PROPRIEDADE INTELECTUAL
2.1 Patente................................................................................................................ 13
3.4 Links.................................................................................................................... 23
4.1 Várias causas pelas quais um domínio privado se torna um domínio público .... 29
4.2 Bens de domínio público entendidos como serviço público ou uso público ........ 29
7.3 Que direitos são assegurados aos titulares dos direitos conexos? ..................... 36
9 MARCAS ............................................................................................................ 45
9.3 Marca de alto renome (art. 125, LPI) e marca notória (126, LPI) ........................ 50
10 INVENÇÃO ...................................................................................................... 54
12 CONCORRÊNCIA ........................................................................................... 56
12.1 O sistema brasileiro de defesa da concorrência (SBDC) ............................. 56
14 REFERÊNCIAS ............................................................................................... 61
1 DIREITO AUTORAL
Fonte: www.vilage.com.br
5
associações existentes não implicava em quitação plena e permitia a cobrança por
outra associação.
As músicas, em sua grande maioria, eram (e continuam sendo) resultados de
parcerias, e por isso possuíam vários detentores de direitos, cada qual filiado a uma
das referidas entidades, gerando cobranças e distribuições separadas.
Para dar fim a esse problema, em 1973 foi promulgada a Lei 5.988/73, que
criava um escritório central para realizar, de forma centralizada, toda a arrecadação e
distribuição dos direitos autorais de execução pública musical. Em 2 de janeiro de
1977, o Ecad - Escritório Central de Arrecadação e Distribuição iniciou as suas
atividades operacionais em todo o Brasil.
6
os locais que utilizam suas obras para a cobrança dos seus devidos direitos autorais
de execução pública musical.
Fonte: www.gamademedeiros.com.br
7
1.5 Os diferentes tipos de direitos
1.6 Legislação
Artigo XXVII
8
1. Todo ser humano tem o direito de participar livremente da vida cultural da
comunidade, de fruir das artes e de participar do progresso científico e de
seus benefícios.
2. Todo ser humano tem direito à proteção dos interesses morais e materiais
decorrentes de qualquer produção científica, literária ou artística da qual seja
autor.
Direitos Autorais
10
- Subeditores: são os editores nacionais que representam obras estrangeiras
no Brasil sob a forma de sub-edição e não edição direta.
2 PROPRIEDADE INTELECTUAL
Fonte: www.hoje.unisul.br
11
“Possibilita transformar o conhecimento, em princípio um bem quase público,
em bem privado e é o elo de ligação entre o conhecimento e o mercado”.
Um dos temas mais controvertidos relacionados à propriedade intelectual
recai sobre os seres vivos e os novos processos biológicos, tendo-se ainda muitas
questões sem respostas, pois envolvem aspectos políticos, sociais, técnicos,
econômicos e culturais. Por este motivo não são encontrados nas legislações
anteriores do Brasil, a possibilidade de patenteamento de seres vivos, devido ao fato
da pesquisa genética não ser avançada neste período da forma como é nos dias
atuais (VIEIRA E BUAINAIN, 2006 e VIEIRA, 2001).
O pais em 1994 assinou o TRIPS - Agreement on Trade Related Intellectual
Aspects of Intellectual Property Rights, o qual em português recebeu a denominação
de Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao
Comércio – ADPIC, se obrigando com isto a elaborar uma legislação que atendesse
as diretrizes estipuladas pelo Acordo com relação a proteção aos direitos relacionados
a propriedade intelectual.
Desta forma, no ano de 1996, foi aprovada a Lei nº 9.279 a qual regula direitos
e obrigações relativos à propriedade industrial; no ano de 1997, foi editada a Lei nº
9.456 a qual institui a lei de cultivares e no ano seguinte, em 1998 foi promulgada a
Lei nº 9.610 a qual consolida a legislação sobre direitos autorais.
A propriedade intelectual pode ser dividida em 3 (três) grupos: um
denominado de propriedade industrial; outro de direito autoral e o sui generis.
