Por uma Escola Bíblica Dominical Relevante 1

SUMÁRIO

Sumário ….............................................................................................................. 1
Introdução ….......................................................................................................... 2
A EBD e o Preparo da Lição ….............................................................................. 4
Técnicas de Ensino …................................................................................... 4
Aula Expositiva ….............................................................................. 4
Demonstração ou Aula Prática …....................................................... 5
Simulações …..................................................................................... 5
Dramatização …................................................................................. 5
Plano de Disciplina ….................................................................................. 5
Plano de Aula …........................................................................................... 6
Formulário de Plano de Aula …......................................................... 9

Interdisciplinaridade – a importância da comunicação entre as disciplinas …...... 10

A Interdisciplinaridade como resposta às carências bíblicas dos crentes …. 12
O Perfil do Professor Interdisciplinar …...................................................... 13

Marketing na Escola Dominical …......................................................................... 15

Marketing e igreja: propósito e finalidade …............................................... 15
Marketing Comercial e Igreja – objeto e objetivos ….................................. 16
Preparação Estratégica da Escola Dominical …........................................... 18
Plano de Marketing ….................................................................................. 20
Composto do Marketing …................................................................ 20
Planejamento Estratégico …............................................................... 21
Divulgação da EBD …....................................................................... 21

O Papel da Escola Bíblica Dominical na Formação e Integração da Família ….... 23

A Família e a Escola Bíblica Dominical …..................................................
A Responsabilidade dos Pais ….................................................................... 24
A Família Cristã, a Escola e a Educação dos Filhos …................................ 26

Considerações Finais …......................................................................................... 30

 Por uma Escola Bíblica Dominical Relevante 2

INTRODUÇÃO

A Igreja de Cristo é o maior milagre na face da terra. A Igreja

de Jesus nasceu para dar certo. A Igreja foi criada na eternidade,
fundada por Jesus e inaugurada no dia de Pentecostes. Não
obstante, sofrer várias intempéries, ser ultrajada, vituperada,
caluniada e violentada, a Igreja permanece de pé, pois “as portas
do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18). A Igreja está
edificada no Cristo o Filho do Deus vivo e é Ele quem a sustenta.
Glórias a Jesus!
A Igreja está no mundo para transformar a vida das pessoas e
não há uma ação mais transformadora do que o ensino. O ensino é
agente de efetiva transformação porque transforma o indivíduo de
dentro para fora, mudando assim suas convicções internas, lhe
fornecendo condições de não somente esperar mudanças, mas
promovê-las a partir de sua nova realidade interior.
Por este prisma, a Igreja de Cristo também foi chamada para
o ensino: o Ensino Cristão. O ensino cristão tem ainda uma ação
maior que o ensino secular, haja vista que não se furta ao preparo
do cidadão como indivíduo, mas sobrepuja os limites naturais
forjando no interior do indivíduo, através da atuação do Espírito
Santo, o Caráter de Cristo.
No afã de transformar pessoas surgiu em 1780, na cidade de
Gloucester, no sul da Inglaterra a Escola Bíblica Dominical. O
fundador foi o jornalista evangélico Robert Raikes, de 44 anos,
redator do “Gloucester Jornal”. Raikes foi inspirado a fundar a EBD
ao sentir compaixão pelas crianças de sua cidade perambulando
pelas ruas, entregues à ociosidade, ao abandono e ao vício, sem
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qualquer orientação espiritual.

No Brasil a Escola Dominical teve seu início em 19 de Agosto
de 1855, na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro. O fundador foi
o missionário Robert Read Kalley e sua esposa D. Sarah Poulton
Kalley, da Igreja Congregacional. Eram escoceses. Ele fora um
médico ateu. Depois foi salvo sob circunstância especial, e
chamado por Deus, entregou-se à obra missionária.
Em 1855, a Escola Dominical veio para ficar. E ficou! Avançou
como fogo em campo aberto, impelida pelo zelo de milhares de
seus obreiros inflamados pelo Espírito Santo.
Nosso Objetivo neste Seminário é mostrar que a EBD está
viva e com potencial para continuar, como uma das maiores armas
da igreja, transformando pessoas no Reino de Deus. Entretanto, em
nosso mundo pós-moderno, onde a evolução das técnicas
ultrapassa os limites muitas vezes esperados, a Escola Dominical
também precisa evoluir e ser uma ferramenta moderna para a Igreja
do século XXI.
Que neste Seminário o Espírito Santo nos desperte uma vez
mais para a Docência Cristã, nos levando perseguir a perfeição
acadêmica, mas, sobretudo, nos locupletando com o seu Espírito e
com sabedoria para que sejamos professores segundo o coração
de Deus e com capacidade que conquiste nossos alunos dia após
dia.
Que a bênção de Deus esteja sobre todos e que o Espírito
Santo tenha liberdade entre nós.

