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Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC

Centro de Ciências Humanas e da Educação – FAED


Departamento de Biblioteconomia e Gestão da Informação - DBI

CAMINHOS DO TCC...
ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA

Maria Lourdes Blatt Ohira, Ms.

Delsi Fries Davok, Dra.

1 INTRODUÇÃO

Pesquisa é busca ou procura, é buscar ou procurar resposta para alguma


coisa. Em se tratando de Ciência, a pesquisa é a busca de solução a um problema.
Bello (2004), afirma que não se faz ciência, porém se produz ciência através de uma
pesquisa. Pesquisa é, portanto, o caminho para se chegar à ciência, ao
conhecimento.

Pesquisa requer método científico. Valentim (2005, p. 17), define método


científico como:

[...] o conjunto de técnicas e instrumentos utilizados para o


desenvolvimento de um determinado estudo; visa subsidiar e apoiar
o pesquisador nas atividades inerentes à realização da pesquisa,
delineando de maneira clara e objetiva todas as suas etapas e
sistematizando a forma do pesquisador compreender e descrever o
objeto de investigação.

Assim, o método científico pode ser considerado uma disciplina instrumental


que propõe o cumprimento de diversas etapas para se resolver problemas e
alcançar objetivos de forma científica.

Dado o exposto, como toda atividade racional e sistemática, a pesquisa


requer a elaboração de um projeto. O projeto de pesquisa é a descrição de um
processo em que, a partir de uma necessidade, se escolhe um tema e,
gradativamente define-se um problema e as formas de solucioná-lo. Nessa direção,
o projeto de pesquisa deve sistematizar o caminho a ser percorrido para dar
resposta ao problema de pesquisa e, conseqüentemente, conduzir ao alcance dos
objetivos e metas com eficiência. O projeto é, portanto, um documento que
apresenta as diretrizes que orientarão a investigação, devendo responder:

Assunto; delimitação do assunto; formulação do


O que fazer?
problema; definição de termos
Por que fazer? Justificativa
Para que fazer? Objetivos: geral e específicos
Envolve a metodologia da pesquisa, ou seja descreve a
Como fazer? forma de como o autor realizará seu estudo: Como?
Com que? Quando? Onde?
Quando fazer? Cronograma de execução da pesquisa
Quem vai fazer? Recursos humanos (pesquisadores)
Com que fazer? Recursos materiais e financeiros (orçamento)

A NBR 14724/02 – Trabalhos Acadêmicos – Apresentação, especifica as


normas gerais para a elaboração de trabalhos acadêmicos (teses, dissertações e
demais tipos de monografias) visando à sua apresentação a instituições, através de
comissões examinadoras designadas para este fim.

2 ESTRUTURA DO PROJETO

Não há regras fixas acerca da elaboração de um projeto de pesquisa.


Conforme Gil (1996, p. 22), a estrutura de um projeto de pesquisa “[...] é
determinada pelo tipo de problema a ser pesquisado”. Todavia, o projeto deve
apresentar de forma sistemática o caminho que será seguido para realizar a
pesquisa, identificando as etapas que serão desenvolvidas e os recursos que serão
necessários para resolver o problema de pesquisa e atingir os objetivos.

Os elementos habituais que compõem os projetos de Trabalhos de Conclusão


de Curso são:

a) Introdução: que apresenta a contextualização do tema de pesquisa, o


problema e os objetivos geral e específicos;

b) Justificativa: que apresenta a relevância teórica e prática da pesquisa;

c) Revisão da literatura: que apresenta uma pesquisa bibliográfica com vistas


a revisar a literatura existente sobre o tema e fornecer uma sustentação teórica para
a pesquisa.
d) Metodologia da pesquisa: que apresenta os métodos e os procedimentos
a serem utilizados na pesquisa;

e) Cronograma: que apresenta o plano de atividades; e

f) Referências.

Para melhor compreender essa estrutura básica de um projeto de TCC os


elementos das partes constitutivas serão mais bem explicados na seqüência.

1 INTRODUÇÃO
O início do seu trabalho deverá apresentar o tema de sua pesquisa, situando-
o no contexto no qual o problema será identificado. Portanto, na introdução, você
deverá contextualizar, de forma breve e objetiva, o tema que pretende investigar. É o
espaço em que você responde, de forma rápida, às questões, “o quê?” Por quê?
Onde? Como? Quando?”, ou seja, é o local onde você aborda, de forma sucinta, o
tema, identificando a situação ou o contexto no qual o problema de sua pesquisa se
situa, levantando questões, apresentando algumas tendências, pontos críticos,
preocupações ou contradições, deixando transparecer sua postura crítico-reflexiva
de pesquisador(a).
A introdução é o momento do projeto que permite a inserção do leitor no
tema; é o espaço em que se encontra o problema, de forma a permitir ao leitor a
visualização situacional do tema.

1.1 Problema de pesquisa

O problema é a mola propulsora de todo o trabalho de pesquisa e é


considerado fato ou fenômeno que ainda não possui uma resposta ou explicação. O
problema é criado pelo próprio autor e relacionado ao tema escolhido. O autor, no
caso, criará um questionamento para definir a abrangência de sua pesquisa.
De acordo com Gil (1996), as regras mais úteis para a formulação do
problema de pesquisa são:
 o problema deve ser formulado como uma pergunta;
 o problema deve ser delimitado a uma dimensão viável;
 o problema deve ter clareza: os termos utilizados devem ser claros,
deixando explícito o significado com que estão sendo utilizados;
 o problema deve ser preciso, ou seja, deixar claro os limites de sua
aplicabilidade;
 o problema deve apresentar referências empíricas, sempre que possível.