O termo propriedade industrial tem como finalidade proteger os direitos
relativos às patentes (de invenção ou de modelos de utilidade), marcas, desenho
industrial e indicação geográfica, cabendo de acordo com a lei ao Instituto Nacional
de Propriedade Industrial - INPI a repressão a concorrência desleal (art. 2º da lei
9.279/96).
Por outro lado, o direito autoral protege as obras decorrentes do intelecto
humano, ou seja, protege as obras literárias, científicas e artísticas, bem como os
programas de computador.
As novas variedades vegetais obtidas por meio de melhoramento vegetal,
recebem proteção pelo sistema suigeneris, o qual faz parte da propriedade intelectual
e são protegidas em nosso país pela Lei nº 9.456/97 – Lei Proteção de Cultivares.
12
2.1 Patente
13
c) esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais, contábeis,
financeiros, educativos, publicitários, de sorteio e de fiscalização;
d) as obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou qualquer
criação estética;
e) programas de computador em si,
f) regras de jogo,
g) técnicas e métodos operatórios ou cirúrgicos, bem como métodos
terapêuticos ou de diagnóstico, para aplicação no corpo humano ou animal e;
h) o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos encontrados
na natureza, ou ainda que dela isolados, inclusive o genoma ou germoplasma de
qualquer ser vivo natural e os processos biológicos naturais.
Fonte: www.vcpi.com.br
Patenteável
14
O mesmo artigo define também o que os Estados membros podem considerar
como não sendo passível de patenteamento, são eles:
a) invenções que contrariem a ordem pública e a moralidade e que atentem
contra a vida ou a saúde humana, animal ou vegetal, além daquelas que
prejudiquem o meio ambiente;
b) os métodos diagnósticos, terapêuticos e cirúrgicos para tratamento de
seres humanos ou de animais;
c) plantas e animais, exceto microrganismos e processos essencialmente
biológicos para a produção de plantas ou animais, excetuando-se os
processos não biológicos e microbiológicos. (GATT/TRIPS, art. 27.2 e 3).
Não patenteáveis
O art. 18 da Lei 9.279/97 dispõe que não são patenteáveis: a) o que for
contrário à moral, aos bons costumes e à segurança, à ordem e à saúde públicas; b)
as substâncias, matérias, misturas, elementos ou produtos de qualquer espécie, bem
como a modificação de suas propriedades físico-químicas e os respectivos processos
de obtenção ou modificação, quando resultantes de transformação do núcleo atômico,
e c) o todo ou parte dos seres vivos, exceto os microrganismos transgênicos que
atendam aos três requisitos de patenteabilidade - novidade, atividade inventiva e
aplicação industrial - previstos no art. 8º e que não sejam mera descoberta*.
*Descoberta é a revelação de alguma coisa até então desconhecida pela
sociedade, mas que já se encontrava inserido na natureza, sendo a mesma
encontrada pela simples observação do homem, como por exemplo, metais
encontrados em nossa natureza, proteínas, genes, etc.
Prazo da patente
15
Fonte: www.startupi.com.br
17
O prazo de proteção é de 10 (dez) anos a partir da data do depósito do pedido,
podendo o mesmo ser prorrogado no máximo por 3 (três) vezes pelo período de 5
(cinco) anos cada.
18
Fonte: www.robertofrancodoamaral.com.br
19
O prazo de proteção dos direitos autorais é de 70 (setenta) anos contados a
partir de 1º de janeiro do ano subsequente ao da morte do autor, independente de
registro.
20
3.1 Sítios
21
disponibiliza criativamente todos os elementos que o agregam, desde que originais,
ele terá a proteção da LDA.
3.3 Titularidade
O sítio é caracterizado pela doutrina como uma obra coletiva, que é aquela
em cuja realização concorrem várias pessoas, cabendo a organização a uma pessoa
física ou jurídica.
Fonte: www.pontopessoal.com.br
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disponha em contratos realizados com o web designer, uma restrição em seus direitos
morais. Dessa forma, considerando o sítio como uma obra em continua evolução, o
autor-, não poderia se opor a mudanças ou adaptações realizadas posteriormente
pelo encomendante.