Pr Wanderson Silva.
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A EBD E O PREPARO DA LIÇÃO

TÉCNICAS DE ENSINO
São as ações, processos ou comportamentos planejados pelo
professor, para colocar o aluno em contato direto com coisas, fatos
ou fenômenos que lhes possibilitem modificar sua conduta em
função dos objetos previstos, das competências que pretende
construir.
Como professor você pode utilizar a técnica ou procedimento
didático que julgar ideal para a sua aula, desde que tenha
segurança se ela é a melhor estratégia para alcançar os objetivos
pretendidos. Você pode pesquisar sobre aquelas que mais lhe
agradar e aplicar em seu trabalho como docente. Abordaremos aqui
quatro procedimentos: Aula Expositiva, demonstração ou aula
prática, simulações e dramatização.

1) Aula Expositiva
A preleção verbal utilizada pelos professores, com o objetivo
de transmitir informações aos discentes, “provavelmente é o mais
antigo e ainda utilizado procedimento didático”. Apesar de ter seu
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fim anunciado por muitos, esse procedimento sobreviveu aos

materiais escritos, à televisão, ao vídeo, ao computador e à internet.
Há quem o defenda e há quem critica.
A sua grande utilização se deve a economia, flexibilidade,
versatilidade, rapidez, ênfase no conteúdo. A aula expositiva só é
eficiente se for bem planejada e executada, podemos dizer que ela
é tão difícil como demonstrações e dramatizações.

2) Demonstração ou aula prática

Explicação por meio da demonstração de técnicas e
procedimentos, oportunizando aos alunos a exercitação, o
feedback, a automação e a aplicação.

3) Simulações
Nas simulações os discentes assumem papéis existentes na
vida real e comportam-se de acordo com eles. Eles são solicitados
a refletir sobre tais papéis e dar um feedback imediato sobre as
consequências de seus comportamentos, atitudes e decisões.

4) Dramatização
Dramatização é uma forma de simulação muito utilizada nos
diferentes níveis de ensino, tem sua origem no teatro. ”Dramatizar
significa tornar um fato ou situação interessante e como um drama,
apresentando-o sob aspecto trágico ou dramático ou evocando-o
em cores mais vivas do que as que havia ou há na realidade.”

PLANO DE DISCIPLINA
Também chamado plano de curso ou plano de unidades
didáticas. É um roteiro organizado das unidades didáticas para um
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ano, semestre ou trimestre.

PLANO DE AULA
O Plano de Aula é um detalhamento do plano de ensino. A
aula tem seu tempo variável, muitas vezes não completamos o
desenvolvimento de uma unidade. Quando for preparar as aulas o
professor deve pensar no OBJETIVO GERAL da matéria e a
sequência de conteúdos do plano de ensino. Cada tópico novo é
uma continuidade do anterior. Deve-se organizar um conjunto de
noções básicas em torno de uma ideia central.
Quando tiver que ministrar uma aula faça um bom
planejamento. Verifique antes qual o objetivo. Estude o assunto, tire
duvidas com outros colegas.
Lembre-se, se houver um planejamento e você tiver bem
claros os objetivos, certamente terá sucesso.

1 - CABEÇALHO: é a parte identificadora do plano, colocado

no alto da primeira página. Deve conter elementos como: nome da
instituição; Curso, Turma, Disciplina ou área de Estudo, Assunto,
Duração da aula, Data e o nome do professor (a).

2 - OBJETIVOS DA AULA: são aqueles constantes do Plano

da Disciplina, para os conteúdos e atividades da aula a ser
planejada.

3 - PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS: metodologia a ser usada

na aula.(Técnicas de Ensino)
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4 - RECURSOS DIDÁTICOS: são os recursos a serem

utilizados, quando da apresentação da aula: quadro negro,
projetores, gravadores, painéis, cartas, gráficos, maquetes,
treinadores, outros.

5 - INCENTIVAÇÃO: É o elemento básico para o sucesso da

aula. Deve ser cuidadosamente planejada pelo professor, de modo
a persuadir os alunos da importância do assunto a ser apresentado,
além de mostrar suas ligações ou implicações com trabalhos
escolares subsequentes ou sua utilização futura, quando for o caso.

6 - DESENVOLVIMENTO: é a parte principal do PA, por meio

da qual o assunto proposto é apresentado, de modo detalhado e
numa sequência lógica, a fim de que os objetivos sejam
alcançados, gradativamente.
A transição de uma ideia principal para outra deve ser
cuidadosamente planejada, a fim de facilitar a compreensão por
parte dos alunos e permitir que os mesmos saibam sempre para
onde estão sendo conduzidos, de acordo com a "Orientação"
recebida. A falta de transição ou a transição deficiente acarretam
confusão no entendimento e falta de interesse dos alunos.

6.1 - Revisão: tem a finalidade de relacionar o assunto a

ser apresentado com trabalhos anteriores, ou ainda com fatos,
objetos ou incidentes que sejam do conhecimento dos alunos. A
revisão é necessária, pois se torna momento propício para que o
aluno estabeleça ligações ou comparações, com experiências
anteriores, e assim aprenda mais rápido.
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7 - AVALIAÇÃO: formativa, feita através de perguntas aos

alunos, atividades, trabalho em grupo para que o professor (a)
possa verificar se os objetivo da aula foram alcançados.

