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1992
O CÍRCULO E A LINHA
por Newton Bignotto
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06/03/2021 O círculo e a linha - Artepensamento
Resumo
Nos textos políticos do Quattrocento italiano vemos, com certa frequência, referências ao
tempo e à história usando a imagem do círculo tal como o modelo da antiguidade greco-
romana. O retorno ao círculo como imagem do tempo foi uma resposta direta ao dualismo
medieval e à divisão da história operada por santo Agostinho.
Na concepção cristã, a imagem que melhor sintetiza o tempo é a linha. É essa imagem que
corresponde à forma bíblica de pensar o desenrolar da presença do homem no mundo. No
pensamento cristão o tempo não pode ser separado da história.
Santo Agostinho foi levado a separar a história das instituições humanas, dos Estados e
mesmo das formas de organização religiosa, da verdadeira história sagrada. O dualismo
agostiniano causou uma forte depreciação das atividades puramente humanas. Temos aí a
política como exemplo. Se o tempo dos homens era um intervalo na eternidade, tudo o que contestações
fazemos durante nossa permanência na terra tem pouco significado do ponto de vista de
Deus. Tal concepção sofreu fortes ataques a partir do final do século XII. O primeiro ataque
veio dos juristas: se tudo está destinado a morrer, qual o sentido em fixar as regras de
convívio e de autoridade? Porém, o ataque mais forte veio dos averroístas que recuperaram a
doutrina aristotélica da eternidade do mundo e do tempo, afirmaram que os céus não foram
criados, que não haveria ressurreição, pois não tinha havido criação no sentido bíblico.
As repúblicas da época enfrentavam os desafios de afirmar seu direito a criar seu próprio
corpo de leis e mostrar que suas leis eram tão válidas quanto as do Império, ou da Igreja.
Defender a República contra o Império, ou contra os governos monárquicos, era assim
participar do retorno às fontes do pensamento antigo.
O humanismo cívico foi um fenômeno restrito a algumas cidades e conviveu com uma Igreja
que havia recuperado seu poder temporal e com a expansão das monarquias em toda a
Europa. Mas, em geral, os humanistas continuaram a professar a fé cristã e a conviver com
uma série de valores contraditórios.
Mais do que voltar, portanto, ao tempo circular, o Renascimento produziu uma notável
abertura que exigia um novo conceito de tempo e uma nova forma de pensar a história.
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Nenhum autor sintetiza melhor do que Pico della Mirandola a imagem que os
pensadores italianos tinham do homem. Em sua célebre Oratio de hominis dignitate,
ele nos fala de maneira eloquente desse ser cheio de potencialidades que, ao
contrário dos outros animais, recebeu de Deus o direito de forjar o próprio rosto. Diz
ele:
Ó Adão, nós não te demos nenhum lugar determinado, nem uma fisionomia própria,
nem dons particulares, para que teu lugar, tua fisionomia, os dons que vieres a desejar,
tu os tenhas e os possuas de acordo com teus votos e segundo tua vontade. Para os
outros, sua natureza definida é regida por leis que lhes foram prescritas, tu, tu não és
limitado por nenhuma barreira, é de tua própria vontade, do poder que te dei, que tu
determinas tua natureza. Eu te instalei no meio do mundo, para que examines mais
comodamente tudo o que nele existe. Nós não te fizemos nem celeste, nem terrestre, nem
mortal, nem imortal, a fim de que, senhor de ti mesmo e tendo a honra e a tarefa de
modelar teu ser, tu te componhas da forma que preferires. Tu poderás degenerar em
formas inferiores, que são animais, tu poderás, por decisão de teu espírito, ser
[1]
regenerado em formas superiores, que são divinas.
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Um homem assim constituído certamente não pode compreender sua passagem pelo
mundo da mesma forma que os homens a compreendiam em plena Idade Média.
