
capacidade técnica e operacional para gerenciar a contrapartida definida.
11. Como são utilizados os recursos financeiros obtidos por meio de uma OUC?
Os recursos financeiros obtidos por meio de uma OUC (contrapartidas) devem ser depositados em conta
segregada e não podem se misturar com outros recursos do município. Devem ser aplicados
exclusivamente no programa de obras e intervenções da OUC, conforme as prioridades definidas.
O controle de uma OUC deve necessariamente ser compartilhado com a sociedade civil e pode assumir
diversas formas: grupo de trabalho, câmara técnica, conselho consultivo, conselho deliberativo, plenário,
etc.. A forma de controle é definida no plano que integra a lei da OUC. No caso de OUC que utilizem os
CEPAC, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também fiscaliza a implementação por meio de uma
instituição independente que acompanha a execução das obras e intervenções e a utilização dos recursos.
13. Como é o processo de participação da sociedade civil na elaboração e aprovação de uma OUC?
Desde sua proposição no PD, uma OUC está sujeita à discussão pública e deve ser submetida a processos
participativos de planejamento. Durante a elaboração do plano da OUC, devem ser realizadas consultas e
oficinas públicas tanto para informar a população como para recolher subsídios para o desenvolvimento do
plano. Depois de encaminhado pelo PE ao Legislativo, o PL da OUC também deve passar por um processo
público de discussão.
14. Como garantir a permanência da população de baixa renda residente na área afetada pela OUC?
Para assegurar a permanência da população vulnerável que reside na área de influência de uma OUC, é
necessário destinar parte dos recursos para a construção de unidades habitacionais destinadas a atender
as famílias diretamente afetadas. A demarcação de ZEIS também deve ser utilizada tanto para assegurar o
direito de manter a população vulnerável que já vive no perímetro do projeto, quanto para promover a
inclusão residencial por meio da produção de novas unidades de habitação social.
15. Qual o tempo de duração de uma OUC? Quando acaba uma OUC?
O período de duração depende das finalidades e características de cada OUC. O plano deve estimar seu
período de implementação em função da transformação prevista. Do ponto de vista conceitual, uma OUC
termina quando suas finalidades são alcançadas. Do ponto de vista formal, para que uma lei perca sua
vigência há 2 alternativas: ou é aprovada outra lei que a revogue ou modifique ou a própria lei deve prever
seu prazo de validade.
Podemos aqui lembrar as lições do instituto do solo criado e a possibilidade de negociação entre
particulares do direito de construir.
II – preservação, quando o imóvel for considerado de interesse histórico, amb., paisag., social ou cultural;
III – servir a programas de regularização fundiária, urbanização de áreas ocupadas por população de baixa
renda e HIS.
Art. 35. Lei municipal, baseada no PD, poderá autorizar o proprietário de imóvel urbano, privado ou público, a exercer
em outro local, ou alienar, mediante escritura pública, o direito de construir previsto no PD ou em legislação urbanística
dele decorrente, quando o referido imóvel for considerado necessário para fins de:
I – implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
II – preservação, quando o imóvel for considerado de interesse histórico, ambiental, paisagístico, social ou cultural;
III – servir a programas de regularização fundiária, urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda e HIS.
Também poderá transferir o seu direito de construir o proprietário que doar ao PP o seu imóvel para os fins previstos
acima (incisos I a III do artigo 35).
ß1º A mesma faculdade poderá ser concedida ao proprietário que doar ao PP seu imóvel, ou parte dele, para os fins
previstos nos incisos I a III do caput.
Além disso, tal direito apenas poderá ser exercido à luz de lei municipal baseada no PD que
estabeleça as condições relativas à aplicação da transferência do direito de construir (parágrafo 2º).
O proprietário de um imóvel sobre o qual incide um interesse público de preservação hist., cult., arquit.,
paisag. ou ambiental, ou, ainda, de um imóvel que esteja ocupado por favela que se pretenda urbanizar,
pode utilizar em outro imóvel, ou vender, a diferença entre a área construída do imóvel preservado e o total
de área construída atribuída ao terreno pelo CA básico, conforme a legislação existente.
SERVIÇOS PÚBLICOS
Estado
Particulares 2. PERMISSÃO
SEMPRE lici
3. CONCESSÃO
DISPENSA INEXIBILIDADE
• As hipóteses estão num rol TAXATIVO • As hipóteses estão num rol EXEMPLIFICATIVO
• Cabe competição? SIM • Cabe competição? NÃO
• Rol EXEMPLIFICATIVO;
• Art. 17;
• Art. 24;
1. Produtor Exclusivo (vedada a escolha de marca);
• Rol TAXATIVO;
• Rol TAXATIVO;
2. Serviço singular (notória especialização) -
• Cabe competição mas a Lei • Cabe competição mas a Lei dá a Vedada p/ PUBLICIDADE E DIVULGAÇÃO;
VEDA a lici;
opção ao adm, p/ licitar ou não;
3. Artista (consagrado pela crítica especializada e pela
• A contratação direta é um • A contratação direta é um ATO opinião pública).
1. Procedimento de justificação;
1. Edital/carta convite;
2. Parecer jurídico;
2. modalidade;
4. Parecer jurídico;
COMISSÃO DE LICI:
- Formada por pelo menos 3 integrantes (sendo, no mínimo 2 servidores);
Mandato de até 1 ano, com recondução, não se pode reconduzir todos os integrantes p/ período
2. Comissão PERMANENTE
seguinte da mesma comissão.
- Edital (publicação);
- Audiência pública (obrigatória quando o valor for superior a 100 x 1.500.000,00 (R$ 150 milhões).
3. CLASSIFICAÇÃO • objeto;
E JULGAMENTO • preço;
• melhor proposta
- Tudo OK: Homologação!
CONCURSO
• Empreitada Integral.
CONCORRÊNCIA (geral)
30 DIAS
• Melhor Técnica;
TOMADA DE PREÇOS
• Técnica e Preço.
• EM ALGUNS CASOS: reabertura dos prazos (quando a alteração influenciar nas propostas).
2. HABILITAÇÃO
- É feita a abertura dos envelopes com documentos;
- HABILITADO/QUALIFICADO: aquele que cumprir todos os requisitos de habilitação, está tudo ok!
- RECURSO:
• Cabe recurso da habilitação e da inabilitação? SIM
• Qual o prazo para interposição de recurso? 5 dias úteis (convite: 2 dias úteis)
• O que acontece se todos os licitantes forem desabilitados? Novo prazo para regularização (só para os
licitantes) - 8 dias úteis (convite pode ser reduzido para 3 dias úteis)
• TP
• Convite
• Pregão
- A lei exige que sejam feitas as rubricas pela comissão de licitação e licitantes presentes;
- OBSERVAÇÕES:
1. A lici anda pra frente: documentos -> propostas
Iniciada a etapa de propostas não é mais possível desclassificar licitantes por problemas com documentos
(habilitação), salvo: por fatos supervenientes e só conhecidos após o julgamento;
2. O licitante pode desistir das propostas apresentadas? NÃO. Iniciada a etapa das propostas (abertura
dos envelopes) não cabe mais desistências, salvo: por motivos justos decorrentes de fatos supervenientes
e aceitos pela comissão (ex.: a fabrica de móveis pegou fogo);
3. Garantia da proposta - caução: prestada por todos os licitantes, de até 1% do valor estimado do
contrato.
*Concorrência para VENDA de bem Imóvel: a habilitação é substituída por depósito de 5% do bem imóvel.
II. Análise do preço: compatibilidade com valor de mercado ou preços registrados pela Adm.
III. Escolha da melhor proposta - critério: tipo de licitação.
* Só há possibilidade de recurso após as 3 providências!!
- CLASSIFICADO: Passou por todas as etapas
- RECURSOS:
• Cabe recurso ao julgamento das propostas? SIM
• Qual o prazo para interposição de recurso? 5 dias úteis (convite: 2 dias úteis)
EM REGRA: na lei de lici o recurso NÃO tem efeito suspensivo, somente nas etapas de
HABILITAÇÃO e de PROPOSTAS - Exceções!
• O que acontece se todos os licitantes forem desabilitados? Novo prazo para apresentação de novas
propostas, somente para os licitantes - 8 dias úteis (convite pode ser reduzido pra 3 dias úteis);
QUALIFICAÇÃO x CLASSIFICAÇÃO
(documentos: antes) (propostas: depois)
• Nova lici;
• Documentos: nova lici
• Contratação direta (dispensável) - tem que observar todos os • Propostas: Nova lici ou Contratação Direta (dispensável).
requisitos que estavam previstos no edital.
4. HOMOLOGAÇÃO
• Se há ilegalidade: ANULAÇÃO
Vincula o 1º colocado;
5. ADJUDICAÇÃO
Libera os perdedores dos compromissos assumidos (propostas apresentadas)
- Atribui o objeto da lici ao licitante vencedor, SE a adm. for comprar, vai chamar a empresa vencedora;
- Porém, os 2ºs, 3ºs não são obrigados e não sofrem sanção caso recusem prestar os serviços nos
termos e condições do 1º colocado.
2. HABILITAÇÃO (documentos)
2. CLASSIFICAÇÃO E JULGAMENTO (propostas)
Recurso:
• Menor preço
Recurso:
Recurso:
OBJETO (art. 2º): As obras, os serviços (inclusive de publicidade), compras, alienações, concessões,
permissões, e locações da adm. pública, quando contratados com terceiros serão necessariamente
precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta lei.
TIPOS de lici:
2. MELHOR TÉCNICA
INTELECTUAL
3. TÉCNICA E PREÇO (informática)
2. Empresa brasileira;
5. Sorteio
Entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os
1. CONCORRÊNCIA
requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital p/ execução do seu objeto.
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 114 de 148
Entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados
em nº mínimo de 3, pela adm., a qual fixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e
o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu
interesse c/ antecedência de até 24hs da apresentação das propostas.
