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Empreendedorismo
Empreendedorismo
Autoria: Marcio de Cassio Juliano
Como citar este documento: JULIANO, Marcio de C. Empreendedorismo. Valinhos: 2017.
Sumário
Apresentação da Disciplina 03
Unidade 1: Por que Empreender? 05
Unidade 2: O empreendedor: Evolução do Conceito 34
Unidade 3: Avaliação de oportunidades 69
Unidade 4: Iniciando um Novo Negócio: Pensando a Empresa 102
Unidade 5: Iniciando um Novo Negócio: Estudando o Mercado 137
Unidade 6: Pensando o Negócio: Canvas 175
Unidade 7: Pensando a Proposta de Valor 205
Unidade 8: Plano de Negócio: Viabilidade Financeira 238
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Apresentação da Disciplina
Olá, estudante, seja bem-vindo à disciplina Mas a propósito, você sabe o que significa
“Empreendedorismo”. “empreendedorismo”? Você sabe qual é o im-
Você tem ideia da importância que o empre- pacto do empreendedorismo na sociedade,
endedorismo possui para o desenvolvimen- na inovação e na economia? Você tem noção
to econômico de um país? Pois então, fique de como o empreendedorismo pode alterar
sabendo que para se desenvolver economi- a dinâmica de vida de um empreendedor e a
camente, um país precisa de empreende- economia de uma região? Você gostaria de
dores dispostos a mobilizar seus esforços e saber como iniciar um novo negócio?
recursos para criação de organizações que Esta disciplina tem, justamente, o objetivo de
gerarão valor à nação, seja por meio do pa- fornecer os subsídios necessários para que
gamento de impostos, por meio da oferta de você possa responder a essas questões com
empregos e pagamento de salários ou ainda segurança e aplicar este aprendizado no seu
por meio da disponibilidade de produtos ou dia a dia, seja como empreendedor – criando
serviços que preencham as necessidades de o seu próprio negócio – seja como intraem-
seus usuários, movimentando, dessa forma, preendedor – com iniciativas inovadoras de
a economia de maneira virtuosa e gerando sucesso ligadas ao seu trabalho em qualquer
assim valor para o país e para os seus cida- organização.
dãos. A proposta desta disciplina é apresentar aos
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estudantes os fundamentos, processos e de recursos e terá noção sobre como admi-
tendências do empreendedorismo, demons- nistrar um empreendimento.
trando a necessidade de o empreendedor Gostou da proposta desta disciplina?
ampliar o seu entendimento acerca da ges-
tão de negócios para obter sucesso em seu Então, agora é com você, o caminho pode até
empreendimento. parecer difícil, mas o seu desejo de se tornar
um profissional melhor e obter sucesso na
Depois de estudar esta disciplina, você po- sua carreira vão falar mais alto e transformar
derá definir e diferenciar os termos “empre- esta caminhada em uma experiência enri-
endedorismo” e “intraempreendedorismo”, quecedora e prazerosa.
conhecendo a evolução do empreendedoris-
mo e tomando ciência das características do
perfil do empreendedor. Você também estará
apto a identificar e validar uma oportunidade
para empreender, conhecendo a estrutura de
um plano de negócios e entendendo os seus
principais componentes. Finalmente, você
compreenderá os desafios do empreendedor
e conhecerá as principais fontes de obtenção
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Unidade 1
Por que Empreender?
Objetivos
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Introdução
Josephe A. Schumpeter foi um dos precur- processo, um sistema ou até mesmo uma
sores dos estudos sobre empreendedoris- estratégia, para criar alternativas mais efe-
mo. Em 1942, ele escreveu um livro chama- tivas, alimentando deste modo o ciclo da
do Capitalismo, Socialismo e Democracia, inovação, seja no âmbito tecnológico, orga-
onde destacou a função dos empreendedo- nizacional ou estratégico.
res na formação da riqueza das nações. Já percebeu que o empreendedorismo e a
Foi de Schumpeter a criação do concei- inovação caminham de mãos dadas?
to “destruição criativa”, que é tido como a A inovação fomenta o empreendedorismo
mola propulsora para a criação de novos por criar condições diferenciadas e novas
produtos, meios de produção mais eficien-
tes e empresas mais eficazes em seus mer-
cados, impulsionando fortemente o capita-
lismo e estimulando a competitividade en-
tre os participantes (players) do mercado. O
conceito “destruição criativa” soou entra-
nho para você?
A destruição criativa é o processo no qual,
literalmente, se destrói um produto, um
6/270 Unidade 1 • Por que Empreender?
para suprir alguma necessidade, e é o em- isso mesmo, o Brasil está na frente des-
preendedorismo que transforma a inovação se ranking mundial com 34,5%, seguido
em negócio, seja com ou sem fins lucrativos. pela China com taxa de 26,7%. O ranking
Muito interessante esta relação entre ino- continua com Estados Unidos em tercei-
vação e empreendedorismo, não é? ro com 20%, Reino Unido com 17%, Japão
com 10,5%, Índia com 10,2%, África do Sul
Leia atentamente este material e realize to- 9,6%, Rússia com 8,6% e França com 8,1%.
das as atividades propostas, pois só assim é Ficou surpreso? Porém, não podemos deixar
que você se tornará um profissional diferen- de admitir que a porcentagem de empreen-
ciado e elevará as suas chances de sucesso. dedores no Brasil é relevante em relação à
porcentagem dos outros países do ranking.
1. Panorama do Empreemdedo-
rismo
De acordo com a Figura 1, os homens são maioria nos empreendimentos já estabelecidos, en-
quanto que a situação se inverte nos empreendimentos iniciais.
Mas como seria a distribuição dos empreendedores brasileiros segundo a faixa etária? A Figura 2
mostra que existem mais jovens (50%) tentando iniciar um empreendimento, enquanto os mais
maduros (mais de 35 anos) são maioria (75,8%) nos empreendimentos já estabelecidos.
Conhecer o panorama do empreendedorismo no Brasil é muito interessante, então que tal obter
mais detalhes sobre esse tema consultando diretamente todos os dados disponibilizados pela
pesquisa GEM (2016)?
Link
PESQUISA DE INOVAÇÃO: 2014 / IBGE, Coordenação de Indústria. - Rio de Janeiro: IBGE, 2016.
Você sabia que as inovações podem ser classificadas? segundo a cartilha de inovação da Confe-
deração Nacional das Indústrias (CNI, 2010), existe uma categorização das inovações em relação
aos seguintes aspectos: natureza; forma; abrangência; intensidade; propósito, nível de difusão e
uso de sistemas, métodos e ferramentas. A Figura 4 ilustra essas categorias.
A natureza de uma inovação pode ser um produto novo ou remodelado, um processo redese-
nhado para ser mais eficiente ou ainda uma reestruturação do negócio como um todo. A forma
da inovação pode ser por via de um incremento tecnológico ou por uma mudança organizacio-
nal. A inovação pode abranger somente as dependências da organização, o mercado no qual
ela atua ou ainda ser uma inovação de abrangência mundial. Em relação à intensidade, uma
inovação pode “incrementar” um produto, processo ou negócio existente ou ainda radicalizar,
transformando totalmente o objeto da inovação. O propósito de uma inovação pode ser oca-
18/270 Unidade 1 • Por que Empreender?
sional quando se encontra arbitrariamente que se fazia anteriormente.
algo novo e se percebe que essa novidade Para obter maior auxílio sobre como implan-
pode contribuir com a inovação, ou ainda tar políticas organizacionais de inovação, é
pode ser intencional, sendo resultado de recomendável consultar a cartilha da CNI,
uma política ou sistemática implantada de- que pretende promover uma sensibilização
liberadamente para esta finalidade. Na or- na classe empresarial para que o desafio de
ganização, uma inovação pode ser classifica construção de uma agenda positiva para
como localizada, ao ser implantada em um a inovação no Brasil não seja deixado para
departamento ou setor específico, ou ain- trás, fornecendo subsídios para e estimu-
da sistêmica quando envolve mais depar- lar a implantação de metodologias capazes
tamentos. Finalmente, uma inovação pode de promover a inovação como um processo
ser categorizada segundo o uso dos méto- sistemático e sistêmico nas organizações.
dos, processos ou ferramentas que ela uti-
lizar, de modo que isso pode ocorrer de for-
ma empírica, resultado de experiências ou
ações pontuais de tentativa e erro, ou pode
ser oriunda de uma sistemática adotada
para estimular novas maneiras de se fazer o
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Considerações Finais
• “Destruição criativa” é o processo no qual, literalmente, se destrói um produto, um processo,
um sistema ou até mesmo uma estratégia, para criar alternativas mais efetivas, alimentando
deste modo o ciclo da inovação, seja no âmbito tecnológico, organizacional ou estratégico.
• Do ponto de vista empresarial, a “inovação” pode ser definida como um processo de apren-
dizagem organizacional que tem o objetivo de criar e adotar novas tecnologias que elevem a
competitividade, melhorem os resultados e gerem valor para a organização.
• O processo de inovação estimula a criatividade para gerar ou agregar valor de novas maneiras,
por meio de novos produtos, serviços e negócios, em outras palavras, “inovar” é o resultado da
soma da criatividade (novas ideias) mais as ações que produzam resultados favoráveis para a
empresa.
• A inovação é extremamente necessária para o desenvolvimento, para a sobrevivência e para a
manutenção da competitividade empresarial, afinal, as necessidades e os desejos das pessoas
se alteram constantemente, assim como se alteram os produtos, os sistemas, os processos e
a tecnologia.
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Referências
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA. Mobilização Empresarial pela Inovação: cartilha:
gestão da inovação / José Fernando Mattos, Hiparcio Rafael Stoffel, Rodrigo de Araújo Teixeira. -
Brasília, 2010.
ENDEAVOR BRASIL. Empreendedorismo social: lucro e transformação social numa coisa só.
2015. Disponível em: <https://endeavor.org.br/empreendedorismo-social/>. Acesso em: 27 SET.
2017.
