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Laboratório de Pesquisa em Relações Internacionais V

Gabriel Ramos: 201810435

3° ano B

Faculdades de Campinas

28 de Abril de 2021
Um Balanço do Emprego e Desemprego em Países Europeus

Para os fins desta análise qualitativa de diversos dados concernentes ao emprego, sua
composição e o desemprego na Europa, escolhi 5 países que se diferenciam e muito entre si,
tendo raízes culturais, formações econômicas e históricas diferentes, esses países se
diferenciam em muitas coisas mas convergem em outras. Escolhendo a Alemanha, Grécia,
Itália, França e Suécia é possível se analisar países com tremendas diferenças entre si, além
das listadas acima, possuindo inclusive diferenças climáticas consideráveis que podem ter
impactado na formação econômica destes países, mas que não é o cerne desta análise.

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Iniciando a análise pela composição do emprego desses 5 países, é possível se
observar que como a maioria dos países capitalistas neste estágio de desenvolvimento há uma
predominância do emprego no setor de serviços, seguido pela indústria e então pela
agricultura, todavia o interessante a se observar é na diferença entre esses países e os
respectivos pesos que cada setor em cada país.

Na Alemanha vemos um peso significativo da indústria na composição do emprego,


um peso maior que os demais países comparados e alcançando níveis de em torno de 37,72%
em 1991 e 27,18% em 2019, um peso significativo e que encontra um número próximo
apenas na força de trabalho italiana, que em 1991 detinha 34,96% dos empregos na indústria
e em 2019 possuía e torno de 25,87. No setor de serviços a comparação entre os países não é

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tão aparente, diferentemente da agricultura, que na Itália representa em 2019 3,89% dos
empregos, enquanto que na Alemanha há em torno de 1,21% dos empregos nesse setor.

No âmbito da agricultura, um país a se destacar é a Grécia, que possuía em 1991


21,96% dos empregos nesse setor, e em 2019 em torno de 11,60% um valor expressivo da
agricultura em comparação aos demais países e que em contrapartida mostra nos valores um
emprego no setor industrial bem mais reduzido em comparação aos outros países da análise.
No setor de serviços, a Grécia tem grandes valores assim como os demais, sendo menor que a
Suécia apenas, que possui em 2019, 79,89% dos empregos concentrados no setor de serviços,
algo que foi tendência na história recente sueca, que foi reduzindo o nível de emprego tanto
na agricultura quanto na indústria nos últimos anos.

Essa característica de aumento do nível de emprego no setor de serviços também se


configura na França, todavia o país apresenta um nível de empregos na indústria e agricultura
maiores do que na Suécia, tendo em 2019 20,43% dos empregos na indústria e 2,53% na
agricultura.

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Continuando a análise do emprego e sua composição é importante se analisar a razão
entre trabalho formal e informal nos países, na figura de seus trabalhadores assalariados e que
vivem de renda, em comparação aos trabalhadores em situação vulnerável, trabalhos
informais que em sua grande maioria não concedem os direitos devidos aos trabalhadores e
os colocam em situações de risco em que suas vozes e direitos raramente são contemplados.

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Pode-se observar que em países como a Alemanha, França e Suécia, a presença de
trabalhadores assalariados formais é bem mais expressiva, possuindo nos últimos 20 anos
menos de 10% de trabalhadores informais em toda sua força de trabalho total. Algo que se
difere e muito da Grécia por exemplo, que em 1991 tinha em torno de 40,41% de sua força de
trabalho total inserida nesta condição de vulnerabilidade, algo que melhora no decorrer do
tempo chegando a 26,68% em 2008, e encontrando uma leve piora com sua crise econômica,
voltando a cair somente em 2013. Neste contexto a Itália encontra-se no meio termo, tendo
uma grande queda nos trabalhos vulneráveis na década de 90 e mantendo um valor mais ou
menos constante com crescimentos e quedas chegando a valores entre 15 e 20 por cento.

Ao se tratar da taxa de desemprego desses países podemos ver claramente os


movimentos da crise em 2008 afetando de forma leve a Suécia, França e Itália, mas afetando
demasiadamente a Grécia, que chega em 2013 a valores absurdos de 27,5% da população
economicamente ativa desempregada, conseguindo reduzir posteriormente ao valor de 16,3%
em 2020. Algo interessante de se observar é a tendência contrária apresentada pela
Alemanha, que mesmo em um contexto de crise econômica conseguiu manter a queda de seu
desemprego, chegando em 2019 pré crise sanitária a um valor de 3,1%, um valor
extremamente baixo em comparação aos demais países, e que apresentou um aumento leve
no primeiro ano da pandemia chegando a 3,8%.

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Quanto à forma dos gráficos acima que nos dizem respeito à escolaridade dos
desempregados nestes países, podemos observar que não se difere muito do gráfico da taxa
de desemprego, porém é interessante se atentar aos números que se diferenciam quanto a
totalidade de trabalhadores com educação intermediária e avançada.
Ao analisar estes dados em específico é possível notar que a maior parte dos
desempregados não possuem ensino superior e possuem um nível de educação intermediário.

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Tirando como exemplo a Grécia, em 2016 32,61% da força de trabalho com ensino
intermediário estava desempregada, enquanto que 22,23% da força de trabalho com ensino
avançado se encontrava nesta situação de desemprego.

REFERÊNCIAS:

https://databank.worldbank.org/source/jobs acesso no dia 28/04/2021 às 17:00

https://ec.europa.eu/eurostat/web/main/data/database acesso no dia 23/04/2021


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