3. CONVITE • Existindo na praça + de 3 possíveis interessados, cada novo convite, realizado p/ objeto idêntico ou
assemelhado, é obrigatório o convite a no mínimo +1 interessado, enquanto existirem cadastrados
não convidados nas ultimas lici;
• Quando, por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados for impossível a
obtenção do nº mínimo de licitantes exigidos (3), essa circunstancias deverão ser devidamente
justificadas no processo, sob pena de repetição do convite.
Entre quaisquer interessados p/ venda de bens móveis inservíveis p/ adm. ou de produtos legalmente
5. LEILÃO apreendidos ou penhorados; ou p/ alienação de bens imóveis a quem oferecer maior lance, igual ou
superior ao da avaliação.
1. CDRU
2. LICI INTERNACIONAL
CONCORRÊNCIA
3. AQUISIÇÃO/ALIENAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
1. OBRAS E SERVIÇOS DE
até R$ 150 mil até R$ 1,5 milhões + de R$ 1,5 milhões
ENGENHARIA
2. COMPRAS E SERVIÇOS
até R$ 80 mil até R$ 650 mil + de R$ 650 mil
EM GERAL
lici DISPENSÁVEL
lici DISPENSÁVEL
- Agência Executiva
1. CONCORRÊNCIA
- CDRU;
REGRA: 30 dias
• Prazo mínimo p/ entrega das - Melhor técnica;
propostas - Técnica e preço;
EXCEÇÃO: 45 dias
- empreitada integral.
2. TOMADA DE PREÇOS - TP
- Cadastrados
• Conceito - Aqueles que atendam as condições p/ cadastramento em até 3 dias antes das propostas.
- valor;
REGRA: 15 dias
• Prazo mínimo p/ entrega das
propostas - Melhor técnica;
EXCEÇÃO: 30 dias - Técnica e preço;
• Conceito + simples
- valor;
• Instrumento convocatório
NÃO é PUBLICAÇÃO, É PUBLICIDADE + envio ao mínimo 3 convidados.
ATENÇÃO 2: Em quais casos a lici Quando por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados for
convite pode seguir com menos impossível a obtenção do nº mínimo de licitantes exigidos (3), essas circunstancias deverão
de 3 participantes? ser devidamente justificadas no processo, sob pena de repetição do convite.
• TIPO de lici utilizado Não se usa nenhum tipo, os critérios serão estabelecidos previamente, no edital
• HABILITAÇÃO? Em alguns casos é exigida qualificação específica (arquiteto, estudante ensino médio, etc…)
• Apreendidos/penhorados
• HABILITAÇÃO? Não
• O bem precisa ser avaliado? Sim, obrigatoriamente, pois define o lance mínimo
• O edital pode estabelecer um - DEMAIS MODALIDADES: O edital pode ter valor máximo de propostas, não pode ter
lance mínimo de proposta?
valor mínimo de proposta - a Adm. está comprando!!
• Legalidade;
• EFICIÊNCIA;
• Impessoalidade;
• COMPETITIVIDADE;
• Moralidade;
• FORMALISMO (procedimento formal);
• Publicidade;
• SIGILO DAS PROPOSTAS (aberto em sessão pública);
• ISOnomia;
• FISCALIZAÇÃO;
• PRA - PRobidade Administrativa;
• ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA (atribui o objeto ao lici
• JA - Julgamento Objetivo
vencedor, ato vinculado, ≠ contratação)
• VIU - VInculação ao Instrumento convocatório (lei interna)
- Nulidade da lici induz a nulidade do contrato;
- Fiscalização - impugnação:
• cidadão: até 5º DÚTIL antes da abertura dos envelopes (Adm. responde em até 3 DÚTEIS);
• licitante: até 2º DÚTIL antes da abertura dos envelopes (pode participar da licii até o trânsito em
julgado da decisão).
2. SERVIÇO: Toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse p/ a Adm., tais como:
demolição, conserto, instalação, montagem, operação, conservação, reparação, adaptação,
manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou trabalho técnico-profissional;
II - Projeto Executivo;
• O que a lei indica em relação a padronização? Obras/serviços: destinados p/ um mesmo fim, terão
projetos padronizados por tipos/categorias/classes, EXCETO quando o projeto padrão não atender à
peculiaridades/especificidades. Compras: sempre que possível deverão ser padronizadas.
• O que a lei estabelece em relação a escolha de marca?
Obras/serviços: vedado, salvo nos casos em que for tecnicamente justificável;
OBRAS E SERVIÇOS
• Qual a sequência a ser seguida?
I - Projeto Básico (p/ caracterização do objeto);
II - Projeto Executivo;
III - Execução.
II - Orçamento detalhado;
• Consequências da publicidade? Qualquer cidadão poderá requerer à Adm. os quantitativos das obras e
preços unitários de determinada obra executada.
II - Funcionalidade;
• Não pode participar da lici e execução da obra/serviço e fornecimento de bens a ele necessários)?
I - Autor do PB/PE;
Obs. 1: Pode trabalhar p/ Adm.: Autor do projeto ou da empresa a que se refere o inciso II deste artigo, na
licitação de obra ou serviço, ou na execução, como consultor ou técnico, nas funções de fiscalização,
supervisão ou gerenciamento, exclusivamente a serviço da Adm. interessada.
Obs. 2: PE pode ficar a encargo do contratado ou pelo preço previamente fixado pela Administração.
Obs. 3: Participação indireta é a existência de qualquer vínculo de natureza técnica, comercial, econômica,
financeira ou trabalhista entre o autor do projeto, PF ou PJ, e o licitante ou responsável pelos serviços,
fornecimentos e obras, incluindo-se os fornecimentos de bens e serviços a estes necessários.
Obs. 4: O autor do PB/PE poderá participar quando se tratar de produto p/ pesquisa e desenvolvimento de
até R$ 300 mil (20% de 1,5 mi) - no caso de obras e serviços de engenharia.
2. cujo objeto inclua bens e serviços sem similaridade ou de marcas, SALVO nos casos em que for
tecnicamente justificável;
3. Não será computado como valor de obra/serviço p/ fins de julgamento de propostas a atualização
monetária das obrigações de pagamento.
Nenhuma compra será feita sem a adequada caracterização de seu objeto e a indicação de recursos
orçamentários p/ seu pagamento. Sempre que possível, deverá:
Art. 1º Esta Lei Complementar institui o regime jurídico dos servidores públicos civis da administração direta, autárquica
e fundacional e dos órgãos relativamente autônomos do Distrito Federal.
Órgãos relativamente autônomos do DF: Jardim Botânico de Brasília e Arquivo Público do DF.
• Temporários
• Cargo em comissão: livre nomeação e exoneração (50% deve ser provido por servidores de carreira)
• Função de confiança: conjunto de atribuições que podem ser designadas a um servidor efetivo
Proibida a designação para função de confiança ou a nomeação para cargo em comissão, incluídos
os de natureza especial, de pessoa que tenha praticado ato tipificado como CAUSA DE
INELEGIBILIDADE prevista na legislação eleitoral, observado o mesmo prazo de incompatibilidade
dessa legislação (atualmente o prazo é de 8 anos).
Considera-se cargo em comissão (art. 5º, § 1º):
• DE DIREÇÃO: aquele cujo desempenho envolva atribuições da administração superior;
Quem pode ocupar? Livre nomeação (mas 50% por servidores de carreira) Somente servidor efetivo
• Súmula 14 do STF: Não é admissível, por ato administrativo, restringir, em razão da idade, inscrição em
concurso para cargo público.
• Súmula Vinculante 44: Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a
cargo público.
1. NOMEAÇÃO -
originário (arts. 14 a • EFETIVO: Prévia aprovação em concurso público (Aprovado dentro das vagas: direito à nomeação);
2. APROVEITAMENTO
Prazo para o servidor: 30 dias da data que tomou ciência
(art. 38)
Se o servidor não retornar no prazo: deve tornar SEM EFEITO o ato e CASSADA A DISPONIBILIDADE
(exceto por doença comprovada por junta médica oficial).
3. REVERSÃO
(art. 34/35) • Haja manifesto interesse da Adm., expresso em edital (isonomia);
• Cargo vago
• Judicial ou administrativa;
(art. 36) Encontrando-se provido o cargo, o eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem (sem
indenização), aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade.
Vedado editar atos de nomeação, posse e exercício com efeitos retroativos (art. 9º)
Competência provimento: Governador, presidentes da CLDF e do TCDF (art. 10)
• Investidura no cargo
• Declarações:
a) de bens e valores,
• Registro do início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício nos assentamentos individuais do servidor.
Art. 15. O servidor ocupante de cargo em comissão pode ser nomeado para ter exercício, interinamente, em outro cargo
em comissão, hipótese em que deve:
I – acumular as atribuições de ambos os cargos;
II – optar pela remuneração de um deles durante o período da interinidade.
PROVIMENTO DERIVADO CONCEITO EXIGÊNCIA DE ESTABILIDADE
Período em que são examinadas a aptidão, a capacidade e a eficiência do servidor para o exercício do
cargo efetivo. Em caso de reprovação (inabilitação) ou desistência, o servidor (art. 24):
Cargos em comissão e funções de confiança que podem ser exercidas no estágio probatório:
Durante o estágio, não pode conceder licença ou afastamento não remunerados ou licença-prêmio
por assiduidade. Exceto: afastamento para o serviço militar ou para o exercício de mandato eletivo.
PODEM ser concedidos - remunerados NÃO PODEM ser concedidos - não remunerados
• Para o exercício de mandato eletivo (exceção). • Licença-prêmio por assiduidade (exceção) - remunerada.
O EP ficará suspenso:
• Afastamento por cessão para outro órgão ou entidade;
• Afastamento para participar em curso de formação;
• Licença remunerada por motivo de doença em pessoa da família do servidor.
