Brasília - DF
2021
NOME DO ALUNO
Brasília - DF
2021
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................4
2 MÉTODO................................................................................................................................8
3 DESENVOLVIMENTO.........................................................................................................9
3.1 O SISTEMA DE PATENTES BRASILEIRO....................................................................9
3.2 POTENCIALIDADES ECONÔMICAS DAS PATENTES NO DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO NO BRASIL..................................................................................................16
3.3 INSTITUIÇÕES DE PROPRIEDADE INTELECTUAL E SEU POTENCIAL
ECONÔMICO.......................................................................................................................23
3.4 INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO................................................27
3.4 A LEI DE PATENTES DE 28 DE AGOSTO DE 1830...................................................34
CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................................40
REFERÊNCIAS.......................................................................................................................45
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1 INTRODUÇÃO
inovação também deve ser útil para ser patenteável; ou seja, deve permitir a solução de
um problema particular em pelo menos a construção de um aplicativo (LIMA, 2020).
Em um passado recente, uma série de questões foram levantadas em relação aos
efeitos potenciais de diferentes graus e formas de proteção de patentes sobre várias
medidas econômicas e sociais. Considerando as diferenças econômicas entre os países,
pode haver necessidade de questionar a suposição de aplicar o mesmo padrão de patente
a todos. Uma estratégia nacional pode precisar ser efetivamente criada com base nos
requisitos e prioridades únicas de um país (GARCEZ JÚNIOR, MOREIRA, 2017;
PAIVA, SHIKI, 2017).
Abordar questões sobre como o sistema de patentes pode desempenhar um papel
importante na promoção do desenvolvimento e na erradicação da pobreza certamente
contribuirá para uma melhor compreensão do papel do sistema de patentes na gama
mais ampla de medidas políticas nacionais de desenvolvimento e para formular uma
política de patentes que atenda aos interesses dos brasileiros (GARCEZ JÚNIOR,
MOREIRA, 2017; PAIVA, SHIKI, 2017). Nesse sentido esse trabalho tem como
objetivo geral: Descrever sobre a contribuição do desenvolvimento econômico baseado
em patentes no Brasil.
Segundo Yeganiantz (1998), a literatura de propriedade intelectual não tinha
uma visão idealista até o final da década de 1980, ou seja, todas as descobertas e
conhecimentos são patrimônio comum de toda a humanidade e devem estar abertos a
todos. É nesse período que a economia mundial passa por um grande processo de
transformação e ainda se encontra em um cenário de transição para uma sociedade do
conhecimento, na qual o processamento da informação e a pesquisa científica são a base
e a estratégia. Desde a década de 1990, as opiniões dos pesquisadores de propriedade
intelectual mudaram, e os autores começaram a concordar que os resultados do processo
de pesquisa devem ser protegidos em relação aos direitos de propriedade.
De acordo com a Lei nº 9.279 de 14 de maio de 1996, que estipula os direitos e
obrigações de propriedade intelectual, a legislação brasileira reconhece a importância da
proteção dos direitos de propriedade intelectual. O artigo 2º da lei estipula que a
proteção dos direitos de propriedade industrial é considerada de interesse social porque
garante o desenvolvimento tecnológico e económico do país. Na sociedade atual, a
pesquisa científica e a educação, ou seja, o capital intelectual, são uma espécie de base
para aumentar a criação de riqueza, e as capacidades de inovação apoiam as vantagens
competitivas.
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Portanto, a riqueza de um país ou empresa tem assumido formas cada vez mais
intangíveis e com isso Regular o uso e o desenvolvimento desses ativos. Além disso, a
intensidade do desenvolvimento científico e tecnológico e a rápida introdução dos
processos produtivos têm causado instabilidade, o que tem aumentado ainda mais a
importância da proteção dos direitos de propriedade intelectual como garantia de
direitos e estímulo ao investimento. Garantir financiamento para trabalhos inovadores
pode determinar as decisões de investimento da empresa e, para indivíduos, pode
estimular a criatividade e estimular a pesquisa e a pesquisa científica.
Com efeito, por um lado, existe a ligação entre as capacidades tecnológicas e a
inovação e, por outro, a ligação entre o crescimento económico e o desenvolvimento.
Como o processo de crescimento econômico exige a busca contínua pela melhoria da
produtividade e, por sua vez, busca pela inovação, parece necessário discutir o papel da
proteção das invenções, o crescimento do país e o papel da inovação como propriedade
representada pelas patentes.
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2 MÉTODO
3 DESENVOLVIMENTO
Figura 3 - Patentes depositadas no Brasil por residentes e não residentes, total e patentes de invenção –
1997-2006.
Figura 4 - Distribuição, por campo tecnológico, dos depósitos de patentes no Brasil, média do período
2002-2006.
45,94% dos dados de patentes além de 31% do PIB brasileiro em 2008, metade do
estoque total no Brasil de 1997 a 2007.
Figura 5 - Participação nos depósitos de patentes do Brasil por Unidade da Federação, período 1997-2007
São Paulo é considerado o estado mais rico do Brasil e sede do maior parque
industrial, muito diversificado, graças às características de estado mais competitivo do
país. Entre 1997 e 2007, o número médio anual de pedidos de patentes depositados foi
de 2.909. Portanto, as estatísticas de patentes mostram a grande importância econômica
de São Paulo para o Brasil. A afirmação de que a vantagem competitiva é sustentada por
capacidades de inovação pode explicar o bom desempenho das estatísticas de patentes
de São Paulo. Conforme mostra a Figura 5, as demais unidades federativas com mais
reservas de patentes são Rio Grande do Sul (9,24%), Rio de Janeiro (9,11%) e Paraná
(8,76%).
Em relação aos custódios de patentes, a Tabela 3 indica que o principal
custodiante no Brasil é uma universidade (Unicamp). O INPI (2006) acredita que esse
fato seja a fragilidade da competição externa, pois as atividades empresariais devem
dominar o sistema de patentes como as potências econômicas mundiais.
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Uma patente é definida pelo INPI como “um direito de propriedade temporário
sobre uma invenção ou modelo de utilidade, que é concedido pelo Estado ao inventor ou
autor ou outra pessoa física ou jurídica com direito de criação”. Por outro lado, “o
inventor compromete-se a divulgar detalhadamente todo o conteúdo técnico das
matérias protegidas por patentes” (INPI, 2015b). A seguir, apresentaremos as etapas de
desenvolvimento do sistema de patentes em todo o mundo e tentaremos destacar os
principais eventos que ajudam a consolidar o sistema de patentes.
A primeira lei de patentes do Brasil foi promulgada durante o período em que o
território brasileiro era uma colônia portuguesa e a economia se baseava no cultivo de
um único produto, também chamado de monocultura. A autorização de D. Maria I de
1785 proíbe o estabelecimento de fábricas e o comércio de manufaturados na colônia.
Esta restrição foi projetada para prevenir o crescimento do cólon A família real
portuguesa mudou-se para o Brasil em 1808, trazendo mudanças culturais, educacionais
e econômicas. A abertura de portos e o licenciamento de indústrias instaladoras são as
principais medidas para o desenvolvimento da economia brasileira. No contexto dessa
profunda mudança, nasceu o primeiro dispositivo de proteção de patentes no Brasil:
Alvará de Dom João VI.
A "Licença Dom João VI" emitida em 28 de janeiro de 1809 é considerada a
primeira lei de patentes brasileira, o que posiciona o Brasil como o quarto país do
mundo a promulgar uma lei de proteção à propriedade intelectual bem definida. A
licença “já possui algumas das características da patente concedida e esses requisitos
perduram até os dias de hoje: novidade, descrição da invenção e aplicação industrial”
(INPI, 2008, p. 16). Após a obtenção da “Licença Dom João VI”, surgiram outras leis
relacionadas a patentes20, que geralmente refletem discussões estrangeiras sobre formas
de proteger invenções.
Em 14 de maio de 1996, foi promulgada a Lei nº 9.279-Lei da Propriedade
Industrial (LPI). A LPI entrou em vigor um ano após sua emissão (15 de maio de 1997).
A lei foi revogada e substituiu o Código de Propriedade Industrial de 1971.
No Brasil, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) é o órgão
responsável por implementar as normas que regem os direitos de propriedade industrial
no país. O INPI foi criado pela Lei nº 5.648, de 11 de dezembro de 1970. O INPI é um
órgão federal vinculado ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços
(MDIC), e é "responsável pelo aprimoramento, divulgação e gestão do sistema de
concessão e proteção da propriedade intelectual no Brasil" (INPI, 2015a).
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técnica”, ou seja, não pode ter sido divulgado por qualquer meio, dentro e fora do país,
ou tornado acessível ao público antes da data do pedido de patente. Atividade Inventiva,
neste caso o produto da pesquisa, para ser invenção, não pode derivar de formas simples
de conhecimento, ou seja, não resulta de uma maneira evidente do estado da técnica
para uma pessoa especializada no assunto (não pode ser uma conclusão óbvia).
Aplicação Industrial, onde uma invenção é considerada como suscetível de aplicação
industrial se o objeto puder ser fabricado ou utilizado em qualquer gênero da indústria
(SILVA, 2017).
Partindo-se de pressuposto que atualmente é impossível imaginar o mundo sem
acesso à internet, computador, avião, geladeira, telefone, carro, medicamentos, vacinas,
entre outros. Nada disso seria possível se não houvesse a dedicação, o tempo, o dinheiro
de algum inventor ou cientista nas descobertas ou no desenvolvimento de muitos
produtos e tecnologias.
Um exemplo de como a tecnologia tem mudado o desenvolvimento das coisas,
tem-se o caso da agricultura, quando antigamente era preciso para a colheita de soja um
número muito grande de trabalhadores para colher, ensacar e armazenar, e hoje em dia
são necessários para esse serviço apenas uma colheitadeira, que nesse caso, é totalmente
tecnológica, pois possui ar condicionado, computadores e diversos outros sistemas que
são operados por uma pessoa, que deve ser especializada não apenas no manuseio de
sistema, mas em vários outros programas para conseguir manusear efetivamente essa
máquina.
De certa forma, as inovações podem contribuir para a redução de empregos – tal
como o exemplificado no caso da colheita de soja – mas também, pode gerar novos
empregos para os indivíduos que estejam mais qualificados tecnologicamente. Além
disso, possui o potencial de produzir empregos não apenas para quem opera as
máquinas, mas para quem opera o computador, para quem desenvolve a tecnologia entre
outros, tornando assim uma cadeia produtiva bem extensa de geração de emprego e
oportunidades.
Outro exemplo, bem atual é a pandemia da Covid-19, pois os efeitos sem
precedentes na sociedade e na economia global desencadearam esforços extraordinários
de pesquisas, publicações, projetos e patentes em todo o mundo. Em tempos de
pandemias, as patentes requeridas foram em sua maioria registradas por organizações da
China, EUA, União Europeia, e Rússia.
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tecnologias de saúde pública não pode ser justificado em uma emergência global tão
crítica.
Nesse sentido, quando se fala de patente é fundamental pensar que não é apenas
uma inovação, mas, sobretudo, um crescimento de vagas no mercado de trabalho, um
aumento de lucratividade, uma melhor eficiência em tempo e eficácia em processo. Isso
é, fala-se de uma serie de coisas conexas, e isso tem que ser visto como um círculo
produtivo onde um está emendado no outro sucessivamente. Por isso, é fundamental
destacar que, se esse modelo de produtividade, não for assim pensado, fica inviável o
desenvolvimento de patente. Haja vista, que patente é justamente porque envolve
tecnologia tanto de processo quanto de informação, mercado de trabalho, economia
entre outros.
Não se pode falar de patente sem falar de startups. Uma startup costuma ser
sinônimo de inovação. Essas pequenas empresas vêm tomando espaço considerável na
economia e elas costumam obter rápido crescimento e muita lucratividade. Toda startup
se inicia a partir da identificação de um problema real. Apesar de ainda não existir um
consenso geral sobre o significado do termo startup, “uma startup é uma instituição
humana projetada para criar novos produtos e serviços sob condições de extrema
incerteza”. O termo vem sendo utilizado nos Estados Unidos há algumas décadas, mas
ganhou popularidade no Brasil no final dos anos 90. Apesar de serem muito associados
à tecnologia e produtos digitais, as startups não se limitam apenas a esse universo, tendo
como elemento fundamental a inovação em qualquer setor (ONOVOLAB, 2020).
As startups brasileiras exercem um papel importante na economia, atuando em
vários setores, sendo responsáveis por grande parte da força de trabalho formal e
informal no país. Segundo a Associação Brasileira de Startups em janeiro de 2016, as
startups cadastradas na instituição somavam um total de aproximadamente 1500
empresas. Estima-se que o Brasil exista um número total aproximado de 10 mil startups
referente ao ano de 2016, e estas movimentam hoje mais de cinco bilhões de dólares
(BEMFICA, 2018).
Convém dizer que não é algo fácil ser um inventor no Brasil, principalmente
devido à demora em conseguir o registro de patente, há alguns anos atrás esse tempo era
de até 14 anos. Atualmente, o tempo médio é de 5,8 anos, e ainda é considerado
exorbitante no Brasil. Em um cenário cada vez mais competitivo e globalizado fica
inviável ao inventor, que antigamente demorava meses ou anos para criar uma nova
invenção, mas que hoje em dia em algumas horas o processo inventivo pode se
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Portanto, é possível inferir que países que investem em P&D podem fornecer
fornecedores de tecnologia a outros países para melhorar a vida das pessoas, fortalecer
seus mercados domésticos e promover seu desenvolvimento econômico.
Ao descobrir esses potenciais, a OMPI (2003) descreveu como uma boa prática
do país de desfrutar de propriedade intelectual como meio de desenvolvimento
econômico, incluindo: i) consciência dos ativos nacionais existentes e seu potencial; ii)
pesquisa, desenvolvimento e apoio do governo para atividades inovadoras; iii)
Estratégias para a gestão e proteção dos direitos de propriedade intelectual; iv)
Estabelecer ligações entre os setores público e privado.
Ressalta-se que, neste caso, algumas condições necessárias devem ser
consolidadas para promover o processo de proteção e gestão da propriedade intelectual
nas condições nacionais.
fortaleceram essa integração. Isso fica evidente quando “Em 1995, havia
aproximadamente 1.700 colaborações entre várias indústrias e universidades em todo o
país. Em 2004, esse número subiu para 9.400 casos” (TANAKA; SAOTOME, 2010, p.
128).
Em 2007, por meio do Plano de Inovação 25 (que vai até 2025 e visa buscar a
inovação e o crescimento em várias regiões do Japão), a importância dessa integração
foi reiterada pela incorporação de disciplinas científicas e tecnológicas, que é
considerada um elemento-chave da política. Paralelamente a esse processo, estão
discutindo e ainda discutindo diretrizes para o desenvolvimento de acordos de pesquisa
colaborativa. (TANAKA; SAOTOME, 2010)
No Brasil, além das medidas acima, a “Lei da Inovação” de 2004 também
formulou uma política de incentivo à interação entre instituições de pesquisa e
empresas, evidenciando a preocupação com a relação entre inovação e desenvolvimento
nacional, especialmente em termos de autonomia tecnológica. A legislação trata do
desenvolvimento justo, priorizando regiões subdesenvolvidas, pequenas empresas e
empresas que realizam pesquisas e investimentos no país. (Brasil, Lei nº 10.973 de
2004, artigo 1/27). Nesse sentido, Boff e Teixeira (2011) analisaram que a lei visa
promover e estimular o progresso da pesquisa científica e tecnológica no país,
promovendo, assim, projetos que visem atingir esse objetivo.
Porém, para que essas parcerias sejam devidamente consolidadas no Brasil, é
necessário considerar algumas regras que, entre outras, orientem o relacionamento entre
universidade e empresas, tratem de requisitos de confidencialidade, desvios de
conhecimento e suporte técnico, entre outros - Processo de transferência de tecnologia.
De acordo com o artigo 5º, a “Lei da Inovação” trata também de algumas das
questões relacionadas com a gestão da inovação e a proteção do conhecimento gerado
pelas instituições, tornando-se obrigatória a sua proteção no âmbito das ICT (Instituto
de Ciência e Tecnologia). (Brasil, 2004)
Também determina o estabelecimento de centros de inovação tecnológica em
universidades e TICs, que são responsáveis pela gestão e proteção do conhecimento
especificado no Artigo 5. Quanto ao interesse pela gestão da inovação, os núcleos
também atuam como interlocutores entre as instituições de ensino e a iniciativa privada.
Reiterou a necessidade da discussão acima, citando Reis (2008, p. 23), que
apontou o perfil de risco da empresa ao firmar essas parcerias, por exemplo, o
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seu sucesso econômico, e essa capacidade reflete a maturidade de seu sistema nacional
de inovação.
O primeiro autor a usar o termo `` Sistema Nacional de Inovação '' (SNI) foi
Lundvall (1992), mas a ideia de um sistema nacional de inovação apareceu
anteriormente na Friedrich List (Friedrich List).) No livro "National Sistema de
Economia Política Nacional ". Em 1841, ao relatar os avanços da Alemanha na Grã-
Bretanha, defendeu que, além de recomendar políticas que aceleram ou possibilitam a
industrialização e o crescimento econômico, os países subdesenvolvidos também
protegem suas indústrias nascentes. A maioria dessas políticas está relacionada ao
aprendizado e à aplicação de novas tecnologias. Desde então, muitos trabalhos foram
realizados na área (Freeman, 1995; Lundvall, 1992; Nelson, 1993; Carlsson, Jacobsson
e Rickne, 2002).
Niosi et al. (1993) define o sistema nacional de inovação como um sistema de
interação entre empresas públicas e privadas, universidades e agências governamentais
que visam produzir ciência e tecnologia nas fronteiras nacionais. A interação entre essas
unidades pode ser tecnológica, comercial, jurídica, social e financeira, desde que a
finalidade da interação seja desenvolver, proteger, financiar ou supervisionar novas
tecnologias. Em suma, Freeman (1987) define SNI como uma rede de instituições dos
setores público e privado, cujas atividades e interações desencadeiam, introduzem,
modificam e disseminam novas tecnologias.
O método SNI envolve principalmente o fluxo de conhecimento e seu impacto
no crescimento econômico. Niosi (2002) alertou que devido à natureza tácita do
conhecimento, é difícil para o capital do conhecimento cruzar as fronteiras nacionais.Se
as pessoas não forem transferidas, o capital humano será difícil de transferir. Estender o
conceito de sistema nacional de inovação ao nível regional, à medida que se aproxima a
distância entre os diferentes agentes, promove a transferência de conhecimento.
Braczyk, Schienstock e Steffensen (1995) focaram na geração e disseminação de
conhecimento entre os sujeitos de inovação regional e propuseram o conceito de sistema
de inovação regional (SRI) pela primeira vez. Em pouco tempo, alguns pesquisadores
começaram a aplicar o conceito de SNI ao estudo de sistemas regionais de inovação
(Cooke, 2001; Doloreux, 2002; Morgan & Nauwelaers, 1999). Doloreux e Bitard (2005)
definem SRI como uma série de participantes e organizações (empresas, universidades,
centros de pesquisa, etc.), esses participantes e organizações participam
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Quando a economia passa a dar menos valor aos bens materiais e mais
importância à tecnologia, aos bens intangíveis e aos serviços, no âmbito do
Direito, o estudo e a legislação da propriedade intelectual adquirem
relevância cada vez maior. De fato, à medida que empresas se concentram
cada vez mais em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, no fluxo
de informações, na velocidade em que são feitas as conexões entre
fornecedores e consumidores, na valorização da criatividade, a proteção da
propriedade imaterial passa a suscitar maior interesse e preocupação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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ANEXO
Tabela 1 - Principais aspectos das áreas do Sistema brasileiro de Propriedade Intelectual