3.4 Links
23
como por exemplo utilizar links de marcas famosas, para que os usuários em sites de
busca na Internet, através de palavras chaves, encontrem o site “infrator”.
Outro uso ilícito seria o de duas empresas concorrentes, em que uma usa o
link para o site da outra com o objetivo de desviar a clientela do site original, utilizando
do conteúdo do mesmo. Esses usos abusivos já vêm causando problemas nos
Tribunais de outros países, e breve poderão também ensejar litígios no Brasil. 2
A licença de uso online, deve ser realizada por escrito, tanto em sites que
visam ao lucro ou não. A autorização deve ser específica, com tempo determinado,
estabelecendo a forma de divulgação, preservando-se o direito moral do autor da
indicação de seu nome.
Fonte: www.tecnologia.ig.com.br
26
3.8 Inclusão de obras musicais em websites
As regras são:
a) dar referência ao título e autor;
b) nome ou pseudônimo do intérprete;
c) o ano da publicação;
d) a identificação de seu produtor.
4 DOMÍNIO PÚBLICO
Fonte: www.livrariapublica.com
4.2 Bens de domínio público entendidos como serviço público ou uso público
Os serviços oferecidos pela prefeitura, assim como as ruas e os rios não são
propriedade de ninguém em particular, uma vez que fazem parte do domínio público.
Assim, tudo o que é construído pelo estado ou faz parte do patrimônio de uma nação
é de domínio público. Consequentemente, tudo o que não é do estado (domínio
público) é de propriedade privada.
Enfim, algo faz parte do domínio público quando está dirigida a toda
comunidade em seu conjunto, seja em forma de uso público ou de serviço público.
Os bens de domínio público estão sujeitos a um regime jurídico para sua
proteção legal e são inspirados em três princípios básicos: inalienabilidade,
imprescritibilidade e o desembargo. A primeira significa que não se pode negociar com
estes bens, a segunda envolve o uso contínuo desses bens e o terceiro significa que
os bens de domínio público não podem embargar. 5
5 O CRIME DE PLÁGIO
30
executante, do produtor, conforme o caso, ou de quem os represente: Pena –
reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
§ 2º Na mesma pena do § 1º incorre quem, com o intuito de lucro direto ou
indireto, distribui, vende, expõe à venda, aluga, introduz no País, adquire, oculta, tem
em depósito, original ou cópia de obra intelectual ou fonograma reproduzido com
violação do direito de autor, do direito de artista intérprete ou executante ou do direito
do produtor de fonograma, ou, ainda, aluga original ou cópia de obra intelectual ou
fonograma, sem a expressa autorização dos titulares dos direitos ou de quem os
represente.
Fonte: www.direitosbrasil.com
31
Os direitos autorais são violados quando há publicação ou reprodução
abusiva, com a utilização excessiva do contratado, tradução não autorizada, a conduta
de atribuir para si a obra ou parte dela de autoria de outrem, condutas estas
denominadas pela LDA, em seu art. 5º inc. VII, de contrafação.
Na internet o problema para controlar os direitos autorais é mais difícil, vários
blogs pessoais copiam textos e não dão os devidos créditos, porém é mais difícil
controlar quem foi o verdadeiro autor daquele texto, já que não existe uma forma de
saber a origem do conteúdo produzido.6
33
culpabilidade, razão pela qual, pelo menos até que advenha modificação legislativa,
incide o tipo penal, mesmo porque o próprio Estado tutela o direito autoral.
Em razão disso, foi consolidado o entendimento do STJ na Súmula 502:
“presentes a materialidade e a autoria, afigura-se típica, em relação ao crime previsto
no art. 184, § 2º, do CP, a conduta de expor à venda CDs e DVDs piratas”.
Fonte: www.producaoacademicaonline.wordpress.com
7 DIREITOS CONEXOS
Existem alguns profissionais que não são autores diretos das obras, mas que
têm uma participação importante nelas, é o caso dos artistas intérpretes, executantes,
produtores fonográficos etc.
35
retransmitidas, fixadas, ou comunicadas através da televisão em locais de frequência
coletiva sem prejudicar os direitos dos seus autores originais.