AVALIAÇÃO (arts. 28 a 30)
• Avaliação periódica do estágio probatório
- Pelo menos até o 30º mês do estágio, realizadas semestralmente, pela chefia imediata
REMANEJAMENTOS
1. Remoção (arts. 41 e 42) - Deslocamento da lotação do servidor, no mesmo órgão, autarquia ou
fundação e na mesma carreira, de uma localidade para outra. Formas:
• a pedido: conforme fixado em edital do concurso de remoção, com participação do sindicato respectivo.
• de ofício: destinada exclusivamente a atender a necessidade de serviços que não comporte o concurso
de remoção.
• por permuta entre servidores do mesmo cargo, mediante autorização prévia das respectivas chefias.
2. Redistribuição (art. 43): Deslocamento do cargo, ocupado ou vago, para outro órgão, autarquia ou
fundação do mesmo Poder. Formas:
• Para cargo de uma mesma carreira: no caso de reorganização ou ajustamento de quadro de pessoal
16/08/2018
às necessidades do serviço;
• No caso de extinção ou criação de órgão, autarquia ou fundação: Observando o interesse da
administração pública, a vinculação entre os graus de complexidade e responsabilidade do cargo, a
correlação das atribuições, a equivalência entre os vencimentos ou subsídio e a prévia apreciação do
órgão central de pessoal.
Vacância
VACÂNCIA (arts. 51(arts.
a 54) 51 a 54)
Exoneração
Demissão
Caráter punitivo
Destituição de cargo em
comissão
Vacância
Aposentadoria
• de OFÍCIO:
Servidora gestante que ocupa cargo em comissão não pode ser exonerada de ofício (salvo
indenização): da confirmação da gravidez até 5 meses após o parto.
Art. 51. A exoneração de cargo de provimento efetivo dá-se a pedido do servidor ou de ofício.
Parágrafo único. A exoneração de ofício dá-se, exclusivamente, quando o servidor:
I – for reprovado no estágio probatório;
II – tendo tomado posse, não entrar em exercício no prazo estabelecido.
PROMOÇÃO
NÃO é forma de provimento
Art. 56. Salvo disposição legal em contrário, a promoção é a movimentação de servidor do último padrão de uma classe
para o primeiro padrão da classe imediatamente superior.
• A promoção NÃO interrompe o tempo de exercício no cargo
• Merecimento ou antiguidade
• Exceções:
Serviço noturno
Serviço prestado das 22h às 5h
Hora noturna: 52min. 30seg.
Serviço extraordinário
Situações excepcionais e temporárias: até + 2 horas/diárias
Ausências justificadas
- Doar sangue;
• 1 dia - Realizar, 1x p/ ano, exames médicos preventivos ou periódicos (câncer de próstata, de mama ou do
colo de útero)
Ausências justificadas
incluído o dia da - Falecimento do cônjuge, companheiro, parceiro homoafetivo, pai, mãe, padrasto, madrasta, filho, irmão,
ocorrência enteado ou menor sob guarda ou tutela.
SISTEMA REMUNERATÓRIO
Vedada a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei (art. 124)
- VÁRIAS PARCELAS
• REMUNERAÇÃO
- PARCELA ÚNICA
• SUBSÍDIO Exceções: 13º, férias, auxílio natalidade, abono de permanência, adic. de serviço extraordinário, adic.
noturno, caráter indenizatório, remuneração cargo em comissão/função de confiança e substituições.
O valor do subsídio ou do vencimento básico deve ser complementado, sempre que ficar abaixo do
salário-mínimo;
Sobre a complementação devem incidir as parcelas que incidem sobre o vencimento básico.
O servidor também pode optar pela remuneração integral do cargo em comissão (não recebe do cargo
efetivo).
Percentuais:
• 5%, 10%, ou 20%, no caso de insalubridade nos graus mínimo, médio ou máximo, respectivamente;
•
• Hora computada como 52min.
Percentuais: e 30seg.
• Adicional de Qualificação
d) 10% para trabalhos com raios X Deve
ou substâncias radioativas.com as atribuições do cargo
guardar pertinência
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 124 de 148
Vantagens pessoais: São as parcelas da remuneração que dependam da situação individual de cada servidor.
• Vantagens pessoais nominalmente identificadas - VPNI Definidas em lei ou reconhecidas em decisão judicial
férias exercício, pago no mês que entrar de férias • o adicional incide sobre o valor do abono pecuniário;
13º salário • Não pode ser considerado para cálculo de outras vantagens ;
Vantagens Eventuais:
Ser a parturiente não for servidora pública distrital o auxílio será pago ao cônjuge ou companheiro servidor
público.
• Pago à família do servidor falecido (em atividade ou aposentado);
Despesa de transporte do corpo também será custeada se o servidor falecer fora do local de trabalho
2. Auxílio Funeral •
(inclusive no exterior);
(art. 97 a 99)
• No caso de acumulação de cargos: só paga de maior remuneração;
3. Gratificação • O valor da gratificação será calculado em horas, não podendo ser superior ao equivalente a 120 horas de
por encargo de trabalho anuais.
curso ou • Excepcionalmente, a autoridade máxima do órgão poderá autorizar 240 horas anuais.
concurso • Valor da hora trabalhada = 1,2% ou 2,2%, dependendo da atividade desempenhada, incidentes sobre o maior
vencimento básico da tabela de remuneração do servidor
Caráter INDENIZATÓRIO
Concedida ao servidor que realizar despesas com a utilização de meio próprio de locomoção
• Indenização de transporte; para a execução de serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo.
• Auxílio-Transporte Não será pago se: o órgão/entidade disponibilizar transporte; durante as férias, licenças e
afastamentos (com exceções – cessão, treinamento, júri); acumulação lícita de cargos; etc.
- Depende de requerimento.
• creche ou escola;
• fardamento;
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 125 de 148
Caráter INDENIZATÓRIO
• conversão de férias ou de parte - Conversão de até 1/3 das férias em dinheiro (“vender as férias”)
delas em pecúnia - ABONO - Sobre esse valor incide o adicional férias;
- Ato discricionário;
• abono de permanência; Devido ao servidor que completar as exigência para aposentadoria compulsória, mas que
permanecer em serviço. Equivale ao valor da contribuição previdenciária.
• créditos decorrentes de
demissão, exoneração e
aposentadoria, ou relativos a
férias, adicional de férias ou
conversão de licença-prêmio em
pecúnia.
• computado na base de cálculo de IR ou de contribuição previdenciária, salvo disposições em contrário na legislação federal;
• Podem ser parceladas em até 3 etapas, nenhuma inferior a 10 dias, mediante solicitação do servidor !
ato discricionário;
As férias somente poderão ser suspensas por motivo de calamidade pública, comoção interna,
convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço.
É vedado ao servidor descontar nas férias qualquer ausência injustificada ao serviço.
Se o servidor for exonerado, demitido, destituído de cargo em comissão ou aposentado, os períodos de
férias ainda não gozados deverão ser indenizados.
PROCESSO DISCIPLINAR
• Contraditório e ampla defesa
Procedimentos de apuração:
• Sindicância
• Já julgado pelo Poder Judiciário, com sentença reconhecendo a inexistência do fato ou da autoria (salvo
falta residual)
SINDICÂNCIA
Finalidades:
• apurar a materialidade sobre a qual haja apenas indícios ou que tenha sido apenas noticiada.
Resultados da sindicância:
• o arquivamento do processo;
Espécies:
Sindicância patrimonial
Quando:
Características:
Princípios (art. 219): legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade, eficiência, interesse público,
contraditório, ampla defesa, proporcionalidade, razoabilidade, motivação, segurança jurídica, informalismo
moderado, justiça, verdade material e indisponibilidade.
• atos realizados de outro modo, reputando-se válidos se cumprirem sua finalidade essencial;
• nenhum ato é declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a apuração dos fatos, para a
defesa ou para a conclusão do processo;
• gozo de férias;
• aposentadoria voluntária.
Período: desde a instauração do processo disciplinar até a conclusão do prazo para defesa escrita, salvo
quando autorizado pela autoridade instauradora.
Todos os meios admitidos: apresentar defesa; acompanhar os atos processuais; produzir provas e
contraprovas, etc:
Permanente: renovada no mínimo a cada 2 anos (nenhum servidor mais de 4 anos consecutivos)
16/08/2018
Não pode participar da comissão processante (art. 230):
• quando o servidor acusado for pessoa de sua família, seu padrasto, madrasta, enteado ou parente
• quem seja amigo íntimo, inimigo capital, credor, devedor; testemunha, perito; autor da representação;
atuado em sindicância ou auditoria que resultou na apuração; procurador do acusado; tenha interesse na
decisão ou assunto; esteja litigando com o acusado;
Fases do PAD
• Responda a sindicância ou PAD;
• Cônjuge, companheiro, padrasto, madrasta, enteado ou parente de outro membro da mesma comissão.
FASES DO PAD
Servidor em local incerto ou não sabido: citação por edital (publicado no DODF e em jornal de grande
circulação no DF)
236 ao 238)
• secretários de Estado ou equivalente;
• administradoresÉ o regionais,
primeiro passodirigentes
do PAD,de órgão pela
realizado relativamente
autoridadeautônomo,
competentesubsecretários, diretores
regionais, dirigentes máximos das autarquias ou fundações, presidentes de conselhos ou órgãos de
Requisitos:
deliberação coletiva.
(i) a indicação da autoria, com nome, matrícula e cargo do
A competência independe daasanção
servidor; (ii) cominada
materialidade da
infração disciplinar.
Se for servidor efetivo no exercício de cargo em comissão ou função de confiança, do qual foi exonerado
ou dispensado: aUma vez instaurado
competência o PAD,
será da será realizada
autoridade a citação
da unidade doaacusado
na qual infração foi cometida.
