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BRUSQUE/SC
2018
ALEXANDRE THOMAZ FURTADO
BRUSQUE/SC
2018
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a minha tia Clara Maria Furtado (in memoriam), por
sempre me incentivar a buscar mais e o melhor, e por ensinar a buscar meus
objetivos.
À minha família, que esteve sempre ao meu lado me apoiando nas minhas
escolhas. Agradeço a minha mãe Claurinda, e minha vó Gertrudes por sempre
cuidarem de mim, possibilitando-me chegar onde estou.
Ao meu orientador e amigo Rafael, por aceitar o desafio, empenho para a
realização deste trabalho e pelos ensinamentos transmitidos.
A todos os amigos, de vida e da faculdade, que estiveram sempre juntos
nessa caminhada.
RESUMO
A qualidade dos projetos na construção civil é um dos fatores determinantes que
refletem na qualidade final do produto. Custos como retrabalhos e atrasos no
cronograma de execução da obra, são muito comuns devido às incompatibilizações
entre projetos. Com a demanda de projetos e construções de qualidade elevada, a
indústria da construção teve de se adequar, aumentando assim a complexidade dos
produtos e demandando mais detalhamentos nos processos de construção, sendo
assim varias especialidades foram designadas a equipes diferentes, para que as
mesmas conseguissem dedicar-se a cada um destes processos. Esta designação de
etapas para equipes diferentes, demandou uma necessidade de maior integração
entre elas. O uso de BIM - Building Information Modeling (Modelagem de Informação
da Construção), auxilia nesta alternativa para auxiliar os profissionais, e vem para
substituir parcialmente, ou totalmente o modo tradicional de projeto, visualização e
análise do produto. Este trabalho tem como objetivo a compatibilização de três
disciplinas de projeto, sendo elas arquitetônica, estrutural e hidrossanitária, através
dos softwares Revit e Navisworks, ambos da Autodesk, Inc. Para o
desenvolvimento, foi realizado um estudo de caso em uma residência multifamiliar,
de dez pavimentos, que possuía-se os projetos em 2D, cujos foram utilizados como
base para o modelamento 3D. Com este processo foram identificadas inúmeras
interferências e as ferramentas que foram utilizadas se mostraram eficazes para a
realização da compatibilização das disciplinas.
The quality of the projects in the civil construction is one of the decisive factors that
reflect in the final quality of the product. Costs such as rework and delays in the
execution schedule of the work, are very common due to incompatibilities between
projects. With the demand for high quality projects and constructions, the
construction industry had to adapt, thus increasing the complexity of the products
and demanding more details in the construction processes, so several specialties
were assigned to different teams, so that they could achieve dedicate themselves to
each of these processes. This designation of steps for different teams demanded a
need for greater integration between them. The use of BIM - Building Information
Modeling, assists in this alternative to assist the professionals, and comes to partially
or totally replace the traditional way of design, visualization and analysis of the
product. The objective of this work is to reconcile three design disciplines, such as
architectural, structural and hydro sanitary, through Revit and Navisworks software,
both from Autodesk, Inc. For the development, a case study was carried out in a
multifamily, ten floors, which had the 2D designs, which were used as a basis for 3D
modeling. With this process, many interferences were identified and the tools that
were used proved to be effective for the accomplishment of the compatibility of the
disciplines.
