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BACTERIOLOGIA
O tipo DE MEIO DE CULTURA utilizado para cultivar depende de vários fatores: Origem
do material a ser analisado; A espécie que se imagina estar presente nesta amostra; As
necessidades nutricionais dos organismos. ÁGAR: polissacarídeo complexo indigerível.
não-tóxico, derrete somente a 100ºC, mas solidifica-se a cerca de 45ºC, mantêm-se
estável mesmo sob temperaturas de esterilização (120ºC); fisiologicamente inerte
(muito poucas bactérias expressam enzimas capazes de digeri-lo). Algumas bactérias
não crescem bem em meio de cultura, ou ainda, não foi elaborado ainda um meio de
cultura ideal para seu crescimento. Ex: Bacilo de Koch, bacilo de Hansen, Treponema
pallidum.
CRESCIMENTO BACTERIANO: muitas têm tempo de geração (população dobra –
crescimento exponencial) médio de 20 minutos. Utiliza distintas fontes de carbono e
nitrogênio. Sucesso = grau de adaptação. Uma população bacteriana é um sistema
dinâmico, com células se dividindo e morrendo todo o tempo. FATORES QUE AFETAM
O CRESCIMENTO BACTERIANO: tipo de ambiente, população, presença de outros
microrganismos predadores, nutrientes essenciais (***CARBONO E NITROGÊNIO,
glicose, Fe, Ca, Mg, K, P, Na, Cl, etc...), temperatura, pH, osmolaridade, oxigênio, luz,
presença de agentes antimicrobianos (antibióticos).
COLÔNIAS são agregados de centenas a milhares de células bacterianas, da mesma
espécie. Cooperação x competição.
MORFOLOGIA BACTERIANA: flagelos, fímbrias ("Pili" são organelas filamentosas mais
curtas e delicadas que os flagelos, constituídas por uma proteína chamada pilina e
presentes em muitas bactérias – troca material genético na conjugação e adere às
mucosas), cápsula (camada viscosa, geralmente polissacarídea, relacionada à
virulência – resistência à fagocitose).
ESPOROS: parede celular espessa; Altamente resistentes a agentes físicos (dessecação
e aquecimento) e químicos (antisépticos); Capaz de permanecer em estado latente por
longos períodos e de germinar dando início a nova célula vegetativa – sobrevivência
em condições desfavoráveis. Forma de sobrevivência -> permanecem latentes. Mais
em fungo que em bactéria. Exemplo bacteriano: tétano.
ENTRADA DE MICROORGANISMOS: Ingestão (salmonela); Inalação (pneumococo);
Penetração direta (leptospirose, sífilis); Traumatismo; Picada de agulha; Picada de
artrópodes (carrapato); Transmissão sexual; Transplacentária (HIV, sífilis).
PATOGENIA BACTERIANA: Adesão, colonização e invasão: Presença de adesinas
presentes na parede celular bacteriana que se ligam a receptores presentes nas
membranas das células epiteliais; Fímbrias (PILI); Secreção de substâncias
(polissacarídeos) que facilitam a adesão; Capacidade de enganar o sistema imune.
Sempre que tem pus é doença bacteriana. Deve ser feita cultura e escolhido o melhor
antibiótico.
Bactérias e fungos tornam líquidos transparentes em turvos.
Sinusite: secreção purulenta. Coriza é meio natural de cultura.
Produção de gás é indicativo de bactéria.
Uso de álcool prejudica a absorção do antibiótico já que seu receptor no intestino é o
mesmo.
Normalmente infecções são causadas por apenas uma espécie de bactéria, que pode
ter bactericidas para evitar que outras ocupem seu lugar.
PH!!
Urina, liquor, musculatura: devem ser estéreis – não pode ter bactéria
Bactérias flageladas têm maiores chances de sucesso.
Pili: ganchinhos que possibilitam a locomoção, aderindo a mucosa.
90% das infecções urinárias são causadas pela bactéria Escherichia coli, e ela tem pili.
Muito presente nas fezes. Infecção urinária de repetição: deve tomar muita água,
evitar deixar a bexiga muito cheia, fazer correta limpeza.
COLORAÇÃO DE GRAM:
Bactérias em forma de cocos que retêm a coloração de cristal violeta quando tratadas
pelo método de Gram. PUS!!!!
Os clinicamente importantes pertencem à família micrococcaceae ou
streptococcaceae, determinadas pela prova da catalase (bactéria em contato com
peróxido de hidrogênio, forma bolhas ou não). Micro é positiva e Strepto é negativa.
coagulase + S.
aureus
catalase +
micrococos coagulase -
Staphilococcus
Cocos gram + spp
catalase -
estreptococo
PATOGENICIDADE DO S.AUREUS: As enzimas extracelulares também são conhecidas
como invasinas. Promovem a invasão da bactéria ao tecido hospedeiro. Estes fatores
de virulência são suficientes para causar várias infecções em inúmeros sítios. As
infecções focais da pele causadas por S. aureus podem ocorrer em praticamente
qualquer região do corpo.