8 - CONCLUSÃO: Representa a parte final de um PA, que

deve ser realizada, normalmente, em cerca de 10% (dez por cento)
do período total de duração da aula. Assim, para uma aula de 45
minutos, os 5 minutos finais serão utilizados para a conclusão.
A finalidade da conclusão é o fechamento da aula, com
reforço aos pontos principais, de modo a fixar melhor o conteúdo
explorado. Nesta fase, o professor deverá evitar a introdução de
novos conceitos ou ideias, para não confundir ou prejudicar a
aprendizagem absorvida pelo aluno. O professor relaciona os
pontos ou ideias principais, para que sejam rapidamente
recapitulados, na mesma sequência em que foram desenvolvidos
anteriormente.
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FORMULÁRIO DE PLANO DE AULA

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INTERDISCIPLINARIDADE
A Importância da Comunicação entre as Disciplinas

O processo educativo não ocorre por acaso. É uma atividade

intelectual que requer preparo, clareza de objetivos e conhecimento
de métodos e técnicas que envolvem a construção do
conhecimento. O ensino bíblico-teológico requer, ainda e,
sobretudo, uma clara convicção de dependência do Espírito de
Deus, sem o qual, nós nada alcançamos no mundo espiritual.
Ensinar a palavra de Deus é tarefa desafiadora porque o
conjunto doutrinário não se desenvolve de forma compartimentada,
estanque e isolada. Pelo contrário, os assuntos e conteúdos são
compartilhados nas diversas doutrinas da igreja cristã. Como falar
de salvação sem falar sobre a vinda de Jesus? Afinal de contas,
quem é salvo, é necessariamente salvo de alguma coisa e para um
destino. Vê-se ai a relação entre duas doutrinas bíblicas – a
soteriologia e a escatologia – para tratar de um mesmo assunto.
Outrossim, como falar de Hermenêutica Bíblica sem tratar da
Bibliologia. Temos de novo, outro contato entre as disciplinas para
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tratar de um tema em comum.

O que quer dizer tudo isto? Quer dizer que, para obter
sucesso em sua nobre missão, deve o professor da Escola
Dominical conhecer os conceitos que dão significado a uma palavra
muito utilizada hoje em dia na educação: Interdisciplinaridade.

CONCEITOS

1) Didática: Ciência e arte de Ensinar. Refere-se às técnicas

e métodos eficazes para o ensino.
Enquanto Ciência: Pesquisa, experimenta e sugere novas
técnicas.
Enquanto arte: Cria comportamentos e influencia a prática do
professor que cria, reconstrói e aperfeiçoa sua regência em classe.
O campo de pesquisa da didática engloba:
- O professor (Como pode melhor contribuir?)
- O método (Como pode ser melhorado?)
- O aluno (Como aprende melhor?)
- O conteúdo (Como ser interessante, atual, prático e
desafiador?)
- Os objetivos (O que pretendo com meu aluno?).

2) Pedagogia: É a ciência da educação. Seu objetivo é a

reflexão, a crítica, a ordenação e a sistematização do processo
educativo. Volta-se para o desenvolvimento do instrumental
indispensável à consecução do trabalho educativo.
Da teoria pedagógica e da prática didática, emerge o tema
interdisciplinaridade, que hoje traz professores à mesa de debates,
buscando uma mudança cultural no sentido de que o professor,
Por uma Escola Bíblica Dominical Relevante 12

deixando a antigo modelo de especialista, assuma uma posição

generalista, ou seja, uma prática pedagógica em que esteja
presente um razoável conhecimento de diferentes campos do saber.

3) Interdisciplinaridade: é, portanto a relação de

interdependência entre as diversas disciplinas. A partir deste
conceito, entendemos que o professor interdisciplinar é aquele que
atua com o conhecimento de que as disciplinas não são autônomas,
mas que elas se articulam e juntas formam o conjunto doutrinário.
Eis decretado o fim do professor especialista e exaltada, a figura
do professor generalista.
A interdisciplinaridade tem a ver com o contexto cultural atual,
onde o conhecimento está disponível a todos. Tem a ver com a
necessidade total do aluno, para o qual importa conhecer não
apenas o fato bíblico, mas também saber como este fato pode ser
aplicado para abençoar a sua vida.

A INTERDISCIPLINARIDADE COMO RESPOSTA ÀS

CARÊNCIAS BÍBLICAS DO CRENTES

Somos hoje sitiados pela informação. Jovens e adolescentes

são presas ainda mais fáceis da sedução do saber em suas
diversas e nocivas concepções filosóficas (relativismo, humanismo,
existencialismo). Somos todos carentes de conhecimento da
palavra de Deus (a minha alma tem sede de Deus, do Deus Vivo Sl
42.2). Entre essas carências citamos algumas para as quais o
professor deve atentar:
a) Fundamento bíblico.
b) Significado da vida.
Por uma Escola Bíblica Dominical Relevante 13

c) Valorização do tempo.
d) Sexualidade.
e) Conflito com o imaginário.
f) Conceito de família.
g) Identidade cristã.
h) Permissividade social versus moral cristã.