GLOBAL ENTREPRENEURSHIP MONITOR. Empreendedorismo no Brasil - 2016. Curitiba: IBQP,
2017. Disponível em: <https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/GEM%20Na-
cional%20-%20web.pdf>. Acesso em: 27 set. 2017.
IBM GLOBAL BUSINESS SERVICES. Expandind the Innovation Horizon. The Global CEO Study 2006.
2006. Disponível em: <http://www-935.ibm.com/services/us/gbs/bus/pdf/ceostudy.pdf>. Acesso
em: 27 set. 2017.
INSTITUTO BRASILEIRO DA QUALIDADE E PRODUTIVIDADE. Global Entrepreneurship Monitor.
2017. Disponível em: <http://www.ibqp.org.br/projetos/gem/>. Acesso em: 27 set. 2017.
MENDONÇA, André Feitoza de. Schumpeter e a Inovação. 2012. Disponível em: <http://uc.sebrae.
com.br/noticia/schumpeter-e-inovacao>. Acesso em: 27 set. 2017.
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Questão 2
2. Qual foi a recomendação dada neste tema para se iniciar um novo ne-
gócio com chances reduzidas de insucesso?
a) A orientação é usar a criatividade para criar negócios com elevadas chances de sucesso.
b) A orientação é fomentar a inovação e torcer para que ela seja bem-sucedida e se transforme
em oportunidades de negócio.
c) A orientação é seguir os passos da cartilha da Confederação Nacional das Indústrias (CNI).
d) A orientação é prestar atenção e manter o status quo para evitar possíveis chances de insu-
cesso.
e) A orientação é ficar de olho nas oportunidades oriundas da inovação e usar e abusar da cria-
tividade.
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Questão 3
3. Qual alternativa contém somente tipos de inovação relacionados à sua
natureza?
a) Tecnológica e organizacional.
b) Produto, processo e negócio.
c) Ocasional e intencional.
d) Localizada e sistêmica.
e) Empírica e sistemática.
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Questão 4
4. A massiva e frequente exposição da empresa à concorrência exige
___________________ para que ela se mantenha viva e competitiva.
a) Muita criatividade.
b) Inovações radicais.
c) Uma cultura de inovação.
d) Uma cultura empreendedora.
e) A adoção do empreendedorismo de necessidade.
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Questão 5
5. De acordo com uma investigação realizada em 2006 pela empresa IBM,
envolvendo 765 executivos e líderes empresariais ao redor do planeta, as
fontes mais significativas das ideias para a inovação são variadas e estão
disponíveis nos ambientes interno e externo da empresa. Escolha a alter-
nativa que contenha as três fontes de ideias mais citadas por esses execu-
tivos.
a) Funcionários, parceiros e clientes.
b) Setores de desenvolvimento de produtos, tecnologia e processos.
c) Feiras e congressos, publicações científicas e invenções.
d) Universidades, centros de tecnologia e laboratórios da própria empresa.
e) Feiras e congressos, universidades e parceiros.
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Gabarito
1. Resposta: D. 4. Resposta: C.
Na atualidade, existe o contexto do empre- Só uma cultura de inovação pode contribuir
endedorismo social, que nem sempre tem o para neutralizar a ação dos concorrentes e
objetivo de obter lucros. manter a empresa competitiva.
2. Resposta: E. 5. Resposta: A.
A orientação fornecida para diminuir as As três fontes mais citadas pelos executivos
chances de insucesso é de que o empre- inseridos da pesquisa foram: funcionários,
endedor fique de olho nas oportunidades parceiros e clientes.
oriundas da inovação, usando e abusando
da criatividade.
3. Resposta: B.
A categoria de tipos de inovação quanto a
sua natureza é composta por produto, pro-
cesso e negócio.
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Unidade 2
O empreendedor: Evolução do Conceito
Objetivos
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Introdução
Link
O artigo seguinte é um ensaio realizado com a finalidade de relacionar essas modificações com
as mudanças ocorridas no decorrer de três paradigmas tecnológicos: 1. A Revolução Industrial; 2.
O Fordismo; e 3. A tecnologia da informação.
Link
Aprofunde seu entendimento sobre o tema lendo um artigo cujo objetivo é analisar a produção
acadêmica na área de empreendedorismo, tomando como base dois dos principais eventos cien-
tíficos sobre o tema no Brasil.
NASSIF, Vânia Maria Jorge et al. Empreendedorismo: área em evolução? uma revisão dos estudos
e artigos publicados entre 2000 e 2008. Revista de Administração e Inovação, São Paulo, v. 7, n. 1,
p.175-192, 2010.
Conjunto Realização
CCE 1: Faz as coisas antes de ser solicitado ou antes de forçado pelas circunstâncias.
CCE 3: Aproveita oportunidades fora do comum para começar um negócio, obter financiamentos,
equipamentos, terrenos, local de trabalho ou assistência.
CCE 1: Encontra maneiras de fazer as coisas melhores, mais rápidas, ou mais baratas.
CCE 2: Age de maneira a fazer as coisas que satisfazem ou excedem padrões de excelência.
CCE 3: Desenvolve ou utiliza procedimentos para assegurar que o trabalho seja terminado a tempo ou
que o trabalho atenda a padrões de qualidade previamente combinados.
Comportamento: persistência
CCE 2: Age repetidamente ou muda de estratégia a fim de enfrentar um desafio ou superar um obs-
táculo.
Comportamento: comprometimento
CCE 1: Faz um sacrifício pessoal ou despende um esforço extraordinário para completar uma tarefa.
CCE 2: Colabora com os empregados ou se coloca no lugar deles, se necessário, para terminar um
trabalho.
CCE 3: Se esmera em manter os clientes satisfeitos e coloca em primeiro lugar a boa vontade a longo
prazo, acima do lucro a curto prazo.
Conjunto Planejamento
CCE 1: Estabelece metas e objetivos que são desafiantes e que têm significado pessoal.
CCE 1: Planeja dividindo tarefas de grande porte em sub tarefas com prazos definidos.
CCE 2: Constantemente revisa seus planos levando em conta os resultados obtidos e mudanças cir-
cunstanciais.
CCE 2: Utiliza pessoas-chave como agentes para atingir seus próprios objetivos.
CCE 2: Mantém seu ponto de vista, mesmo diante da oposição ou de resultados inicialmente desani-
madores.
CCE 3: Expressa confiança na sua própria capacidade de completar uma tarefa difícil ou de enfrentar
um desafio.
Link
Que tal saber o resultado de uma investigação sobre as possíveis diferenças de perfil entre empreendedores
e intraempreendedores de uma empresa distribuidora de produtos saúde? Leia o arquivo a seguir.
SILVA, Sandra Souto da; SILVA, Angela Maria Monteiro da; VILAS BOAS, Ana Alice; DAN, Edival. Características
comportamentais empreendedoras: um estudo comparativo entre empreendedores e intra-empreendedo-
res. Revista Cadernos de Administração, v. 1, n.2, p. 1-14, jul./dez. 2008.
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Considerações Finais
• Apesar das várias definições tecidas ao longo dos anos sobre o conceito de empreen-
dedorismo, é importante saber que a prática empreendedora possibilita a transforma-
ção de uma inovação em um negócio.
• O empreendedor assume riscos de modo calculado para evitar surpresas indesejadas
ao abrir o seu próprio negócio.
• O empreendedor planeja, executa e controla as suas ações deliberadamente, evitando
ações arbitrárias que podem elevar os riscos e as chances de insucesso.
• O perfil empreendedor pode ser descrito em 3 conjuntos de comportamentos empre-
endedores, perfazendo um total de 10 comportamentos, de forma que cada um deles
possui três características de comportamentos empreendedores (CCEs).
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Referências
NASSIF, Vânia Maria Jorge et al. Empreendedorismo: área em evolução? uma revisão dos estudos
e artigos publicados entre 2000 e 2008. Revista de Administração e Inovação, São Paulo, v. 7, n.
1, p.175-192, 2010. Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/rai/article/view/79164/83236>.
Acesso em: 27 set. 2017.
PORTAL BRASIL. Empreendedorismo social gera lucro e desenvolvimento. 2014. Disponível
em: <http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2012/02/empreendedorismo-social-gera-lu-
cro-e-desenvolvimento>. Acesso em: 27 set. 2017.
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Questão 1
c) A relação correta entre os autores e as suas premissas é: I. Schumpeter e XXXX. Inovação e
Desenvolvimento econômico; II. Filion e XXX. Teoria visionária; III. Dolabela e X. Transformar
ideias em oportunidades de negócio; IIII. Dornelas e XX. Transformar sonhos em realidade.
d) A relação correta entre os autores e as suas premissas é: I. Schumpeter e XXX. Teoria visioná-
ria; II. Filion e XXXX. Inovação e Desenvolvimento econômico; III. Dolabela e XX. Transformar
sonhos em realidade; IIII. Dornelas e X. Transformar ideias em oportunidades de negócio.
e) A relação correta entre os autores e as suas premissas é: I. Schumpeter e XXXX. Inovação e
Desenvolvimento econômico; II. Filion e XXX. Teoria visionária; III. Dolabela e XX. Transformar
sonhos em realidade; IIII. Dornelas e X. Transformar ideias em oportunidades de negócio.
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Questão 2
2. Qual é o termo adequado para se referir a alguém que decidiu tomar a
decisão de realizar uma tarefa difícil e laboriosa, ou ainda, colocar um plano
em execução?
a) Trabalhador.
b) Colaborador.
c) Funcionário.
d) Empreendedor.
e) Intraempreendedor.
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Questão 3
3. Os comportamentos empreendedores foram agrupados em três conjun-
tos para organizar e facilitar o seu estudo. Aponte a alternativa que contenha
esses três conjuntos.
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Questão 4
4. O _________________________ é aquele que pratica o empreendedo-
rismo dentro de uma empresa, ou seja, exercita os comportamentos empreen-
dedores para criar valor e conferir diferenciais competitivos para a organização.
Aponte a alternativa que contenha o termo que preencha corretamente a lacuna acima.
a) Empreendedor.
b) Empregado padrão.
c) Colaborador corporativo.
d) Intraempreendedor.
e) Gerente atípico.
