Você está na página 1de 5

O Juízo de 1º grau entendeu pelo não reconhecimento do atraso

na entrega do imóvel que os Recorrentes adquiriram da Recorrida, julgando


improcedentes os pedidos constantes na inicial.

Inconformados com a sentença prolatada, os Recorrentes


interpuseram recurso de Apelação intentado a reforma do julgado de 1º grau.

O Tribunal a quo manteve a sentença de 1º grau, entendendo


pelo não reconhecimento de atraso.

Assim, inconformados com a decisão do tribunal, os


Recorrentes interpuseram Recurso Especial com base no artigo 105, III, alíneas a
e c, da Constituição da República.

Suscitam a inaplicabilidade da súmula 7 do STJ, sustentando


que o recurso interposto não tem por sua natureza a rediscussão da matéria
fático-probatória, mas sim a aplicação correta das normas de direito, o que não
fora observado pelos julgados anteriores.

Alegam ainda, a inaplicabilidade da súmula 5 do STJ.

De igual modo, suscita a violação do artigo 47 do Código de


Defesa do Consumidor.

Em decisão prolatada, o Exmo. Sr. Vice-Presidente do e. TJPR


negou seguimento ao recurso dos Agravados ante a incidência dos óbices das
súmulas 5 e 7 do STJ.

Contudo, como se verá a seguir, agiu acertadamente o egrégio


Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, motivo pelo qual o acórdão recorrido
deve ser mantido em sua integralidade.
Reforça esta ideia o Enunciado da Súmula 05 desse Superior
Tribunal de Justiça, que tem a seguinte redação:

“Súmula 5, STJ. - A SIMPLES INTERPRETAÇÃO DE CLAUSULA


CONTRATUAL NÃO ENSEJA RECURSO ESPECIAL. Como visto, as
razões de inconformismo trazem supostas violações aos artigos do Código de
Defesa do Consumidor e do Código Civil.” – Grifos nosso
Referido desideractum ressai clarividente das próprias razões
recursais, as quais evidenciam o nítido propósito de reexame da matéria fático-
probatória dos autos, assim como de discussão quanto à interpretação de
cláusulas contratuais, com a consequente apuração da existência ou não de
danos materiais e morais carecedores de reparação pecuniária.

Destarte, conclui-se pela impossibilidade de admissão do


recurso especial aviado, porquanto a simples aferição da pretensão recursal
demanda à alteração de premissas fático-probatórias estabelecidas no aresto
recorrido, com o revolvimento das provas carreadas aos autos, assim como
reavaliar a simples interpretação das cláusulas contratuais, especialmente no
tocante ao prazo de tolerância de 180 (cento e oitenta) dias, ajustado pelas
partes na “Cláusula Quinta” do “Contrato de Promessa de Compra e Venda”, cuja
validade é reconhecida pela jurisprudência majoritária, inclusive desse E.
Tribunal Superior, o que é vedado em sede deste recurso excepcional, nos
termos dos enunciados nº 5 e 7 das Súmulas do STJ.
Conforme informações disponíveis no PROJUDI do Estado do
Paraná, a decisão atacada (movimento nº 242) teve sua “leitura de intimação
realizada” em 26 de maio de 2017 (movimento 246).

Nos termos do artigo 219 do Código de Processo Civil, os


prazos processuais são contados em dias úteis.

Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por


lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se
somente aos prazos processuais.

Também nos termos do § 5º, do artigo 1.003, do Código de


Processo Civil, o prazo para interposição de qualquer recurso, dentre eles o de
agravo de instrumento, é de 15 dias.

Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se


da data em que os advogados, a sociedade de advogados,
a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério
Público são intimados da decisão.
§ 5o Excetuados os embargos de declaração, o prazo para
interpor os recursos e para responder-lhes é de 15
(quinze) dias.