Essas carências precisam ser supridas para que ofereçamos

aos irmãos a possibilidade de um crescimento integral. A
interdisciplinaridade consiste em tratar estes temas conforme eles
aparecem nas diversas disciplinas sejam do conhecimento teológico
ou científico. Vejamos a questão da sexualidade. Ela será tratada
na Antropologia bíblica, mas também será abordada na doutrina do
pecado (hamartiologia), isto sem considerar os aspectos da
santificação que serão encontrados na doutrina da salvação
(soteriologia). Para o lado secular, veremos que a psicologia e a
sociologia também falam a este respeito.
Seja qual for o assunto tratado em aula, normalmente os
conteúdos acima acabarão por ser abordados. Neste momento
compete ao professor ter a capacidade de relacioná-los com as
disciplinas que o envolvem, tanto as de caráter bíblico como no
campo secular.

O PERFIL DO PROFESSO INTERDISCIPLINAR

a) Identificação com os alunos

b) Capacidade básica para a generalização (não especialista)
c) Analista do campo psíquico cognitivo do aluno (auditivo,
visual, concreto, abstrato).
Por uma Escola Bíblica Dominical Relevante 14

d) Incansável na busca dos pré-requisitos de ordem espiritual

(oração, estudo das Escrituras, dependência de Deus, dedicação ao
ministério do Ensino).
A responsabilidade com o ensino da palavra só encontra
importância semelhante em sua própria nobreza (e os que a muitos
ensinam a justiça (refulgirão) como as estrelas sempre e
eternamente. Dn 12.3). Mas, o seu bom exercício requer um pouco
mais do que simplesmente assumir a classe nas manhãs de
domingo. A prática da interdisciplinaridade solicita do professor, tão
somente que este tenha conhecimento prévio dos conteúdos e das
técnicas de ensino. Portanto, atentemos para isto e, assim, teremos
feito a nossa parte na importante obra do “fazei discípulos” em
nome de Jesus.

(Fonte: Pr Geremias do Couto; Barsa Planeta; Dicionário L. A. Sarconni;

Didática e Educação de Educadores, R. A. Silveira)
Por uma Escola Bíblica Dominical Relevante 15

MARKETING NA ESCOLA DOMINICAL

MARKETING E IGREJA: PROPÓSITO E FINALIDADES

Definição

Marketing é um termo que procede da língua inglesa que

significa mercadologia, isto é o estudo do mercado. Procede de
Market cujo significado é mercado ou comercializar, vender, colocar
no mercado. De acordo com Raimar Richers, autor de Marketing,
uma visão brasileira, o vocábulo pode ser definido com a intenção
de entender o atender o mercado.
Isto significa que, se a Escola Dominical pretende atender os seus
alunos com eficácia, é necessário, primeiro, conhecê-lo, saber
quem ele é e, segundo, entendê-lo, isto é, saber o que ele quer
para somente depois traçar uma estratégia ou plano de marketing a
fim de atendê-lo em suas necessidades. Portanto, está incluso nas
estratégias de marketing para a Escola Dominical as seguintes
tarefas:
Por uma Escola Bíblica Dominical Relevante 16

a) Divulgar a ED;
b) Conquistar e fidelizar alunos;
c) Fortalecer a imagem da ED;
d) Enfatizar os diferencias da ED.
No entanto, de modo algum o marketing deve ser confundido
com a propaganda. Esta, não é marketing, mas uma das
ferramentas usadas por ele.
Assim, temos que o Marketing como teoria de mercado é
constituído pela reunião de ações estratégicas que visam:
1. Lançar e sustentar um produto ou serviço;
2. Conquistar e manter clientes.
Mas, o marketing não se restringe apenas a produtos e
serviços pois suas ferramentas são empregadas em diferentes
contextos e situações. É usado para vender a imagem de um
político, difundir uma ideia ou ideal, além, é claro, de servir ao
caráter egocêntrico de nossa época mediante o mau uso do
marketing pessoal.

MARKETING COMERCIAL E IGREJA – OBJETO E OBJETIVOS

O marketing originou-se a fim de atender as necessidades do

mercado, muito embora não esteja limitado aos vens de consumo,
mas passível de ser aplicado a diversos contextos e situações como
já observamos.
Somente ao estudarmos a história, conceito e evolução do
marketing, assim como as necessidades industriais e comerciais
que lhe deram origem, é que podemos traçar um paralelo
consciente e crítico entre os propósitos e objetivos do marketing e
da igreja. Portanto, os objetivos do marketing não são os mesmos
Por uma Escola Bíblica Dominical Relevante 17

da igreja.