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Questão 5
5. Existem empreendedores que podem ser considerados ______________
e outros que podem ser considerados como ________________. O pri-
meiro toma a decisão de abrir o seu próprio negócio diante da sua própria
necessidade de gerar renda, já o segundo decide abrir uma empresa dian-
te de uma situação oportuna no mercado que apresenta condições de se
transformar em um negócio de sucesso.
Qual das alternativas abaixo contém as duas palavras corretas que respecti-
vamente preenchem as duas lacunas da sentença anterior.
a) Situacionais; realistas.
b) Circunstanciais; oportunistas.
c) Circunstanciais; realistas.
d) Situacionais; transformadores.
e) Realistas; transformadores.
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Gabarito
1. Resposta: E. 3. Resposta: A.
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Gabarito
5. Resposta: B.
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Unidade 3
Avaliação de oportunidades
Objetivos
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Introdução
Link
Leia o livro que deu origem ao termo zona de conforto.
BARDWICK, Judith M. Perigo na zona de conforto: como eliminar o hábito do Entitlement. São Paulo:
Pioneira,1996.
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Considerações Finais
• Estimule a criatividade, pois fazer as coisas sempre da mesma forma, repetindo padrões e
ações já aprendidos não ajudará no seu desenvolvimento profissional.
• Evite cair na zona de conforto, pois o mundo muda a cada instante e nesta mesma velocidade
surgem novas maneiras de se lidar com as coisas, estagnar-se na zona de conforto é um vene-
no para a criatividade e para a sua carreira.
• Procure oportunidades em tudo o que você possa observar, principalmente nas reclamações
das pessoas, nas deficiências de produtos e nas tendências de mercado.
• Valide sempre ideias de negócio antes de partir para a ação, é melhor se frustrar com a rejeição
de uma má ideia do que só descobrir isso na prática, desperdiçando assim recursos essenciais
para se abrir um negócio (tempo, dinheiro e esforço pessoal).
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Referências
BARDWICK, Judith M. Perigo na zona de conforto: como eliminar o hábito do Entitlement. São
Paulo: Pioneira, 1996.
BARON, R. A., SHANE, S. A. Empreendedorismo: uma visão do processo. São Paulo: Cengage Le-
arning, 2007.
BETTL, Sandra. Os perigos da zona de conforto. 2012. Disponível em: <https://endeavor.org.br/
os-perigos-da-zona-de-conforto/>. Acesso em: 27 set. 2017.
VIEIRA, Diego Padovan. O que significa empatia e apatia? 2013. Disponível em: <http://www.
administradores.com.br/artigos/cotidiano/o-que-significa-empatia-e-apatia/73356>. Acesso em:
27 ago. 2017.
93/270 Unidade 3 • Avaliação de oportunidades
Questão 1
1. Baron e Shane (2006) indicam que a criatividade é o resultado da conver-
gência de alguns fatores como as habilidades intelectuais do ser humano, de
uma ampla e rica base de conhecimentos (repertório comportamental), de
um estilo de pensamento flexível, de certos traços de personalidade (aceita-
ção em correr riscos, por exemplo) e de um ambiente que estimule e apoie
ideias criativas. Qual foi a denominação dada por esses pesquisadores para
essa maneira de se analisar a criatividade?
a) Abordagem divergente.
b) Abordagem de confluência.
c) Abordagem sistemática.
d) Abordagem da criatividade convergente.
e) Abordagem da diversidade de fatores.
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Questão 2
2. Para estimular a criatividade, gerar ideias e encontrar oportunidades de
negócio para essas ideias, é necessário que o indivíduo evite a zona de con-
forto.
Escolha a alternativa que contenha a correta definição para o termo “zona de conforto”.
a) É o termo que designa o contexto de um ambiente de trabalho que proporciona uma sensa-
ção de conforto para o indivíduo que, por sua vez, poderá usufruir de um ambiente propicio
para desenvolver as suas ideias.
b) É o termo que conceitua aquele momento no qual o empreendedor pode fazer as suas esco-
lhas, baseado em fatos reais levantados do mercado, gerando novas ideias que poderão se
tornar grande oportunidades de negócio.
c) É o termo mais adequado para descrever as pessoas que se acomodam ao realizar o seu
trabalho, principalmente pelo fato da estabilidade gerada pela sua competência e conheci-
mento de gestão do empreendimento.
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Questão 2
d) É o termo que denomina a situação em que uma pessoa fica satisfeita com a realidade atual
e então se acomoda de tal maneira que não consegue mais enxergar as novidades ou as ou-
tras opções para lidar com a realidade.
e) É o termo empregado para tratar do estado dos empreendedores que não avaliam os ris-
cos envolvidos na transformação das ideias em oportunidades de negócios pelo conforto de
contar especialistas para administrar a empresa.
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Questão 3
3. Os lampejos de criatividade (insights) surgem da fusão ou adaptação de co-
nhecimentos já adquiridos, valorizando assim o repertório comportamental
de um indivíduo.
Diante disso, escolha a alternativa que demonstre a situação de veracidade correta das quatro
sentenças em relação à criatividade.
I. O ideal é guardar as suas ideias em uma gaveta, pois a iniciativa de apresentá-las para outras
pessoas pode fazer você perder a oportunidade de transformá-la em um negócio de sucesso.
II. É aconselhável que você procure conversar com pessoas que não pensem como você, a
divergência é uma fonte de criatividade, pois manterá você em contato com outros pontos de
vista.
III. Cuidado com a curiosidade, ela poderá colocar em sérios problemas. Ao ser curioso, você
pode apenas imitar o que já existe, seja em termos de repertório comportamental ou de de-
senvolvimento de novos produtos.
IV. É recomendável que você seja eclético e ouça músicas de estilos diferentes do seu gosto
musical, por exemplo, se gosta de samba, escute rock e música clássica, se gosta de rock, pro-
cure ouvir jazz ou um bom sertanejo de raiz.
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Questão 3
a) Apenas a sentença II é verdadeira.
b) Apenas as sentenças II, III e IV são verdadeiras.
c) Apenas as sentenças II e IV são verdadeiras.
d) Apenas as sentenças III e IV são verdadeiras.
e) Apenas as sentenças I e III são verdadeiras.
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Questão 4
4. ___________________ por produtos e serviços é uma rica fonte de
oportunidades, se as pessoas reclamam continuadamente de um produto,
por exemplo, a oportunidade está em fazer esse produto melhor e eliminar
o motivo das reclamações.
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Questão 5
5. Seja qual for o nível de criatividade ou o teor das ideias, o empreendedor
deve desenvolver um faro apurado para farejar boas oportunidades e deve
fazer isso monitorando constantemente as três fontes mais importantes de
oportunidades.
Objetivos
102/270
Introdução
Olá, estudante, você está prestes a chegar público-alvo e aprender a descobrir nichos
à metade do seu aprendizado sobre empre- de mercado.
endedorismo e já deve estar ansioso para É justamente por conta desta importância
saber o conteúdo deste tema 4. que estes conceitos serão tratados nes-
Saiba que você aprenderá sobre os tipos de te tema, por isso, preste bastante atenção
empresas que podem ser constituídas aqui nas definições e nas possibilidades de apli-
no Brasil. Aliás, você sabia que tanto as em- cações, pois só assim você poderá dominar
presas como os produtos têm um ciclo de os fundamentos, processos e tendências do
vida? Isso mesmo, ambos apresentam um empreendedorismo e se destacar como um
ciclo de vida que deve ser conhecido e mo- empreendedor ou intraempreendedor de
nitorado pelo empreendedor para que ele sucesso.
possa prever ações de reestruturação ou re- Boa leitura.
direcionamento do seu negócio e dos pro-
dutos ou serviços que ele comercializa.
1. Tipos de Empresas
Além do ciclo de vida, o empreendedor tem
de compreender o quão importante é anali- Você está acostumado a comprar produtos
sar constantemente o seu setor de atuação, e serviços de várias empresas, seja das que
assim como é importante identificar o seu produzem ou das que comercializam pro-
103/270 Unidade 4 • Iniciando um Novo Negócio: Pensando a Empresa
dutos ou ainda das que prestam assistência sócios e pode optar pelo sistema simples
técnica ou qualquer outro tipo de serviço, nacional com tributação baseada no lu-
porém, já se deu conta de que essas em- cro presumido ou lucro real. Este tipo de
presas podem ser tipificadas de diferentes empresa pode ser constituído para explo-
maneiras? Pois é, são exatamente 10 tipos rar atividades econômicas de produção
possíveis de enquadramento das empresas ou circulação de bens ou de serviços. Na
no Brasil, a saber: Sociedade limitada; Em- sociedade limitada, são os sócios que res-
presário individual; Empresa Individual de ponderão, de forma proporcional, pelo ca-
Responsabilidade Limitada (EIRELI); Micro- pital social da empresa, assim como pelas
empreendedor individual; Sociedade em- dívidas contraídas aos seus credores para
presária; Sociedade anônima; Sociedade exercer as suas atividades.
em comandita simples; Sociedade simples; 1.2 Empresário individual: neste tipo de
Sem fins lucrativos e Sociedade em nome empresa, apenas uma pessoa física pode
coletivo. Que tal conhecer, de forma resu- constituí-la, de modo que a composição
mida, as características de cada um desses do nome da empresa deve ser feita, obri-
tipos? gatoriamente, pelo nome civil (completo
1.1 Sociedade limitada: uma empresa de ou abreviado) do empreendedor, sendo
sociedade limitada deve ter no mínimo 2 facultativo adicionar uma menção à ati-
104/270 Unidade 4 • Iniciando um Novo Negócio: Pensando a Empresa
vidade do empreendimento ou um nome 1.3 Empresa Individual de Responsabili-
fantasia à razão social da empresa (nome dade Limitada (EIRELI): a possibilidade de
civil do empreendedor). É importante res- constituir este tipo de empresa foi forma-
saltar que neste tipo de empresa não está lizada em 2012. Uma EIRELI deve ser cons-
prevista a separação jurídica entre os bens tituída por um titular, pessoa física maior
pessoais do empreendedor e os seus negó- de 18 anos que pode tanto ser brasileiro ou
cios, o empreendedor responde de forma ter outra nacionalidade. A principal carac-
ilimitada pelas dívidas da empresa com a terística deste tipo de empresa é a exigên-
disponibilidade dos bens pessoais que in- cia de que o capital a ser integralizado seja
tegram o seu patrimônio, inclusive com os de, no mínimo, 100 vezes o valor do salário
bens do seu cônjuge no caso dele ser ca- mínimo vigente, de forma que é esse valor
sado em regime de comunhão de bens. O de capital que limita a responsabilidade do
interessante neste tipo de empresa é que titular. Outra característica é que o empre-
se o empreendedor não saldar as suas dí- endedor que constituir uma EIRELI não po-
vidas pessoais, os credores poderão acio- derá, em nenhuma hipótese, constituir ou
nar o patrimônio integralizado na empresa fazer parte de outra empresa desta moda-
para saldar essas dívidas. lidade. A sigla “EIRELI” deverá, obrigato-
riamente, ser adicionada ao final da razão
Larissa Ramos, consultora de sistemas complementa as informações sobre os diferentes tipos de empre-
sa. Consulte: BLUESOFT ERP: GESTÃO DE VAREJO. Tipos de Empresas | Papo Express.