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................6
1.1 APRESENTAÇÃO..................................................................................................6
1.2 PROBLEMA............................................................................................................7
1.3 OBJETIVOS............................................................................................................8
1.3.1 Objetivo Geral.....................................................................................................8
1.3.2 Objetivo Específico.............................................................................................8
1.4 JUSTIFICATIVA......................................................................................................8
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...........................................................................10
2.1 PROJETOS...........................................................................................................10
2.1.1 Conceito de Projeto..........................................................................................10
2.1.2 Importância da qualidade e coordenação do projeto.......................................14
2.1.3 Compatibilidade de projetos.............................................................................16
2.2 CONCEITO BIM....................................................................................................19
2.2.1 Modelagem paramétrica...................................................................................22
2.2.2 Interoperabilidade.............................................................................................23
2.2.3 Benefícios da ferramenta BIM..........................................................................24
2.2.4 Exemplo de ferramentas BIM...........................................................................25
2.2.4.1 ArchiCAD........................................................................................................25
2.2.4.2 Revit................................................................................................................26
2.2.4.3 Navisworks.....................................................................................................26
2.2.4.4 Solibri Model Checker....................................................................................28
3 MATERIAIS E MÉTODOS...................................................................................29
3.1 FINALIDADES DA PESQUISA.............................................................................29
3.2 TIPOS DE PESQUISA..........................................................................................29
3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA.................................................................................30
3.4 PLANOS DE COLETA..........................................................................................31
3.4.1 Processo de modelagem..................................................................................33
3.4.1.1 Projeto arquitetônico......................................................................................33
3.4.1.2 Projeto Estrutural............................................................................................34
3.4.1.3 Projeto Hidrossanitário...................................................................................37
3.4.2 Compatibilização dos projetos..........................................................................38
3.4.2.1 Revit................................................................................................................38
3.4.2.2 Navisworks.....................................................................................................40
3.5 ANÁLISE DE DADOS...........................................................................................42
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES.........................................................................45
4.1 ESTRUTURAL VERSUS ARQUITETÔNICO.......................................................45
4.2 HIDROSSANITÁRIO VERSUS ESTRUTURAL...................................................48
4.3 ARQUITETÔNICO VERSUS HIDROSSANITÁRIO.............................................51
4.4 HIDROSSANITÁRIO VERSUS HIDROSSANITÁRIO..........................................52
5 RECOMENDAÇÕES............................................................................................54
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................55
APÊNDICES................................................................................................................60
APÊNDICE A – VERIFICAÇÃO DE INTERFERÊNCIAS ESTRUTURAL VERSUS
ARQUITETÔNICO......................................................................................................60
APÊNDICE B – VERIFICAÇÃO DE INTERFERÊNCIAS HIDROSSANITÁRIO
VERSUS ESTRUTURAL............................................................................................64
APÊNDICE C – VERIFICAÇÃO DE INTERFERÊNCIAS HIDROSSANITÁRIO
VERSUS ARQUITETÔNICO......................................................................................72
APÊNDICE D – VERIFICAÇÃO DE INTERFERÊNCIAS HIDROSSANITÁRIO
VERSUS HIDROSSANITÁRIO...................................................................................76
6
1 INTRODUÇÃO
1.1 APRESENTAÇÃO
1.2 PROBLEMA
Por volta dos anos 60, os profissionais que trabalhavam em empresas que
realizavam os projetos e construíam, sairão dessas empresas e abriram seus
próprios escritórios de acordo com sua especialidade, eram profissionais que
possuíam experiência prática de construção, contudo com o passar do tempo
ficaram afastados do contato com a obra, consequentemente os índices de
desperdícios subiram. Além de tudo, o surgimento de novas tecnologias e
especializações nas diferentes áreas dos projetos, agravou a situação, tornando a
compatibilização algo iminente (MIKALDO JR E SCHEER, 2008). Portanto com o
aumento da complexidade dos projetos e o maior número de especialidades, induziu
ao crescimento de intervenientes, exigindo assim maior integração e
compatibilização da atividade (POLITO, 2015).