Marketing Comercial Igreja

Objetivos Objetivos
1. Agradar ao cliente 1. Agradar a Deus
2. Obter lucro para a empresa 2. Ganhar almas para o Reino de
Deus
3. Mercadológico 3. Evangelístico
4. Centrado em satisfazer as 4. Centrado em satisfazer as
necessidades materiais e necessidades espirituais e
efêmeras das pessoas eternas das pessoas

A igreja como instituição eclesiástica que considera

necessário o uso de algumas estratégias de marketing, deve ser
cuidadosa na aplicação dos mesmos, usando-os com sabedoria,
parcimônia e, seguindo a sua missão, conforme as Escrituras (Mt
28. 19 e 20; Mc 16. 15).
No entanto, deve lembrar que nenhuma ferramenta humana
substitui a oração, o poder contagiante da santidade de vida de
seus membros, a ação viva e poderosa do Espírito Santo na igreja.
O marketing, que sempre acompanhou o movimento
pentecostal não foi constituído de estratégias mercadológicas mas
sim de sinais miraculosos dos dons, a transformação das centenas
de vidas presas pelos aguilhões do pecado e o avivamento bíblico,
voltado para o comprometimento com as Sagradas Escrituras.
A Bíblia, na verdade, é contrária a qualquer ação, seja
filosófica, social ou mercadológica que se oponha à autenticidade
do Evangelho ou que seja um subterfúgio ao poder do Espírito (1Co
2. 1-16). Muitos porém, no afã de serem bem-sucedidos no
ministério, falsificam a Palavra (2Co 2.17) e contrabandeiam para o
Por uma Escola Bíblica Dominical Relevante 18

Evangelho, fundamentos alheios e perigosos para a pureza do

mesmo (2 Pe 2.1). Portanto, as estratégias de Marketing para a
Escola Dominical devem ser usadas como recurso metodológico
auxiliar, servil à gestão educacional e não como substituto da
própria gestão. Como afirma César M. Carvalho “Respeitando o
fundamento que é o Senhor Jesus Cristo, o obreiro da Escola
Dominical pode utilizar o marketing para a ED como um meio, mas
jamais como um fim...” (Marketing para Escola Dominical. RJ:
CPAD, 2005, p.162)

PREPARAÇÃO ESTRATÉGICA DA ESCOLA DOMINICAL

As estratégias de Marketing devem ser contempladas na

gestão da própria ED. Não deve ser um objeto estranho à gestão
mas incorporado ao planejamento anual da escola.
De pouco adianta o uso das estratégias de marketing se a
Escola Dominical não está apta ou em condições de manter os
novos alunos.

VISÃO ESTRATÉGICA
Vejamos dois exemplos bíblicos que ratificam o emprego do
planejamento na gestão da Escola Dominical.
Exemplo 1:
Texto: Lc 5. 36-38
Proposição: Uma veste velha não suporta o remendo de pano
novo, pois rompe o tecido e faz-se maior rotura; assim como não se
põe vinho novo em odres velho, pois o odre ressecado e rachado
não suporta a fermentação do vinho novo.
Lição: A convivência do novo com o velho fera conflitos,
Por uma Escola Bíblica Dominical Relevante 19

algumas vezes, prejuízos, pois perde-se a ambos. O ideal é que o

odre velho seja recuperado, preparado, renovado a fim de suportar
o vinho novo.
Conclusão: A aplicação de uma estratégia de marketing na ED não
deve anteceder à avaliação e reforma da própria escola.

Exemplo 2:
Texto: Lc 14. 28-30
Proposição: Toda construção deve ser precedida de um
planejamento. Sem o estabelecimento de um plano estratégico, não
se conclui satisfatoriamente uma obra, podendo o construtor ser
vítima de escárnio ou motejo.
Lição: planejar, primeiro ato para qualquer empreendimento,
inclui um programa com objetivos definidos, cálculo das despesas e
verificação dos recursos necessários à construção.
Conclusão: a aplicação das estratégias de marketing na Escola
Dominical deve ser um empreendimento organizado, projetado de
acordo com as necessidades e condições da igreja.

Devemos lembrar que o pescador prudente antes de jogar as

redes ao mar, verifica as condições da mesma (Mc 1. 19), a fim de
que os peixes não escapem ou a rede não se rompa devido a
grande quantidade de animais marinhos (Jo 21. 11).

CHECK LIST DAS CONDIÇÕES DA EBD.

Antes de implementar as estratégias de marketing na Escola
Dominical, recomendamos que seja feito um check list das atuais
condições da ED, principalmente de sua estrutura física e de sua
equipe pedagógica. Gasta-se tempo, dinheiro, recursos diversos e,
Por uma Escola Bíblica Dominical Relevante 20

às vezes, a própria credibilidade do gestor na implementação de

estratégias de marketing, ao passo que a Escola não está
preparada para receber os novos alunos.