1.2 Objetivos

Os objetivos determinam o que o pesquisador quer atingir com a realização


do trabalho de pesquisa. A definição dos objetivos deve estar coerente com o tema
escolhido, com o problema de pesquisa e sua delimitação, e a justificativa e deverão
ser alcançados com a execução do projeto de pesquisa.
Os objetivos dividem-se em:

1.2.1 Objetivo geral

O objetivo geral está relacionado a uma visão global e abrangente do


problema de pesquisa. Portanto, deve expressar o problema que se pretende
resolver com o desenvolvimento da pesquisa.

1.2.2 Objetivos Específicos

Os objetivos específicos apresentam o caráter mais concreto da pesquisa.


Demonstram as etapas necessárias ou os aspectos que se deve estudar para
alcançar o objetivo geral.
Recomenda-se utilizar três a cinco objetivos específicos. Ao formulá-los, o
pesquisador deve utilizar verbos no infinitivo, como: caracterizar, determinar, buscar,
aplicar, avaliar, classificar, descrever, distinguir, enumerar, explicar, selecionar.
Não esqueça que os objetivos devem responder à(s) pergunta(s) de pesquisa.

1.3 Justificativa

Justifique técnica e/ou cientificamente a sua proposta. Enumere e argumente,


tentando provar que a sua pesquisa é significativa, importante ou relevante.
Para Ribas (1999), a justificativa é a apresentação sucinta da relevância
científica – razões teóricas que justificam a realização da pesquisa, como também a
importância e a motivação da pesquisa. Deve ser indicado na justificativa:
 O estágio de desenvolvimento dos conhecimentos referentes ao tema;
 Contribuições que a pesquisa pode trazer;
 Relevância social, econômica, política;
 Possibilidade de sugerir modificações.
Para escrever a justificativa, considere as orientações abaixo:
a) apresente os motivos pessoais ou sociais da escolha do tema, podendo ser
teóricos ou práticos;
b) contextualize o problema na realidade atual e localize-o com a maior
precisão possível na origem;
c) explique a relevância de sua pesquisa e qual a contribuição que ela trará
para a área de conhecimento; e
d) projete a relevância e importância do tema.
Enfim, na justificativa você deve expor as razões para a escolha do tema, a
perspectiva teórica em que pretende abordá-lo e a relevância prática da pesquisa.
Você também pode expor suas justificativas pessoais que o levaram a escolha do
tema e problema de pesquisa.
2 REVISÃO DE LITERATURA

A revisão de literatura tem por base a pesquisa bibliográfica e, normalmente,


envolve as seguintes etapas: (a) levantamento bibliográfico; (b) fichamento; (c)
revisão bibliográfica (d) definição do referencial teórico da pesquisa.
a) Levantamento bibliográfico: consiste em identificar as fontes
bibliográficas, audiovisuais e eletrônicas que se relacionam com o tema a ser
desenvolvido. O levantamento bibliográfico é a localização e obtenção de
documentos para avaliar a disponibilidade de material que subsidiará o tema do
trabalho de pesquisa. O aluno deverá, junto ao seu orientador buscar a bibliografia
que possa ser consultada (livros, revistas, artigos, trabalhos científicos, etc.) para a
elaboração de seu projeto de TCC e conseqüentemente a Monografia (TCC). O
levantamento é efetuado em Bibliotecas, bases de dados, Internet e serviços de
informação. Portanto, nessa etapa deve-se considerar:
 Locais de coleta: determine com antecedência que bibliotecas, agências
governamentais ou particulares, instituições, indivíduos ou acervos deverão ser
procurados.
 Registro de documentos: esteja preparado para copiar os documentos,
seja através de reprografia, fotografia, scanner ou outro meio.
 Organização dos documentos: separe os documentos recolhidos de
acordo com os critérios de sua pesquisa.
 Internet: representa uma novidade nos meios de pesquisa. Trata-se de
uma rede mundial de comunicação via computador, onde as informações são
trocadas livremente entre todos. Sem dúvida, a Internet representa uma revolução
no que concerne à troca de informação, porém oferece alguns perigos. A Internet
nem sempre é uma fonte confiável de informações, por isso é preciso ter critérios
para selecionar autores e fontes confiáveis, como: instituições de reconhecimento
público, documentos oriundos de fontes governamentais e documentos assinados.
b) Fichamento: é uma parte importante de organização para a efetivação da
pesquisa de documentos. Ele permite um fácil acesso aos dados fundamentais para
a conclusão do trabalho.
Os registros e a organização das fichas dependerá da capacidade de
organização de cada um. Os registros não são feitos necessariamente nas
tradicionais folhas pequenas de cartolina pautada. Podem ser feitos em folhas de
papel comum ou, mais modernamente, em qualquer programa de banco de dados
de um computador. O importante é que eles estejam bem organizados e de acesso
fácil para que os dados não se percam.
c) Revisão bibliográfica
É o momento do projeto que apresenta respostas à questão formulada no
item problema a partir da bibliografia consultada e organizada preliminarmente. Deve
mostrar que o autor conhece parte da bibliografia que determinou a seleção e a
viabilidade do tema.
O texto deve apresentar citações extraídas de outras fontes que tem o
objetivo de esclarecer, ilustrar ou sustentar o assunto apresentado e podem
aparecer no texto ou em notas de rodapé. Há alguns modos básicos de se
apresentar citações, a saber: citação direta, citação indireta, citação da citação e
notas de rodapé.
A revisão bibliográfica constitui item importante a ser considerado para a
aprovação de sua proposta. Assim, faça uma boa revisão bibliográfica para saber o
que já foi pesquisado. Se uma idéia veio da leitura de um autor, cite-o. Comente os
trabalhos já feitos, salientando a contribuição dos mesmos para sua proposta de
pesquisa.
As citações devem ser feitas segundo as orientações da norma NBR
10520:2002: Informação e Documentação – Citações em documentos –
Apresentação. As referências completas das citações são arroladas no final do
projeto, conforme as orientações da NBR 6023/2002: Informação e Documentação –
Referências – Elaboração.
d) Referencial teórico: consiste do referencial que fundamentará
teoricamente a análise dos dados da pesquisa. A revisão bibliográfica identificará
estudos de diferentes abordagens teóricas e metodológicas, dentre essas
abordagens você escolherá uma que irá embasar a análise dos dados de sua
pesquisa. A definição do referencial teórico é, portanto, de fundamental importância
para fazer a análise e interpretação dos dados coletados, principalmente à
interpretação, uma vez que ele busca relacionar os dados empíricos com a teoria.
Enfim, a revisão de literatura deve fornecer uma sólida sustentação teórico-
metodológica para a pesquisa. Nessa linha, deve-se revisar e considerar os estudos
teóricos e as pesquisas empíricas anteriores que se assemelham ao assunto e ao
problema que está sendo tratado. Silveira (2004, p. 104), alerta que
[...] seja realizada ainda uma comparação entre as teorias existentes
no tema e os resultados dos trabalhos revisados, havendo o
desejável relacionamento com o estudo em desenvolvimento, e não
apenas a citação do que foi produzido por outros autores. Nesta
fundamentação, deve-se considerar, principalmente, as teorias
clássicas ou de base e os últimos cinco anos da produção científica
nacional e internacional, sendo que cabe ainda levar em conta as
conclusões a que chegaram os autores que pesquisaram o tema
anteriormente. Se o estudo que está sendo realizado faz opção por
um modelo metodológico, considere também o método nos estudos
anteriores revisados.

A revisão de literatura é, assim, elemento essencial para a elaboração do


TCC. Ela deve ser apresentada em seções e subseções, buscando um arranjo
encadeado dos raciocínios utilizados para dar sustentação teórico-metodológica ao
estudo. O problema de pesquisa é o indicador do delineamento da estrutura desse
capítulo. Trata-se de definir a abordagem necessária para abranger os elementos
presentes na pergunta de pesquisa e, por conseqüência, no objetivo geral e nos
objetivos específicos estabelecidos a partir do mesmo. Quanto à abrangência, esta
depende fundamentalmente da teoria que se desenvolve no esclarecimento dos
fatos que consubstanciam o estudo.
3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Nessa etapa do projeto de pesquisa são apresentados os métodos e as


técnicas que serão utilizados na pesquisa, definidos com base no problema
formulado. Identifica-se a abordagem e a tipologia da pesquisa, delimita-se o
universo da pesquisa (população e amostra), bem como os instrumentos de coleta
de dados e as técnicas de análise e interpretação, visando responder à pergunta de
pesquisa.
Existem vários tipos e possibilidades de pesquisa científica. O pesquisador
deve optar pelo tipo mais adequado às perguntas críticas do problema de pesquisa
que foi estabelecido. Nesse sentido, ele precisa conhecer, mesmo que de forma
geral, os tipos de pesquisa que podem ser aplicáveis ao objeto ou fenômeno a ser
pesquisado.
O quadro abaixo, baseado em Gil (1996), Bello (2004) e Richardson (1999),
apresenta os tipos de pesquisa mais comuns às ciências sociais.

CLASSIFICAÇÃO TIPOLOGIA
Classificação com base na - Pesquisa Quantitativa
abordagem da pesquisa - Pesquisa Qualitativa
(explicar as razões pela escolha de
determinada abordagem)
- Quali-quantitativa

Classificação com base nos - Exploratória


objetivos - Descritiva
(explicar as razões que levaram a optar - Explicativa
por determinado método de pesquisa) - Avaliativa
- Pesquisa bibliográfica
- Pesquisa documental
Classificação com base nos - Pesquisa ex-post-facto
procedimentos técnicos - Levantamento
(explicar as razões que levaram a optar
- Estudo de Caso
por determinado delineamento de
pesquisa) - Pesquisa-ação
- Pesquisa participante
- Pesquisa experimental

