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O capítulo começa com uma das principais

preocupações políticas da nossa era – o


envolvimento do Ocidente no Iraque desde
2003. Diversas questões aglutinam-se ao redor
dos modelos concorrentes de democracia
envolvidos nesse acontecimento, a geopolítica
do petróleo e a percepção de legitimidade das
organizações governamentais internacionais.
Tudo isso cimentado pelo poder da mídia.
Conforme aponta o capítulo, a maioria das
sociedades pretende ser democrática no
sentido limitado do governo pelo povo.
Provavelmente seja um reflexo dos tempos que
dois tipos ideais: autoritarismo e democracia.
O capítulo também apresenta uma discussão
sobre a distinção entre a democracia
participativa e a democracia representativa.
A difusão da democracia liberal é esboçada
com ênfase no declínio e queda do comunismo
soviético.
Apesar do aparente triunfo da democracia
liberal, as tendências de descontentamento
com o processo político, que são uma
característica atual dessas sociedades, são
reconhecidas e explicadas aqui pelos mesmos
fatores que explicaram a sua disseminação
inicial.
As experiências de China, Afeganistão,
repúblicas da Ásia Central da antiga União
Soviética e do Irã mostram que, ao invés de ser
um carro de Jagrená, a democratização às
vezes parece mais com um bondinho que vai e
volta.
A disseminação global da democracia coexiste
com o paradoxo da apatia, ceticismo e baixa
participação dos eleitores: por exemplo, o
comparecimento às urnas na eleição geral no
Reino Unido caiu abaixo de 60% em 2001, e
ficou em 61,3% em 2005.
Todavia, o quadro global é bastante variado,
com certas democracias, como a Austrália e a
Nova Zelândia, que registram uma participação
de mais de 90% dos eleitores.
A hegemonia do New Labour é colocada no
contexto da política da terceira via, que é
definida como:
(a) governo reestruturado e mais dinâmico;
(b) fortalecimento da sociedade civil;
(c) uma economia mista, equilibrando regulação e
desregulação;
(d) reforma da previdência social;
(e) desenvolvimento econômico ambientalmente
sustentável;
(f) regulação internacional de questões globais.
A teoria interacionista de Blumer sobre a
inquietação social argumenta que os
movimentos sociais são produto da insatisfação
com certos aspectos da sociedade e do desejo
por um novo modo de vida.
Blumer recebe o crédito de ter introduzido a
ideia de que os movimentos têm um ciclo de
vida do nascimento à morte ou, pelo menos, da
assimilação à sociedade.
O influente modelo do valor agregado, de
Smelser, oferece os instrumentos para um
programa de pesquisa.
Os seis estágios do valor agregado do modelo
são: condutividade estrutural, tensão estrutural,
crenças generalizadas, fatores precipitantes,
mobilização para a ação e o fracasso do
controle social.
A teoria da mobilização de recursos é
baseada em um modelo econômico dos
movimentos sociais. Fundamenta-se em um
insight básico: para conseguirem lutar por suas
reivindicações, os movimentos sociais precisam
de recursos, ou seja dinheiro, apoiadores,
habilidades e ativistas. Assim, o campo dos
movimentos sociais – ou a indústria dos
movimentos sociais – pode ser teorizado como
um campo competitivo, no qual os movimentos
competem por recursos escassos.
A teoria dos novos movimentos sociais tenta
explicar a emergência de uma variedade de
movimentos, incluindo movimentos pelos
direitos de estudantes, gays e lésbicas e
pessoas deficientes, bem como aqueles
associados a campanhas pela paz e
antinucleares e o ambientalismo.
Os novos movimentos sociais baseiam-se em
questões novas (como o meio ambiente),
formas organizacionais mais livres, repertórios
de ação mais amplos concentrados em ações
diretas, e no envolvimento de novos grupos
sociais (estudantes, idosos e as novas classes
médias).
EXEMPLO DE AULA

Democracia

Objetivos: Oferecer uma visão geral das


questões relacionadas com a disseminação
global da democracia representativa.
Resultado: Ao final da aula, os alunos saberão:

1. Avaliar os méritos do autoritarismo e da


democracia como modelos de organização
política.

2. Identificar as principais características da


democracia representativa, comparada com
outras formas de sistema político.

3. Separar os aspectos positivos e negativos da


democracia representativa.
QUESTÕES PARA REFLEXÃO & DISCUSSÃO

• Por que o capitalismo e a democracia liberal


são encontrados juntos com tanta frequência?

• Será que um sistema de representação


proporcional seria mais democrático? Por
quê?

• O sistema de democracia participativa é


compatível com a democracia representativa?
• As pessoas estão perdendo o interesse na
política partidária ou não?

• Se tivesse que escolher ir à guerra ou não,


qual seria a terceira via?

• Existe razão para fazer campanha por


questões específicas quando o mundo é tão
complexo?
• Os movimentos sociais realmente são mais
democráticos do que os partidos políticos?

• Como os movimentos sociais fazem uso do


sistema político existente?

• Se votar mudasse alguma coisa, eles


aboliriam o voto; Esse é um veredicto justo
sobre as limitações das democracias
representativas?
• Que evidências existem para corroborar a
afirmação de que o campo dos movimentos
sociais é um campo altamente competitivo
em que as organizações competem por
recursos escassos?

• A distinção esquerda-direita na política não é


mais um reflexo preciso da vida política
contemporânea. Avalie as evidências a favor
e contra a essa afirmação.

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