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SERVIÇO SOCIAL
ALUNA
CIDADE
2020
ALUNA
Orientador:
Patricia Soares Alves da Silva
Paulo Sergio Aragão
Maria Angela Santini
Amanda Boza Gonçalves
CIDADE
2020
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...... .................................................................................................03
2 DESENVOLVIMENTO............................................................................................04
3 CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA – A DESPROTEÇÃO E A EVOLUÇÃO DOS
DIREITOS...................................................................................................................04
4 AS VULNERABILIDADES NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA...........................11
4.1 PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA...........................................................................15
4.2 PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA....................................................................17
5 AÇÃO INTERSETORIAL E REDES: BASES LOCAIS DE PROTEÇÃO E
DESENVOLVIMENTO...............................................................................................18
6 INSTRUMENTAL TÉCNICO DO ASSISTENTE SOCIAL......................................20
CONCLUSÃO............................................................................................................25
REFERÊNCIAS..........................................................................................................26
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INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
Por outro lado, o mesmo código em seu artigo 154, dizia que: se um homem
abusasse sexualmente de sua própria filha, a pena máxima era a sua expulsão da
cidade. Ou seja, a punição das crianças era muito severa e cruel enquanto a dos
adultos era amena.
Em Roma (449 a.C.) a Lei das XII Tábuas - 1º permitia ao pai matar o filho
que nascesse disforme, mediante o julgamento de cinco vizinhos; 2º o pai
tinha legítimo o direito de vida e de morte sobre os filhos, inclusive para
vende-los. Em Roma e também na Grécia antiga, o pai como chefe da
família, podia castigar, condenar e expulsar a mulher e os filhos, visto que
não possuíam nenhum tipo de direito. Em Esparta, as crianças doentes ou
portadoras de malformações congênitas eram sacrificadas, pois, desde
cedo serviam para atender interesses políticos, sendo selecionadas, pelo
porte físico, para ser guerreiros, ou seja, eram objeto de direito estatal
(AZAMBUJA, 2016, P. 56).
Muito pior que o homem ser supervalorizado pelas sociedades antigas onde
prevalecia o império machista com seu paternalismo, é a total falta de compaixão, o
total descaso para com as crianças e principalmente a perversidade para com as
portadoras de deficiência, que não tinham sequer direito à vida.
Vanuchi (2010, p. 52), cita outra situação relevante de sacrifício dos infantes,
no reinado do paganismo, quando “Herodes, rei da Judeia mandou executar todas
as crianças menores de dois anos, na tentativa de atingir Jesus Cristo, conhecido
como rei dos judeus”.
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Até o século XII, o índice de mortalidade infantil era muito alto devido
precárias condições de higiene e saúde. Desse modo, havia nos períodos medievais
uma insensível postura dos pais com relação aos filhos. Conforme Heywood (2004),
“os bebês abaixo de dois anos, em particular, sofriam um descaso assustador, pois,
os pais consideravam pouco aconselháveis investir muito tempo ou esforço em um
pobre animal suspirante, que tinha tantas probabilidades de morrer com pouca
idade”.
Houve uma época, por volta do século XVII, segundo Júnior (2012),
que as crianças foram tratadas como o centro das atenções e tinham permissão
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para tudo até completar seis anos de idade. A partir dos sete, lhe era cobrada uma
postura de responsabilidades semelhantes à de uma pessoa adulta. Em razão disso
e para que atendessem aos desejos dos adultos, as crianças eram severamente
castigadas, punidas fisicamente, espancadas com chicotes, ferros e paus.
O Estado, por sua vez, assume outro papel com relação à criança:
No século XIX, o Estado, que se interessa cada vez mais pela criança,
vítima, delinquente ou simplesmente carente, adquire o habito de vigiar o
pai. A cada carência paterna devidamente contatada, o Estado se propõe
substituir o faltoso, criando novas instituições. (...) É verdade, não obstante,
que a política de assumir e proteger a infância traduziu-se não apenas numa
vigilância cada vez mais estreita da família, mas também na substituição do
patriarcado familiar por um “patriarcado de Estado”. Até o final do século
XIX, a criança foi vista como um instrumento de poder e de domínio
exclusivo da Igreja (BADINTER, 1985, p.288-289).
“A Selva”, Álvaro Maia “Beiradão”, entre outras, cujas características são o contato e
a experiência dos escritores no mundo do seringal.
4.1 PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA
4.2 PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA
modo de gestão.” Assim, “um novo conceito de rede se apresenta como elemento
estratégico na administração dos negócios e no fazer público.”
A referida autora relaciona o conjunto de redes - em âmbito
municipal ou do microterritório que, de alguma forma, atuam para garantir a proteção
e o desenvolvimento social - em cinco tipologias. Uma primeira tipologia são as
redes sociais espontâneas: nascem do núcleo familiar ampliado (grupos de
vizinhança, clubes, igrejas) e são marcadas pela reciprocidade, cooperação
solidariedade, afetividade e interdependência. São as famílias pobres que mais
encontram apoio e proteção nessa rede. Uma segunda tipologia relaciona as redes
de serviços sociocomunitários: constituem-se numa extensão das redes sociais
espontâneas. Atendem demandas mais coletivas no espaço local e são identificadas
por estabelecer relações cidadãs e solidárias na produção de um bem comum. Uma
terceira tipologia são as redes sociais movimentalistas: fortalecem as redes nascidas
na comunidade, na sociedade, configurando-se como movimentos sociais de defesa
de direitos, de vigilância e lutas por melhores índices de qualidade de vida, a
exemplo, movimento de luta por moradia, por creche, ações populares por serviços
de saúde, o movimento dos sem-terra, etc. Essas lutas têm conquistado a expansão
da rede de serviços públicos e a inclusão de formas de participação popular na
definição das políticas públicas. Esse tipo de rede reúne uma multiplicidade e uma
heterogeneidade de interlocutores e parceiros interessados em instituir de modo
público as garantias para a proteção e o desenvolvimento social. Nesse sentido, os
conselhos municipais têm um importante papel a desempenhar: o de articulador
dessas redes na perspectiva da qualificação, ampliação e defesa de direitos e do
atendimento das demandas sociais. A quarta tipologia é a rede privada: o mercado
constitui-se no grande agente dessa rede. Embora acessível a parcelas restritas da
população, a rede privada oferece serviços mais especializados e de cobertura
ampla. Costuma ser estendida aos trabalhadores do mercado formal (via convênios),
possibilitando-lhes acessar outras opções de atendimento, que não somente
aquelas ofertadas pelo Estado. E, por fim, há a quinta tipologia que reúne as redes
setoriais públicas: podem ser denominadas como “aquelas que prestam serviços de
natureza específica e especializada, resultantes das obrigações e dos deveres do
Estado para com seus cidadãos. Essas redes abrangem serviços consagrados pelas
políticas públicas setoriais” (CARVALHO, 1995, p.18-19). Cury (1999, p.52) ressalta
que a palavra rede transformou-se atualmente na forma mais eficiente de articulação
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REFERÊNCIAS
ÁRIES, Philippe. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: LTC, 1981.
AZAMBUJA, Maria Regina Fay de. Violência sexual intrafamiliar: é possível proteger
a criança? Artigo publicado na Revista Virtual Textos & Contextos, nº 5, nov. 2016.
08 set 2020..