De acordo com Adizes (2003), o ciclo de vida empresarial é composto por 10 fases, de modo
que cinco delas fazem parte do ciclo de crescimento, uma fase é a de transição do crescimento
para o envelhecimento e as últimas quatro fases compõem a etapa de envelhecimento do ci-
clo. A Figura 6 ilustra, ordenadamente, as 10 fases.
Para Adizes (2003), o gestor de qualquer organização deve considerar essas 10 fases ao ge-
renciar o seu negócio e, por conta disso, o empreendedor deve estar consciente sobre em qual
fase o seu empreendimento se encontra para tomar as decisões certas, evitando assim a mor-
te da empresa. Para esse autor, a identificação do estágio do ciclo de vida no qual a empresa
se situa, propicia ao empreendedor a possibilidade de planejar intercorrências preventivas,
111/270 Unidade 4 • Iniciando um Novo Negócio: Pensando a Empresa
visando evitar problemas futuros e preparando-se para agir diante de novos cenários, ado-
tando estratégias que levem a empresa a enfrentar os desafios de cada estágio e assim ganhar
competitividade diante dos seus concorrentes.
Para facilitar o entendimento entre o ciclo de crescimento e de envelhecimento, o Quadro 2
apresenta as respectivas características de cada ciclo em relação a seis fatores organizacio-
nais.
Quadro 2 | Características dos fatores organizacionais nos ciclos de crescimento e de envelhecimento
Para você aprender detalhadamente sobre cada uma das 10 fases do ciclo de vida proposto por
112/270 Unidade 4 • Iniciando um Novo Negócio: Pensando a Empresa
Adizes (2003) e saber agir diante delas, realize a leitura do artigo a seguir.
Link
DIAS, Luiz Guilherme. O Ciclo de Vida das Organizações: é possível uma empresa perpetuar-se?
2015.Disponível no site SABE – Inteligência em ações da bolsa.
Complemente o seu aprendizado conhecendo como as práticas de gestão podem influenciar o ciclo
de vida das empresas.
O importante é que o empreendedor tenha a consciência que todos os produtos do seu portfólio
passarão por cada uma das fases do ciclo de produtos e que ele deve ficar atento aos sinais que
indicarão o fim da fase de maturidade e o início do declínio. É muito comum nesta transição que
Visite o site “Administradores” e leia o artigo “Análise Setorial: análise quantitativa do setor de bebidas
no período de 2008 a 2010”, que apresenta uma análise do setor de bebidas no Brasil entre 2008 e
2010, trazendo um estudo de caso sobre o consumo e as principais empresas deste setor.
SILVA, Fábio. Análise Setorial: análise quantitativa do setor de bebidas no período de 2008 a 2010.
2012.
SEBRAE. Como iniciar uma análise de mercado para tomar decisões. 2015.
SEBRAE. Click Marketing é uma ferramenta online para analisar um negócio gratuitamente, fa-
cilitando o planejamento do acesso da empresa a um ou mais mercados. 2014.
Link
ENDEAVOR BRASIL. Como definir o público-alvo para sua empresa?. 2012.
124/270
Considerações Finais
• Escolher o tipo correto de enquadramento de empresa é uma responsabilidade do empreen-
dedor que deve ser cuidadosamente realizado para evitar desperdício de recursos e dores de
cabeça no futuro.
• Identificar o estágio do ciclo de vida no qual a empresa se situa fornece ao empreendedor a
possibilidade de planejar intercorrências preventivas, preparando-o para agir diante de novos
cenários e adotar estratégias que levem a empresa a enfrentar os desafios de cada estágio, e
assim ganhar competitividade diante dos seus concorrentes.
• É de suma importância que o empreendedor tenha a consciência que todos os produtos do
seu portfólio passarão pelas cinco fases do ciclo de produtos e que ele deve ficar atento aos
sinais que indicarão o fim da fase de maturidade e o início do declínio.
• Encontrar nichos de mercado é uma excelente oportunidade para o empreendedor edificar
um negócio com alta lucratividade, afinal, o cliente sempre estará disposto a pagar mais por
um produto ou serviço que lhe agregue valor ao satisfazer as suas necessidades latentes que
ainda não foram supridas.
125/270
Referências
ADIZES, Ichak. Gerenciando os ciclos de vida das organizações. São Paulo: Prentice Hall, 2003.
BLUESOFT ERP: GESTÃO DE VAREJO. Tipos de Empresas | Papo Express. Disponível em: <https://
www.youtube.com/watch?v=7UEKPb86hw0>. Acesso em: 27 set. 2017. (Vídeo do Youtube)
DIAS, Luiz Guilherme. O Ciclo de Vida das Organizações: é possível uma empresa perpetuar-
-se?. 2015. Disponível em: <http://www.sabe.com.br/o-ciclo-de-vida-das-organizacoes-e-pos-
sivel-uma-empresa-perpetuar-se/>. Acesso em: 27 set. 2017.
ENDEAVOR BRASIL. Como definir o público-alvo para sua empresa?. 2012. Disponível em <ht-
tps://endeavor.org.br/como-definir-o-publico-alvo-para-sua-empresa/>. Acesso em: 28 set.
2017.
FROHLICH, Luzia; ROSSETTO, Carlos Ricardo; SILVA, Anielson Barbosa da. Implicações das práti-
cas de gestão no ciclo de vida organizacional: um estudo de caso. Revista Análise, Porto Alegre,
v. 18, n. 1, p. 139-160, jan./jun. 2007. Disponível em: <http://www.elirodrigues.com/wp-content/
uploads/2010/11/IMPLICACAOES-DAS-PRATICAS-DE-GESTAO-NO-CICLO-DE-VIDA-ORGANI-
ZACIONAL.pdf>. Acesso em: 27 set. 2017.
KAH ADM. Ciclos de vida dos produtos e Matriz BCG. Avaliação do portfólio de produtos. Disponí-
vel em: <https://www.youtube.com/watch?v=HOiNQJ8CpXw>. Acesso em: 27 set. 2017. (Vídeo
do Youtube)
126/270 Unidade 4 • Iniciando um Novo Negócio: Pensando a Empresa
KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de Marketing. São Paulo: Pearson, 2015.
NUVEM SHOP. [ENTREVISTA] MEI, EIRELI, Empresa Individual e LTDA: entenda os diferentes tipos
de empresas. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=kEuPJrM0YJA>. Acesso em:
27 set. 2017. (Vídeo do Youtube)
PEDRO, Andreia Maria. Características comportamentais dos empreendedores no modelo de
ciclo de vida das organizações de Greiner. 2003. 112 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia
de Produção), Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2003. Disponível em: <ht-
tps://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/85425/224373.pdf?sequence=1&i-
sAllowed=y>. Acesso em: 28 set. 2017.
SEBRAE. Como iniciar uma análise de mercado para tomar decisões. 2015. Disponível em:
<https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/como-iniciar-uma-analise-de-merca-
do-para-tomar-decisoes,500d7e0805b1a410VgnVCM1000003b74010aRCRD>. Acesso em: 27
set. 2017.
____. Click Marketing é uma ferramenta online para analisar um negócio gratuitamente, fa-
cilitando o planejamento do acesso da empresa a um ou mais mercados. 2014. Disponível
em: <https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/sebraeaz/click-marketing-monte-seu-pla-
no-estrategico-online,6ae6d106a0754410VgnVCM1000003b74010aRCRD>. Acesso em: 27 set.
2017.
127/270 Unidade 4 • Iniciando um Novo Negócio: Pensando a Empresa
SILVA, Fábio. Análise Setorial: análise quantitativa do setor de bebidas no período de 2008 a
2010. 2012. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/analise-se-
torial-analise-quantitativa-do-setor-de-bebidas-no-periodo-de-2008-a-2010/67913/>. Acesso
em: 27 set. 2017.
129/234
Questão 2
2. Uma Sociedade Empresária poderá atuar em atividades econômicas or-
ganizadas para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. A prin-
cipal característica de uma sociedade empresária é que elas estão sujeitas
à Lei da Falência (Lei nº 11.101, de 9 de fevereiro de 2005), o que significa
que elas têm direito à recuperação judicial, à recuperação extrajudicial e
à solicitação de falência do empresário e da sociedade empresária.
Escolha a alternativa que apresente a correta responsabilidade dos sócios neste tipo de
empresa.
130/234
Questão 2
c) Na Sociedade Empresária, as responsabilidades de cada um dos sócios ficam restritas exclu-
sivamente às suas cotas, contudo, é vedada a participação deles na gestão da empresa, sob
a pena de perder o caráter exclusivo de só responder pelas suas cotas.
d) Na Sociedade Empresária, as responsabilidades de cada um dos sócios estão ligadas e são
regidas pelas normas e pelos regulamentos exigidos na Comissão de Valores Mobiliários
(CVM).
e) Na Sociedade Empresária, as responsabilidades de cada um dos sócios exigem que eles não
constituam ou participem como sócios em outras empresas e, do mesmo modo, eles só po-
derão contratar um empregado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria.