PLANO DE MARKETING

COMPOSTO DO MARKETING
O composto do marketing ou “4Ps” foi proposto por Jerome
McCarthy na obra “Marketing Básico” (Kootler, 2000, p.37). sua
proposta era que as empresas conhecessem o mercado em que
iriam atuar e também definissem as melhores estratégias para
atingir os clientes. Para conseguir tal efeito era necessário
estabelecer objetivos, metas e operações envolvendo:
a) Produtos (Mercadoria)
b) Preço (Valor pago pelo bem)
c) Pontos de Venda (Disponibilidade do produto)
d) Promoção (estímulo à comercialização do produto)

Os 4Ps reunidos, formam o composto básico do marketing

(mix do marketing), mas hoje já foram acrescentados outros tantos
“Ps”.
No entanto, no planejamento do marketing para a Escola
Dominical, os 4Ps devem, necessariamente, transformar-se em:
a) Utilidade (em vez do produto)
b) Valor (no lugar de preço)
c) Comunicação (em vez de promoção)
d) Acessibilidade (no lugar de ponto de venda)
Por uma Escola Bíblica Dominical Relevante 21

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
O planejamento estratégico de Marketing orientado para a
EBD envolve as seguintes atividades:
1. Definição da missão da EBD;
2. Análise da atual situação da EBD;
3. Formulação de objetivos;
4. Formulação de estratégias;
5. Implementação, feedback e controle;
6. Orçamento.

DIVULGAÇÃO DA EBD
A sua Escola dominical pode ter a melhor estrutura física, uma
excelente equipe de professores, todas as condições pedagógicas
para ofercer aos membros de sua igreja o melhor ensino, mas é
necessário que a igreja saiba disso. Isso será feito por meio da
divulgação.

1. Propaganda
Uma boa propaganda deve interessar, persuadir, convencer e
levar à ação. Para que um anúncio cumpra a sua missão é
necessário o apelo a uma necessidade, despertando ou criando o
desejo. As formas de comunicação mais acessíveis à ED são:
folders e panfletos; internet (marketing digital); rádio; mídia exterior
(banner, adesivos, etc.), mas não é dispensável: jornais locais,
revistas (outros: outdoors, televisão).

2. Marketing Direto
O Marketing direto, segundo Drayton Bird em seu livro Bom
senso em Marketing Direto (Makron Books, 2000), é um marketing
Por uma Escola Bíblica Dominical Relevante 22

de relacionamento em que o serviço é apresentado às pessoas

certas, por meio de comunicação direcionada. Portanto, o marketing
direto cumpre duas funções: (1) aquisição de nomes pessoais e, (2)
ativação e manutenção de relacionamento contínuo com pessoas já
conquistadas. Inclui: Mala-direta, e-mail marketing, folheto,
correspondência, telemarketing ativo, eventos reservados,
newsletter, marketing de data base etc.

3. Invista na Imagem de seus Professores

Melhore a imagem de seus professores. Ajude-os na
composição de uma imagem positiva a respeito de si, da
importância deles e do ofício que desempenham para a escola.
Invista na capacitação coletiva e individual de sua equipe. Reúna-se
periodicamente com a sua equipe.

4. Eventos
Nesta categoria a escola pode efetuar diversas atividades
educacionais que, ao mesmo tempo em que motiva a equipe de
professores, edifica coletivamente a igreja e divulga o seu trabalho.
Uma ocasião propícia é a festa anual da Escola Dominical. Esses
eventos incluem: semana Pedagógica; conferências; exposições;
Workshop; chás ou cafés literários.
As estratégias de marketing, bem como as suas ferramentas,
não têm efeito duradouro enquanto a Escola Dominical não estiver
preparada para assistir, educar e manter os novos alunos. Por isso,
estruture a sua escola para as grandes realizações que estão a
caminho. Lembre-se: “Vinho novo deve ser deitado em odres
novos” (Lc 5.38).
Por uma Escola Bíblica Dominical Relevante 23

O PAPEL DA ESCOLA DOMINICAL NA

FORMAÇÃO E INTEGRAÇÃO DA FAMÍLIA

Não só os evangélicos, mas as autoridades também estão

preocupadas com a família. As revistas trazem artigos importantes
sobre a família. Alguns estudiosos do assunto dizem que a família
estará morta… a família desaparecerá.
Para Deus a família é de grande importância, e isso está
destacado através das páginas da Bíblia.
Deus veio ao mundo através de uma família. Deus está
interessado naquilo que sua família acredita.
A Bíblia indica que Deus tinha pelo menos 3 propósitos
quando fez o homem e a mulher com capacidade para a
reprodução através do casamento.
a) Deus estava comprometido com a continuação da raça
humana.
b) Deus visava a felicidade de um perfeito relacionamento –
físico, emocional e espiritual.
c) O casamento tem por objetivo demonstrar o amor divino.
Por uma Escola Bíblica Dominical Relevante 24

Deus queria que o marido e a mulher se amassem de tal maneira

que o mundo pudesse se lembrar do amor divino.
A família não é nossa, mas de Deus. O casamento não é
nosso, mas de Deus. Os filhos não são nossos, mas de Deus.
Deste modo, é preciso conduzir a família pelos caminhos do ensino
da Palavra de Deus a fim de que cada membro seu seja realmente
envolvido pelo amor do Pai e se comprometa fielmente com o seu
Reino. Sendo assim, pensemos qual o papel da Escola Bíblica
Dominical na formação e integração da família.