2. INSTRUÇÃO Servidor
(arts. 239emaolocal
244) incerto ou não sabido: citação por edital (publicado no
É o momento emDODF que os fatos
e em serão
jornal deefetivamente apurados
grande circulação
no DF)
Coleta de provas: depoimentos, acareações, investigações e diligências
• Inquirições separadas, mas será realizada a acareação quando os depoimentos forem contraditórios 13 ou
que se infirmem
O servidor e o seu procurados podem acompanhar, mas não podem interferir nas perguntas e respostas;
pode reinquirir por intermédio do presidente da comissão
Não é obrigado a comparecer, mas isso não obsta o prosseguimento nem é causa de nulidade
Se o servidor se recusar a dar o ciente: membro ou secretário elabora termo próprio, com assinatura de 2
testemunhas.
• suspeita de ocultação: após comparecer 2x no domicílio, intima qualquer pessoa da família (na falta
qualquer vizinho) e marca nova data e horário; se o servidor não for encontrado na data marcada, dar-se-
á por feita a citação (lavra termo e deixa cópia do mandado);
Prazo:
• Regra: 10 dias, contados da intimação pessoal;
• Se dois ou mais servidores: prazo comum de 20 dias;
• Citação por edital: 15 dias contados da última publicação.
• Prazo pode ser prorrogado pelo dobro no caso de diligências indispensáveis
Não apresentar defesa: revel
Nomeia-se defensor dativo (cargo igual ou superior; preferencialmente formado em direito)
Novas diligências podem ser realizadas em função da defesa.
Conteúdo:
• resumo das peças principais dos autos: especificação dos fatos, provas colhidas e fundamentos
jurídicos;
Se houver indícios de infração penal: autoridade competente deve encaminhar cópia dos autos ao MP.
• se discordar de proposta de absolvição de servidor não indiciado, deve designar nova comissão
Vício insanável: declarar a nulidade total ou parcial, determinando diligência, reabertura da instrução ou
16/08/2018
constituição de outra comissão para novo processo.
Recurso hierárquico:
• a inocência do punido; ou
Não cabe simples alegação de injustiça; não cabe quando a perda do cargo ou a cassação de
aposentadoria decorrer de decisão judicial
Realizada a qualquer tempo
Ônus da prova do requerente
Se procedente:
No caso de inocência do servidor punido: restabelece-se todos os direitos, salvo destituição de cargo em
comissão que se converte em exoneração
Sanção inadequada: aplica-se a sanção adequada, restabelecendo os direitos naquilo que foi excedido
33 - DF LC nº 13/1996
Regulamenta o art. 69 da Lei Orgânica, dispondo sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis do DF.
Processo legislativo: é o conjunto de atos preordenados visando à formação das leis mediante a
colaboração entre os Poderes do DF.
O procedimento legislativo, que pode ser ordinário, sumário ou especial, será disciplinado pelo RICLDF.
2. LC: ei que discipline matéria que a Lei Orgânica determine como seu objeto;
3. LO: lei que discipline as matérias legislativas da competência do DF que não estejam previstas nos
incisos anteriores;
4. DL: lei que, com este nome, discipline, com efeito externo, matéria da competência privativa da CLDF;
5. Resolução: lei que, com este nome, discipline, com efeito interno, matéria da competência privativa da
CLDF.
b) às LCs e LOs da União que disponham sobre normas gerais para serem obedecidas;
c) às LCs do DF
IV – o histórico das leis ou de seus dispositivos que versem sobre o assunto abordado na nova lei;
1. iniciativa;
2. emendas;
3. discussão;
4. deliberação;
5. sanção ou veto;
6. promulgação;
7. publicação.
1. INICIATIVA: é a proposta de criação de direito novo, e com ela se inicia o processo legislativo.
A ELO será iniciada na forma de proposta, e as demais serão iniciadas na forma de projeto.
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 130 de 148
COMUM PRIVATIVA
É a que se reserva a um Poder ou a órgão dos PPs o direito exclusivo de iniciar o processo legislativo.
A CLDF poderá ser provocada a manifestar-se sobre matéria de sua competência privativa, mediante
solicitação:
I – do Governador;
II – do TCDF
I – pelo Governador;
II – por qualquer
Observado o disposto no art. 72 da LODF, os projetos de iniciativa privativa podem ser emendados pela
membro/órgão da CLDF;
CLDF.
É ainda vedado o uso de projeto autorizativo para matérias que dependam de decisão das autoridades
adm. do DF ou de suas EP/SEM.
Não sendo a iniciativa privativa exercida no prazo fixado em lei, a CLDF solicitará informações à
autoridade competente, inclusive ao Governador, nos termos do que dispõe a LODF.
Além dos casos previstos na LODF, o RICLDF poderá exigir dos DDs nº mínimo de subscritores para iniciar
o processo legislativo de determinadas matérias. Recebe a denominação de iniciativa qualificada a que
exige nº mínimo de subscritores para iniciar o processo legislativo.
Salvo no caso previsto no art. 74, § 7º, da LODF, as PELOs ou os projetos não serão reapresentados na
mesma sessão legislativa em que hajam sido rejeitados ou tidos por prejudicados.
2. EMENDAS: proposição que tem por finalidade alterar proposta de emenda à LODF ou projeto. Pode ser:
1. supressiva;
2. aglutinativa;
3. substitutiva;
4. modificativa;
5. aditiva;
6. de redação.
A iniciativa de propor emenda compete aos membros/órgãos da CLDF, na forma que dispuser seu RICLDF.
O Governador pode solicitar à CLDF a alteração de proposição de sua iniciativa, mediante apresentação do
texto a ser deliberado, antes da apreciação pelas comissões.
A emenda será vinculada à proposição principal e obedecerá às normas contidas nesta LC, bem como ao
que dispuser o RICLDF. Será reproduzido integralmente dispositivo objeto de emenda: modificativa;
substitutiva; aglutinativa; de redação. (TIRA SUPRESSIVA E ADITIVA)
3. DISCUSSÃO: etapa do processo legislativo destinada ao debate das matérias objeto de elaboração de
lei. O início da discussão depende de quorum estabelecido no RICLDF.
Recebe a denominação de quorum a exigência de nº mínimo de DDs presentes à sessão da CLDF para
discussão ou deliberação das matérias objeto de lei. A forma de discussão será disciplinada no RICLDF.
4. DELIBERAÇÃO: etapa do processo legislativo pela qual a CLDF decide privativamente sobre a
conveniência, oportunidade e conteúdo das PELOs ou projetos levados à sua consideração.
III – MS a manifestação por maioria de votos, presente a MA dos membros que compõem a CLDF.
a) PELO;
1) isenção;
2) anistia;
3) remissão;
INCONSTITUCIONAL c) projeto de DL que autorize o Poder Judiciário a processar e julgar nos crimes comuns:
1) o Governador e o Vice-Governador;
2) os Secretários de Governo;
d) projeto de DL que condene o Governador ou o PGDF por crime de responsabilidade;
a) projeto de lc;
e) projeto de resolução que autorize à CLDF reunir-se fora de sua sede, nos termos do art. 55, PU da LODF;
f) rejeição do veto;
Matéria não compreendida nos incisos anteriores que seja objeto de:
a) lei ordinária;
3. MS
b) decreto legislativo;
c) resolução.
O RICLDF poderá prever outros casos de projetos de DL/resolução que dependam da MQ/MA para serem aprovados.
Para deliberar sobre matéria que exija maioria qualificada, exige-se a presença de, pelo menos, 2/3 dos membros da CLDF.
Nenhum projeto será aprovado se o nº de abstenções ou votos em branco for igual ou superior ao nº de votos favoráveis, tal projeto
será reincluído na OD para nova deliberação. Persistindo a situação, será tido por prejudicado.
O disposto nesta e nas subseções seguintes aplica-se, inclusive, a projetos de lei de iniciativa privativa do
TCDF e do Procurador Geral do Ministério Público junto ao TCDF.
É de 15 dias úteis, contados do recebimento, o prazo para que o projeto seja sancionado ou vetado.
VETO: é o ato pelo qual o Governador nega sanção, no todo ou em parte, a projeto aprovado pela CLDF.
O veto será sempre expresso e motivado. O Governador explicitará as razões de ordem jurídica ou
contrárias ao interesse público que motivaram o veto.
O veto parcial abrangerá somente texto integral de artigo, parágrafo, inciso, alínea ou número.
É de 48 horas o prazo para que o veto e suas razões sejam encaminhados à CLDF.
O prazo começa a fluir da data e da hora da assinatura do veto e suas razões.
Na falta de indicação da hora, presume-se que o veto foi oposto às 18h.
Na falta de indicação de data, presume-se que o veto foi oposto no último dia útil dos 15 dias úteis
previstos, ou no último dia útil do mês, se faltar apenas o dia.
O veto oposto fora do prazo ou não comunicado dentro do prazo desta LC é tido por inexistente.
A CLDF manifestar-se-á sobre o veto nos prazos e forma previstos na LODF e no seu RICLDF.
A manutenção do veto pela CLDF, ainda que o veto seja parcial, equivale à rejeição de projeto.
O texto vetado será suprimido da lei, ficando a unidade de articulação correspondente com sua numeração
original, seguida da expressão "vetado" entre parênteses.
SANÇÃO: Ato pelo qual o Governador exterioriza, expressa ou tacitamente, sua aquiescência ao projeto de
LC/LO aprovado pela CLDF.
Sanção expressa é a que ocorre quando o Governador manifesta, por escrito, sua aquiescência.
Sanção tácita é a que ocorre por decurso de prazo, em virtude de silêncio do Gov. no prazo desta lc.
A sanção não supre vícios de iniciativa, nem de outras etapas a que os projetos de lc/lo estão sujeitos.
A sanção será aposta, inclusive, aos projetos de lc/lo que receberem veto parcial.
6. PROMULGAÇÃO: etapa do processo legislativo que atesta a existência da lei, reconhece os fatos e atos
que a geraram, indica sua validade e a torna apta a ser executada.
As lc/lo serão promulgadas em 48h, contadas:
I – da data da sanção expressa;
III – da data do recebimento do projeto que contenha veto rejeitado pela CLDF;
IV – da última hora do prazo para promulgação, quando houver silêncio do Governador, ou,
sucessivamente, do Presidente/Vice da CLDF, nos casos previstos no art. 74, § 6º, da LODF.