131/234
Questão 3
3. O ciclo de vida empresarial é composto por 10 fases, de modo que cinco
delas fazem parte do ciclo de crescimento: uma fase é a de transição do
crescimento para o envelhecimento, e as últimas quatro fases compõem a
etapa de envelhecimento do ciclo.
Aponte a alternativa que contenha apenas fases do ciclo de envelhecimento das empre-
sas.
a) Aristocracia e burocracia.
b) Paranoia e plenitude.
c) Paranoia e adolescência.
d) Plenitude e aristocracia.
e) Toca-toca e paranoia.
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Questão 4
4. Um empreendedor deve ter o cuidado de monitorar os seus produtos,
verificando o status dele em relação ao seu ciclo de vida, afinal, um pro-
duto também nasce, cresce, se desenvolve, chega à maturidade e pode
declinar até a sua morte. Na fase de maturidade do produto, ocorre um
fenômeno muito comum que se trata de _________________________
_________________.
133/234
Questão 5
5. Qual é a denominação correta para o estudo cujo resultado visa descre-
ver o contexto ambiental no qual a empresa está inserida?
a) Nicho de mercado.
b) Segmento de mercado.
c) Análise do ciclo de vida organizacional.
d) Análise do ciclo de vida de produtos.
e) Análise do setor de atuação.
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Gabarito
1. Resposta: C. sócios respondem solidariamente pela inte-
gralização do capital social.
O tipo de empresa Individual de Responsa-
bilidade Limitada foi formalizado em 2012. 3. Resposta: A.
Esse tipo de empresa deve ser constituído
por um titular, pessoa física maior de 18 As 4 fases do ciclo de envelhecimento das
anos que pode tanto ser brasileiro ou ter organizações são: aristocracia, paranoia,
outra nacionalidade. A principal caracterís- burocracia e morte.
tica desse tipo de empresa é a exigência de
que o capital a ser integralizado seja de, no 4. Resposta: D.
mínimo, 100 vezes o valor do salário mínimo
vigente, de forma que esse valor de capital Nesta fase, tanto os lucros como as vendas
limite a responsabilidade do titular. começam a diminuir, pois existe um desgas-
te natural do produto que já perdeu as suas
2. Resposta: B. vantagens competitivas, sobrando apenas
Na Sociedade Empresária, as responsabi- a redução do preço como alternativa para
lidades de cada um dos sócios são propor- manter as vendas.
cionais e restritas ao valor monetário das
suas quotas, porém, mesmo assim, todos os
135/234
Gabarito
5. Resposta: E.
136/234
Unidade 5
Iniciando um Novo Negócio: Estudando o Mercado
Objetivos
137/270
Introdução
Link
Para complementar o seu aprendizado sobre a análise de SWOT, recomenda-se a leitura do artigo a
seguir.
O modelo das cinco forças de Porter foi concebido por Michael Porter em 1979 com o objetivo de
analisar o cenário competitivo entre as empresas.
ROJO, Cláudio Antonio; COUTO, Eder Reli do. Diagnóstico estratégico com utilização integrada das 5
forças de Porter, análises SWOT e BSC em um Atelier de alta costura. Revista TECAP, Curitiba, v. 2, n. 2,
p. 72-81, 2008.
Porter foi um dos professores mais jovem mercado poderá influenciar, positivamente
a lecionar na Harvard Business School, aos ou negativamente, a sua empresa, servindo
seus 26 anos, e ainda é a referência princi- também para embasar a criação de uma es-
pal mais citada na área de economia e ne- tratégia organizacional efetiva assim como
gócios. O objetivo principal deste modelo para avaliar a atratividade de um dado seg-
concebido por ele é o de esclarecer para mento específico de mercado. A utilização
os empreendedores e para os empresários do modelo das cinco forças de Porter é alta-
como cada elemento de um segmento de mente recomendável para auxiliar a abertu-
Você agora conhecerá as especificidades de cada uma das cinco forças deste modelo, segundo
Williams (2011), começando pelo poder de barganha dos fornecedores.
Em um segmento de mercado no qual exista uma alta rivalidade entre os concorrentes, é grande
a probabilidade de neutralização dos diferenciais competitivos, centralizando a concorrência no
preço do produto ou serviço e reduzindo assim as margens de lucro das empresas que participam
152/270 Unidade 5 • Iniciando um Novo Negócio: Estudando o Mercado
do segmento. A análise desta força também volume de vendas e entregas), reduzindo
ajuda o empreendedor a identificar os pon- ou eliminando as chances de negociação
tos fortes e os diferenciais competitivos das e praticamente impondo essas condições
empresas que atuam no seu mesmo seg- para os seus clientes. Em segmentos de
mento de mercado. mercado com número restrito de fornece-
dores, os compradores ser tornarão depen-
4.2 Poder de Barganha dos For- dentes deste fornecedor por total falta de
necedores opção, portanto, ao empreender, considere
as possibilidades de fornecimento dos insu-
A análise desta força consiste na avaliação mos que farão parte da sua cadeia produti-
da quantidade de fornecedores disponível va ou serão necessários para a prestação de
no segmento de mercado ao qual a empresa um serviço.
atua, ou pretenderá atuar. Alguns segmen-
tos de mercado possuem reduzido número 4.3 Poder de Barganha dos
de fornecedores e isso poderá causar uma Compradores
dependência prejudicial para o empreendi-
mento, pois assim, os poucos fornecedores Do mesmo modo que acontece com os for-
passam a contar com um maior poder para necedores, o empreendedor deverá ana-
negociar preços e condições (pagamento, lisar os seus clientes para evitar que a sua
153/270 Unidade 5 • Iniciando um Novo Negócio: Estudando o Mercado
empresa dependa de um número reduzido te os clientes preparam-se deliberadamen-
de clientes ou de apenas um deles. No mo- te para sentar em uma mesa de negociação,
mento em que um empreendimento estiver criando argumentos que comparam as so-
dependendo de poucos clientes, o empre- luções oferecidas pela empresa com as dos
endedor verá o seu poder de negociação re- concorrentes. Por conta disso, é primordial
duzir, principalmente se não existir diferen- que o empreendedor se prepare minuciosa-
cial competitivo em relação aos produtos mente para defender seus produtos e ser-
concorrentes. Você já consegue imaginar viços no sentido de oferecer soluções alta-
porque que isso acontecerá? Se o seu clien- mente efetivas que supram as necessidades
te perceber que você depende muito dele, do maior número possível dos clientes de
ele saberá que dificilmente você abrirá mão um segmento de mercado.
de fornecer para ele e, deste modo, ele ten-
tará de todas as maneiras aproveitar essa 4.4 Barreiras para Entrada de
situação, forçando que você atenda a todas Novos Concorrentes
as solicitações dele em relação à extensão
dos prazos de pagamento e às reduções de Porter recomendou que o empreendedor
preço, fatos que afetarão negativamente as deva levantar as potenciais ameaças de no-
margens de lucro. Vale dizer que atualmen- vos entrantes em um mercado, lembrando
que alguns mercados oferecem maiores
154/270 Unidade 5 • Iniciando um Novo Negócio: Estudando o Mercado
facilidades para a entrada de novos con- também satisfará as mesmas necessidades
correntes, enquanto outros mercados ofe- dos clientes. Não perceber que um produ-
recem barreiras (alto valor de investimento to pode substituir outro é um grande risco
inicial, legislação complexa ou obstáculos para qualquer empreendedor, e isso acon-
para a compra de equipamentos ou matéria tece com mais frequência do que você pode
prima) que dificultarão a entrada de novos imaginar, basta lembrar que a maior fabri-
participantes. Na verdade, um novo concor- cante de máquinas de fotocópias viu suas
rente representa mais um participante para vendas implodirem frente ao lançamento
dividir um mesmo mercado, o que resultará das impressoras multifuncionais. Do mes-
na redução da participação dos empreendi- mo modo, os perfumes que eram campeões
mentos menos preparados ou com menos de vendas na temporada de festas de final
diferenciais competitivos. de ano perderam esse posto para os apare-
lhos de celular e tablets, ou seja, produtos
4.5 Ameaça de Produtos Substi- de diferentes segmentos impactaram con-
tutos sideravelmente as vendas a ponto de cau-
sarem estragos irreversíveis em organiza-
Finalmente, a última força a ser analisada é ções consideradas sólidas até então.
a ameaça de produtos substitutos, que con-
siste naquele produto, diferente do seu, que
155/270 Unidade 5 • Iniciando um Novo Negócio: Estudando o Mercado
5. Ferramenta 5W2H Figura 11 | Ilustração da ferramenta 5W2H
ENDEAVOR BRASIL. 5W2H: é hora de tirar as dúvidas e colocar a produtividade no seu dia a dia. 2017.
6. Matriz de Ansoff
A matriz de Ansoff é uma ferramenta de planejamento de marketing que permite elaborar es-
tratégias de produto e de crescimento de mercado, auxiliando sobremaneira a identificação das
oportunidades de crescimento de um empreendimento. Esta ferramenta recebe o nome de seu
criador, o russo Igor Ansoff, também conhecido como o pai da “Administração Estratégica de
Empresas”.
A ferramenta criada por Ansoff leva em consideração o cruzamento de duas dimensões, a sa-
ber: produtos (novos e existentes) e mercados (novos e existentes), gerando assim uma matriz
composta por quatro quadrantes, conforme ilustra a Figura 12.
Quando já existe um produto e um mercado é uma situação típica para que a empresa adote
uma estratégia de penetração de mercado. Esta estratégia deve ter como objetivo aumentar a
sua participação neste mercado de duas maneiras, pela sua expansão direta ou pela aquisição de
uma empresa concorrente.
Já quando a empresa se vê diante de um produto existente em um mercado potencial (novo),
a estratégia recomendada é o desenvolvimento deste mercado, promovendo os seus produtos
existentes nestes novos mercados, considerando, inclusive, a possibilidade de uma expansão ge-
ográfica local ou global.
