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1. Introdução......................................................................................................................2
1.1. Objectivos...............................................................................................................2
1.2. Metodologia............................................................................................................2
2. Fundamentação terica....................................................................................................3
3. Conclusão.................................................................................................................10
4. Bibliografia..............................................................................................................11
1. Introdução
O presente estudo analisa o impacto da pandemia do COVID-19 no tecido empresarial
nacional e no crescimento económico do País. Desde o final do ano passado, a China
debatia-se com o surto de um novo coronavírus, detectado na província de Hubei,
concretamente na sua capital Wuhan. O que no início parecia ser um problema daquele
país asiático apenas transformou-se num problema mundial. O vírus propagou-se a
velocidade de luz e apanhou de surpresa todas as nações.
Este artigo procura compreender como é que a Covid-19, convencionada como crise
sanitária, rapidamente se metamorfoseou em crise económica e financeira, colocando à
beira da morte inúmeras vidas.
No artigo, para nos situarmos, começamos por definir o conceito de crise financeira,
suas características. Depois são analisados os sectores mais prejudicados pela crise, para
além das estratégias que podem ser adoptadas para minimizar os efeitos causados pela
COVID-19 em Moçambique.
1.1. Objectivos
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2. Fundamentação terica
Em Janeiro de 2019 eclodiu um novo surto de coronavírus na China, província de
Hubei, concretamente na cidade de Wuhan. Por conta das rápidas interconexões
existentes entre os países mundiais, o vírus propagou-se a tal ponto de sair de epidemia
para pandemia.
Como era de esperar, as medidas de confinamento, que visavam preservar a saúde das
pessoas acabou por afectar a economia. O que seria uma mera crise sanitária acabou por
se transformar numa crise financeira ou económica, visto que alguns sectores da
economia tiveram que parar literalmente, ficando a funcionar apenas sectores essenciais,
mas de forma condicionada.
De acordo com Vidal, citados por Gomes et al (2016, p. 19), uma crise financeira pode
ser caracterizada como os desequilíbrios e recessões oriundos da busca pela riqueza,
tanto em termos de crescimento económico, como em património do investidor. Para
estes autores, as crises podem ser: de inflação, choques cambiais, estouro de bolha de
activos, crises bancárias, crises de dívidas internas e externas.
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Como as empresas passam a lucrar abaixo do normal, muitas delas acabam por demitir
colaboradores funcionários, aumentando de taxas de desemprego.
Estando pessoas desempregadas, a renda diminui, o que leva a um baixo consumo das
famílias, repetindo-se o ciclo por muitos anos Vendo a crise na óptica de confiança,
Peron (2009, p. 1), afirma que o que mantém o sistema funcionando é essencialmente a
confiança. Para o autor, quando se perde a confiança, os bancos deixam de oferecer
crédito e as empresas largam negócios de risco, em busca de segurança.
Com isso, o dinheiro circula menos, as pessoas não consomem e cai o facturamento das
empresas.
Em resumo e fazendo das palavras de Souza (2009, p. 2), os elementos de uma crise
económica como se segue: retracção, estagnação ou crescimento insuficiente do
produto; piora geral ou localizada das condições materiais dos agentes dentro do
ambiente económico; e esgarçamento da ordem social ora estabelecida, muitas vezes
acompanhada de esgarçamento da ordem política.
O primeiro elemento apresentado por Souza (2009) para caracterizar uma crise está a
verificarse neste período da pandemia da Covid-19 com as medidas de confinamento
social, restrições de circulação e a perda de horas de trabalho, que estão a limitar
sobremaneira a produção global, as cadeias globais de comércio e o sector dos serviços.
De acordo com Mateus (2020, p. 2), O FMI antevê que o impacto da COVID-19 na
economia mundial seja particularmente severo no segundo trimestre de 2020 (nas
economias avançadas a quebra é de 11,5% em termos homólogos), iniciando-se uma
recuperação lenta no terceiro trimestre de 2020. Espera-se que no final de 2021 a
economia ainda não tenha recuperado na totalidade da crise. Em termos anuais, o FMI
estima uma quebra de 3% do PIB global em 2020, sendo esta quebra bastante mais
acentuada nas economias avançadas (-6,1%) do que nas economias emergentes ou em
desenvolvimento (-1,0%). Em 2020, cerca de 90% dos países do mundo vão enfrentar
uma recessão.
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A dimensão da quebra da actividade económica está muito dependente da evolução da
pandemia. De acordo com as estimativas do FMI, no cenário de maior persistência da
pandemia, a economia global poderia cair mais 2,8% em 2020 e 7,3% em 2021.
(Mateus, 2020, p. 3).
Em declarações à imprensa, o Governo de Moçambique tem dito que esta crise sanitária
poderá desacelerar a actividade macroeconómica do país até 2.2% contra 4% previstos
no Plano Económico e Social, aprovado no início deste ano.