A ELO será promulgada em até 15 dias úteis, contados da publicação de sua redação final no DCL.
O prazo promulgação de DL/resolução será fixado no RICLDF e não poderá ser superior ao prazo da ELO.
Depois de o projeto de lc/lo ter sido aprovado pela CLDF, a ementa não se sujeita a veto parcial e, qualquer
que seja a autoridade promulgadora, não se altera com a promulgação, sendo vedado utilizar a expressão
"promulgação negada".
7. PUBLICAÇÃO: condição de vigência e eficácia da lei, é a etapa do processo legislativo pela qual se dá
ciência da promulgação das leis aos seus destinatários, tornando obrigatória sua execução.
A lei só produz efeito depois de publicada e a partir da data indicada na cláusula de vigência.
DODF DCL
I – as ELOs;
I - Resoluções
II – as lc;
III – as lo;
IV – os dl.
Se a lei for republicada por ter saído com incorreção, considera-se como data de publicação a que ocorrer
por último, respeitando-se o disposto no art. 91 desta LC.
V – à denominação oficial de órgão, endereço ou logradouro público - É facultado equiparar, no texto das
leis à denominação popular, quando esta for mais conhecida do que aquela.
Havendo divergência entre as normas ou entre as grafias dos vocábulos, será adotada a norma ou
grafia mais popular.
As leis serão redigidas com precisão, clareza, coesão e concisão, levando-se em conta os princípios:
I – o vocabulário jurídico consagrado pelo Direito deve prevalecer sobre o vocabulário comum;
II – é vedado o uso de expressões das línguas estrangeiras, inclusive do latim, salvo as consagradas pela
doutrina jurídica que não puderem ser traduzidas sem prejuízo de sentido;
IV – os nº que indiquem quantidade, fração, percentagem, medida ou valor, quando empregados nas
frases, são expressos por algarismos arábicos ou, conforme a tradição, por algarismos romanos, vedada a
reprodução por extenso entre parêntesis;
V – salvo se a lei for de natureza eminentemente técnica, dar-se-á preferência aos vocábulos comuns,
quando estes puderem expressar com precisão os vocábulos de natureza técnica;
VI – preferir-se-á:
b) a afirmação à negação;
VII – buscar-se-á, tanto no texto da mesma lei quanto de uma lei para outra:
d) padronizar a linguagem;
VIII – evitar-se-ão:
a) os neologismos;
d) as frases longas;
e) o emprego de siglas/abrev./sinais que não sejam próprios das regras de articulação das leis;
Só é permitido o uso de sigla, abreviatura ou sinal consagrado pelo uso e após a explicitação, na
primeira referência, daquilo que expressa.
IX – evitar-se-á dar definição de expressão ou vocábulo diversa da que já constar de outra lei.
A definição legal que se fizer necessária no texto da lei será redigida de modo:
X – as datas de documentos são expressas em dia, mês e ano apenas na primeira referência; nas
seguintes, apenas pelo ano.
Remissão é a referência expressa a lei ou a dispositivo de lei.
Recebe a denominação de remissão interna a que é feita a dispositivo da mesma lei em que a remissão é
feita; e remissão externa a que é feita a outra lei ou a dispositivo de outra lei.
A remissão a dispositivo de lei inicia-se pelo artigo, que, quando seguido do respectivo número, é indicado
pela abreviatura "art." ou "arts.", conforme se use a remissão para um ou mais artigos.
Cada lc, em sua ementa, fará remissão ao dispositivo da LODF que estiver sendo disciplinado.
Incorporação por remissão é o recurso pelo qual se manda aplicar a uma lei o que está disciplinado
em outra. Buscar-se-á redigir a incorporação por remissão de modo que seja possível depreender, pela
simples leitura, o sentido do texto incorporado. É vedada a incorporação por remissão:
III – de lei ou dispositivo de lei que não dependa de sanção em lei que dela dependa;
IV – de norma ou dispositivo de norma que não esteja sujeito ao processo legislativo da CF88 ou da LODF.
é a parte inicial da lei I – que qualifica a lei, denominando-a pela sua espécie;
que permite sua II – que distingue a lei de outras da mesma espécie, pela nº;
identificação, contém: III – que situa a lei no tempo, pela sua data.
1.1 o título, que Ementa é a parte do título que permite identificar a lei pela síntese:
compreende a epígrafe Será iniciada por um verbo na 3º pessoa do singular do presente do indicativo e
e a ementa; sintetizará o conteúdo ou a finalidade da lei. Grafada em negrito ou por meio de
caracteres que realcem, e seu texto situar-se-á entre o centro e a margem direita.
1. PREÂMBULO Será colocada logo após a ementa e alinhada com o texto da lei. Contém:
16/08/2018
1.2 a fórmula de II – a designação de que a lei foi aprovada pela CLDF;
promulgação, que III – a indicação, quando for o caso, de que a autoridade que deveria promulgar a
compreende:
lei não o fez no prazo legal;
a) a autoria;
IV – o fundamento legal para o órgão ou autoridade promulgar a lei;
atribuições do cargo
autoridade;
O fundamento legal para o órgão ou autoridade promulgar a lei decorre da LODF.
IV – da instalação daPROVIMENTO
1º legislatura
EM da CLDF,
CARGO para (arts.
PÚBLICO os DLs/resoluções.
14, 17 e 19)
Serão numerados: Logo após o nº da lei, será colocada a data, que terá dia, mês e ano.
O artigo conterá apenas uma regra e será expresso por uma única frase, cujo sentido oracional
poderá ser complementado ou explicitado por incisos.
Será indicado pela abreviatura "Art.", seguida de numeração ordinal até o 9º e cardinal depois deste.
Entre a numeração em algarismo ordinal e o texto, não será colocado nenhum sinal; depois da numeração
em algarismo cardinal, será colocado um ponto.
O texto do artigo principia por letra inicial maiúscula e termina por ponto, salvo se for desdobrado em
incisos, quando terminará por dois-pontos.
Cada conjunto de parágrafos tem numeração própria dentro do artigo a que pertence.
Havendo apenas um parágrafo, será ele designado pela expressão "Parágrafo único", seguida de ponto;
havendo mais de um, serão eles indicados pelo símbolo "§", seguido de número ordinal até o 9º e cardinal
daí em diante. O sentido oracional do parágrafo pode ser complementado por incisos.
V – a última alínea de cada série termina por ponto-e-vírgula, se depois dela houver novo inciso; e, por
ponto, se não houver;
IV – o último nº de cada série termina por ponto-e-vírgula, se depois dele houver nova alínea ou inciso; e,
por ponto, se não houver;
Os artigos das disposições transitórias serão numerados em sequência aos artigos das disposições
permanentes. O disposto neste artigo não é obrigatório para os códigos.
O capítulo pode dividir-se em seções; e estas, em subseções. Não haverá seção, nem subseção única.
É vedado redigir lei cujos artigos estejam reunidos em unidades de agrupamento sem numeração.
Normas de Sistematização
A lei será estruturada de modo que seus dispositivos guardem coerência e harmonia entre si e seja inserida
adequadamente no sistema jurídico.
Recebe a denominação de sistematização interna a coerência e harmonia que os dispositivos devam ter
entre si; e sistematização externa a adequada inserção da lei no sistema jurídico.
III – o mesmo assunto não poderá ser disciplinado por mais de uma lei, salvo:
Os assuntos de caráter permanente não podem ser tratados nas leis de caráter temporário.
b) em dispositivos que estejam próximos uns dos outros matérias afins ou conexas;
Institutos diversos e matérias afins ou conexas devem ser tratados segundo sua possível ordem de
ocorrência. As disposições comuns de institutos diversos devem ser tratadas em conjunto.
Para que a norma específica de um instituto seja aplicada a outro que lhe seja afim ou conexo, é
necessário fazer remissão expressa.
Vêm no início da lei ou antes de outras unidades de agrupamento as disposições gerais de cujas normas
dependam outras de disciplinamentos específicos. Vêm no final da lei ou depois de outras unidades de
agrupamentos as disposições gerais cujas normas sejam diretamente dependentes de outras de
disciplinamentos específicos.
Vigência das Leis: A lei começa a vigorar em todo o território do DF na data por ela indicada e somente
perde sua vigência, total ou parcialmente:
I – pela revogação;
III – pela superveniência de lei federal sobre normas gerais no âmbito da legislação concorrente.
Recebe a denominação de cláusula de vigência o dispositivo que disciplina a data de entrada em vigor da
lei. Não havendo cláusula de vigência, a lei começa a vigorar em todo o DF 15 dias após sua publicação.
I – urgência;
I – 90 dias depois de publicada, a lei que instituir ou aumentar contribuição social dos servidores do DF;
III – no 1º dia do exercício financeiro para o qual foi elaborada, a lei orçamentária;
IV – no 1º dia do ano subseqüente ao da posse do Governador eleito, a lei que aprovar o PPA.
O prazo dado por lei para início de sua vigência é contínuo e só se interrompe ou suspende em virtude de
lei posterior ou de decisão judicial. No cômputo do prazo, inclui-se o dia da publicação.
O dia de início da vigência da lei não se prorroga, ainda que caia em dia de sábado, domingo ou feriado.
Para efeito de vigência, considera-se lei nova a parte vetada cujo veto tenha sido rejeitado.
Havendo nova publicação com o propósito de retificar texto de lei, será observado o seguinte:
I – para efeito de vigência, considera-se lei nova a retificação de texto da lei que já esteja em vigor;
II – não estando ainda em vigor a lei, o prazo de sua vigência recomeça a fluir da última publicação.
Ficam resguardados os direitos adquiridos de boa-fé durante a vigência dos dispositivos que tenham sido
retificados. A lei poderá começar a produzir efeitos em data diversa do início de sua vigência.