A FAMÍLIA E A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL

A Escola Bíblica Dominical é uma oportunidade única de

estudar a Bíblia, aplicando-a a vida pessoal e crescendo cada dia
mais. A Palavra de Deus é fonte de vida para as pessoas. É, por
isso, um instrumento de crescimento espiritual para toda a família.
A importância dos Pais na EBD.
“Educa a criança no caminho em que deve andar; e
até quando envelhecer não se desviará dele”.
Pv 22:6

Os filhos precisam de alimento espiritual. Por isso a

necessidade de serem ensinados nos caminhos do Senhor e
instruídos no caráter de Deus. Precisam aprender que toda a vida
esta centrada em Deus. Os pais têm um papel importantíssimo no
acompanhamento da vida espiritual dos filhos.
Por uma Escola Bíblica Dominical Relevante 25

A RESPONSABILIDADE DOS PAIS

Ser o exemplo
O exemplo é um bom meio de comunicação. Quando os pais
participam do ensino bíblico, dos culto, dos trabalhos da igreja,
estão passando aos filhos a importância da palavra de Deus.

Ajudar os filhos
A participação ativa dos pais é fundamental, ajudando-os a
estudarem a lição, a memorizarem os versículos, a serem
obedientes e a respeitarem os professores e o tempo da EBD como
uma coisa importante para a vida deles.

Acompanhar os filhos
Pergunte o que é que os seus filhos estudaram o que é que
aprenderam o que é que gostaram mais… responda as perguntas.
Ajude-os, durante a semana, nas leituras da Bíblia, no estudo da
lição, na aprendizagem dos versículos e nas tarefas de aplicação
bíblica. Ensine os seus filhos a orarem pelo professor da Escola
Dominical e a ter amor pela igreja.

Valorizar a EBD
Escola Bíblica Dominical e muito importante para o
desenvolvimento espiritual e moral dos seus filhos. Passe esse
valor aos filhos, com dedicação, entusiasmo e alegria. Assim como
transmite a importância do bom empenho nos estudos escolares
dos seus filhos, do mesmo modo deve valorizar o seu
desenvolvimento espiritual e zelo pela aprendizagem dos princípios
bíblicos.
Por uma Escola Bíblica Dominical Relevante 26

Não faltar
Por culpa dos pais, as crianças que faltam é que ficam a
perder. Não acompanham as lições, não aprendem, não crescem
espiritualmente, não se habituam ao ambiente, não se introduzem
no grupo e por isso não fazem amigos na igreja. Não conhecem a
Bíblia, não sabem nada sobre a vontade de Deus para as suas
vidas, não têm referências morais e espirituais. Desmotivam-se e
depois não querem ir ou participar. Vá com os seus filhos à Escola
Bíblica Dominical regularmente.

Não chegar tarde

De a devida importância a Deus, que Ele merece, não chegue
tarde. Habitue-se a chegar cedo para orar, por respeito a Deus e
aos seus irmãos em Cristo. Leve o seu filho no horário para não
perturbar as classes e as crianças, pois perdem o seguimento e o
ambiente descontraído das atividades iniciais que normalmente têm
como alvo despertar o interesse.

A FAMÍLIA CRISTÃ, A ESCOLA E A EDUCAÇÃO DOS FILHOS

Desde as sociedades tribais pré-históricas, a família exerce

um papel fundamental na educação dos filhos. A ausência do
Estado, das classes, do comércio e da escrita, dispensava a
existência de escolas. As crianças aprendiam com os adultos, em
especial a família, questões que envolviam os valores espirituais e
morais, assim como atividades práticas para a sua sobrevivência
(trabalhos manuais, caça, pesca etc.).
Esse modelo de educação “informal” se estendeu por longos
anos em sociedades nômades,
Por uma Escola Bíblica Dominical Relevante 27

seminômades e sedentárias, até o advento das grandes cidades, da

escrita, das transformações técnicas, da produção excedente, da
comercialização e dos inovadores pensamentos sobre política e
democracia.
Numa perspectiva bíblica judaico-cristã, observamos este tipo
de educação nos seguintes textos:
“Porque eu o tenho escolhido, a fim de que ele
ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, para
que guardem o caminho do Senhor, para praticarem
retidão e justiça; a fim de que o Senhor faça vir sobre
Abraão o que a respeito dele tem falado”
(Gn 18.19).

“E acontecerá que, quando vossos filhos vos

disserem: Que culto é este? Então direis: Este é o
sacrifício da páscoa ao Senhor, que passou as casas
dos filhos de Israel no Egito, quando feriu aos
egípcios, e livrou as nossas casas. Então o povo
inclinou-se, e adorou”.
(Ex 12.26-27)

Veja outros textos: Ex 13.8-9, 14; Dt 6.6-9, 20-21; 11.18-21; Js

4.21-23.