Pico sugere não só que não somos prisioneiros de nenhuma lei externa, mas que
podemos escolher nossa própria natureza, moldando-a segundo nossos desejos e
criando nossas próprias leis. O que essa imagem de um homem totalmente livre tem
de encantadora não é a descoberta do caráter não necessário das escolhas que
operamos no mundo, os medievais já sabiam disso, e sim o fato de que o pensador
italiano sugere que podemos inventar uma natureza e também sua forma de estar no
mundo. Em outras palavras, somos os inventores de nossa natureza e também de
nossa história. Os pensadores medievais, santo Agostinho em primeiro lugar, sabiam
que a liberdade não pode ser limitada por nada que lhe seja exterior, pois, nesse
caso, haveria uma lei maior que teria o poder de constranger-nos a agir apesar de
nossa vontade, mas não acreditavam que o sentido de nossa história pudesse vir de
nossos atos particulares. Se podemos sempre escolher entre múltiplas possibilidades,
inclusive o pecado e a falta, essas escolhas nos confrontam com uma história cujo
significado não depende de nós. O que Pico diz, portanto, é ainda mais radical do
que a simples afirmação da liberdade da vontade. O que ele afirma é que criamos
com nossas ações o sentido do tempo em que vivemos e, de maneira geral, o sentido
da história.
As afirmações de Pico nos levam a pensar que o Renascimento italiano foi capaz de
elaborar não só uma nova antropologia, mas também uma nova teoria da história.
Essa sugestão se torna mais forte quando lembramos que nenhuma época foi tão
feliz em criar uma imagem do passado à sua própria imagem quanto o
Renascimento. Já com Leonardo Bruni, no começo do século XV, encontramos a
caracterização da Idade Média como a idade das trevas, em oposição aos tempos
luminosos que despontavam para a Itália com a retomada dos antigos ideais greco-
[2]
romanos. Por outro lado, o número de filósofos italianos que ao longo do
Quattrocento e do Cinquecento escreveram obras em contradição com os princípios
da filosofia escolástica, dominante nas universidades no final do século XIV, mostra
que a Itália foi palco de uma revolução cultural que não poderia ter deixado de
renovar a concepção de temporalidade e de história. O que devemos perguntar é se o
Renascimento italiano forjou efetivamente uma nova concepção da história e do
tempo, e em caso positivo qual foi ela. Dito com outras palavras, que tempo
d h d d
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corresponde ao homem criador de sua natureza e de seu mundo, que história resulta
de nossa liberdade?
A primeira dificuldade para responder a essa questão vem do fato de que Pico della
Mirandola nada disse em seus escritos que pudesse nos ajudar. Se sua obra, cujo
cunho retórico é evidente, é plena de sugestões, não podemos esperar dela a
[3]
sistematização dos problemas que levanta. A essa primeira dificuldade se soma o
fato de que os historiadores italianos, que renovaram a escrita da história,
abandonando inteiramente a crônica medieval, não se preocuparam em elaborar
uma teoria da história e muito menos em discutir a natureza do tempo em geral. A
maior parte se contentou em seguir os cânones elaborados pelos autores gregos,
deixando de lado até mesmo as questões metodológicas próprias ao trabalho ao qual
se dedicavam. Com raras exceções — Pontano, Calco, Valla —, os escritores italianos
não pareciam sensíveis aos problemas teóricos criados pela apropriação de um
modelo ligado a uma outra tradição. Eles escreviam uma nova história, com a
confiança ingênua de que estavam deixando de lado os séculos obscuros que
[4]
adormeceram a herança dos antigos.
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A imagem que melhor sintetiza o tempo, tal como o pensamento cristão o concebe
em sua sucessão contínua de momentos, é a linha. Essa imagem corresponde, em
primeiro lugar, à forma bíblica de pensar o desenrolar da presença do homem no
mundo. Ao momento da Criação, que dá origem ao tempo dos homens, se segue
uma série de momentos que nos conduzem ao encontro da verdade revelada, o
tempo messiânico em que o passado se funde na eternidade de Deus. No
pensamento judaico, como no Antigo Testamento, o tempo é pensado como essa
tensão entre a Criação, a gênese, e o futuro, que coincide com o fim dos tempos. O
centro de gravidade de toda a linha do tempo está voltado para a frente, de sorte
[8]
que o sentido do que acontece só nos é revelado pelo que vier a acontecer.