159/270 Unidade 5 • Iniciando um Novo Negócio: Estudando o Mercado
No momento em que um empreendedor se
deparar com uma situação de mercado já
existente e um produto novo, a estratégia
é a de desenvolvimento de produtos, assim
é possível criar uma extensão dos produtos
existentes, realizando alterações em seus
atributos ou criando produtos personaliza-
dos para suprir a demanda de um mercado
já existente.
Finalmente, se o empreendedor se deparar
com um produto novo e um mercado novo,
ele deverá adotar a estratégia da diversifi-
cação, que consiste na introdução de novos
produtos em mercados potenciais.
Você chegou ao final deste tema 5 e ago-
ra deverá realizar as atividades propostas
e conferir como foi o seu aprendizado res-
pondendo à verificação de leitura.
160/270 Unidade 5 • Iniciando um Novo Negócio: Estudando o Mercado
Glossário
Checklist: é um termo oriundo da língua Inglesa que traduzido significa “lista de verificações”. O
termo “checklist” é a denominação de um instrumento de controle que serve para garantir que
certas atividades deverão ser realizadas.
Análise da concorrência: é uma atividade de levantamento de informações sobre as ações de
empresas concorrentes que possuem características idênticas ou semelhantes de atuação de
mercado.
Pesquisa de marketing: é um estudo formal sobre uma situação específica cuja dinâmica con-
siste na elaboração de um método de coleta e análise de dados com a finalidade de conhecer as
variáveis que estão atuando nessa situação específica.
162/270
Considerações Finais
BASTOS, Marcelo. Análise de SWOT (matriz) conceito e aplicação. 2014. Disponível em: <http://
www.portal-administracao.com/2014/01/analise-swot-conceito-e-aplicacao.html>. Acesso em:
28 set. 2017.
CERTO, Samuel. Administração Moderna. 9. ed. São Paulo: Pearson, 2003.
COSTA, Eliezer Arantes. Gestão estratégica fácil. São Paulo: Saraiva, 2012.
ENDEAVOR BRASIL. 5W2H: é hora de tirar as dúvidas e colocar a produtividade no seu dia a dia.
2017. Disponível em: <https://endeavor.org.br/5w2h>. Acesso em: 28 set. 2017.
KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de Marketing. São Paulo: Pearson, 2015.
MALHOTRA, Naresh___. Pesquisa de Marketing: Foco na decisão. São Paulo: Pearson, 2011.
MATTAR, Fauze N. Pesquisa de Marketing. São Paulo: Elsevier, 2012.
ROJO, Cláudio Antonio; COUTO, Eder Reli do. Diagnóstico estratégico com utilização integrada
das 5 forças de Porter, análises SWOT e BSC em um Atelier de alta costura. Revista TECAP, Curi-
tiba, v. 2, n. 2, p. 72-81, 2008. Disponível em: <http://revistas.utfpr.edu.br/pb/index.php/CAP/ar-
ticle/view/910/554>. Acesso em: 28 set. 2017.
164/270 Unidade 5 • Iniciando um Novo Negócio: Estudando o Mercado
Referências
SAMARA, Beatriz S.; BARROS, José C. de; Pesquisa de Marketing: Conceitos e metodologia. São
Paulo: Prentice Hall, 2015.
SEBRAE: Pesquisa de mercado: o que é e para que serve. 2017. Disponível em: <https://www.
sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/pesquisa-de-mercado-o-que-e-e-para-que-serve,-
97589f857d545410VgnVCM1000003b74010aRCRD>. Acesso em: 28 set. 2017.
SME TOOLKIT. Uma análise eficaz da concorrência. 2017. Disponível em: <http://brasil.smeto-
olkit.org/brasil/pt_br/content/pt_br/531/Uma-an%C3%A1lise-eficaz-da-concorr%C3%AAncia#-
top>. Acesso em: 28 set. 2017.
TOGNINI, Maurício Pedra. Análise do segmento de fast food em Campo Grande, MS: estrutura
competitiva e evolução. 2000. 89 f. Dissertação (Mestrado em Administração), Escola de Admi-
nistração, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2000. Disponível em: <http://www.lume.
ufrgs.br/bitstream/handle/10183/3093/000331900.pdf?sequence=1>. Acesso em: 28 set. 2017.
167/234
Questão 2
2. ________________________ é bastante empregada no planejamento
estratégico das organizações assim como para o projeto de novos negó-
cios, principalmente pelo fato de ela ter um caráter de diagnóstico com-
pleto sobre os aspectos internos do negócio, assim como os aspectos do
ambiente externo no qual ele está ou estará inserido.
a) A análise dos competidores.
b) A pesquisa de mercado.
c) A análise de SWOT.
d) A 5 forças de Porter.
e) A matriz de Ansoff.
168/234
Questão 3
3. No que consiste a análise da concorrência?
169/234
Questão 4
4. Qual das alternativas abaixo contém apenas elementos das cinco forças
de Porter?
170/234
Questão 5
5. “Pesquisa de mercado”, “mercadológica” ou “de marketing” são deno-
minações para um processo formal e sistemático que consiste na elabo-
ração e execução de um plano de pesquisa que visa levantar dados que
auxiliarão a resolver um problema para atingir os objetivos relacionados à
implantação de um novo negócio ou do desenvolvimento ou da manuten-
ção de uma empresa já existente. As etapas de uma pesquisa de mercado
são:
I. Coleta dos dados.
Escolha a alternativa que contenha a respectiva ordem na qual cada uma dessas etapas
deve ocorrer.
171/234
Questão 5
a) III.; I.; II.; IV.; V.
b) IV.; III.; I.; V.; II.
c) IV.; III.; II.; V.; I.
d) III.; IV.; I.; V.; II.
e) III.; IV.; II.; I.; V.
172/234
Gabarito
1. Resposta: D. 3. Resposta: E.
173/234
Gabarito
5. Resposta: D.
174/234
Unidade 6
Pensando o Negócio: Canvas
Objetivos
175/270
Introdução
Supondo que você tenha resolvido montar um negócio para atender ao mercado de animais do-
mésticos (pets), as ideias que estão na sua cabeça precisam ser registradas em papel ou formato
eletrônico, e dessas ideias surgirão várias dúvidas que precisarão de respostas para confirmar a
viabilidade do negócio. Você terá que escolher um ponto de venda (loja, carrinho, truck store),
terá que apurar os custos envolvidos para fazer o negócio funcionar, estimar a quantia que pre-
cisará ser investida nos equipamentos, estimar a necessidade de receita e o volume de vendas,
definindo também qual será o diferencial do seu negócio, entre tantas outras informações que
179/270 Unidade 6 • Pensando o Negócio: Canvas
precisarão ser levantadas para serem ana- ponder às quatro perguntas básicas sobre
lisadas e fornecerem ou não validade para um empreendimento: o que?, como? quan-
a sua ideia (DORNELAS et al., 2015; OSTE- to? e para quem? (DORNELAS et al., 2015;
RWALDER; PIGNEUR, 2011). OSTERWALDER; PIGNEUR, 2011; SEBRAE,
2013).
2. O Modelo Canvas Para você aprender direitinho, dê uma olha-
da na Figura 15, que ilustra os nove blocos
Você já ouvir falar em “modelagem de ne-
que compõem o modelo de negócios Can-
gócios Canvas”? Parece um termo assusta-
vas.
dor? Mas não é, basta familiarizar-se com a
sua metodologia para perceber que ele não
é um bicho de sete cabeças.
A modelagem de negócios baseada no mo-
delo Canvas consiste em uma metodologia
que usa um quadro formado por nove blo-
cos, que exigirão informações preciosas,
relevantes e necessárias para a captação,
entrega e criação de valor, procurando res-
180/270 Unidade 6 • Pensando o Negócio: Canvas
Figura 15 | Blocos da metodologia Canvas
Agora que você conhece o modelo Canvas, que tal aprender o conceito desta metodologia de
modelagem de negócios? Inicialmente, é bom ressaltar e deixar bem claro que um modelo de
181/270 Unidade 6 • Pensando o Negócio: Canvas
negócios consiste na descrição lógica do processo de criação, entrega e captura de valor de um
novo empreendimento.
No caso da metodologia Canvas, trata-se de uma modelagem que permite visualizar a descrição
preliminar do empreendimento e das partes que o compõem de modo que a ideia sobre o negó-
cio seja compreendida por quem o examina da mesma maneira como o proponente do modelo a
concebeu.
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Considerações Finais
194/270
Referências
DORNELAS, José; BIM, Adriana; FREITAS, Gustavo; USHIKUBO, Rafaela. Plano de negócio com o
modelo Canvas: Guia prático de avaliação de ideias de negócio a partir de exemplos. Rio de Ja-
neiro: LTC, 2015.
MARIO RUBENS. Segmentação Psicográfica de Consumidores Digitais AgenciaDM9DDB. Dispo-
nível em: <https://www.youtube.com/watch?v=mB_nCt141UY>. Acesso em: 28 set. 2017. (Vídeo
do Youtube)
MULLER, Nicolas. Canvas: Business Model Generation. 2014. Disponível em: <https://www.ofici-
nadanet.com.br/post/13308-Canvas-business-model-generation>. Acesso em: 28 set. 2017.
OSTERWALDER, Alexander; PIGNEUR, Yves. Business Model Generation. Rio de Janeiro: Alta
Books, 2011.
SEBRAE. Cartilha O Quadro de Modelo de Negócios: um caminho para criar, recriar e inovar
em modelos de negócio. 2013. Disponível em <http://www.bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/
ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/be606c09f2e9502c51b09634badd2821/$File/4439.pdf >.
Acesso em: 28 set. 2017.
___. Quadro de modelo de negócios: para criar, recriar e inovar. 2015. Disponível em: <http://
www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/Quadro-de-modelo-de-neg%C3%B3cios:-para-
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Questão 1
a) Somente a sentença I está correta.
b) Somente a sentença II está correta.
c) Somente a sentença III está coreta.
d) As sentenças I e III estão corretas.
e) Somente a sentença I está incorreta.