Para os produtores fonográficos, há sentido comum àquelas prerrogativas
conferidas ao editor, podendo os produtores, com ou sem ônus, permitir ou proibir
qualquer tipo de reprodução, distribuição, locação, comunicação ao público pela
execução ou radiodifusão ou qualquer que seja o modo de utilização que porventura
possam ser criadas, prevendo assim o legislador a total segurança para os produtores
fonográficos. Encarrega ainda estes profissionais de receberem os proventos
pecuniários oriundos das representações ou execuções públicas.8
7.3 Que direitos são assegurados aos titulares dos direitos conexos?
Quadro resumo
8.1 Introdução
Fonte: www.consolidesuamarca.com.br
38
8.2 Direito de Propriedade Intelectual X Direito de Propriedade Industrial
40
denominações, emblemas, estampas, selos, sinetes, carimbos, relevos, invólucros de
toda espécie (conforme seu artigo 1º).
Em 1923 foi criada a Diretoria Geral da Propriedade Industrial, a qual tinha
como cargo os serviços de patentes de invenção e de marcas de indústria e de
comércio. Em 1945 foi implementada a unificação das leis que versavam sobre a
proteção das marcas e patentes, que até então eram estabelecidas em códigos
separados, com a publicação do Código de Propriedade Industrial.
Fonte: www.gestaoenegocios.digisa.com.br
42
A Constituição Federal também estabeleceu em seu texto, no artigo 5º,
inciso XXIX, sobre os direitos de propriedade industrial: "a lei assegurará aos autores
de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção
às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros
signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico
e econômico do País".
43
Os bens protegidos pelo regulamento são taxativamente quatro, sendo estes:
Invenção e Modelo de Utilidade – protegidos pela concessão de patente (art. 2º, I) –
e ainda, Desenho Industrial e Marca – sendo estes protegidos através de concessão
de registro (art. 2º, II e III).
Além das concessões de patentes e registros, o art. 2º da Lei 9279, também
traz como alternativas a proteção dos direitos relativos à propriedade industrial a
repressão de falsas indicações geográficas, assim como à concorrência desleal.
Fonte: www.guardians.com.br
44
técnica, bem como pronunciar-se quanto à conveniência de assinatura, ratificação e
denúncia de convenções, tratados, convênios e acordos sobre propriedade industrial”.
Sendo assim, o INPI é a responsável, de acordo a Lei 9.279/96 (Lei da
Propriedade Industrial), por executar as normas que regulam a propriedade industrial,
concedendo os direitos de propriedade industrial – registros das marcas e patentes.
Sendo um ente da administração pública, todas as decisões emitidas pelo
INPI podem ser questionadas perante o Poder Judiciário, em virtude da garantia
constitucional prevista no artigo 5º da CF/88, inciso XXXV, por meio do princípio da
Inafastabilidade do Controle Jurisdicional dos Atos do Poder Público.
A propriedade industrial é um assunto cada vez mais emergente com
fundamental importância para a economia do país, uma vez abre uma rota de inserção
na comunidade internacional.
O INPI está comprometido em tornar a propriedade industrial em um aparato
cada vez mais poderoso no que tange a política mundial de tecnologias. Para tal, vem
intensificando a modernização, descentralização de suas atividades, para tornar-se
mais acessível e abrangente.
Este movimento é acompanhado, também, por uma participação ativa do
Instituto, junto a outros órgãos do governo federal, nos debates e negociações
implementados em foros internacionais, buscando sempre o estabelecimento de um
ambiente adequado aos interesses nacionais.10
9 MARCAS
Com base no art. 122 da LPI, marca é o sinal distintivo visualmente perceptível
que identifica, direta ou indiretamente, produtos e serviços.
46
O empresário adquire o direito ao uso exclusivo da marca com o certificado
de registro concedido pelo INPI, que é constitutivo de direito. O direito de exclusividade
será titularizado por quem requerer o registro em primeiro lugar, não interessando
quem tenha utilizado comercialmente a marca primeiro, ressalvando-se os casos de
boa-fé em que o interessado que utiliza marca pelo período mínimo de 6 meses pode
apresentar oposição no prazo de 60 dias da publicação do pedido de registro na
Revista de Propriedade Industrial de marca colidente com a sua.