3.1 Classificação e tipologia da pesquisa

Como visto, as pesquisas podem ser classificadas com base em sua


abordagem como: quantitativas, qualitativas ou quali-quantitativas.
As pesquisas quantitativas caracterizam-se pelo emprego da quantificação
na coleta e no tratamento dos dados. O processo de análise é dedutivo, usando
técnicas estatísticas, desde as mais simples, como percentual, média, mediana,
desvio-padrão, às mais complexas, como coeficiente de correlação e dispersão e
análise de regressão, para explicar o comportamento do objeto de estudo.
Geralmente são estudos descritivos e procuram descobrir e classificar a relação
entre variáveis e/ou a relação de causalidade entre fenômenos (RICHARDSON,
1999).
Nas pesquisas qualitativas, diferente que nas pesquisas quantitativas, os
procedimentos de coleta, interpretação e análise dos dados são mais flexíveis e
podem ser construídos ao longo do processo. A análise, apesar de ocorrer desde o
início do processo, se torna mais sistemática e formal após o encerramento da
coleta de dados, quando se transforma em um processo indutivo, interativo e
recorrente, porque o avaliador, muitas vezes, volta às fontes para confirmar e
ampliar os dados e para validar os resultados e conclusões. Segundo Minayo (1998),
os estudos qualitativos respondem a questões muito particulares, preocupando-se
com um nível de realidade que não pode ser quantificado. Isto é, penetram no
universo dos comportamentos, atitudes e valores subjacentes ao objeto e ao
contexto pesquisado, buscando o significado de variáveis que não podem ser
reduzidas à quantificação. Para Richardson (1999), “a pesquisa qualitativa pode ser
caracterizada como a tentativa de uma compreensão detalhada dos significados e
características situacionais apresentadas pelos entrevistados, em lugar da produção
de medidas quantitativas de características ou comportamentos”.
Nas pesquisas quali-quantitativas usa-se concomitantemente métodos e
técnicas qualitativas e quantitativas para a coleta, interpretação e análise dos dados.
Entende-se que essas duas abordagens não são excludentes, porém
complementares. As informações quantitativas geram questões que podem ser
aprofundadas qualitativamente e os dados qualitativos podem ser quantitativamente
analisados, dando maior profundidade e nova perspectiva às interpretações. Em
virtude disso, é recomendável reconhecer e explorar a complementaridade entre
análises quantitativas e qualitativas e apoiar as interpretações e conclusões da
pesquisa em ambas.
De forma tradicional, as pesquisas têm sido classificadas com base nos seus
objetivos como exploratórias, descritivas, explicativas e avaliativas.
As pesquisas exploratórias, segundo GIL (1995, p. 44), “[...] tem como
principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias, com vistas
na formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos
posteriores”. Costumeiramente, são pesquisas bibliográficas ou documentais e têm
abordagem qualitativa.
As pesquisas descritivas “[...] têm como objetivo primordial a descrição das
características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de
relações entre variáveis” (GIL, 1995, p. 45). Habitualmente, esse tipo de pesquisa,
pelos seus procedimentos técnicos, são levantamentos realizados por meio de
técnicas padronizadas de coleta de dados. As pesquisas descritivas não manipulam
variáveis, apenas as observa, registra, analisa e correlaciona.
As pesquisas explicativas “[...] têm como preocupação central identificar os
fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. É o
tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a
razão, o porquê das coisas” (GIL 1995, p. 46). Nas ciências naturais, as pesquisas
explicativas, quase que exclusivamente, são pesquisas experimentais, fato que leva
alguns autores a classificá-las, com base nos objetivos, como pesquisas
experimentais. Todavia, nas ciências sociais recorre-se especialmente ao método
observacional, o que impossibilita a realização de pesquisa rigidamente explicativa e
puramente experimental, salvo algumas áreas como a psicologia, cujas pesquisas se
revestem de considerável grau de controle e são designadas quase-experimentais.
As pesquisas avaliativas, traduzindo o termo Evaluation Research usado na
literatura anglo-americana, visam reunir evidências válidas e confiáveis sobre a
maneira e o grau em que um conjunto de atividades específicas produz resultados e
efeitos concretos (RUTHMAN, 1977). Segundo Alvira Martín (1985), a pesquisa
avaliativa pode ser considerada uma avaliação de programas, definindo-a como a
reunião de informações sobre o funcionamento, os efeitos e conseqüências de um
programa. Ambas as definições remetem à produção de informações e evidências
para os stakeholders, sobre como o programa sob avaliação está sendo
desenvolvido, se está atingindo os seus objetivos, a que resultados está chegando,
qual tem sido o seu desempenho e que mudanças está produzindo no seu contexto.
Ademais, uma pesquisa avaliativa pode visar informações para melhorar ou encerrar
as atividades do programa avaliado. Para Cook e Reichardt (2000), o resultado de
uma pesquisa avaliativa deve produzir algum tipo de mudança qualitativa no objeto
da pesquisa, isto é, espera-se que quem investiga intervenha de algum modo no
objeto pesquisado para melhorar a qualidade dele. Essa é a principal característica
que difere e distingue a pesquisa avaliativa das outras formas de pesquisar, nas
quais o pesquisador assume uma atitude de não ingerência no objeto da pesquisa a
fim de garantir a objetividade dos resultados.
Com base nos procedimentos técnicos, Gil (1996), classifica as pesquisas em
bibliográfica, documental, levantamento, experimental, ex-post-facto, estudo de
caso, participante e pesquisa-ação, como detalhado abaixo.
A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado,
constituído principalmente de livros e artigos científicos. Pesquisas que objetivam a
análise de diferentes aspectos ou posições acerca de um problema costumam ser
bibliográficas, bem como pesquisas sobre ideologias. Esse tipo de pesquisa permite
ao pesquisador “[...] a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do
que aquela que poderia pesquisar diretamente. Esta vantagem se torna
particularmente importante quando o problema de pesquisa requer dados muito
dispersos pelo espaço” (GIL, 1996, p. 50).
A pesquisa documental é muito parecida com a bibliográfica. Todavia, tem
como fontes de dados materiais primários que não receberam ainda um tratamento
analítico ou que possam ser reelaborados com vistas aos objetivos da pesquisa.
Incluem-se aqui documentos de arquivos de órgãos públicos, organizações privadas,
congregações religiosas e arquivos pessoais, como: leis, regulamentos, documentos
cartoriais, registros de batismo e casamentos, patentes, normas técnicas, ofícios,
memorandos, gravações, fotos, correspondência comercial, cartas pessoais, diários,
além de documentos de segunda mão que podem ser novamente analisados, como
relatórios de pesquisa, relatórios de empresas e tabelas estatísticas (GIL, 1996).
A pesquisa ex-post-facto aproxima-se muito da pesquisa experimental,
apenas os fatos são diferentes, que no delineamento ex-post-facto são espontâneos.
Segundo Gil (1996), isso inviabiliza a manipulação e o controle de variáveis
independentes, pois elas chegam ao pesquisador já prontas. A pesquisa ex-post-
facto é muito utilizada nas ciências sociais e em alguns casos, como nos estudos
que envolvem a sociedade global, são até insubstituíveis. Conforme Gil (1995, p.
76), o delineamento ex-post-facto é “[...] o único que possibilita consideração dos
fatores históricos, que são fundamentais para a compreensão das estruturas
sociais”.
Os levantamentos “[...] caracterizam-se pela interrogação direta das pessoas
cujo comportamento se deseja conhecer” (GIL, 1995, p. 76). Normalmente, com
exceção dos censos, os levantamentos são realizados com uma amostra da
população e as conclusões são projetadas a toda população, considerando-se
determinada margem de erro, calculada sob enfoque probabilístico. Este é um
raciocínio tipicamente indutivo, isto é, os resultados são generalizados da parte
(amostra) para o todo (população).
O estudo de caso consiste no estudo “[...] profundo e exaustivo de um ou
poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento” (GIL,
1995). Portanto, estudo de caso pode ser tanto uma pesquisa de caso único quanto
de casos múltiplos. Nessa linha, sugere-se consultar Yin (2001), que discute quatro
tipos de projetos de estudo de caso, como apresentado abaixo.