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Questão 2
2. Para que o empreendedor aumente as chances de sucesso na criação
do seu empreendimento, ele deve respeitar e seguir as etapas do processo
empreendedor. Depois de ter a sua ideia validada e se certificar que existe
uma boa oportunidade para ser aproveitada, ele iniciará a modelagem do
negócio, momento em que se recomenda a elaboração de um modelo de
negócios, preferencialmente o modelo Canvas.
a) É uma cartilha fornecida pelo SEBRAE para orientar a abertura de um novo negócio.
b) É um modelo real de empresa que é testado antes da abertura de um novo negócio.
c) É um documento que registra as informações detalhadas para a abertura de um novo negó-
cio.
d) É um documento utilizado pelo empreendedor para tornar a sua ideia tangível e passível de
avaliação.
e) É um modelo que registra as orientações necessárias para a abertura de um novo negócio.
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Questão 3
3. Um modelo de negócios consiste na descrição lógica do processo de
criação, entrega e captura de valor de um novo empreendimento. Espe-
cificamente no caso da metodologia Canvas, trata-se de uma modelagem
que permite visualizar a descrição do empreendimento e das partes que
o compõem de modo que a ideia sobre o negócio seja compreendida por
quem o examina da mesma maneira como o proponente do modelo a
concebeu.
Marque a alternativa que contenha a pergunta correta relacionada aos seguintes três blo-
cos do quadro do modelo Canvas: principais parceiros, atividades principais e recursos
principais.
a) Para quem?
b) Quanto?
c) Como?
d) O que?
e) Onde?
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Questão 4
4. Um modelo de negócios consiste na descrição lógica do processo de
criação, entrega e captura de valor de um novo empreendimento com
o preenchimento de blocos designados para cada aspecto do negócio. É
nesse modelo de negócios que são descritas as vantagens e os benefícios
exclusivos que o empreendimento oferece para os seus clientes e que es-
tão ausentes nos concorrentes.
5. Resposta: E.
A definição de segmento de mercado indi-
ca a reunião de consumidores que possuem
características ou necessidades em comum
e que terão a sua preferência disputada pe-
los concorrentes que atuam nesse mercado.
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Unidade 7
Pensando a Proposta de Valor
Objetivos
205/270
Introdução
Olá, caro estudante, seja bem-vindo ao proposta de valor que este tema pretende
tema sete da disciplina Empreendedorismo. responder ao longo da sua leitura, procu-
Você já imaginou criar produtos ou serviços rando facilitar a sua compreensão sobre os
exatamente do jeito que os clientes que- desafios que o empreendedor enfrenta, au-
rem? Pois é exatamente esta a proposta da mentando assim o seu aprendizado sobre
metodologia criada por Alex Osterwalder os fundamentos, processos e tendências
chamada de Value Propositon Design. do empreendedorismo. Gostou da proposta
Esta proposta de metodologia parte da mo- de aprendizado deste tema? Mãos à obra e
delagem Canvas de negócio (estudada no bom estudo.
tema seis) para planejar uma empresa, tes-
tar se o planejado está de acordo com a rea- 1. O Que é Criar Valor?
lidade dos consumidores e então desenvol-
Antes de tratar do método de desenho de
ver e fortalecer a empresa em si.
proposta de valor, é importante que você seja
Contudo, o que seria criar valor para um pro- capaz de responder a uma questão: do que
duto ou um serviço? Como é possível criar trata a criação de valor? Objetos, artefatos,
valor a partir de um modelo de negócio? Para sistemas, serviços e tantos outros itens co-
quem se deve criar valor? São estas e outras mercializáveis podem ser valorizados sobre
questões relacionadas ao desenho de uma
206/270 Unidade 7 • Pensando a Proposta de Valor
quatro aspectos distintos, a saber: o valor duto ou serviço por dinheiro, talvez o me-
de uso, o valor econômico, o valor cultural lhor e mais completo livro de gramática seja
e o valor de percepção (FERNANDES, 2016). tão caro que, mesmo tendo um alto valor de
O valor de uso está ligado à utilidade, à fun- uso, ele não pode ser comprado por quem o
ção e ao benefício esperado de um produto necessita.
ou serviço, por exemplo, quando você com- O valor cultural tem como característica um
pra um livro de gramática, você o valoriza significado especial e, apesar de ser con-
pela quantidade e pela qualidade do seu siderado intangível por natureza, trata-se
conteúdo, pois serão estes dois atributos do valor agregado a um produto ou servi-
que darão utilidade ao livro para que você ço pela sua raridade, pela sua capacidade
possa consultá-lo e utilizá-lo como referên- de ser colecionável ou ainda por apresentar
cia para o seu trabalho ou para o seu estudo um atributo artístico, como o livro de gra-
e então escrever corretamente de acordo mática que tem uma capa produzida exclu-
com as regras do idioma em questão. sivamente pelo Romero Brito, ou ainda um
Já o valor econômico se relaciona ao preço dos seis volumes publicados da gramática
e ao esforço necessário para trocar o pro- do padre Antônio da Costa Duarte, editada
em 1829, já imaginou o valor que um destes
exemplares poderá alcançar em um leilão?
207/270 Unidade 7 • Pensando a Proposta de Valor
Finalmente, o valor de percepção, igualmente ao cultural, é intangível, consiste no valor senti-
mental individual por um item, como no caso da gramática dada de presente para a sua bisavó
que a repassou para a sua avó, que presenteou a sua mãe, que enfim lhe entregou logo nos pri-
meiros anos da sua trajetória estudantil, lembrando que dificilmente outras pessoas dariam o
mesmo valor para este volume da gramática similarmente ao valor que você daria.
FERNANDES, Manuel Teles. Do valor à inovação tecnológica e cultural: uma visão holística da inovação.
2016.
Imagine que você está desenvolvendo o seu modelo de negócio usando o Canvas Business Mo-
del (CBM) e agora você está na fase crucial de criar uma proposta de valor para o seu negócio e
ainda identificar o seu segmento de clientes. O Value Propositon Design (VPD) é uma ferramenta
integrada e derivada da metodologia Canvas de modelagem de negócios, que auxilia sobrema-
neira a dar visibilidade e tangibilidade a uma proposta de valor com o claro objetivo de apoiar e
dar suporte à criação de valor para o cliente. O VPD tem como alvo dois blocos do mapa Canvas,
a proposta de valor que procura responder o que será oferecido ao cliente e o bloco do segmento
de clientes que tem a função de descrever o perfil do cliente, definindo para quem será feita esta
oferta. A Figura 17 destaca em tom de cinza escuro estes dois blocos dos demais blocos do mapa
Canvas.
A ferramenta Canvas de Proposta de Valor consiste em um mapa que auxilia a materializar a pro-
posta de valor e é composta graficamente por duas formas distintas: a do perfil do consumidor e
a do mapa de valor. A Figura 18 ilustra o Canvas de Proposta de Valor.
Figura 18 | Mapa Canvas de Proposta de Valor
Link
Você já deve ter percebido que na fase de delinear o negócio (prototipagem) é de vital importância man-
ter o foco e resistir à dissipação natural das ideias. Para saber mais sobre este assunto, leia o artigo a
seguir.
ENDEAVOR BRASIL. Roadmap: a bússola para desenvolver seu produto ou projeto. 2015.
Agora que você já conhece como registrar e organizar os resultados dos seus testes, que tal co-
nhecer algumas possibilidades de experimentação de propostas de valor? O avanço tecnológico
elevou consideravelmente estas possibilidades, e hoje é possível até criar um anúncio na inter-
net, divulgá-lo, monitorar e contabilizar os acessos ao anúncio e ainda abrir um canal para ti-
rar dúvidas dos potenciais clientes, mesmo que o negócio ainda não tenha saído do papel, em
222/270 Unidade 7 • Pensando a Proposta de Valor
outras palavras, mesmo que o negócio não esteja em operação ou exista formalmente. Outras
formas de experimentação são os famosos painéis de discussões em que clientes discutem sobre
os aspectos de uma proposta de valor, a simulação de uso de um produto ou serviço, entrevistas
individuais e coletivas, teste de prateleira no qual uma quantidade limitada do produto fica em
exposição por um tempo e muitos outros que dependerão do contexto da proposta de valor para
serem adotados e empregados pelos empreendedores.
Link
Que tal aprofundar o seu conhecimento sobre testes de negócios e validação de ideias? Então, para saber
mais, acesse à matéria a seguir.
Depois que o negócio foi exaustivamente testado e a proposta de valor foi definida, validada e já
está em operação, o empreendedor poderá usar a ferramenta Canvas de Proposta de Valor como
• Objetos, artefatos, sistemas, serviços e tantos outros itens comercializáveis podem ser va-
lorizados sobre quatro aspectos distintos, a saber: o valor de uso, o valor econômico, o valor
cultural e o valor de percepção.
• O Value Propositon Design é uma ferramenta integrada e derivada da metodologia Canvas de
modelagem de negócios, que auxilia sobremaneira a dar visibilidade e tangibilidade em uma
proposta de valor com o claro objetivo de apoiar e dar suporte à criação de valor para o cliente.
• O principal objetivo do VPD é auxiliar o empreendedor a encontrar uma proposta de valor real
e válida para o seu negócio.
• Descrever as tarefas dos clientes é uma atividade que deve ser desenvolvida meticulosamente
e precisa ser realizada sob a perspectiva do cliente e não pela ótica do empreendedor, por isso,
a orientação é investigar diretamente junto ao cliente quais são as suas necessidades, expec-
tativas e desejos.
227/270
Referências
ENDEAVOR BRASIL. Roadmap: a bússola para desenvolver seu produto ou projeto. 2015. Dispo-
nível em: <https://endeavor.org.br/roadmap/>. Acesso em: 28 set. 2017.
___. Validação de ideias? Sim! Teste antes de investir. 2015. Disponível em: <https://endeavor.
org.br/validacao/>. Acesso em: 28 set. 2017.
FERNANDES, Manuel Teles. Do valor à inovação tecnológica e cultural: uma visão holística
da inovação. 2016. Disponível em: <http://www.telesfernandes.net/uploads/1/0/9/6/10963838/
do_valor_%C3%A0_inova%C3%A7%C3%A3o_tecnol%C3%B3gica_e_cultural_2.pdf>. Acesso em:
28 set. 2017.