Com a falta de compatibilização, os custos relacionados a desperdícios
tendem a aumentar, devido a fatores como retrabalho, desperdícios de materiais e
mão de obra, juntamente com a baixa produtividade (RODRIGUEZ, 2005). Além de
que um projeto compatibilizado de forma equivocada, ou ate mesmo não realizado
8
1.3 OBJETIVOS
1.4 JUSTIFICATIVA
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 PROJETOS
Picchi (1993) definiu que as nomenclaturas das etapas de projeto não são
consensuais, sendo geralmente no mínimo três etapas, o estudo preliminar,
anteprojeto e projeto definitivo, sendo esse definitivo o projeto que engloba o projeto
executivo e detalhado. Outra etapa desenvolvida em paralelo ao anteprojeto, é a de
projeto legal, elaborado com o intuito de obter as aprovações necessárias em órgãos
públicos e concessionárias. Para a realização de um empreendimento, traçou-se a
composição básica de um projeto, e está disposto na Figura 2.
13
disserta que existe uma nova dimensão em surgimento, o modelo 7D, que seria
responsável por melhorar o ciclo de vida operacional do empreendimento. Com isso,
verifica-se que ao aumentar o nível da dimensão, são adicionados mais detalhes e
informações ao modelo do empreendimento, como pode ser visto na Figura 6.
2.2.2 Interoperabilidade
1.1.1.1 ArchiCAD
1.1.1.2 Revit
1.1.1.3 Navisworks
3 MATERIAIS E MÉTODOS
1
Modelo de inicio para um novo projeto, que inclui vistas, famílias pré-carregadas e configurações,
com unidade de projeto, espessura de linhas, escalas, etc. (Autodesk, 2014).
34
localização dos pilares, realizou-se a modelagem das vigas com a ferramenta viga e
pré-definindo uma seção para a mesma, conferindo o modelo analítico e seus
respectivos nós, pois uma falha no modelo analítico, pode causar erros posteriores
de cálculo. Após as vigas prontas, coloca-se as lajes de concreto maciça, com
espessura de 20cm, armada em uma direção.
1.1.1.8 Revit
1.1.1.9 Navisworks
Após a realização dos testes, houve a geração dos relatórios dos testes
realizados, totalizando no primeiro teste entre o projeto hidrossanitário e o estrutural
um total de 94 interferências, no segundo teste entre o estrutural e o arquitetônico
um total de 50 interferências, no terceiro teste entre arquitetônico e hidrossanitário
um total de 49 interferências, já no ultimo teste entre o próprio hidrossanitário,
desconsiderando as interações entre conexões e tubulações, encontrou-se uma
quantidade de 5 interferências, dados estes que podem ser visualizados no Gráfico
1.
45
Hidrossanitário vs Hidrossanitário 5
Arquitetônico vs Hidrossanitário 49
Hidrossanitário vs Estrutural 94
Estrutural vs Arquitetônico 50
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Vigas
Luminárias
9%
Forros
91%
Nas interferências entre tubulações e quadro estrutural (ver Gráfico 4), pode-
se notar uma maior interferência entre vigas, por conta do caminhamento da
tubulação, o que tornou o item com maior interferência na análise.
5 RECOMENDAÇÕES
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ALVES, Celestino Maia Fradique, et al. O que são os BIM? 2012. 16p. Dissertação
(Mestrado Integrado) – Faculdade de Engenharia, Universidade do Porto, Porto -
Portugal, 2012.
MELLO, Ricardo Bianca de. BIM e custos: maximize os dados do modelo com
Navisworks e o Quantity Takeoff. 2012. Autodesk University Brasil.
ROCHA, Ana Paula. Por dentro do BIM. Revista Téchne, ed. 168, p. 1-2, mar.
2011.Disponível em: <http://techne17.pini.com.br/engenharia-civil/168/por-dentro-do-
bim-em-fase-de-teste-em-287822-1.aspx>. Acesso em: 30 ago. 2018.
SILVA, Maria Vitória Marim Ferraz Pinto; NOVAES, Celso Carlos. A coordenação
de projetos de edificações: estudos de caso. Gestão &Tecnologia, v.3, n.1, p.44-
78. 2008.
TECHNE, Projetos Coordenados. Revista Téchne, ed. 135, p. 40-43, jun. 2008.
APÊNDICES