Projetos de caso Projetos de casos


único múltiplos

Holísticos (unidade
TIPO 1 TIPO 3
única de análise)

Incorporados
(unidades múltiplas TIPO 2 TIPO 4
de análise)

A Pesquisa-Ação envolve a ação dos pesquisadores e dos grupos


interessados. É um tipo de pesquisa cooperativa ou colaborativa, com bases
empíricas, que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou
com a resolução de um problema coletivo. Historicamente, a pesquisa-ação tem sido
usada em pesquisas relacionadas às escolas de relações humanas,
desenvolvimento organizacional, sociotécnica, psicossociologia e análise
institucional. O processo de pesquisa ação não existe de forma totalmente
padronizada, pois, dependendo da situação social ou do quadro organizacional em
que se aplica, os procedimentos e a ordenação das etapas podem variar. Portanto,
nesse tipo de pesquisa, é difícil apresentar um planejamento a partir de fases
ordenadas temporalmente. Segundo Gil (1996, p. 126), na pesquisa-ação “[...]
ocorre um constante vaivém entre as fases, que é determinado pela dinâmica do
grupo de pesquisadores em seu relacionamento com a situação pesquisada”.
A pesquisa participante é um processo de pesquisa no qual a comunidade
participa na análise de sua própria realidade, com vistas a promover uma
transformação social em benefício dos seus participantes. Trata-se, portanto, de um
enfoque de investigação social por meio do qual se busca plena participação da
comunidade na análise de sua própria realidade, com objetivo de promover a
participação social para o benefício dos participantes da investigação. Segundo Gil
(1996), a pesquisa participante não possui um planejamento ou um projeto anterior à
prática, sendo que o mesmo só será construído junto aos participantes (objetos de
pesquisa), os quais auxiliarão na escolha das bases teóricas da pesquisa, dos
objetivos e hipóteses, na definição das técnicas de coleta dos dados e na
elaboração do cronograma de atividades.
A pesquisa experimental consiste em “[...] determinar um objeto de estudo,
selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de
controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto” (GIL, 1995, p.
73). Todavia, experimentos com objetos sociais, como pessoas, grupos e instituições
apenas podem ser realizados com a um pequeno número de situações, como nas
áreas da psicologia social, da sociologia do trabalho e da pedagogia, por exemplo,
tendo em vista limitações éticas e humanas.
Todavia, todos os tipos de pesquisa iniciam com uma pesquisa bibliográfica,
que leva à clara definição do problema de pesquisa e a determinação das técnicas
de coleta, análise e interpretação dos dados mais apropriadas à natureza do tema.
Dependendo das técnicas de coleta, análise e interpretação dos dados, a pesquisa
poderá ser classificada como de abordagem qualitativa, quantitativa ou quali-
quantitativa.

