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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

INFI - INSTITUTO DE FÍSICA


CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO

Laboratório de física II
DOCENTE: Bruno Spolon Marangoni

Relatório 2

LAURA BARAUNA LUDGERO

Determinação da capacidade térmica de um calorímetro

CAMPO GRANDE - MS
2021

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1. Introdução

Quando dois sistemas 𝐴 e 𝐵 a temperaturas diferentes são postos em


contato, estabelece-se um fluxo de energia térmica daquele à
temperatura mais elevada para o que se encontra à temperatura mais
baixa. O processo continua até ser atingido o equilíbrio térmico, em que
se igualam as temperaturas dos dois sistemas. Se esses dois sistemas
estão isolados termicamente, o princípio de conservação de energia
requer que a energia térmica cedida por um dos sistemas seja igual a
energia térmica recebida pelo outro. Para um dado corpo, a quantidade
de energia térmica (na forma de calor) necessária para produzir
determinado acréscimo de temperatura, depende da massa do corpo e
da substância de que é feito. Chama-se capacidade térmica 𝐶 de um
corpo, o quociente entre a quantidade de calor 𝑄 fornecida e o
acréscimo de temperatura ∆𝑇.

𝐶 = ∆𝑄/ ∆𝑇

Sendo que a quantidade de calor é definida por:

𝑄 = 𝑚. 𝑐. ∆𝑇 A

capacidade térmica por unidade de massa de um corpo é denominada


calor específico 𝑐 (𝑐 = 𝐶/𝑚), o qual depende apenas da natureza da
substância de que é constituído o corpo. A rigor, o calor específico
depende também da temperatura. Assim, para elevarmos a temperatura
da água de 14,5℃ para 15,5℃, precisamos fornecer 𝟏, 𝟎𝟎𝟎 𝒄𝒂𝒍 para
cada grama de água ; já para elevarmos a temperatura de 35,5℃ para
36,5℃ necessitamos da quantidade de calor, ligeiramente menor, de
0,998 𝑐𝑎𝑙 por grama.
Por outro lado, em muitos casos a dependência do calor específico com
a temperatura é suficientemente fraca e pode ser desprezada sem que
se incorra em erro apreciável. Por exemplo, o calor específico da água,
já citada, no intervalo de 0℃ a 100℃, varia menos de 1% de seu valor
de 1,000 𝑐𝑎𝑙/𝑔℃ a 15℃, e o erro advindo da aproximação de tomá-lo
como constante, em experimentos calorimétricos, é em geral
largamente superado pelos erros experimentais .

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2. Parte experimental

Objetivos:

Verificar que o comportamento de duas substâncias em contato


térmico, quando suas temperaturas são diferentes, obedece à lei de
resfriamento de Newton.

3. Materiais Utilizados (simulação)

Para o experimento,foi usado o simulador Geogebra para


determinarmos a capacidade térmica de um calorímetro.
foram simulados os materiais:
● Calorímetro
● Termômetros
● Cubos metálicos (cobre, alumínio e ferro)
● Fonte de calor (bico de Bunsen)
● Béquer

Procedimento Experimental:

Para iniciar o experimento foi necessário alterar algumas


configurações padrão do simulador. Primeiro escolhi o metal para o
teste, depois o valor de massa do metal.
Logo depois liguei o simulador e foi registrado o valor da temperatura
quando o beker estabilizou. Escolhi a temperatura e a massa da água
dentro do calorímetro. Foi alterado o seletor de “no becker” para “ no
calorímetro”. Observei a temperatura, dentro do calorímetro, até que se
estabilizasse e depois a registrei, com os dados, foi calculado o calor
específico 𝑐 do metal e depois foi comparado com a tabela 1. O
experimento foi testado com três metais diferentes: alumínio, cobre e
ouro.

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4. Resultado e discussão

A temperatura da água utilizada na análise foi de 10 °C,e a massa de


70g, o experimento foi testado com 110g de três metais diferentes:
alumínio, cobre e ouro. Os resultados foram colocados na tabela abaixo.

Material Massa ± δm (g) Tf béquer ± δT (ºC) To calorímetro ± δT (ºC) Tf calorímetro ± δT (ºC)


Alumínio 110 ± 1 100 ± 0,5 10 ± 0,5 28 ± 0,5
Cobre 110 ± 1 100 ± 0,5 10 ± 0,5 19 ± 0,5
Ouro 110 ± 1 100 ± 0,5 10 ± 0,5 13 ± 0,5

Legenda da tabela:
δm - Erro da massa
δT - Erro da temperatura
Tf béquer - Temperatura final béquer
Tf calorímetro - Temperatura final calorímetro
To calorímetro - Temperatura inicial calorímetro

A equação que representa a soma das trocas de calor entre as partes


de um sistema é a lei zero da Termodinâmica, logo, a quantidade de
calor cedida pelo bloco é igual a quantidade de calor recebido pela
massa de água. Lembrando que o calor específico da água é de 1
𝑐𝑎𝑙/𝑔℃

Assim temos

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ΣQ = 0

Q = m.c.∆𝑡

● m = massa do metal
● c = calor específico do metal
● ∆t= Temperatura final - Temperatura inicial

Logo temos

Para o alumínio

QÁgua = 70g . 1(cal/g) . (28 - 10(ºC)) = 1260(cal/ gºC)

QAlumínio = 110g . cAlumínio. .( 28 - 100 (ºC)) = -7920 . cAlumínio. (cal/ gºC)

ΣQ = 0 = QÁgua + QAlumínio

cAlumínio = 1260 (cal/ gºC) / 7920 (cal/ gºC) = 0,159 ± 0,2 (cal/ gºC)

Comparando com a tabela e considerando a margem de erro o metal


pode sim ser alumínio.

Para o cobre

QÁgua = 70 g . 1(cal/g) . (19 - 10 (ºC)) = 630 (cal/ gºC)

QCobre = 110 g . cCobre. . ( 19 - 100 (ºC)) = -8910 . cCobre. (cal/ gºC)

ΣQ = 0 = QÁgua + Qcobre

cCobre = 630 (cal/ gºC) / 8910 (cal/ gºC) = 0,07 ± 0,02 (cal/ gºC)

Comparando com a tabela e considerando a margem de erro o metal


pode sim ser cobre.

Para o ouro

QÁgua = 70 . 1(cal/g) . (13 - 10 (ºC)) = 210(cal/ gºC)

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QOuro = 110 g . cOuro. . ( 13 - 100 (ºC)) = -9570 . cOuro. (cal/ gºC)

ΣQ = 0 = QÁgua + QOuro

cOuro = 210 (cal/ gºC) / 9570 (cal/ gºC) = 0,021 ± 0,02 (cal/ gºC)

Comparando com a tabela e considerando a margem de erro o metal


pode sim ser ouro.

5. Conclusão

Executado o experimento através da simulação, mostrou que através da


variação da temperatura provocada no calorímetro, podemos encontrar
o calor específico dos metais. O erro da medida pode ser devido a
imprecisão dos instrumentos utilizados (no caso a configuração do
software) ou a imprecisão do olho humano para se fazer as medidas
necessárias.

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