Tendo em vista que a leitura automática da decisão agravada se


deu em 26 de maio de 2017 (sexta-feira), conclui-se que o prazo para
interposição do recurso de agravo de instrumento se iniciou em 29 de maio de
2017 (segunda-feira), e findar-se-á em 19 de junho de 2017 (segunda-feira).

Dessa forma, realizado o protocolo da presente peça recursal


durante o interstício temporal acima informado, conclui-se pela tempestividade
do presente agravo de instrumento aviado.
necessária a demonstração dos elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo, a fim de possibilitar a concessão do efeito suspensivo ao recurso
interposto.

O pleito se justifica pelos motivos expostos em tópicos


anteriores, os quais demonstram que a Agravante pode ser compelida a pagar
um montante de R$ 20.145,53 (vinte mil, cento e quarenta e cinco reais e
cinquenta e três centavos) a maior do que o quantum de direito à Agravada,
gerando nítido enriquecimento sem causa.

Nesse sentido, faz-se necessário que o presente Agravo de


Instrumento seja recebido no efeito suspensivo, a fim de se evitar qualquer
efeito lesivo aos direitos da Agravante, restando claro o perigo de grave dano e
de difícil reparação.

Além disso, o valor referente ao crédito exequendo está


devidamente garantido em Juízo e a espera da decisão do recurso não causaria
dissabores à Agravada, além do normal do cotidiano, já que deve ser logo
proferida.

Dessa forma, presente o perigo de dano ao manter-se efetiva a


decisão agravada, a qual atenta contra a realidade dos fatos, requer sejam seus
efeitos suspensos até o julgamento final do presente agravo.
5 – DOCUMENTOS QUE INSTRUEM O PRESENTE
RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO

Após a publicação da decisão atacada/agravada (movimento nº


225, integrada pelo movimento nº 242), a Agravante promoveu extração de cópia
integral dos autos do processo para instruir o presente recurso de agravo de
instrumento.

O DIREITO CIVIL

NA AMERICA LATINA

BELLO

ANDRES

FREITAS

BEVILAQUA

ESPOSITO

FREUD

IMANRA

SDBOAD

AMARAL

FRANCISCO

O DIREITO CIVIL

COMO ARTIFICE

DO CURSO

AS OBRIGACOES NASCEM COMO UM TRAÇO MARCANTE DA REALIDADE SOCIAL

A INTERPRETACAO HERMENEUTICA CLASSICA SE BASEIA

NA LITERALIDADE

A INTERPRETACAO HSITORICA DO DIREITO

SAVIGNY E O DIREITO REAL

IHERING E O DIREITO REAL

O DIREITO PESSOAL
CLVOSI DO COUTO E SILVA

A OBRIGACAO COMO PROCESSO

O DERECHO CIVIL DE PONTES DE MIRANDA

O DIREITO DO CONSUMIDOR DE CLAUDIA LIMA MARQUES

OBRIGACOES DE AADQUIRIR

ERRO IN PROCEDENDO

ERRO IN JUDICANDO

ERRO JURIDICO

ERRO JUDICIAL

VENIRE CONTRA FACTUM PROPRIUM NO PROCESSO JUDICIAL

VENIRE CONTRA FACTUM PROPRIUM CONTRA PARTICULAR EM NEGOCIO JURIDICO


BILATERAL OU UNILATERAL

A DESERDAÇÃO NO DIREITO BRASILEIRO E NO DIREITO CHILENO

NÃO HÁ SIMILITUDE

HÁ DIFERENÇA

A INDIGNIDADE E CLOVIS BEVILAQUA

APROVACAO DO CODIGO DE 2002

Com tais considerações, requer seja o presente recurso


conhecido e recebido com efeito suspensivo, de modo a impedir o cumprimento
imediato da decisão agravada.

Seja provido o presente agravo, a fim de reformar a decisão


objurgada, para que seja considerado como excesso de execução o montante de
R$ 20.145,53 (vinte mil, cento e quarenta e cinco reais e cinquenta e três
centavos).

Você também pode gostar