O cristianismo introduz um dado novo nesse esquema, que o altera de forma radical:
a vinda do Cristo. Com efeito, a presentificação da palavra de Deus quebra ao meio a
linha que unia a Criação ao Juízo Final. Com isso podemos nos perguntar se a
concepção neotestamentária não produz na verdade uma teoria absolutamente
original sobre o tempo. A linha permanece sendo sua imagem, mas não podemos
mais nos servir do futuro para explicar o passado. Se o Cristo marca, como diz Lucas,
a passagem da escravidão à liberdade, devemos supor que sua vinda tem
importância para a história dos homens em geral, e não se situa num plano meta-
histórico. A conclusão principal a que chegamos é que a história tem um significado
em si, e que o tempo também o tem, pois é convertido no tempo dessa história, cujo
[9]
caráter essencial define.
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Devemos notar, de início, que no pensamento cristão o tempo não pode ser separado
da história. Com o passar dos anos, os acontecimentos não perdem a significação,
mas, ao contrário, dão ao tempo seu sentido e sua orientação. A chave para a
compreensão da questão que nos interessa é, assim, a figura do Cristo. Sua vinda
transformou completamente o significado dos momentos em que esteve no mundo.
De um lado, Ele os tornou essenciais não somente para o entendimento do passado,
cujos sinais passaram a ser interpretados levando-se em conta o que possuíam de
relevante para indicar a vinda de Deus entre os homens, mas também para a
compreensão do futuro, que completará a história dos homens, fundindo-a na
eternidade. Como nos diz Pàttaro: “O Cristo é o término e o objetivo da história, e o
[10]
tempo é a condição que torna possível essa dupla afirmação”. Assim,
contrariamente às filosofias helênicas, que concebiam o tempo fechado num círculo
sem saída e sem fim, o cristianismo atribui ao tempo o máximo de potencialidades e
de significação.
Para desvendar o segredo dos diversos momentos da história é preciso não esquecer
que o tempo decisivo — kairós — é o tempo do Cristo, que tem uma dimensão
escatológica e que domina todos os outros. Se quisermos saber qual o significado de
um dado evento é necessário relacioná-lo à vinda do Cristo e ao fato de que Ele era
uma prefiguração da plenitude do tempo. Com isso, fica claro que não podemos mais
pensar em uma história humana, que se desenrola em direção ao futuro, mas
devemos compreendê-la como uma série de eventos que participam da história
bíblica e a ela estão submetidos, numa tensão entre um futuro que a realiza e um
passado que a ilumina. Devemos, pois, falar não mais em uma história, mas em
histórias. De um lado, temos a história sagrada, sucessão de eventos reveladores da
presença de Deus; de outro, a história secular, produto da vida em comum dos
homens, e da falta original.
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Santo Agostinho adotou essa posição clássica do cristianismo, mas procurou precisar-
lhe o sentido. De um lado, mostrando que a descrição da história sagrada só podia
ser obra de profetas diretamente inspirados por Deus, que se expressaram nos livros
sagrados; de outro, ele foi levado a separar a história das instituições humanas, dos
Estados e mesmo das formas de organização religiosa, da verdadeira história
sagrada. Escatologia e história secular passaram a ser vistas como realidades
totalmente diversas. Ele condenava, assim, os que buscavam no mundo dos homens,
em suas instituições, os sinais da obra de Deus. De uma certa maneira a escatologia
[13]
estava fora da história. O dualismo agostiniano não significava, no entanto, que
pudéssemos simplemente desprezar tudo o que acontece nas sociedades humanas.
Se a ação circunstancial não é necessariamente fundamental para a salvação, é
preciso ver que há uma interpenetração entre a história sagrada e o saeculum, pois
os atos destinados a conduzir os homens à salvação não podem ser perpetrados em
outro tempo que não tempo dos homens. De maneira menos radical, podemos dizer
que Deus também está presente na história dos homens, embora não conheçamos o
sentido de sua presença, e, assim, não possamos saber de que maneira Ele a
influencia. A história sagrada, ao contrário, nos é desvelada pelo próprio Deus e
aponta para a redenção. Apesar de ter instaurado um dualismo que marcou
decisivamente o pensamento cristão, Agostinho deixou aberta a porta para a
compreensão da ambiguidade fundamental do tempo dos homens. A constatação da
existência de duas ordens históricas diferentes não significou o abandono de todas as
preocupações com os negócios humanos, mas sua reorientação em função do
processo escatológico.
