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Como não podemos ter cargas dentro, o único lugar que sobra para qualquer carga estar, é na
superfície do condutor.
(iv) O condutor é uma superfície equipotencial (V = constante)
Isso segue diretamente da simples computação do potencial elétrico:
𝑏
𝑉(𝑏) − 𝑉 (𝑎) = ∫ 𝑬 ∙ 𝑑𝒍 = 0 ↔ 𝑉(𝑏) = 𝑉(𝑎)
𝑎
†caiomatheus.phy@gmail.com
22/02/2021
Se isso não fosse assim, as cargas iriam imediatamente se mover ao redor da superfície do
condutor até que a componente tangencial desaparecesse.
Sendo perpendicular à superfície, as cargas não podem se movimentar. Isso segue
diretamente se lembrarmos que E = − 𝛁 ∙ 𝑉.
∮ 𝑬 ∙ 𝑑𝑨 = 0 ↔ 𝑄𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 = 𝑞 + 𝑞𝐼𝑛𝑑 = 0
𝑆
∴ 𝑞𝐼𝑛𝑑 = −𝑞
𝜎
𝑬𝐴𝑐𝑖𝑚𝑎 − (𝑬𝐴𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜 ) = ̂
𝒏
𝜀0
E sabendo que o campo elétrico dentro do condutor é nulo (𝑬𝐴𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜 = 0)
𝜎
𝑬𝐴𝑐𝑖𝑚𝑎 = ̂
𝒏
𝜀0
Para qualquer ponto logo acima do condutor, podemos escrever também que:
𝜕𝑉
𝜎 = −𝜀0
𝜕𝒏
Na presença de um campo elétrico, uma carga (Q) na superfície vai sentir uma força F = QE,
se dividirmos os dois lados pela área superficial termos que, por unidade de área:
𝑭
≔ 𝒇 = 𝜎𝐄
𝐴
22/02/2021
𝜎2 𝜀0 2
𝒇= ̂
𝒏 & 𝝆= 𝑬
2𝜀0 2
2.5.4 – Capacitores
Uma aplicação imediata dos condutores é, colocada dois corpos de cargas contrarias (+Q e
-Q), podemos criar um campo elétrico entre esses corpos, de tal forma que podemos definir uma
quantidade totalmente geométrica, chamada de Capacitância (C), que será uma medida de quantas
cargas cabem em uma diferença de potencial de 1 volt:
𝑄 𝑐𝑜𝑢𝑙𝑜𝑚𝑏
𝐶 ∶= [𝐶] = ≡ 𝐹𝑎𝑟𝑎𝑑
𝑉 𝑣𝑜𝑙𝑡
Podemos nos perguntar, qual é o trabalho para carregar (fabricar) o capacitor a sua carga final
Q, por exemplo: tirar todas as cargas de um corpo para que a diferença de carga seja +Q e –Q.
Podemos calcular isso usando:
𝑞
𝑑𝑊 = ( ) 𝑑𝑞
𝐶
Onde q é a carga inicial, que ao somar com as outras cargas nos dará Q total, logo:
𝑄
𝑞 𝑄2 1 2
𝑊 = ∫ ( ) 𝑑𝑞 = ∴ 𝑊= 𝐶𝑉
0 𝐶 2𝐶 2