ESTAFILOCOCIA: Em pacientes hospitalizados, recém nascidos e crianças abaixo de um
ano de idade, as manifestações clínicas tendem a ser de maior importância. As
infecções estafilococicas da pele tais como impetigo, contaminação de feridas
cirúrgicas ou em queimados, podem levar à septicemia e complicações graves como
osteomielite e outros focos metastáticos no coração, pulmão, sistema nervoso central,
rins. O furúnculo é uma pústula que acomete um Folículo piloso, causado por infecção
por S. aureus (exclusivamente). Trata com antibiótico. Um abcesso estafilocócico
profundo é uma pústula grande encistada que não supurou – deve fazer drenagem.
Ponto infectado na pele: 90% é causado por S. aureus. Síndrome da pele escaldada:
mais em crianças, parece que a pele está queimada.
Superantígenos: outra categoria de toxinas de S. aureus. Moléculas altamente
potentes estimuladoras do sistema imune (proliferação de linfócitos T não específicos).
Mecanismo bem conhecido mediado por citocinas. Enterotoxinas estafilocócicas (SEs)
causa uma síndrome extremamente comum caracterizada por emese dentro de
aproximadamente 4 horas após a ingestão, dor abdominal e MUITA diarréia. É
autolimitante, e dura em média 24 horas – não precisa antibiótico. Outras
enterotoxinas são a TSST-1 e as toxinas esfoliativas (ETs).
Fatores envolvidos em intoxicação alimentar: refrigeração inadequada; preparo do
alimento com muita antecedência; higiene inadequada do manipulador; cocção ou
processamento térmico inadequado; manutenção dos alimentos em T favoráveis à
sua multiplicação.
Síndrome do Choque Tóxico (TSS) é uma condição sistêmica grave caracterizada por
febre, hipotensão e choque. Pode ocorrer num evento menstrual ou não menstrual.
Ambos são causados pela infecção por cepas de S. aureus produtoras de TSST. P. ex: o
uso de OB por mais de 6 horas tampa o canal vaginal e forma um meio de cultura para
o S. aureus.
Estafilococia: Colonização das superfícies cutâneo-mucosas; (portadores
transitórios/permanentes); Doença aguda ou crônica, supurativa, localizada ou
disseminada; benigna, grave ou mesmo fatal, causada pela presença do estafilococo
ou pela ação de suas enzimas ou à distância, sem a presença do agente, por meio de
suas toxinas. Relaciona-se a condições de higiene precárias e fatores debilitantes da
imunidade do hospedeiro.
Fatores de virulência (potencial de escapar do sistema imunológico): Cápsula: camada
frouxa de polissacarídeos que protege as bactérias ao inibir a quimiotaxia e a
fagocitose.Também facilita a aderência à materiais sintéticos; PROTEÍNA A: se
encontra na parede da bactéria, covalentemente ligada ao peptideoglicano. Ela
impede que anticorpos interajam com as células fagocitárias. Leucocitina destrói
leucócitos. ADESINAS: Estão ancoradas no peptideoglicano e promovem a colonização
dos tecidos pelo S. aureus. ENZIMAS; TOXINAS.
FAMÍLIA STREPTOCOCCACEAE
AULA 04 – ANTIBIÓTICOS
SALMONELA
SHIGELLA:
Pode causar: pneumonias (40 a 60%), meningites, septicemias, otite média, infecções
oculares, sinusites, bacteremias.
Frequentemente associado a doença vírica prévia ou outras como DPOC, alcoolismo, I.
cardíaca, diabetes ou IRC
DIAGNÓSTICO: Critérios clínicos: taquipnéia, surgimento abrupto, calafrios, tremores,
febre persistente de 39-41. Geralmente apresenta sintomas de infecção viral de trato
respiratório 1-3 dias antes do aparecimento dos sintomas. Tosse produtiva com
escarro sanguinolento, pleurisia, gte nos lóbulos inferiores dos pulmões. Critérios
radiológicos: O padrão alveolar caracteriza-se por infiltrado lobar (condensações). O
padrão intersticial mostra espessamento peribrônquico, infiltrado intersticial difuso.
Critérios laboratoriais: Colônias ά-hemolíticas; Sem aglutinação com anti-soros
específicos; Sensíveis à Optoquina – diidrocloreto de etil-hidrocupreina ( halo >
15mm); Lise em presença de sais biliares – o resultado é positivo se houver lise
completa das colônias 30 min (teste da bile solubilidade). Existem ainda exames
inespecíficos somente para identificar se se trata de doença bacteriana ou viral.
TRATAMENTO: Maioria sensível à Penicilina; Resistência à eritromicina é freqüente;
resistência às penicilinas por altertação das PBP baixo nível e alto nível, cefalosporinas
de 3ªgeração, vancomicina. Procaína – atua nas VAI.
VACINA: 23 valente (antiga, só para pneumococos e pessoas com mais de 2 anos);
conjugada (polissacarídeo + proteína - além de produzir anticorpos, possui agentes
que induzem à sua grande formação, impedindo a pessoa até de ser portadora e
protege por 2-3 anos); heptavalente; decavalente; trezevalente (mais recente).
A bacteremia na pneumonia por pneumococo que ocorre entre 20 e 30% dos casos. O
surgimento dos sintomas da pneumonia por este agente, geralmente são precedidos
de sintomas de infecção viral do trato respiratório.
AULA ENTEROBACTÉRIAS: