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Questionário 2 – Classificação dos tributos

1) Classificar um tributo significa observar sua natureza para que se determine qual será
sua espécie tributária. Tal classificação permite a adequação da espécie ao regime
tributário prescrito em lei.

2) A classificação tributária ganha enorme relevância no Brasil devido à rigidez da


Constituição. Isto ocorre pois, caso alguma norma tributária não obedeça ao regime
estabelecido na Constituição, será nula e inoperante. Dessa forma, qualquer equívoco
na esfera tributária será inconstitucional. Por fim, destaca-se que, enquanto
Federação, a classificação tributária é de extrema importância para que não ocorra a
bitributação.

3) De acordo com Geraldo Ataliba, que adota teoria bipartite, há duas espécies
tributárias: os tributos vinculados e os não vinculados. Tributos vinculados são aqueles
cuja hipótese de incidência consiste na descrição de uma atuação estatal (ou em
consequência desta). Já tributos não vinculados são aqueles cuja hipótese de
incidência consiste na descrição de um fato qualquer que não seja atuação estatal.
Portanto, a materialidade do fato descrito pela hipótese de incidência, se não for uma
atividade estatal, será classificado como tributo não vinculado. Quando houver
atividade estatal, o tributo será uma taxa ou contribuição, enquanto que se a
materialidade consistir em outro fato qualquer, o tributo será um imposto.

4) Os tributos podem ser fiscais, extrafiscais ou parafiscais. Esta última classificação


refere-se ao tributo arrecadado por pessoa diversa daquela que detém a competência
constitucional para a sua criação. Dessa forma, a entidade parafiscal, cuja capacidade
de cobrar tributos foi delegada pela entidade federativa competente, arrecadará por
meio da parafiscalidade tributos relacionados a anuidades profissionais, contribuições
sindicais, entre outros.

5) O art. 4° do CTN expressa que a denominação do tributo não será relevante para a
qualificação de sua natureza. Em outras palavras, o legislador, ao nomear um tributo,
não deformará sua natureza por designar uma nomeação (aspecto meramente formal)
não condizente com a natureza do tributo. Já o inciso II determina que não será
relevante a destinação legal da arrecadação, ou seja, o sujeito ativo possui total
autonomia no que tange ao direcionamento do produto arrecadado.

6) A bitributação consiste na oneração do mesmo fato, por dois tributos diferentes.


Devido ao fato do Brasil ser uma República Federativa, o poder de tributar é exercido
por três entes distintos, no mesmo território, disputando as mesmas matérias
tributárias e tendo por sujeitos passivos os mesmos contribuintes. Sendo assim,
quando dois entes exercerem o poder de tributar sobre o mesmo fato, ocorrerá a
bitributação. Já o termo bis in idem refere-se às exigências tributária simultâneas
sobre a mesma base de cálculo ou fato gerador emanam de uma única entidade
tributante.

7) O tributo é recebido com o fim fiscal de angariar recursos monetários aos cofres
públicos, abastecendo-os, assim, com o dinheiro arrecadado. Esta arrecadação é
fundamental para que o Estado exerça atividades em prol do interesse público.
Portanto, o tributo fiscal é cobrado com finalidade meramente arrecadatória, para
prover os cofres públicos de recursos aptos a custear o aparelho estatal.

8) A extrafiscalidade se alcança pela exacerbação, diminuição ou até supressão total de


alíquotas, onde o poder público pode dirigir o comportamento de alguns
contribuintes. Dessa forma, os tributos extrafiscais não possuem simples finalidade
arrecadatória, uma vez que tais estímulos ou desestímulos ao contribuinte possuem
objetivos predominantemente sociais ou políticos.

9) O empréstimo compulsório é um tributo criado para atender situações específicas,


sendo, portanto, um tributo finalístico. Diferencia-se de outros tributos pelo seu
caráter restituível, sendo esse elemento responsável pela configuração de empréstimo
propriamente dito. Por fim, nos termos do artigo 148, o empréstimo compulsório é de
competência exclusiva da União, sendo incabível sua criação pelos Estados, Distrito
Federal ou Municípios. Apesar de ser relevante a destinação do montante arrecadado,
o empréstimo compulsório permanece qualificado como tributo, sendo apenas dotado
de um caráter peculiar, tendo em vista que opera em situações específicas, tais como:
calamidade pública, guerra externa ou sua iminência e investimento público relevante.

10) Os aspectos da hipótese de incidência do art. 153, I, da Constituição Federal são:


 Aspecto pessoal: O sujeito ativo é o Estado (credor da obrigação tributária) e o
sujeito passivo é o importador (contribuinte) de produtos estrangeiros;
 Aspecto temporal: momento da entrada da mercadoria na zona alfandegária;
 Aspecto espacial: zona alfandegária;
 Aspecto material: importar o produto estrangeiro;

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