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Aula 03 – 24/03/2012
Imunidades Tributárias
Regina Helena Costa
Indicações de leitura:
1) BALEEIRO, Aliomar. Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar, Forense (Capítulo V –
Imunidades das Atividades Religiosas, Políticas, Assistenciais e Culturais).
A Constituição Federal organiza um regime representativo (art. 1º) e democrático (art. 151, I;
152, I; e 154). A escolha pelo regime democrático não traduz só uma orientação política e jurídica,
mas também ética e filosófica. A interpretação da Constituição, ou de qualquer lei, resulta da
integração sistemática de todos os seus princípios. Uma regra de Direito Constitucional tributário atua
em conjunto com todos os princípios financeiros da Constituição.
A atual Constituição dispõe em seu art. 150, IV:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
As imunidades das atividades acima expostas possuem em sua essência a atuação político
partidária, de representação trabalhista, ou o exercício de atividade filantrópica de caráter educacional
ou assistencial em que inexistam: i) fins lucrativos; ii) proveitos pessoais ou ganhos privados; iii)
remessa de lucros ou renda para o exterior.
“Patrimônio” e “serviços” são todos os bens que, móveis e imóveis, corpóreos ou não, possui
ou desempenha a pessoa mencionada pela Constituição ao estabelecer a imunidade. O art. 14, II, do
CTN determinada como requisito para a imunidade, que as rendas sejam aplicadas integralmente no
País para os respectivos fins. Portanto, os fins – educação, assistência social, orientação política ou
religiosa – é que se devem realizar no País, aproveitando a este. O fim específico tem de ser procurado
e realizado no Brasil. Além do inciso II, o art. 14 do CTN dispõe demais requisitos para o gozo da
imunidade:
O tempo de qualquer culto compreende o próprio culto e tudo quanto vincula o órgão à
função. Diante de uma acepção ampla, o culto não tem capacidade econômica, não é fato econômico.
O templo não deve ser apenas a igreja ou sinagoga, onde se celebra a cerimônia pública, mas também
suas dependências, desde que não empregados em fins econômicos.
A instituição de educação não significa apenas a de caráter estritamente didático, mas toda
aquela que aproveita à cultura em geral, como laboratório, instituto, centro de pesquisas, etc. O
importante é que seja realmente “instituição” acima e fora de espírito de lucro, e não simples
“empresa” econômica, sob o rótulo educacional ou de assistência social.
Os partidos políticos são pessoas de direito privado, são “instrumentos de governo”, entidades
fundadas e mantidas exclusivamente para fins públicos, como órgãos imediatos e complementares da
organização estatal.