3.2 Universo da pesquisa

Nessa seção delimita-se o universo da pesquisa, ou seja, a população e a


amostra que serão pesquisadas. Segundo Lakatos e Marconi (1991, p. 223), essa
delimitação do universo da pesquisa “[...] consiste em explicitar que pessoas ou
coisas, fenômenos, etc. serão pesquisados, enumerando suas características
comuns, como por exemplo, sexo, faixa etária, organização a que pertencem,
comunidade onde vivem etc.”.
A escolha de uma amostra só ocorre quando a pesquisa não é censitária, isto
é, quando não abrange a totalidade dos componentes do universo. Segundo Lakatos
e Marconi (1991, p. 223), nos estudos por amostragem, é preciso “[...] escolher uma
parte (ou amostra), de tal forma que ela seja a mais representativa possível do todo
e, a partir dos resultados obtidos, relativos a essa parte, poder inferir, o mais
legitimamente possível, os resultados da população total, se essa fosse verificada”.
Existem vários tipos de amostragens aleatórias e não aleatórias. As principais
amostragens aleatórias são: amostragem aleatória simples, amostragem
sistemática, amostragem estratificada e amostragem de conglomerados. As
principais amostragens não aleatórias são: amostragem por cotas e amostragem por
julgamento.
Para melhor entender como escolher uma amostra representativa para seu
estudo, você pode consultar Barbetta (2006).

3.3 Instrumentos de coleta de dados

Os instrumentos de coleta de dados a serem utilizados dependem do


problema de pesquisa, do objetivo que o pesquisador pretende alcançar e do
universo a ser pesquisado. Os instrumentos utilizados devem ser claramente
definidos, tanto para a coleta de dados primários em pesquisa de campo
(observação, entrevista, questionário, formulário, caderno de campo) como para a
pesquisa suplementar de dados (pesquisa documental, consulta a anuários, censos,
etc.) (MINAYO, 1994).
Para Amboni (1996, p. 58), “[...] os dados primários referem-se, aqueles
coletados pela primeira vez pelo pesquisador para a solução do problema da
pesquisa. São dados coletados mediante entrevista, questionários e observação por
exemplo”. Os dados secundários são aqueles que se encontram a disposição do
pesquisador em Bibliotecas, tais como livros, revistas e boletins.
Para maiores esclarecimentos sobre os instrumentos de coleta de dados
sugere-se consultar, entre outros: Gil (1995); Lakatos, Marconi (1991), Beuren
(2003); Minayo (1998); Triviños (1987).

3.4 Análise e interpretação dos dados

A coleta de dados tem por fim sua análise e interpretação, visando responder
à pergunta da pesquisa. Assim, a forma escolhida para proceder à análise e
interpretação dos dados deve ser descrita detalhadamente.
A análise está presente em vários estágios da pesquisa, tornando-se mais
formal após o encerramento da coleta dos dados, quando esses devem ser
sistematicamente organizados de forma a possibilitarem o fornecimento de
respostas ao problema da pesquisa. Nessa direção, essa seção deve descrever que
técnicas de análise serão utilizadas, tais como análise de conteúdo, análise
descritiva e análise documental, e que teoria servirá de referencial para análise.
A análise de conteúdo é muito usada em estudos qualitativos. Nessa direção,
sugerimos consultar Bardin (1977), Triviños (1987), Minayo (1998).
Segundo Bardin (1977, p. 42), a análise de conteúdo consiste de
[...] um conjunto de técnicas de análise das comunicações, visando
obter, por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do
conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que
permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de
produção/recepção (variáveis inferidas) destas mensagens.

Krippendorff (2004), coloca que a análise de conteúdo de um corpus de texto


pode ser realizada com distintos propósitos e maneiras. Pode-se fazer análise de
conteúdo de um corpus para: (i) verificar tendências e padrões de mudanças com
ênfase em um conjunto de temas; (ii) construir índices; (iii) reconstruir conhecimento
e suas relações; (iv) fazer comparações por fontes ou por públicos, a fim de revelar
diferenças e similitudes que podem ser observadas sobre um mesmo tema e; (v)
fazer comparações, considerando padrões como parte do processo de aferição para
identificar e avaliar textos contra normas estabelecidas.
Os estudos que envolvem dados quantitativos requerem análise descritiva.
Segundo Contandriopoulos et al. (1994), a análise descritiva dos dados é utilizada
para relatar o comportamento de uma variável em uma população ou no interior de
uma subpopulação, utilizando para a análise dos dados os instrumentos
disponibilizados pela estatística. Para maiores esclarecimentos, sugerimos consultar
Barbetta (2006) e Richardson (1999).
A análise documental é uma técnica valiosa de pesquisa qualitativa e
quantitativa, seja para complementar dados obtidos por outras técnicas, seja para
desvelar aspectos novos de um tema ou problema de pesquisa. O uso de
documentos na pesquisa é vantajoso porque eles constituem uma fonte estável e
rica, que persiste ao longo do tempo. Documentos podem ser consultados várias
vezes e inclusive servir de base para diferentes estudos, o que dá mais estabilidade
aos resultados obtidos. Além disso, documentos são uma fonte não-reativa,
permitindo a obtenção de dados quando o acesso ao sujeito não for possível. Para
complementar o entendimento da análise documental, sugerimos consultar Lüdke e
André (1986).
Enfim, a análise e a interpretação dos dados deve estabelecer uma reflexão
sobre as relações entre o referencial teórico e os significados implícitos e explícitos
dos dados, que orientará as conclusões e recomendações da pesquisa.