A lei que conceda isenção ou benefício fiscal será elaborada com prazo certo de vigência. Nenhuma
isenção ou benefício fiscal será concedido com prazo que ultrapasse a vigência da lei que aprovar o PPA.
A lei revogada, total ou parcialmente, não se restaura por ter perdido a vigência a lei revogadora. O
disposto não se aplica à lei que for elaborada com o propósito de restabelecer a vigência de lei revogada.
Revogação: é a determinação, expressa/tácita, contida em lei, que manda cessar a vigência de lei anterior.
A revogação, que terá dispositivo próprio, chamado de cláusula revogatória, constará do último artigo da
lei. É dispensada a cláusula revogatória da lei cuja matéria não tenha sido disciplinada anteriormente.
Dá-se a revogação expressa quando a lei nova identifica a lei anterior atingida, total ou parcialmente, pela
revogação. Obedecerá ao seguinte:
I – uma lei só pode ser revogada por outra da mesma espécie ou de grau superior;
II – só deve ser revogada a lei ou qualquer de seus dispositivos quando houver completa incompatibilidade
jurídica entre a lei nova e a lei anterior;
III – deve ser evitada a revogação entre leis que versem sobre matérias diversas;
IV – lei que estabeleça normas de caráter geral não deve revogar lei que estabeleça normas de caráter
especial; nem esta deve revogar aquela;
A revogação expressa de dispositivo incorporado por remissão só atinge a lei a que se referir.
Dá-se revogação tácita quando a norma de uma lei que não foi expressamente revogada seja juridicamente
incompatível com norma de lei nova. Obedecerá às regras de hermenêutica, observado o seguinte:
II – fica revogada a lei cuja matéria seja integralmente disciplinada por lei posterior.
O disposto no inciso I aplica-se, inclusive, quando houver incompatibilidade jurídica entre lei que
estabeleça normas gerais e lei que estabeleça normas especiais. É vedada a reutilização da numeração de
dispositivo revogado, salvo nos casos de compilação.
Fecho: Após o último artigo, serão consignados o local e a data da assinatura da autoridade que
promulgar a lei.
Nas ELO, nas LC e nas LO, será feita referência ao ano em que se estiver em relação à Proclamação
da República e à inauguração de Brasília como Capital do Brasil.
Logo após a data, a lei deverá ser assinada por quem a promulgar.
As LC/LO, quando for o caso, deverão ser referendadas pelos Secretários de Governo cuja pasta se ache
relacionada com a matéria legislada, nos termos da LODF.
O disposto neste artigo aplica-se ainda que a lei não tenha sido promulgada pelo Governador.
I – supressão;
II – acréscimo;
As alterações devem guardar coerência com os dispositivos não alterados, bem como com a
sistematização que a lei alterada adotou.
A lei cuja finalidade principal for a de alterar outra incluirá, em sua ementa, a ementa da lei alterada.
A lei alteradora obedecerá às normas de articulação estatuídas por esta LC e indicará, em seus
dispositivos, a alteração ocorrida. Sempre que for considerável a alteração da lei anterior, será elaborada lei
nova disciplinando integralmente a matéria anteriormente tratada.
Para suprimir dispositivo de lei, obedecer-se-á ao disposto na subseção VII do capítulo anterior.
É vedada a renumeração de artigos em virtude de alteração. O disposto não se aplica à renumeração dos
artigos que contenham a cláusula de vigência e a cláusula revogatória.
A matéria a ser disciplinada por artigo a que não se aplicar o disposto no parágrafo anterior será tratada na
própria lei alteradora. A lei indicará o nº do artigo que contém dispositivo acrescido e, sendo o caso, o
modo de renumeração dos já existentes.
O dispositivo acrescido será destacado, no texto da lei alteradora, do dispositivo que determinar o
acréscimo e virá entre aspas. Serão abertas novas aspas para cada dispositivo acrescido, e o fechamento
só se dará no último deles.
A lei que mandar acrescer dispositivo será sempre da mesma espécie da que tiver dispositivo acrescido.
Nova Redação: Dá-se nova redação a texto de dispositivo quando houver necessidade:
DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS: tem por finalidade tornar sua consulta acessível aos cidadãos, nos termos
do que dispõe a LODF. A consolidação das leis será feita:
II – pela compilação, num só texto e de modo sistemático, de todas as leis esparsas sobre a mesma
matéria;
Cada espécie de lei terá consolidação própria. Quando da consolidação, serão eliminadas as
impropriedades evidentes de linguagem, bem como as imprecisões terminológicas, e atualizada a
denominação de órgão, logradouro ou cargo público que sofrer alteração. Não é obrigatório para as leis:
III – que tenham como objeto apenas o reajuste salarial de autoridades ou servidores públicos do DF.
Consolidação por Inserção: A lei alterada será republicada com as alterações inseridas em seu texto.
Ocorrerá antes do encerramento de cada sessão legislativa e abrangerá as leis alteradas no período.
A consolidação por inserção é da competência privativa da CLDF, nos termos do que dispõe a LODF.
Será determinada:
I – por DL a consolidação:
II – só serão inseridas as alterações aprovadas até a data anterior à da determinação de consolidar as leis;
A publicação das leis consolidadas obedecerá, no que couber, às normas estatuídas no Capítulo II, Seção
VII, desta Lei Complementar e será efetuada até o último dia útil do ano civil.
I – veto;
II – revogação.
Será consignada ao final de cada dispositivo suprimido a sua situação, fazendo-se referência à lei
determinadora da supressão. Respeitadas as normas desta seção, a lei alteradora poderá determinar que
se publique, em anexo, a lei alterada com a inserção das alterações.
Consolidação por Compilação: ocorrerá pela reunião, em um só texto e de modo sistemático, de todas
as leis esparsas sobre a mesma matéria.
Será feita na última sessão legislativa de cada legislatura e por lei da mesma espécie das consolidadas.
Será mantida, tanto quanto possível, fidelidade ao texto das leis consolidadas.
Havendo divergência entre as leis no modo de dispor o mesmo assunto, decidir-se-á pelo que for mais
adequado à consecução dos objetivos da lei.
Aos dispositivos incorporados por remissão aplica-se, no que couber, o disposto nesta seção.
I – glossário de expressões e termos jurídicos usados nas leis do DF - será atualizado ao menos uma vez
em cada legislatura;
II – manual de redação das leis - terá por base os padrões utilizados na C88, na LODF e nesta LC.
I – Órgãos públicos integrantes da adm. direta dos Poderes Executivo e Legislativo, incluindo o TCDF;
II – Autarquias, fundações públicas, EP, SEM e demais entidades controladas direta/indiretamente pelo DF.
Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, às entidades privadas sem fins lucrativos que
recebam, para realização de ações de interesse público, recursos públicos diretamente do
orçamento ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios,
acordos, ajustes ou outros instrumentos congêneres. Tal publicidade refere-se à parcela dos recursos
públicos recebidos, à sua destinação e à contrapartida, sem prejuízo das prestações de contas a que
estejam legalmente obrigadas.
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 139 de 148
Informação: dados, processados ou não, que podem ser utilizados para a produção e a transmissão de
conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato;
Informação sigilosa: aquela submetida temporariamente à restrição de acesso público em razão de sua
imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do Estado;
Disponibilidade: qualidade da informação que pode ser conhecida e utilizada por indivíduos,
equipamentos ou sistemas autorizados;
Autenticidade: qualidade da informação que tenha sido produzida, expedida, recebida ou modificada por
determinado indivíduo, equipamento ou sistema;
Integridade: qualidade da informação não modificada, inclusive quanto à origem, ao trânsito e ao destino;
Primariedade: qualidade da informação coletada na fonte, com o máximo de detalhamento possível, sem
modificações.
É dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, a ser franqueado mediante procedimentos
objetivos e ágeis, de forma transparente e clara, e em linguagem de fácil compreensão.
Para a implementação desta Lei, os órgãos e as entidades do DF, devem promover, independentemente de
requerimentos, a divulgação, no âmbito de suas competências, de informações de interesse coletivo ou
geral por eles produzidas ou custodiadas. Na divulgação das informações referidas, devem constar:
VI – dados gerais para o acompanhamento de programas, ações, projetos e obras, com informações sobre
sua execução, metas e indicadores, em linguagem de fácil compreensão;
XVII - relação dos cargos em comissão e de provimento efetivo ocupados e vagos em cada órgão.
O PP deve criar serviço de informações ao cidadão, em local com condições apropriadas para:
Cabe aos órgãos e às entidades da administração pública realizar, dentro de suas áreas de competência,
audiências ou consultas públicas, incentivando a participação popular.
Será disponibilizado aos cidadãos certidões referentes à adm. pública, em site oficial, sem qualquer custo.
Pedido de Acesso: Qualquer interessado pode apresentar pedido de acesso a informações aos órgãos e
às entidades referidos, por qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter a identificação do requerente
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 140 de 148
Não sendo possível conceder o acesso imediato à informação, o órgão ou a entidade que receber o
pedido deve, em PRAZO não superior a 20 dias:
I – comunicar a data, o local e o modo para se realizar a consulta, efetuar a reprodução ou obter a certidão;
III – comunicar que não possui a informação solicitada e indicar, se for do seu conhecimento, o órgão ou a
entidade que a detém, ou, ainda, remeter o requerimento a esse órgão ou entidade, cientificando o
interessado da remessa de seu pedido de informação.
O prazo referido (20 dias) pode ser prorrogado por mais 10 dias, mediante justificativa expressa, de
que será cientificado o requerente.
Sem prejuízo da segurança e da proteção das informações e do cumprimento da legislação aplicável, o
órgão ou a entidade pode oferecer meios para que o próprio requerente possa pesquisar a informação.
Quando não for autorizado o acesso, por se tratar de informação total/parcialmente sigilosa, o requerente
deve ser informado sobre a possibilidade de recurso, os prazos e as condições para sua interposição,
devendo, ainda, ser-lhe indicada a autoridade competente para sua apreciação.