Fonte: www.domtotal.com
47
identificar um refrigerante poderá obter a proteção do direito industrial apesar da
expressão não ter sido criada por ele, mas porque foi o primeiro a ter a ideia em
chamar esses produtos de Arco-Íris.
Não colidência com marca registrada ou com marca notória: a marca não
pode ser confundida com outras já existentes, não podendo apresentar colidências
com a marca registrada ou com marca notória.
A reprodução de uma marca não é a forma preferida dos usurpadores, que
visando dissimular o ato indevido preferem a imitação. Imitação é a semelhança capaz
de causar confusão, enquanto na reprodução cabe um juízo de constatação, na
imitação cabe um juízo de apreciação.
A identidade caracteriza a reprodução, a semelhança caracteriza a imitação.
Na imitação não se discute de reprodução total ou parcial de marca, mas da sua
simulação, do seu disfarce a fim de produzir confusão (Exemplos: Tuboar e Turbo-ar,
Bombril e Bom Brilho, Creolina e Criolinha).
Em relação à marca notória, o art. 126 da LPI atribui ao INPI poderes para
indeferir de ofício pedido de registro de marca, que reproduza, imite ou traduza, ainda
que de forma parcial, uma outra marca, que notoriamente não pertence ao solicitante.
Trata-se de disposição introduzida pela atual lei, pela qual o Brasil cumpre
compromisso internacional assumido na Convenção de Paris, em 1884, pela qual os
países unionistas se comprometem a recusar ou invalidar o registro, assim como
proibir o uso de marca que constitua reprodução, imitação ou tradução de uma outra,
que se saiba pertencer a pessoa diversa, nascida ou domiciliada em país unionista,
evitando-se assim a pirataria internacional de marcas.
Desimpedimento: o art. 124 da LPI impede o registro de vários signos que não
podem ser registrados como marca. Exemplos: brasão, armas, medalha, bandeira,
emblema, distintivo e monumentos oficiais; expressão, desenho, figura ou qualquer
outro sinal que ofendam a moral e os bons costumes ou que ofendam a honra ou
imagem de pessoas ou atentem contra liberdade de consciência, crença, culto
religioso ou ideia e sentimento dignos de respeito e veneração; termo técnico usado
para distinguir produto ou serviço; sinal de caráter genérico, necessário, comum,
vulgar ou simplesmente descritivo, salvo quando revestidos de suficiente forma
distintiva; indicação geográfica, sua imitação suscetível de causar confusão ou sinal
que possa falsamente induzir indicação geográfica; obra literária, artística ou
48
científica, assim como os títulos que estejam protegidos pelo direito autoral e sejam
suscetíveis de causar confusão ou associação, salvo com consentimento do autor ou
titular; sinal ou expressão empregada apenas como meio de propaganda; além de
outras vedações previstas no art. 124, LPI..
c) Princípio da especialidade (especificidade)
A proteção da marca restringe-se à classe de produtos ou serviços em que é
registrada. O princípio da especialidade restringe o direito ao uso exclusivo da marca
à respectiva classe de atividade definida pelo INPI.
Assim, no âmbito material a marca apresenta uma proteção, em regra,
relativa, já que podem existir produtos ou serviços de classes diferentes utilizando
denominações iguais ou semelhantes.
Exemplos: existe a marca Veja para a identificação de uma revista e a marca
Veja para a identificação de produtos de limpeza, isso é possível porque revistas e
produtos de limpeza estão em classes diferentes, não causando confusão junto aos
consumidores.
O princípio da especialidade encontra uma exceção: a marca de alto renome,
que apresenta proteção especial em todas as classes de atividades, conforme
assegura o art. 125 da LPI. A doutrina destaca como exemplos de marcas de alto
renome: Coca-Cola, McDonald´s (COELHO, 2005, v.1, p.159).
d) Requerentes do registro da marca: art. 128, LPI
De acordo com o art. 128 da LPI podem requerer o registro de marca as
pessoas físicas ou jurídicas de direito público (CC 2002, art. 41: União, Estados, DF,
Territórios, municípios, autarquias e demais entidades de caráter público criadas por
lei) ou de direito privado (CC 2002, art. 44: associações, sociedades, fundações).