4 CRONOGRAMA
O projeto deve traças o tempo necessário para a realização de cada uma das
etapas e atividades da pesquisa. A realização de algumas das tarefas pode ocorrer
simultaneamente. Sugere-se colocar num quadro a relação das atividades a serem
executadas e o respectivo período de realização, desde a fase de elaboração do
projeto até a apresentação final do relatório de pesquisa (TCC). Exemplo:
PERÍODO
ATIVIDADES
Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov.
Levantamento bibliográfico
Definição do problema de
pesquisa
Definição dos objetivos da
pesquisa
Revisão de literatura
Definição dos procedimentos
metodológicos
Apresentação do projeto de
TCC
Elaboração do instrumento de
coleta de dados
Coleta de dados
Organização dos dados
Análise e interpretação dos
dados
Redação do relatório de
pesquisa
Apresentação do TCC

5 REFERÊNCIAS
(Utilize a Norma Brasileira - NBR 6023/2002 - Informação e Documentação - Referências –
Elaboração, para padronizar a lista de referências de todos os documentos utilizados no projeto e
citados no texto).

ALVIRA MARTIN, F. La investigación evaluativa: una pespectiva experimentalista.


Revista Española de Investigaciones Sociológicas, n. 29, p. 129-14, enero-
marzo, 1985.
AMBONI, Nério. Metodologia para elaboração de trabalhos acadêmicos e
empresariais. Florianópolis: ESAG/UDESC, 1996.
BARBETTA, Pedro Alberto. Estatística aplicada às ciências sociais. 6. ed.
Florianópolis: Ed. da UFSC, 2006.
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.
BELLO, José Luiz de Paiva. Metodologia científica. Rio de Janeiro, 2004.
Disponível em http://www.pedagogiaemfoco·.pro.br/met01.htm.
BEUREN, Ilse Maria (Org.). Como elaborar trabalhos monográficos em
contabilidade: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2003.
CONTANDRIOPOULOS, André-Pierre et al. Saber preparar uma pesquisa:
definição, estrutura, financiamento. 2. ed. Rio de Janeiro: Hucitec, 1997.
COOK, T.; REICHARDT, T. D. Métodos cualitativos y cuantitativos en investigación
evaluativa. 4. ed. Madrid: Morata, 2000.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas,
1996.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 1995.
KRIPPENDORFF, K. Content analysis: an introduction to its methodology. 2. ed.
London: Sage Publications, 2004.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de A. Fundamentos de metodologia
científica. 3. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 1991.
LÜDKE, Menga; ANDRÉ, Marli E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens
qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.
MINAYO, Maria Cecília de S. (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade.
9. ed. Petrópolis: Vozes, 1998.
RIBAS, Lídia Maria Lopes Rodrigues. Iniciação à pesquisa científica: questões
para reflexão e estudo. Campo Grande: UCDB, 1999.
RICHARDSON, Roberto Jarry et al. Pesquisa social: métodos e técnicas. São
Paulo: Atlas, 1999.
RUTHMAN, L. Evaluation research methods: a basic guide. Londres: Sage, 1977.
SILVEIRA, Amélia (Coord.). Roteiro básico para apresentação de teses,
dissertações e monografias. 2. ed. rev., atual. e ampl. Blumenau: Edifurb, 2004.
TRIVIÑOS, Augusto N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa
qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987.
VALENTIM, Marta Ligia P. Construção do conhecimento científico. In: ________.
Métodos qualitativos de pesquisa em ciência da informação. São Paulo: Polis,
2005. p. 7-28. (Coleção Palavra-chave, 16).
YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman,
2001.

6 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

(Utilize a Norma Brasileira - NBR 6023/2002 - Informação e Documentação - Referências -