Percebe-se nestes textos do Antigo Testamento, a

participação e a importância da família na preservação dos valores
espirituais e morais do povo judeu.
A figura dos agentes especialmente destinados para a tarefa
de ensinar surge com a instituição do sacerdócio.
“E falou o Senhor a Arão, dizendo: Não bebereis
vinho nem bebida forte, nem tu nem teus filhos
Por uma Escola Bíblica Dominical Relevante 28

contigo, quando entrardes na tenda da congregação,

para que não morrais; estatuto perpétuo será isso
entre as vossas gerações; E para fazer diferença
entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo,
E para ensinar aos filhos de Israel todos os estatutos
que o Senhor lhes tem falado por meio de Moisés”.
(Lv 10.8-11)

Veja outros textos: 2 Rs 17.27; 2 Cr 17.7-9; 35.3.

Posteriormente, os profetas assumem também essa tarefa.

“Então enviou Saul mensageiros para prenderem a
Davi; quando eles viram a congregação de profetas
profetizando, e Samuel a presidi-los, o Espírito de
Deus veio sobre os mensageiros de Saul, e também
eles profetizaram”.
(1 Sm 19.20)

Veja outros textos: 2 Rs 2.7; 6.1.

Durante e após o período do cativeiro na Babilônia, surge a

figura do escriba, uma classe de mestres especializados, que
copiavam, interpretavam e ensinavam a Lei.
“Este Esdras subiu de Babilônia. E ele era escriba
hábil na lei de Moisés, que o Senhor Deus de Israel
tinha dado; e segundo a mão de Senhor seu Deus,
que estava sobre ele, o rei lhe deu tudo quanto lhe
pedira. [...] Porque Esdras tinha preparado o seu
coração para buscar e cumprir a lei do Senhor, e
para ensinar em Israel os seus estatutos e as suas
ordenanças”.
(Ed 7.6, 10)
Por uma Escola Bíblica Dominical Relevante 29

Apesar do surgimento destes “educadores especializados”, a

participação da família na educação dos filhos não foi abandonada.
No livro de provérbios, escrito entre 950-700 a.C., encontramos as
seguintes exortações:
“Ouvi, filhos, a instrução do pai, e estai atentos para
conhecerdes o
entendimento. Pois eu vos dou boa doutrina; não
abandoneis o meu ensino. Quando eu era filho aos
pés de meu, pai, tenro e único em estima diante de
minha mãe, ele me ensinava, e me dizia: Retenha o
teu coração as minhas palavras; guarda os meus
mandamentos, e vive”.
(Pv 4.1-4)

“Instrui o menino no caminho em que deve andar, e

até quando envelhecer não se desviará dele”.
(Pv 22.6)

Como já citamos, com o advento das grandes cidades, da

escrita, das transformações técnicas, da produção excedente, da
comercialização, dos inovadores pensamentos sobre política e
democracia, a educação e a escola ganharam um novo formato.
É no período da Grécia clássica que acontece algumas das
grandes revoluções pedagógicas.
A pólis, no intuito de formar os seus cidadãos, criam escolas
especializadas para atender as suas demandas. No geral, a criança
permanece em casa, com a família, até os sete anos. Após esse
período, o Estado assume a sua educação (preparo físico,
educação musical, formação cívica e militar, leitura e escrita,
gramática, retórica etc.).
Podemos observar, que apesar destas mudanças
Por uma Escola Bíblica Dominical Relevante 30

significativas, de onde surgem as nossas escolas modernas e as

teorias pedagógicas, a Bíblia nos relata que a participação da
família, em especial na formação dos valores espirituais e morais de
seus filhos, ainda permanece.
“Trazendo à memória a fé não fingida que há em ti, a
qual habitou primeiro em tua avó Loide, e em tua
mãe Eunice e estou certo de que também habita em
ti”.
(2 Tm 1.5)

“Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de

que foste inteirado, sabendo de quem o tens
aprendido, E que desde a tua meninice sabes as
sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para
a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus”.
(2 Tm 3.14-15)
Por uma Escola Bíblica Dominical Relevante 31

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A principal Missão da Igreja como Agência do Reino de Deus

na terra é produzir discípulos. Não se faz discípulos sem um
Ministério de Ensino efetivo. Infelizmente a Docência Cristã não
ocupa, em nossos dias, o lugar que lhe é Mister, haja vista a falta de
interesse por este Ministério que foi a Missão precípua de Jesus.
Sabemos que ensinar não é fácil. Porém, aquele que se
prepara para ensina deve ter em mente que estará transformando
vidas e contribuindo para que o Reino de Deus cresça em todas as
suas particularidades.
O discípulos que formamos hoje, através da docência cristã,
com certeza se transformará também em um discipulador que,
também através do ensino formará outros, cumprindo assim
efetivamente o IDE de Jesus, com vistas a “fazer discípulos de
todas as nações”.
Que o exemplo de Cristo se a mola propulsora de nosso
Ministério de Ensino e que o Espírito Santo forme em nós, mestres
cada vez mais capacitados para que o nome de Cristo – o Mestre
dos mestres – seja plenamente conhecido em toda terra e que a
Palavra de Deus, através das nossas ações, alcance todos os mais
longínquos rincões.
Que o Senhor te use cada vez mais como um Ensinador
Cristão.

Pr Wanderson Silva.