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FACULDADE INTEGRADA BRASIL AMAZÔNIA

CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA

AMANDA MARTINS OLEGÁRIO


ANA PAULA LIMA CUNHA
CLARA ISABELLY DE LEÃO NEVES ANDRADE

DIRETÓRIO DOS ÍNDIOS

BELÉM
2017
AMANDA MARTINS OLEGÁRIO
ANA PAULA LIMA CUNHA
CLARA ISABELLY DE LEÃO NEVES ANDRADE

DIRETÓRIO DOS ÍNDIOS

Trabalho apresentada ao curso de Licenciatura em


História da Faculdade Integrada Brasil Amazônia,
da turma HL04NA, turno noturno, como requisito
parcial para a nota do 2NPC da disciplina
Amazônia Colonial orientado pela Profª. Me. Alik
Araújo.

BELÉM
2017
Autores: Amanda Olegário, Ana Paula Lima e Clara Leão.
Tema: Diretório dos índios.
Título: O cotidiano das povoações índigenas no Diretório.
Série: 7° e 8° ano do Ensino Fundamental.

Figura 1: Capa referente a lei do Diretório dos Índios de 1755.


Disponível em:
http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:http://histor
iaemais.blogspot.com/2011/05/diretorio-dos-
indios.html&gws_rd=cr&dcr=0&ei=98khWuD4MIL4wASNgq-4Ag

A imagem acima representa a abertura de um período de mudanças, pois


esse documento representava a “liberdade” dos índios o qual continha certas regras
que deveriam ser executadas, uma delas seria o ensino da Língua Portuguesa com
auxilio de mestres e mestras. A forma como os mesmos deveriam integrar a
sociedade da época, mas não poderiam ter as condições de vida dos seus
colonizadores.
O Diretório dos índios tem um grande significado no qual o seu objetivo
central era a transformação do índio em colono, onde esse processo mais lá a diante
entrou em declínio. Esse processo colocou os índios em uma benevolência dos
colonos e das autoridades coloniais que exploravam as mãos de obras indígenas.
Nesse contexto, o regime do Diretório tem sido visto como o ponto mais importante
da politica pombalina, pois com a intensificação da pressão sobre os índios foi uma
forma mais rápida para exterminar as populações indígenas. Mas ao mesmo tempo
o Diretório decorreu a necessidade de preservar e manter a integridade dos índios
com a intensão de ocupar o território para garantir o domínio português na
Amazônia.
2 Havendo o dito Senhor declarado no mencionado Alvará, que
os Índios existentes nas Aldeias, que passarem a ser Vilas,
sejam governados no Temporal pelos Juizes Ordinários,
Vereadores, e mais Oficiais de Justiça; e das Aldeias
independentes das ditas Vilas pelos seus respectivos
Principais: Como só ao Alto, e Soberano arbítrio do dito Senhor
compete o dar jurisdição ampliando-a, ou limitando-a como lhe
parecer justo, não poderão os sobreditos Diretores em caso
algum exercitar jurisdição coativa nos Índios, mas unicamente
a que pertence ao seu ministério, que é a diretiva; advertindo
aos Juizes Ordinários, e aos Principais, no caso de haver neles
alguma negligência, ou descuido, a indispensável obrigação,
que tem por conta dos seus empregos, de castigar os delitos
públicos com a severidade, que pedir a deformidade do insulto,
e a circunstância do escândalo; persuadindo-lhes, que na
igualdade do prêmio, e do castigo, consiste o equilíbrio da
Justiça, e bom governo das Repúblicas. Vendo porém os
Diretores, que são infrutuosas as suas advertências, e que não
basta a eficácia da sua direção para que os ditos Juizes
Ordinários, e Principais, castiguem exemplarmente os
culpados; (...) (Trecho retirado do Diretório dos Índios de 1755).

A experiência do diretório nos permitiu observa a complexidade nas relações


das leis que foram desenvolvidas nos aldeamentos, sendo que uma das maiores
disputas sob o diretório era o cargo de diretor desse local daria autoridade, onde a
maioria das pessoas que eram designadas ao cargo eram militares portugueses ou
padres que exerciam também na igreja o cargo de vigário. Porém houve umas
mudanças significativas e importante para entender melhor como era essa tutela sob
os indígenas, ocorrendo a transferência da guarda dos índios para o estado o que
significou umas mudanças drásticas dentro das povoações. Mas essa modificação
não impediu os diretores dos aldeamentos praticarem violência contra os indígena,
mas não eram todos os diretores que faziam isso a maioria dava essa
responsabilidades a um pessoa que era nomeada como “ Juiz ordinário “era uma
pessoa que se elegia a este cargo de castigar os índios rebeldes”.
A maior dificuldade que os diretores dos aldeamentos enfrentaram era o
desacato a autoridade dos indos sobre os mesmo, por isso há um grande índice de
mortes dos indígenas, mas houve casos extremamente violentos de ambos os
lados.

Proposta de Atividade

Tais problemáticas e relações orientam o estudo de acontecimentos históricos


sem a prescrição de uma ordem de graduação espacial e sem a ordenação
temporal, como se encontra no que se denomina História Integrada. Na escolha dos
conteúdos, os docentes devem considerar para a formação social e intelectual do
aluno:

 a importância da construção de relações de transformação, permanência,


semelhança e diferença entre o presente, o passado e os espaços local,
regional, nacional e mundial;
 a construção de articulações históricas como decorrência das problemáticas
selecionadas;
 o estudo de contextos específicos e de processos, sejam eles contínuos ou
descontínuos.

A partir de problemáticas amplas optou-se por organizar os conteúdos em eixos


temáticos e desdobrá-los em subtemas, orientando estudos interdisciplinares e a
construção de relações entre acontecimentos e contextos históricos no tempo.

Através de debates em grupos, a equipe deverá desenvolver um resumo sobre o


assunto discutido e apresentado o conhecimento adquirido referente ao tema.
Referências
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
História/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.

“O Directório que se deve observar nas povoações dos índios do Pará, e Maranhão
em quanto Sua Majestade não mandar o contrário”. MOREIRA NETO, Carlos de
Araújo. Índios da Amazônia. De minoria a maioria (1750-1850). Rio de Janeiro: Ed.
Paz e Terra, 1998, pp. 166-207.

SOUZA JR, José Alves de. “O cotidiano nas Povoações do Diretório”. In: Revista
Estudos Amazônicos. Belém: UFPA, Vol. V, n° 2010, p. 79-106.

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