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SEMIOLOGIA DO TÓRAX

PONTOS DE REFERÊNCIA
Ângulo de Louis: ângulo de 90° formado entre o segundo espaço
intercostal e a saliência do manúbrio external. Apartir dele
podemos contar as costelas.

Ângulo de Charpy/ costal: entre as duas costelas finais,


normalmente 90°. Maior que isso: pacientes brevilíneos. Menor
que isso: longilíneos.

região posterior: contamos as costelas de baixo para cima (a partir


da 12a), e pode ser junto às vertebras. Já na parte anterior, é mais
fácil contar afastando-se do manúbrio. O ângulo da escápula está
ao nível da 7a costela. Importante localizar o processo espinhoso
de C7 para a contagem das vértebras. A partir de T3 pode ser traçada uma linha imaginária até a 6a
costela, determinando os diferentes lobos pulmonares

Supraclavicular e infraclavicular.

Linhas médioesternal, hemiclavicular, axilar anterior, axilar média e axilar posterior.

Linha escapular (vertical no meio da escápula) e linha vertebral.

Região inter-escapular, supra-escapular e infra-escapular: Na interescapular é feita ausculta e


percussão.

Alguns autores gostam de dividir os achados em campos pleuropulmonares superior, médio e


inferior:
5:30 – 8?????????????

O pulmão termina ao nível de T10, porém em respiração profunda pode abaixar ainda 4-5 cm.

Ângulo esternal (Louis): Onde a traqueia bifurca-se em brônquio fonte direito e esquerdo (ao nível
de T4 posteriormente). Lembrando que a broncoaspiração ocorre mais facilmente para o brônquio
direito, devido a sua maior verticalização. Isso torna mais comuns pneumonias aspirativas no pulmão
direito. Pelo mesmo motivo, a intubação normalmente é feita para o pulmão direito.

INSPEÇÃO
A inspeção para doenças pulmonares é focada, porém não limitada, ao tórax. Por exemplo, ao
inspecionar mãos, região perioral ou língua, podem ser vistos sinais de cianose, indicando doença
pulmonar mais grave. O baqueteamento digital também é indicador de doenças pulmonares (DPOC,
bronquite, fibrose pulmonar, ...), entretanto também pode indicar insuficiência cardiaca e
inflamação intestinal crônica.

Deve ser analisado o formato do tórax (em barril, cifótico, pectus excavatum, pectus carinatum,...),
pois em casos mais graves podem interferir com o movimento respiratório, sendo necessária
cirurgia.

Atelectasia: causa retração intercostal na inspiração.

Asma: Hiperinsuflação.

Enfisema: Tórax em tonel.

Pneumotórax: abaulamento.

Insuficiência respiratória: tiragem (uso de todos os músculos para a respiração, indicando grande
esforço), contração do esternocleidomastoideo e cianose.

Na inspeção também são analisados os padrões respiratórios (Kusmaul, Cheyne-Stokes)

Dispneia: pode ser visto pelo uso da musculatura acessória para realizar a respiração.

Apneustica: sem o ciclo verdadeiro da respiração, intervalos de apneia.

Cheyne-Stokes: ciclo em que a frequência vai aumentando, chega a um máximo e diminui, até um
tempo de apinéia. Depois, o ciclo se repete.

Kusmaul: característico de cetoacidose diabética ou insuficiência renal. Respiração profunda e


trabalhosa, na tentativa de eliminar CO2.

PALPAÇÃO
Traqueia: colocar dois dedos (um de cada lado) entre a traqueia e o esternocleidomastoideo. Se em
um dos lados o dedo não couber, a traqueia está desviada para este lado.

 Atelectasia: desvia para o lado da lesão


 Derrame pleural grave e pneumotorax hipertensivo: desvia para o lado oposto
Expansibilidade do tórax: na parte anterior, coloca-se as mãos ao nível do
rebordo costal, formando uma prega. Ao respirar, será vista a expansibilidade
do tórax pois a prega some. Os dois polegares devem expandir
simetricamente. Na região posterior, a prega deve ser feita ao nível da 10a
costela (lembrando que começa a contagem de baixo para cima).

 Respiração paradoxal: alternada entre torax e abdomen, sinal de


insuficiencia respiratória precoce

Frêmito toraco-vocal (FTV): colocar a palma da mão no tórax do paciente e pedir para ele falar, para
sentir a vibração da voz no tórax. Há 3 pontos, e devemos colocar a mão em cada um, comparando
os dois lados. Se um deles estiver diminuido provavelmente está com derrame pleural, pneumotórax
ou DPOC. Se estiver aumentado, pode ser bronquiectasia ou pneumonia. Na região posterior são 4
pontos.

PERCUSSÃO
Há 6 pontos a serem analisados bilateralmente (anterior), sempre comparando os lados e o de cima
com o de baixo. Posteriormente há 7 pontos.
Macicez diafragmática: O pulmão termina ao nível da 10ª costela, e a partir dai tem-se a macicez
diafragmática. Quando esta é encontrada acima deste nível, é indicativo de derrame pleural ou
paralisação de diafragma. Outro indício destes eventos é que o pulmão não desce 5 cm de ambos os
lados quando o paciente inspira profundamente.

Macicez hepática: área ocupada pelo fígado, de 6-12 cm. Faz-se a percussão de cima pra baixo e de
baixo para cima para medir a distância.

SONS:

 Atimpânico: normal no pulmão


 Timpânico: normal do abdômen. Quando no tórax indica enfisema.
 Hiperressonância: som da bochecha com ar. Quando no tórac indica pneumotórax ou asma
 Submaciço: normal do fígado. Quando no tórax indica pneumonia lobar, neoplasia ou
atelectasia.
 Maciço: Som da coxa. Indica derrame pleural.

AUSCULTA
São usados os mesmos pontos da percussão e busca de frêmito. Também é preciso buscar os
campos pleuropulmonares superiores. Existem 4 tipos de som: normais, adventícios

NORMAIS: vesicular, broncovesicular, brônquico e traqueal.

ADVENTÍCIOS: estertores/crepitações, sibilos (monofônicos e polifônicos) e roncos.

OUTROS: anfórico (tuberculose), estridor, grasnado, atrito pleural (inflamação), estertor da morte
(acúmulo de secreção nas vias aéreas altas) e mediastínico.

RESSONÂNCIA VOCAL: pneumonia, tuberculose e infarto pulmonar facilitam a transmissão do som,


pela consolidação do brônquio aberto, fazendo com que a broncofonia fique aumentada. Ou seja,
quando o paciente fala “33”, é possível auscultar nitidamente (pectorilóquia fônica) e até mesmo
quando cochicha (pectorilóquia áfona).

Egofonia: quando o paciente fala “e” e o som parece “ã”


pneumonia

edema
pulmonar

TOSSE
AGUDA

asma

embolismo
pulmonar

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