A informação armazenada em formato digital pode ser fornecida nesse formato, caso haja anuência do
requerente. Caso a informação solicitada esteja disponível ao público em formato impresso, eletrônico ou
em qualquer outro meio de acesso, devem ser informados ao requerente o lugar e a forma pela qual se
pode consultar, obter ou reproduzir, esse procedimento desonera o órgão da obrigação de seu
fornecimento direto, salvo se o requerente declarar não dispor de meios para realizar tais procedimentos.
É direito do requerente obter o inteiro teor de decisão de negativa de acesso, por certidão ou cópia.
O recurso deve ser dirigido à autoridade hierarquicamente superior à que exarou a decisão impugnada, que
deve se manifestar no prazo de 5 dias. Negado o acesso à informação, o requerente pode recorrer à STC,
que deve deliberar, no prazo de 5 dias, se:
I – o acesso à informação não classificada como sigilosa for negado;
II – a decisão de negativa de acesso à informação total/parcialmente classificada como sigilosa não indicar
a autoridade classificadora ou a hierarquicamente superior a quem possa ser dirigido pedido de acesso/
desclassificação;
O recurso previsto somente pode ser dirigido à STC depois de submetido à apreciação de pelo menos uma
autoridade hierarquicamente superior àquela que exarou a decisão impugnada. Negado o pedido de
desclassificação de informação protocolado em órgão, pode o requerente recorrer ao Secretário da área.
Os procedimentos de revisão de decisões denegatórias proferidas nos recursos previstos nesta seção e de
revisão de classificação de documentos sigilosos são objeto de regulamentação própria pela CLDF e pelo
TCDF, em seus respectivos âmbitos, assegurado ao solicitante, em qualquer caso, o direito de ser
informado sobre o andamento de seu pedido.
RESTRIÇÕES DE ACESSO À INFORMAÇÃO: Não pode ser negado acesso à informação necessária à
tutela judicial ou adm. de direitos fundamentais. As informações ou os documentos que versem sobre
condutas que impliquem violação dos direitos humanos praticada por agentes públicos ou a mando de
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 141 de 148
autoridades públicas não podem ser objeto de restrição de acesso. O disposto nesta Lei não exclui as
demais hipóteses legais de sigilo/segredo de justiça, nem as hipóteses de segredo empresarial decorrentes
da exploração direta de atividade econômica pelo DF ou por PF/PJ que tenha vínculo com o PP.
São consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis de
classificação, as informações cuja divulgação ou acesso irrestrito possam:
Para a classificação da informação em determinado grau de sigilo, deve ser observado o interesse
público da informação e utilizado o critério menos restritivo possível, considerados:
I – a gravidade do risco ou do dano à segurança da sociedade, do Estado e do DF;
II – o prazo máximo de restrição de acesso ou o evento que defina seu termo final.
É dever do DF controlar o acesso a informações sigilosas produzidas por seus órgãos e por suas
entidades, assegurando a sua proteção. O acesso e o tratamento de informação classificada como sigilosa
ficam restritos a pessoas que tenham necessidade de conhecê-la e que sejam devidamente credenciadas
na forma do regulamento, sem prejuízo das atribuições dos agentes públicos autorizados por lei. O acesso
à informação classificada como sigilosa cria a obrigação para aquele que a obteve de resguardar o sigilo.
• GOVERNADOR;
• autoridades referidas no 1;
• autoridades referidas no 1 e 2;
• VICE;
• titulares de autarquia, fundação, EP/ • autoridades que exerçam funções de
• SECRETÁRIO DE ESTADO (ou SEM; subsecretário ou de hierarquia
autoridade equivalente) equivalente.
A competência prevista nos 1 e 2 pode ser delegada pela autoridade responsável a agente público, vedada
a subdelegação. A classificação de informação em qualquer grau de sigilo deve ser formalizada em
decisão que contenha, no mínimo, os seguintes elementos:
III – indicação do prazo de sigilo, contado em anos/meses/dias, ou do evento que defina o seu termo final;
A decisão referida deve ser mantida no mesmo grau de sigilo da informação classificada.
A autoridade máxima de cada órgão ou entidade deve publicar, anualmente, em seu sítio oficial, os
seguintes dados e informações administrativas, nos termos do regulamento:
I – rol das informações que tenham sido desclassificadas nos últimos 12 meses;
II – rol de documentos classificados em cada grau de sigilo, com identificação para referência futura;
Os órgãos e as entidades devem manter exemplar da publicação prevista para consulta pública em suas
sedes. E devem manter extrato com a lista de informações classificadas, acompanhadas da data, do grau
de sigilo e dos fundamentos da classificação.
I – seu acesso é restrito, independentemente de classificação de sigilo e pelo prazo de 100 anos a contar
da sua data de produção, a agentes públicos legalmente autorizados e à pessoa a que elas se refiram;
II – pode ser autorizada a sua divulgação ou o acesso por terceiros em prazo inferior ao previsto, mediante
previsão legal ou consentimento expresso da pessoa a que elas se refiram.
I – à prevenção e ao diagnóstico médico, quando a pessoa estiver física ou legalmente incapaz, e para
utilização de tratamento médico;
A restrição de acesso à informação relativa à vida privada, à honra e à imagem de pessoa não pode ser
invocada com o intuito de prejudicar processo de apuração de irregularidades em que o titular das
informações estiver envolvido, bem como em ações voltadas para a recuperação de fatos históricos de
maior relevância. É proibida a utilização de aparelhos que permitam realizar escutas telefônicas, salvo em
casos autorizados pela justiça.
I – recusar-se a fornecer informação requerida nos termos desta Lei, retardar deliberadamente o seu
fornecimento ou fornecê-la intencionalmente de forma incorreta, incompleta ou imprecisa;
II – utilizar indevidamente, bem como subtrair, destruir, inutilizar, desfigurar, alterar ou ocultar, total ou
parcialmente, informação que se encontre sob sua guarda ou a que tenha acesso ou conhecimento em
razão do exercício das atribuições de cargo, emprego ou função pública;
III – agir com dolo ou má-fé na análise das solicitações de acesso à informação;
V – impor sigilo à informação para obter proveito para si ou para terceiro, ou para fins de ocultação de ato
ilegal cometido por si ou por outrem;
VII – destruir ou subtrair, por qualquer meio, documentos concernentes a possíveis violações de direitos
humanos por parte de agentes do Estado.
A pessoa física ou a entidade privada que detiver informações em virtude de vínculo de qualquer natureza
com o PP e deixar de observar o disposto nesta Lei estará sujeita às seguintes sanções:
I – advertência;
II – multa;
V – declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a adm. pública, até que seja promovida a
reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade.
FISCALIZAÇÃO LEGISLATIVA
Os Requerimentos de Informação aprovados pelo Poder Legislativo devem ser respondidos pelas
autoridades distritais responsáveis, no prazo máximo de 30 dias, sob pena de crime de
responsabilidade, da seguinte forma:
1. as páginas dos documentos encaminhados devem ser numeradas;
2. os documentos encaminhados devem estar legíveis;
3. as respostas devem conter informações precisas e, quando necessário, serem respaldadas com
relatórios, tabelas, quadros informativos e demais documentos afetos aos questionamentos.
As auditorias instauradas pela Sec. TC devem ser encaminhadas à CLDF, trimestralmente, contendo:
I – nome do servidor, da empresa ou do terceiro auditado;
II – extrato do processo, contendo o objeto da auditoria;
III – fase da tramitação.
O tratamento de informação sigilosa resultante de tratados, acordos ou atos internacionais atende às
normas e às recomendações constantes desses instrumentos.
O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam
assegurados:
I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus
direitos e o cumprimento de suas obrigações;
II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter
vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas;
III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração
pelo órgão competente;
IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força
de lei.
São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato normativo:
I - expor os fatos conforme a verdade;
II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;
III - não agir de modo temerário;
IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos.
São capazes, para fins de processo adm., os maiores de 18 anos, ressalvada previsão especial em ato
normativo próprio.
A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria,
salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos. Um órgão administrativo e seu titular
poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares,
ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de
circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
Aplica-se à delegação de competência dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes.
Não podem ser objeto de delegação:
I - a edição de atos de caráter normativo;
II - a decisão de recursos administrativos;
III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.
O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial.
O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da atuação do delegado, a
duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva de exercício da
atribuição delegada.
O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante. As decisões adotadas por
delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado.
Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação
temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.
Os órgãos e entidades administrativas divulgarão publicamente os locais das respectivas sedes e, quando
conveniente, a unidade fundacional competente em matéria de interesse especial.
Inexistindo competência legal específica, o processo adm. deverá ser iniciado perante a autoridade de
menor grau hierárquico para decidir.
É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que:
I - tenha interesse direto ou indireto na matéria;
II - tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se tais
situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau;
III - esteja litigando judicial ou adm. com o interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro.
A autoridade/servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à autoridade competente,
abstendo-se de atuar. A omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta grave, para efeitos
disciplinares. Pode ser arguida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou
inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e
afins até o 3º grau.
O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso, sem efeito suspensivo.
Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei
expressamente a exigir. Devem ser produzidos por escrito, em vernáculo, com a data e o local de sua
realização e a assinatura da autoridade responsável.
Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será exigido quando houver dúvida de
autenticidade. A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá ser feita pelo órgão administrativo.
O processo deverá ter suas páginas numeradas sequencialmente e rubricadas.
Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário normal de funcionamento da repartição na
qual tramitar o processo. Serão concluídos depois do horário normal os atos já iniciados, cujo adiamento
prejudique o curso regular do procedimento ou cause dano ao interessado ou à Adm.
Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo e dos
administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de 5 dias, salvo motivo de força maior.
O prazo previsto pode ser dilatado até o dobro, mediante comprovada justificação.
Os atos do processo devem realizar-se preferencialmente na sede do órgão, cientificando-se o interessado
se outro for o local de realização.
O órgão competente perante o qual tramita o processo administrativo determinará a intimação do
interessado para ciência de decisão ou a efetivação de diligências. A intimação deverá conter:
I - identificação do intimado e nome do órgão ou entidade administrativa;
II - finalidade da intimação;
III - data, hora e local em que deve comparecer;
IV - se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se representar;
V - informação da continuidade do processo independentemente do seu comparecimento;
VI - indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes.
A intimação observará a antecedência mínima de 3 dias úteis quanto à data de comparecimento.
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 145 de 148
A intimação pode ser efetuada por ciência no processo, por via postal com aviso de recebimento, por
telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado.
No caso de interessados indeterminados, desconhecidos ou com domicílio indefinido, a intimação deve ser
efetuada por meio de publicação oficial. As intimações serão nulas quando feitas sem observância das
prescrições legais, mas o comparecimento do administrado supre sua falta ou irregularidade.
O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a
direito pelo administrado. Devem ser objeto de intimação os atos do processo que resultem para o
interessado em imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de direitos e atividades e os
atos de outra natureza, de seu interesse.
As atividades de instrução destinadas a averiguar e comprovar os dados necessários à tomada de decisão
realizam-se de ofício ou mediante impulsão do órgão responsável pelo processo, sem prejuízo do direito
dos interessados de propor atuações probatórias.
O órgão competente para a instrução fará constar dos autos os dados necessários à decisão do processo.
Os atos de instrução que exijam a atuação dos interessados devem realizar-se do modo menos oneroso
para estes. São inadmissíveis no processo administrativo as provas obtidas por meios ilícitos.
Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, o órgão competente poderá, mediante
despacho motivado, abrir período de consulta pública para manifestação de terceiros, antes da decisão do
pedido, se não houver prejuízo para a parte interessada.
A abertura da consulta pública será objeto de divulgação pelos meios oficiais, a fim de que pessoas físicas
ou jurídicas possam examinar os autos, fixando-se prazo para oferecimento de alegações escritas.
O comparecimento à consulta pública não confere, por si, a condição de interessado do processo, mas
confere o direito de obter da Adm. resposta fundamentada, que poderá ser comum a todas as alegações
substancialmente iguais. Antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, diante da relevância da
questão, poderá ser realizada audiência pública para debates sobre a matéria do processo.
Os órgãos e entidades adm., em matéria relevante, poderão estabelecer outros meios de participação de
administrados, diretamente ou por meio de organizações e associações legalmente reconhecidas.
Os resultados da consulta e audiência pública e de outros meios de participação de administrados deverão
ser apresentados com a indicação do procedimento adotado.
Quando necessária à instrução do processo, a audiência de outros órgãos ou entidades administrativas
poderá ser realizada em reunião conjunta, com a participação de titulares ou representantes dos órgãos
competentes, lavrando-se a respectiva ata, a ser juntada aos autos.
Quando o interessado declarar que fatos e dados estão registrados em documentos existentes na própria
Administração responsável pelo processo ou em outro órgão administrativo, o órgão competente para a
instrução proverá, de ofício, à obtenção dos documentos ou das respectivas cópias.
O interessado poderá, na fase instrutória e antes da tomada da decisão, juntar documentos e pareceres,
requerer diligências e perícias, bem como aduzir alegações referentes à matéria objeto do processo.
Os elementos probatórios deverão ser considerados na motivação do relatório e da decisão.
Somente poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada, as provas propostas pelos interessados
quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias.
Quando for necessária a prestação de informações ou a apresentação de provas pelos interessados ou
terceiros, serão expedidas intimações para esse fim, mencionando-se data, prazo, forma e condições de
atendimento. Não sendo atendida a intimação, poderá o órgão competente, se entender relevante a
matéria, suprir de ofício a omissão, não se eximindo de proferir a decisão.
Quando dados, atuações ou documentos solicitados ao interessado forem necessários à apreciação de
pedido formulado, o não atendimento no prazo fixado pela Adm. para a respectiva apresentação implicará
arquivamento do processo.
Os interessados serão intimados de prova ou diligência ordenada, com antecedência mínima de 3 dias
úteis, mencionando-se data, hora e local de realização.
Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo, o parecer deverá ser emitido no prazo
máximo de 15 dias, salvo norma especial ou comprovada necessidade de maior prazo. Se um parecer
obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo não terá seguimento até a
respectiva apresentação, responsabilizando-se quem der causa ao atraso. Se deixar de ser emitido no
prazo fixado, o processo poderá ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo da
responsabilidade de quem se omitiu no atendimento.
Quando por disposição de ato normativo devam ser previamente obtidos laudos técnicos de órgãos adm. e
estes não cumprirem o encargo no prazo assinalado, o órgão responsável pela instrução deverá solicitar
laudo técnico de outro órgão dotado de qualificação e capacidade técnica equivalentes.
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 146 de 148
Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-se no prazo máximo de 10 dias, salvo se
outro prazo for legalmente fixado. Em caso de risco iminente, a Adm. Pública poderá motivadamente
adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado.
Os interessados têm direito à vista do processo e a obter certidões ou cópias reprográficas dos dados e
documentos que o integram, ressalvados os dados e documentos de terceiros protegidos por sigilo ou
pelo direito à privacidade, à honra e à imagem.
O órgão de instrução que não for competente para emitir a decisão final elaborará relatório indicando o
pedido inicial, o conteúdo das fases do procedimento e formulará proposta de decisão, objetivamente
justificada, encaminhando o processo à autoridade competente.
A Adm. tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos adm. e sobre solicitações ou
reclamações, em matéria de sua competência.
Concluída a instrução de processo adm., a Adm.tem o prazo de até 30 dias para decidir, salvo prorrogação
por igual período expressamente motivada.
Os atos adm. deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos,
propostas e relatórios oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.
A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com
fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte
integrante do ato. Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico
que reproduza os fundamentos das decisões, desde que não prejudique direito ou garantia dos
interessados. A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou de decisões orais constará
da respectiva ata ou de termo escrito.
O interessado poderá, mediante manifestação escrita, desistir total ou parcialmente do pedido formulado
ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis. Havendo vários interessados, a desistência ou renúncia atinge
somente quem a tenha formulado. Conforme o caso, não prejudica o prosseguimento do processo, se a
Administração considerar que o interesse público assim o exige.
O órgão competente poderá declarar extinto o processo quando exaurida sua finalidade ou o objeto da
decisão se tornar impossível, inútil ou prejudicado por fato superveniente.
A Adm. deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
O direito da Adm. de anular os atos adm. de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários
decai em 5 anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. No caso de
efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do 1º pagamento.
Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade que importe impugnação
à validade do ato.Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo
a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Adm.
Das decisões adm. cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito.
O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de 5
dias, o encaminhará à autoridade superior. Salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo
independe de caução. Se o recorrente alegar que a decisão administrativa contraria enunciado da súmula
vinculante, caberá à autoridade prolatora da decisão impugnada, se não a reconsiderar, explicitar, antes de
encaminhar o recurso à autoridade superior, as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula,
conforme o caso.
O recurso administrativo tramitará no máximo por 3 instâncias adm., salvo disposição legal diversa.
Têm legitimidade para interpor recurso administrativo:
I - os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo;
II - aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela decisão recorrida;
III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos;
IV - os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos.
Salvo disposição legal específica, é de 10 dias o prazo para interposição de recurso administrativo,
contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida.
CLDF 2018 RESUMO GERAL Página 147 de 148
Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso administrativo deverá ser decidido no prazo máximo de 30
dias, a partir do recebimento dos autos pelo órgão competente. O prazo poderá ser prorrogado por igual
período, ante justificativa explícita.
O recurso interpõe-se por meio de requerimento no qual o recorrente deverá expor os fundamentos do
pedido de reexame, podendo juntar os documentos que julgar convenientes.
Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo.
Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da execução, a autoridade
recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso.
Interposto o recurso, o órgão competente para dele conhecer deverá intimar os demais interessados para
que, no prazo de 5 dias úteis, apresentem alegações.
O recurso não será conhecido quando interposto:
I - fora do prazo;
II - perante órgão incompetente - será indicada ao recorrente a autoridade competente, sendo-lhe
devolvido o prazo para recurso.;
III - por quem não seja legitimado;
IV - após exaurida a esfera administrativa.
O não conhecimento do recurso não impede a Adm. de rever de ofício o ato ilegal, desde que não ocorrida
preclusão administrativa.
O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou
parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua competência. Se puder decorrer gravame à
situação do recorrente, este deverá ser cientificado para que formule suas alegações antes da decisão.
Se o recorrente alegar violação de enunciado da súmula vinculante, o órgão competente para decidir o
recurso explicitará as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso.
Acolhida pelo STF a reclamação fundada em violação de enunciado da súmula vinculante, dar-se-á ciência
à autoridade prolatora e ao órgão competente para o julgamento do recurso, que deverão adequar as
futuras decisões administrativas em casos semelhantes, sob pena de responsabilização pessoal nas
esferas cível, administrativa e penal. Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser
revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias
relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada.
Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção.
Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial, excluindo-se da contagem o dia do
começo e incluindo-se o do vencimento.
Considera-se prorrogado o prazo até o 1º dia útil seguinte se o vencimento cair em dia em que não houver
expediente ou este for encerrado antes da hora normal.
Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo.
Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no mês do vencimento não
houver o dia equivalente àquele do início do prazo, tem-se como termo o último dia do mês.
Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos processuais não se suspendem.
As sanções, a serem aplicadas por autoridade competente, terão natureza pecuniária ou consistirão em
obrigação de fazer ou de não fazer, assegurado sempre o direito de defesa.
Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou instância, os procedimentos administrativos em que
figure como parte ou interessado:
IV - pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla, neoplasia maligna, hanseníase, paralisia
irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante,
nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante),
contaminação por radiação, síndrome de imunodeficiência adquirida, ou outra doença grave, com base em
conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída após o início do
processo.