Elaboração, para padronizar uma bibliografia de trabalhos considerados relevantes para a pesquisa,
e que posteriormente será utilizada no desenvolvimento da pesquisa).
BRESSAN, Flávio. O método do estudo de caso. Administração on-line, São
Paulo. v. 1, n. 1, jan./mar. 2000. Disponivel em: http://www.fecap.br/adm_online/.
Acesso em 30/10/2005.
BUFREN, Leilah; SAKAKIMA, Andreia M. O ensino, a pesquisa e a aprendizagem
baseada em problemas. Transinformação, Campinas, v. 15, n. 3, p. 351-361,
set./dez. 2003. Disponível em: http://revistas.puc-campinas.edu.br/transinfo/. Acesso
em 10 fev. 2006.
CAULLEY, D. N. Document analysis in program evaluation. Portland: Or.
Northwest Regional Educational Laboratory, 1981. (Paper and report series of
research on evaluation program, n. 60).
CHAGAS, Anivaldo T. R. O questionário na pesquisa científica. Administração on-
line, São Paulo. v. 1, n. 1, jan./mar 2000. Disponivel em:
http://www.fecap.br/adm_online/. Acesso em 30 out. 2005.
CRUZ, I. Se nadar se aprende nadando... pesquisar se aprende pesquisando.
Disponível em: http://www.uff.br/nepae/pesquisar2001.doc Acesso em 2 fev. 2003.
DATAGRAMAZERO, Rio de Janeiro, v. 6, n. 1, dez. 2000 – Número Métodos e
Pesquisa. Disponível em: http://www.dgz.org.br/.
DEMO, P. Ciências sociais e qualidade. São Paulo: ALMED, 1985.
DEMO, P. Educação e qualidade. 6. ed. São Paulo: Papirus, 2001.
DEMO, P. Metodologia científica em ciências sociais. São Paulo: Atlas, 1995.
DEMO, P. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2000.
DEMO, P. Pesquisa e informação qualitativa: aportes metodológicos. Campinas,
SP: Papirus, 2001.
GOMIDES, José E. A definição do problema de pesquisa a chave para o sucesso do
projeto de pesquisa. Revista do Centro de Ensino Superior de Catalão – CESUC
v. 4, n. 6, 1 sem. 2002. Disponível em http://www.fineprint.com.
GUNTHER, Hartmut. Pesquisa qualitativa versus pesquisa quantitativa: esta é a
questão? Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 22, n. 2, p. 201-210, maio/ago. 2006.
Disponível em http://www.scielo.br. Acesso em 13 abr. 2007.
KERLINGER, F. N. Metodologia da pesquisa em ciências sociais: um tratamento
conceitual. São Paulo: EPU, 1980.
MILES, M. B.; HUBERMAN, A. M. Qualitative data analysis: a source book of new
methods. Beverly Hills, CA: Sage, 1984.
MINAYO, Maria Cecília, SANCHES, Odécio. Quantitativo-Qualaitativo: oposição ou
complementaridade? Cadernos de Saúde Pública, v. 9, n. 3, . 239-262, jul./set.
1993. Disponível em http://www.scielo.br/. Acesso em 13 abr. 2007.
MOREIRA, Daniel Augusto. Etapas de uma dissertação de Mestrado.
Administração on-line, São Paulo. v. 2, n. 3, jul./set. 2001. Disponivel em:
http://www.fecap.br/adm_online/. Acesso em 30 out. 2005.
NEVES, José Luis. Pesquisa Qualitativa – características, usos e possibilidades.
Cadernos de Pesquisa em Administração, São Paulo, v. 1, n. 3, 1996. Atual –
Revista de Gestão da USP. Disponivel em: http://www.ead.fea.usp.br/cad-pes/.
Acesso em 13 abr. 2007.
OLIVEIRA, Ely. Francina. T. de Revendo o debate quantidade-qualidade:
tendências da pesquisa na Biblioteconomia e Ciência da Informação.
Transinformação, Campinas, v. 15, n. 1, p. 53-62, jan./abr. 2003. Disponível em:
http://revistas.puc-campinas.edu.br/transinfo/. Acesso em 20 fev. 2006.
PATTON, M. Q. Qualitative evaluation methods. Newbury Park, CA: Sage, 1980.
PINTO, V. B.; PINHEIRO, E. G. Ensinar e aprender: reflexões acerca da pesquisa
em ciência da informação. Transinformação, Campinas, v. 15, n. 3, p. 319-331,
set./dez. 2003. Disponível em: http://revistas.puc-campinas.edu.br/transinfo/. Acesso
em 20 fev. 2006.
POPPER, K. R. A lógica da pesquisa científica. 9. ed. São Paulo: Cultrix, 2001.
RODRIGUES, Mara Eliane F. A pesquisa no ensino e o ensino na pesquisa.
Transinformação, Campinas, v. 15, n. 3, p. 363-372, set./dez. 2003. Disponível em:
http://revistas.puc-campinas.edu.br/transinfo/. Acesso em 10 fev. 2006.
RODRIGUES, Mara Eliane F. Relação Ensino-Pesquisa: em discussão a formação
do Profissional da Informação. DataGramaZero, v.3, n.5, out/02. Disponivel em:
http://www.dgz.org.br/out02/F_I_art.htm.
STAKE, R. E. Investigación com estúdio de casos. 2. ed. Madrid: Morata, 1999.
TARGINO, Maria das Graças. Apresentaçao de trabalhos acadêmicos – facilitando a
sua apreensão. DataGramaZero, v. 6, n. 2, abr. 2005. Disponível em:
http://www.dgz.org.br/. Acesso em 24 abr. 2005.
TOMANARI, Silvia A. do. Orgnizando-se para o mestrado: um guia de tecnicas de
organização para coleta de dados, leitura e escrita baseadas na experiência pessoal
e cacarcterística da pesquisa qualitativa. Administração on-line, São Paulo. v. 1 n.
3, jul./set. 2000. Disponivel em: http://www.fecap.br/adm_online/. Acesso em 30 out.
2005.
TOULMIN, S. E. Os usos do argumento. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
VALENTIM, Marta Ligia P. Construção do conhecimento científico. In: ________.
Métodos qualitativos de pesquisa em Ciência da Informação. São Paulo: Polis,
2005. p. 7-28. (Coleção Palavra-chave, 16).

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