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O Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela Vida - COEP foi criado em 1993,
resultado do intenso movimento de mobilização da sociedade civil, liderado pelo sociólogo
Herbert de Souza-Betinho e o Professor Luís Pinguelli Rosa, frente ao quadro inaceitável de
pobreza instalado no país.
O COEP nos últimos anos tem enfatizado o trabalho com os jovens e vem estimulando
suas associadas a desenvolverem, para esse grupo, projetos de educação, capacitação
profissional, geração de emprego e renda, entre outros. Um dos objetivos do Comitê é
focalizar suas ações na juventude. Por isso, foi lançado, em 2001, o projeto '”COEP e a Escola
Caminhando Juntos na Construção da Cidadania”, uma proposta de sensibilização sobre
questões básicas relacionadas à convivência, participação, cidadania e solidariedade dos
jovens de 5ª à 9ª séries do ensino fundamental. Trata-se de um grande desafio em um mundo
cercado pela cultura do individualismo e da indiferença. Ao escolher a escola como parceira, o
COEP se pautou na crença de que esse espaço constitui um local privilegiado para aquisição
de conhecimentos e valores que fundamentam o exercício da cidadania e de que o professor é
um dos principais agentes de transformação da sociedade. Nesse sentido, em todo o país, os
27 COEP Estaduais e os 28 COEP Municipais propõem atividades a serem desenvolvidas nas
escolas como, debates sobre o tema, concursos diversos e implementação de ações dirigidas
para a comunidade.
A proposta envolve a promoção de um concurso anual, que permite aos jovens diferentes
formas de expressão de cidadania, por meio de redação (2001), poesia e frases mobilizadoras
(2002), troca de cartas (2003), esquetes (2004) e a partir de 2006, a música.
3. JUSTIFICATIVA
A música é entre as formas de expressão humana mais completa. Nela, e através dela, o
homem, independente de idade, coloca todas as suas emoções, sensações e percepções em
relação a si mesmo e ao mundo. É, porém, na infância que a exploração dos sons das mais
variadas naturezas, assume relevante presença e importância. Configura-se esta fase como
aquela cuja finalidade é aproximar a criança da música levando-a progressivamente a gostar
de ouvi-la, a desfrutar o prazer de cantar, de ritmar com mãos e pés, de dançar e se
movimentar ao som da música. Com isso, estimula-se seu instinto rítmico, sua percepção
melódica e sua sensibilidade. Quando desenvolvemos a percepção auditiva e sensibilidade do
aluno, estamos promovendo nele o desenvolvimento: psicomotor, sócio-afetivo, auditivo
musical e cognitivo lingüístico.
A ciência vem provando que a música tem influência real sobre os seres vivos.
A música quase faz parte da alma humana. A cada acontecimento de nossas vidas podemos
associar um som, uma cor, um cheiro, uma presença, uma emoção. Poucas coisas entretanto,
podem ser tão memorizadas e revividas quanto às vibrações de uma música.
Ela reúne povos com propósitos sócio culturais, terapêuticos e medicinais na intervenção do
estresse causado pelo excesso de responsabilidades, problemas de saúde física, conflitos
familiares ou pessoais.
Os antigos hindus consideravam a audição como o principal dos sentidos. A partir dos ouvidos
os conhecimentos do mundo poderiam ser descobertos. Esse conceito hindu reforça um fato
importante: a música é um forte agente para desenvolver a capacidade de aprender.
As capacidades musicais encontram-se espalhadas por todo o cérebro, ao contrário de outras
como a fala e a leitura, concentradas em pontos específicos, atingindo assim mais estímulos
cerebrais do que quando falamos, lemos ou escrevemos algo. Também é importantíssima para
superar o isolamento que ocorre com pessoas tímidas. Ajuda a quem tem dificuldade na
concentração. Praticar música, em qualquer um de seus modos, é um exercício para a
sensibilidade: ajuda a administrar o tempo, a estar mais atento, a interagir, a melhorar a
autodisciplina e a exercitar a memória.
Esta ferramenta didática abre de espaço para todos sem distinção de sexo, credo ou posição
social, com abertura para que através da música possam expressar seus sentimentos e
preferências. Qualquer pessoa pode passar pela experiência de cantar e dançar, tendo em
vista o próprio crescimento e o crescimento do grupo que participa. A experiência musical
proposta no festival enfatiza a importância da participação de cada pessoa com a sua
contribuição para o perfeito funcionamento do grupo. Essa experiência pode ser comparada ao
funcionamento do corpo humano, pois se um órgão componente do sistema falhar, todos os
outros terão dificuldade em suprir a falta do mesmo. Surge então a pergunta: se nos
educarmos musicalmente, estaremos nos educando para aprender? Todos os fatos e
pesquisas apontam para um sonoro SIM.
Enfim, música é um fenômeno universal. É a linguagem que todos entendem. É o traço mais
expressivo de união entre os povos. A música na escola, historicamente, foi tratada apenas
como entretenimento, em datas comemorativas, manifestações cívicas, como forma de
aprender outros conteúdos, para relaxar o aluno ou para comandá-los. Parece ter perdido seu
valor intrínseco no decorrer do tempo. A música não deve estar no currículo meramente para
suprir a ausência de outras disciplinas,
4. OBJETIVOS
Objetivos Geral
Utilizar os recursos da Educação Musical como ferramenta no auxílio à crianças, adolescentes
e jovens no processo de construção de sua cidadania, através da apropriação, transmissão e
criação de práticas-músico culturais, além de desenvolver habilidades interpessoais e
cognitivas.
Específicos
5. METAS
6. PRODUTOS
Produção de um CD de áudio com as músicas compostas pelos jovens
Produção de um DVD vídeo com as imagens do festival de música
7. PUBLICO ALVO
Comunidades Escolares do ensino fundamental do Município de Pelotas e região.
8. PARCERIAS
9. CRONOGRAMA
CUSTOS COM RECURSOS MATERIAIS E SERVIÇOS
Discriminação: Unidade Quantidade Valor Unitário Valor Total
Material de Consumo
CD Caixa de 100 2 150,00 300,00
DVD Caixa de 100 2 150,00 300,00
Água Fardo de 12 20 10,00 200,00
Transporte
Ônibus para Porto Alegre veículo 1.500,00
Serviço de Terceiros
Gráfica Impressos 500 1.500,00
Serigrafia Camisetas 100 20,00 200,00
Sonorização Caixas de som 1.000,00
Iluminação Lâmpadas 1.000,00
Outras despesas (especificar)
Medalhas,
equipamentos
musicais ou
Prêmios digitais, 2.500,00
Instrumentos
musicais e de
informática
Lanches saduiches 200,00
SUBTOTAL
10. RESULTADOS ESPERADOS
11. AVALIAÇÃO
A avaliação do evento será realizada em duas etapas, primeiro com todos os coordenadores
das atividades na escola após com a comissão organizadora e julgadora para criar o relatório
final.
Bandeira, Diná Lessa. Festival de música do COEP: inclusão social e educação através da
música. In: Foro Latino Americano: memoria e identidade, 5, 2008. Memórias de futuros posibles:
caminos para um desarrollo desde los pueblos y sus culturas. Uruguai:2008. p. 50
Beyer, Esther;Kebach, Patrícia. Pedagogia da música:experiências de apreciação musical. São Paulo:
Ed. Mediação.
Rubin, Selito Durigon. Educando com Música: Uma Experiência Pedagógica. Hífen, v.2, n51/52, p.5-
12, 2003