As pessoas de direito privado só podem requerer registro de marca relativo à
atividade que exerçam efetiva e licitamente, de forma direta ou por meio
de sociedades que controlem direta ou indiretamente, declarando no próprio
requerimento esta condição.
O registro de marca coletiva só poderá ser requerido por pessoa jurídica
representativa de coletividade. O registro de marca de certificação só poderá ser
requerido por pessoa sem interesse comercial ou industrial direto no produto ou
serviço prestado.
e) Prazo de vigência do registro da marca: art. 133, LPI
49
O registro da marca tem a duração de 10 (dez) anos a partir da concessão do
registro (LPI, art. 133). Ao contrário do prazo da patente, é prorrogável por períodos
iguais e sucessivos, devendo o interessado realizar a prorrogação sempre no último
ano de vigência do registro. Se o prazo de prorrogação for perdido, admite-se que seja
apresentado nos 6 (seis) meses seguintes ao termo final do prazo de vigência,
mediante o pagamento de uma retribuição adicional.
Fonte: www.jurislabore.com
f) Proteção territorial
O direito ao uso exclusivo da marca alcança todo o território nacional, já que
o registro da marca é realizado no INPI, autarquia federal, podendo alcançar proteção
internacional.
9.3 Marca de alto renome (art. 125, LPI) e marca notória (126, LPI)
50
exclusivo sobre o bem industrial. Segundo Ricardo Negrão (2003, v.1, p.146),
corresponde a uma inovação brasileira, trazida pelo art. 125 da LPI.
As marcas notórias são as notoriamente conhecidas em seu ramo de
atividade e possuem proteção especial, independentemente de estarem previamente
registradas no Brasil (o registro é dispensável para a proteção). Possuem proteção
territorial internacional, alcançando os países signatários da União de Paris (foram
criadas e estão previstas no art. 6 bis, inciso 1 da Convenção da União de Paris), mas
a proteção material é restrita à respectiva classe de atividade (princípio da
especialidade).
A proteção da marca notória não depende de iniciativa da parte (oposição),
podendo ser determinada de ofício pelo INPI, ao justificar o indeferimento de
concessão de registro.
51
O art. 225 da LPI prevê o prazo de 5 anos de prescrição para a ação de
reparação do dano causado ao direito de propriedade industrial (nesse sentido a
Súmula 143 do Superior Tribunal de Justiça – Prescreve em 5 anos a ação de perdas
e danos pelo uso da marca comercial).
A ação para o titular de marca impedir a utilização de marca colidente com a
sua por terceiro é objeto de Súmula do STJ – Prescreve em 20 anos a ação para exigir
a abstenção do uso de marca comercial, mas devemos lembrar que o novo Código
Civil, no art. 205 reduziu para 10 anos o prazo prescricional na hipótese de omissão
legal.
Além das sanções no âmbito civil, quem utiliza indevidamente uma marca
registrada, sujeita-se à persecução penal, prevista nos arts. 189 e 190 da LPI, que
preveem as hipóteses caracterizadoras de crimes contra as marcas. Não viola o direito
do titular da marca o uso da marca por fabricante de acessório de outro produto para
indicar a destinação de seu produto; a citação da marca em obra sem conotação
comercial, como obra literária ou científica; a livre circulação do produto; o uso dos
sinais distintivos dos distribuidores juntamente com o uso da marca do produto,
visando à sua promoção ou comercialização.
O INPI pode, por equívoco, realizar o registro de marca colidente com uma já
registrada. Nesse caso, qualquer pessoa com legítimo interesse, pode no prazo de
180 dias da expedição do certificado de registro requerer a instauração de
um processo administrativo de nulidade perante o INPI (art. 169, LPI). Verificada
irregularidade na concessão do registro pelo INPI, o processo administrativo poderá
ser instaurado de ofício pela autarquia.