De acordo Mussagy (2020, pp. 4-5), esta redução do Produto Interno Bruto (PIB)
combinado com o efeito adverso da subida generalizada dos preços poderá agravar
ainda mais a situação.
Para além das doenças crónicas, Mosca (2020, p. 5), no início da pandemia em
Moçambique, elencou outros factores de risco para o país, designadamente, a) nível de
subnutrição e, portanto, de sistema imunológico frágil; b) pobreza e necessidade de
obter renda diária para gastos de consumo no próprio dia e, portanto, necessidade de
trabalho diário fora de casa; c) conhecimento insuficiente das regras de precaução nas
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relações sociais; que não permitem cumprir o ´distanciamento social´ agora exigido; d)
cultura de comportamentos sociais e dos limites espaciais de intimidade; e) informação
pouco sistematizada dos sintomas; f) fenómenos migratórios intensos de longa e curta
duração e o retorno dos emigrantes devido à crise da pandemia nos países vizinhos,
sobretudo na África do Sul; e, mas muito importante g) reduzida capacidade do nosso
orçamento geral do Estado de financiar acções de emergência desta magnitude.
O que pode atenuar o impacto da Covid-19, ainda segundo Mosca (2020, p. 6) Como
factores atenuantes da propagação, Moçambique tem: (1) uma população jovem; (2)
grande parte das pessoas vive no campo, onde as aglomerações e os contactos pessoais
são menores; e, (3) por enquanto, o clima de Verão é favorável (temperatura e
irradiação solar) a uma propagação mais lenta.
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estão encerradas, com perdas financeiras na ordem dos 65% no mês de Março, estando
em risco mais de 65.000 postos de trabalho. A limitação do número de passageiros nos
transportes colectivos retirou a rentabilidade ao negócio, traduzindose na paralisação de
muitos operadores.
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2.1.5. Impacto na Indústria extractiva:
A descida dos preços de matérias-primas, particularmente do gás natural, poderá ter
impactos no adiamento de investimentos em Cabo Delgado, na tão propalada criação de
empregos e de receitas para o Estado. Contudo, a descida do preço do petróleo pode
reduzir o custo de importações, significando menos gastos em divisas e possibilidade de
constituição de reservas do Estado.
Como resultado, há um incumprimento que pode gerar aumento do crédito mal parado
no sistema, obrigado os bancos comerciais a criarem provisões o que, por sua,
consumirá ainda mais liquidez, e (ii) redução da receita dos bancos – a empresa, ao não
cumprir com a sua obrigação com o serviço da dívida, faz o banco perder a sua receita
esperada, correspondente ao juro que iriam obter periodicamente em resultado do
crédito cedido.
Com efeito, Mosca (2020, pp. 7-8), apresenta uma longa lista de acções que devem ser
levadas a cabo pelo governo. Organizadas por sector, apresentamo-las seguidamente:
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Na agricultura, deve-se promover e apoiar os pequenos e médios produtores com
recursos (crédito com juros abaixo dos praticados no mercado, meios de transporte e
equipamentos), que permitam a elevação rápida da produtividade e da produção, com
foco nas culturas/produtos de ciclo vegetativo mais curto (batata e hortícolas),
priorizando os que se encontram mais próximos dos centros urbanos; e reactivar a
produção das zonas verdes e quintais nas periferias das cidades, repensando o conceito
das “Casas Agrárias”, disponibilizando sementes e fertilizantes, orgânicos e
inorgânicos, assegurando a comercialização através de agentes económicos para
compra e venda de carrinhas e camiões para o efeito e fazendo ofensivas para que os
sistemas de rega funcionem melhor.
Para finalizar, Mosca, 2020 entende que se ponderar o adiamento o pagamento das
facturas de energia e água e escalonamento do respectivos pagamentos; Distribuir
alimento em casos extremos, apenas em bairros com população muito pobre nas
periferias das cidades; Assegurar o abastecimento de combustíveis; e Distribuir dinheiro
(correspondente ao salário mínimo) a famílias sem recursos nem negócios.
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3. Conclusão
Depois de produção deste trabalho, ficou claro o quanto o mundo está globalizado. Um
surto da Covid-19 numa cidade chinesa alastrou-se rapidamente para todo o mundo. E
uma crise sanitária afectar gravemente a economia mundial.
Para haver decisões fundamentadas, é preciso apostar investigação científica nas áreas
de cultura e sociedade, pois elas recomendam um permanente dialogo entre os
governantes e a sociedade. Outros sim, a gestão da coisa pública deve ser mais aberta e
dialogante, transparente e inclusivo nas decisões governamentais.
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4. Bibliografia
MOSCA, João (2020). “Covid-19: linhas gerais sobre medidas e impactos económicos
em Moçambique”. Recuperado de https://omrmz.org/omrweb/publicacoes/covid-19-
linhasgerais/
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SOUZA, Luiz (2009). Estudo das Crises na Análise Histórico-Económica. Recuperado
de http://www.abphe.org.br/arquivos/luiz-eduardo-simoes-de-souza.pdf
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