A CRISE DO DUALISMO
Poderíamos imaginar que o retorno que muitos pensadores italianos do
Renascimento operaram ao círculo como imagem do tempo foi uma resposta direta
ao dualismo medieval e à divisão da história operada por santo Agostinho. Se
lembrarmos que o ponto de partida para esse processo foi a volta aos textos da
Antiguidade, que associamos com certa facilidade à circularidade do tempo,
chegaremos à conclusão de que a ruptura com o pensamento cristão, no que
concerne à questão que nos interessa, fez parte de um movimento muito mais amplo
e complexo de volta ao passado, que não poderia deixar de alterar também a
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e complexo de volta ao passado, que não poderia deixar de alterar também a
maneira de ver o problema da temporalidade.
A primeira pressão veio dos juristas que buscavam formular uma teoria sobre a
continuidade das instituições políticas e sociais. Se tudo está destinado a morrer,
qual o sentido em fixar as regras de convívio e de autoridade, além da utilidade
reconhecida por Agostinho de garantir a paz e a tranquilidade para os membros da
cidade de Deus? Como elaborar teoricamente coisas tão banais quanto a cobrança de
tributos, se as estruturas políticas estão condenadas à morte num espaço de tempo
[14]
que pode inclusive ser breve?
O ataque mais violento, no entanto, contra o edifício agostiniano foi feito pelos
averroístas, que reviveram a doutrina aristotélica da eternidade do mundo. Os
averroístas afirmavam que não somente o mundo é eterno, mas que o tempo é
eterno, que os céus não foram criados, que não haveria ressurreição, pois não tinha
havido criação no sentido bíblico. O tempo deixou de ser o símbolo da
provisoriedade e da morte, para se transformar num elemento de vivificação e de
duração da vida. É claro que o que era imortal não eram os homens particulares,
[15]
mas a espécie, o gênero.
Não podemos estabelecer nenhum laço causal entre os ataques e querelas averroístas
e os esforços jurídicos de formulação da continuidade das formas políticas, mas é
certo que, a partir do século XIII, uma reformulação das teorias medievais sobre a
temporalidade se impôs. São Tomás foi sensível a esse apelo e procurou encontrar
uma resposta recuperando a noção de aevum, o tempo dos anjos, uma forma de
eternidade que, sem compartilhar a eternidade divina, introduzia no mundo dos
homens uma sequência temporal não sujeita à destruição. Isso permitiu ao
cristianismo encontrar uma resposta para questões políticas que o agostinismo
deixava inteiramente de lado. O que é fundamental, para nós, não é, entretanto, o
debate erudito que dominou as universidades do final da Idade Média, e sim o fato
de que se criou o clima necessário para uma reavaliação das teorias medievais sobre
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o tempo e a história.
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Para buscar uma resposta à nossa questão é preciso deixar de lado as considerações
teóricas e procurar no terreno político as dificuldades causadas pela concepção linear
do tempo.
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A resposta elaborada por homens como Salutati, ou Leonardo Bruni, tinha duas
faces. Em primeiro lugar, eles procuravam mostrar que as cidades republicanas,
Florença em particular, haviam nascido sob os auspícios da República romana e não
do Império. Com isso queria-se provar que a liberdade era a forma natural de suas
constituições. Como essa afirmação era acompanhada do retorno a certos textos da
Antiguidade, que passaram a ser reverenciados como palavras divinas, revitalizou-se
uma teoria das origens, que viria a ser essencial para todo o republicanismo do
Quattrocento. Segundo a ideia que os humanistas tinham da origem de uma cidade,
as características de seu começo eram determinantes para todas as suas ações
futuras. Elas podiam até mesmo permanecer submersas, devido à opressão ou à
corrupção dos homens, mas tinham o poder de influenciar os rumos da cidade,
quando essa recuperava as condições que haviam feito dela uma cidade livre. Esse
era o caso de Florença, que se tornara, nas últimas décadas do século, um polo de
desenvolvimento e de resistência aos ataques desferidos pela Igreja e pelas tiranias
[22]
italianas. Defender a República contra o Império, ou contra os governos
monárquicos, era assim participar do retorno às fontes fecundas do pensamento
antigo.
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