Não resolvida a questão no âmbito administrativo, poderá ser proposta pelo
INPI ou por qualquer pessoa com legítimo interesse ação de nulidade do registro da
marca (art. 173, LPI). O prazo para a propositura da ação prescreve em 5 anos a partir
da data da concessão do registro (art. 174, LPI). A ação de nulidade do registro será
ajuizada no foro da Justiça Federal, e quando o INPI não for o autor, deverá intervir
no feito (art. 175, LPI).
Como exemplo de registro de marca anulada por decisão judicial, destaca-se
o caso da Creolina, cujo titular da marca registrada conseguiu a nulidade do registro
52
da marca Criolinha, registrada pelo INPI na mesma classe de atividade da Creolina.
A nulidade foi justificada em razão da evidente confusão fonética.
Fonte: www.literarebooks.com.br
53
A possibilidade da nulidade da concessão do registro da marca constitui um
fator extintivo do direito industrial. Extinto o direito industrial por qualquer motivo, o
objeto cai em domínio público, podendo qualquer pessoa utilizá-lo.
No caso de marca coletiva ou de certificação cujos registros foram extintos,
elas não poderão ser registradas em nome de terceiro antes de expirado o prazo de
5 anos, contados da extinção do registro (art. 154, LPI).
10 INVENÇÃO
11.1 Licença
Contrato que exprime uma autorização para o uso, ou uso e gozo (fruição) de
direitos de propriedade intelectual, que pode ser onerosa ou gratuita, exclusiva ou
limitada, tomando o caráter de uma locação (se for onerosa) ou comodato (se for
gratuita); a retribuição é designada por royalty, que é calculado em percentual sobre
a obtenção de qualquer ganho econômico de propriedade intelectual.
11.2 Cessão
Fonte: www.pocaconsulting.pt
55
não contemplando a possibilidade de cessão patrimonial, a exceção é a hipótese
prevista no artigo 11, que permite a cessão para o próprio criador.12
12 CONCORRÊNCIA
[...] tem-se por abuso do poder econômico o exercício, por parte de titular de
posição dominante, de atividade empresarial contrariamente à sua função
social, de forma a proporciona-lhe, mediante restrição à liberdade de iniciativa
e à livre concorrência, apropriação (efetiva ou potencial) de parcela da renda
social superior àquela que legitimamente lhe caberia em regime de
normalidade concorrencial, não sendo abusiva a restrição quando ela se
justifique por razões de eficiência econômica, não tendo sido excedidos os
meios estritamente necessários à obtenção de tal eficiência, e quando não
representa indevida violação de outros valores maiores (econômicos ou não)
da ordem jurídica.
57
12.3 Concorrência desleal
Fonte: www.enoveconsultoria.com.br
58
Justamente por existir estes que infringem a lei, é que realmente precisamos
ter uma intervenção estatal para benefício do desenvolvimento de um país.13
13 INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS
Esta vai mais além: refere-se ao nome geográfico de país, cidade, região ou
localidade que indique onde o produto ou serviço foi feito, mas a diferença é que as
qualidades e características se dão exclusivamente ou essencialmente naquele meio.
A Denominação de Origem (D.O.) traz mais detalhes como qualidade, estilo e
sabor, e se relaciona também à terra, às pessoas e à história da região. Quando um
produto faz a transição para um D.O., as normas e controles ficam muito mais
específicos como as quantidades máximas que podem ser colhidas e o processo de
elaboração do vinho.
Vale ressaltar que não é só porque determinado fermentado traz o selo de
Indicação de Procedência que ele seguirá para a D.O. da região. Entretanto, todas as
Fonte: www.utfpr.edu.br
Bibliografia Básica
Bibliografia Complementar
BITTAR, Carlos Alberto; BITTAR FILHO, Carlos Alberto. Tutela dos Direitos da
Personalidade e dos Direitos Autorais nas Atividades Empresariais. São Paulo:
RT.
MARTINS, Fran. Curso de Direito Comercial. Ed. Universitária. São Paulo: Forense.
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