MARCONI, Marina de A.; LAKATOS, Eva M. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo:
Atlas, 2006
MICHAELIS. Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. São Paulo: Melhoramentos, 2004.
OSTERWALDER, Alex; PIGNEUR, Yves; BERNARDA, Greg; SMITH, Alan. Value Proposition Design:
como construir propostas de valor inovadoras. Barueri: HSM, 2014.
PROF. MARCELO NAKAGAWA. Canvas da Proposta de Valor - Exemplo. Disponível em: <https://
www.youtube.com/watch?v=bYaC1ZvyFV8>. Acesso em: 28 set. 2017. (Vídeo do Youtube)
Escolha a alternativa que contenha o termo correto para preencher a lacuna da sentença
anterior.
a) Monetário.
b) Econômico.
c) De uso.
d) Utilitário
e) De percepção.
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Questão 2
2. O Value Propositon Design (VPD) é uma ferramenta integrada e derivada
da metodologia Canvas Business Model (CBM), que auxilia sobremaneira a
dar visibilidade e tangibilidade a uma proposta de valor com o claro obje-
tivo de apoiar e dar suporte à criação de valor para o cliente.
Quais são os dois blocos do CBM que são explorados pelo VPD?
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Questão 3
3. O principal objetivo do Value Propositon Design é auxiliar o empreen-
dedor a encontrar uma proposta de valor real e válida para o seu negócio.
Por conta disso, é possível afirmar que:
I. Criar um produto ou serviço que o cliente realmente queira e que satisfaça as suas ne-
cessidades, expectativas e desejos depende exclusivamente de um bom plano de negó-
cios, elaborado por empreendedores natos ou com formação específica em empreende-
dorismo.
II. Mesmo após a validação de uma proposta de valor, é preciso manter o seu desenvolvi-
mento contínuo de uma maneira metodológica, controlada e sistemática, adotando uma
ferramenta leve que ajudará o empreendedor a identificar e compreender claramente as
necessidades de seus clientes.
III. Para se chegar no grau de refinamento e certeza de uma proposta de valor, a metodo-
logia orienta que os empreendedores devem testar as propostas encontradas junto aos
clientes antes de continuar o processo de abertura e operacionalização do negócio em si.
232/234
Questão 3
233/234
Questão 4
4. A ferramenta Canvas de Proposta de Valor consiste em um mapa que au-
xilia a materializar a proposta de valor e é composta graficamente por duas
formas distintas,
i. Criadores de ganhos.
ii. Dores.
iii. Analgésicos.
iv. Tarefas.
v. Ganhos.
Qual alternativa contém a correta associação entre os elementos e as suas respectivas for-
mas?
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Questão 4
a) I.= i, ii e iii – II.= iv, v e vi.
b) I.= i, iii e vi – II.= ii, iv e v.
c) I.= i, iii e v – II.= ii, iv e vi.
d) I.= ii, iv e vi – II.= i, iii e v.
e) I.= i, ii e iv – II.= iii, v e vi.
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Questão 5
5. Após o empreendedor estar de posse do mapa de valor devidamente
preenchido, chegou o momento de elaborar um esboço do negócio que
possa ser testado e avaliado pelos potenciais clientes.
236/234
Gabarito
1. Resposta: C. os.
Objetivos
238/270
Introdução
Olá, estudante, você chegou ao final desta estimar a quantidade de dinheiro necessá-
unidade curricular e ainda precisa aprender ria para fazer o negócio funcionar. A dificul-
mais um pouco para enriquecer o seu co- dade ainda persiste para identificar fontes
nhecimento sobre os fundamentos, proces- de obtenção de recursos para investir na
sos e tendências do empreendedorismo. infraestrutura e para manter a operação do
Você sabia que muitas pessoas já tiveram empreendimento.
boas ideias, transformaram essas ideias em Por conta dessas dificuldades, a proposta
oportunidades de negócios, modelaram o deste tema é apresentar o capítulo do plano
negócio e pararam por aí? Você consegue de negócios destinado ao planejamento fi-
imaginar qual fator afetaria a continuidade nanceiro e ainda apresentar as possibilida-
do desenvolvimento de um empreendimen- des de levantamento de capital para inves-
to, impedindo que ele se materializasse? tir na abertura de um negócio.
Ao tomar ciência do montante financeiro Você vai entender como se identifica a via-
necessário para concretizar e operacionali- bilidade financeira de um novo empreendi-
zar um negócio, algumas pessoas desistem mento, conhecendo os conceitos de capital
de empreender, pois não conseguem des- de giro, fluxo de caixa, valor Presente Líqui-
cobrir se o investimento no negócio trará do, Taxa Interna de Retorno e Retorno sobre
resultados ou se é rentável, muito menos o Investimento.
239/270 Unidade 8 • Plano de Negócio: Viabilidade Financeira
Ficou animando? Aproveite para aprender conter informações detalhadas e realísticas
mais sobre este conteúdo sobre empreen- sobre o negócio e o mercado no qual ele es-
dedorismo. tará inserido, identificando os participantes
ou players deste mercado.
1. Plano de Negócio Você já sabe o que é um plano de negócios,
mas você sabe me dizer por que ele é tão
Conceitualmente, um plano de negócios é
importante na vida de um empreendedor?
definido como o documento no qual o em-
preendedor registra, de forma sistemática Porque o plano de negócios, bem elabora-
e estruturada, as informações detalhadas do, eleva de forma significativa a chance
sobre o empreendimento que ele pretende de sucesso do novo empreendimento. Você
edificar. O conceito é simples. Afinal, trata- deve estar se perguntando: por que ele au-
-se de um documento contendo informa- menta a chance de sucesso? Esta é uma
ções sobre um negócio. Mas garanto a você pergunta inteligente. Se o plano de negó-
que não é tão simples elaborar um bom pla- cios é um registro detalhado dos aspectos
no de negócios, pois um bom plano de ne- que permeiam um novo empreendimento,
gócios deve respeitar a estrutura recomen- ele guiará o empreendedor na execução
dada pelos estudiosos deste tema e ainda deste plano de modo consciente, realístico
e sistemático, mapeando e evitando os ris-
240/270 Unidade 8 • Plano de Negócio: Viabilidade Financeira
cos potenciais que podem estar envolvidos • O plano de negócios registra a previ-
neste processo empreendedor (DORNELAS, são do lucro e do crescimento de um
2014; DOLABELA, 2006; MENDES, 2017). empreendimento, assim como as ne-
Apesar de não ser rígida, um plano de ne- cessidades estratégicas, financeiras e
gócio apresenta uma estrutura básica que operacionais.
o divide em sub planos como o operacional, • O plano de negócios analisa os im-
o de marketing, o de recursos humanos e o pactos de diferentes abordagens ad-
financeiro. ministrativas relacionadas às estraté-
Para reforçar o seu aprendizado, seguem
mais alguns argumentos sobre a importân-
cia de se elaborar um bom plano de negó-
cios antes de abrir uma empresa.
• O plano de negócios é o desenho de-
talhado da nova empresa e fornece
uma visão holística dela, projetando
as necessidades e o funcionamento
de cada departamento.
Link
Que tal conhecer detalhadamente um plano de negócio e obter preciosas dicas para preenchê-lo?
Muito cuidado ao elaborar o seu planejamento financeiro, além de ser imprescindível para o su-
cesso do empreendimento, deve-se evitar os erros mais comuns na sua elaboração e considerar
alguns fatores críticos que são esquecidos por alguns empreendedores. O primeiro destes fato-
res considera que o empreendedor não pode confundir as finanças da empresa com as suas pró-
prias finanças. Outro fator essencial é que o empreendedor projete o seu fluxo de caixa, e a partir
ENDEAVOR BRASIL. Onde buscar recursos financeiros para alavancar o seu negócio. 2014.
Ainda existe possibilidade de se levantar recursos por meio de investidores de risco. O “Capital
de Risco” ou “Venture Capital” é o termo utilizado para descrever todas as classes de fundos de
investimentos que se prontificam a correr risco para financiar um empreendimento, investindo o
seu dinheiro para obter vantagem financeira no retorno deste investimento. De acordo com Dor-
nelas (2014) e Mendes (2017), esta é uma modalidade de captação de recursos muito utilizada
para apoiar empreendimentos por meio da venda de cotas ou ações que oferecem uma partici-
pação, usualmente minoritária para o investidor. Neste caso, este tipo de investidor usualmente
253/270 Unidade 8 • Plano de Negócio: Viabilidade Financeira
disponibiliza seus recursos para negócios
que já estão no mercado e que já apresen- Para saber mais
tam receitas expressivas, necessitando de Para saber mais sobre as diferenças entre um in-
uma alavancagem para expandir suas ope- vestidor de risco e um sócio capitalista, consulte
rações e então crescerem, aproveitando ao o link a seguir.
máximo o seu potencial de mercado. A ope-
ração para fornecimento de capital de risco GITAHY, Yuri. Qual a diferença entre investidor de
é realizada por um fundo de investimento, risco e sócio-capitalista?. 2017.
que disponibiliza apoio às tomadas de de-
cisões por meio de experientes gestores. O 3.2. Investidor-anjo
investidor de risco faz o seu investimento
pensando em deixar a sua participação no Além do capital de risco, que como você
negócio assim que as suas cotas ou ações deve ter percebido é mais voltado para em-
se valorizem e ofereçam um bom ganho fi- preendimentos já estabelecidos e necessi-
nanceiro, diferentemente de um sócio capi- tando de alavancagem financeira, também
talista que tem interesses de longo prazo no existem investidores que procuram empre-
negócio.
3.3. Crowdfunding
259/270
Considerações Finais
• O documento no qual o empreendedor registra, de forma sistemática e estruturada, as in-
formações detalhadas sobre o empreendimento que ele pretende edificar é denominado de
“plano de negócios”.
• O plano financeiro é o documento que registra o planejamento financeiro da empresa, consi-
derando os valores necessários para investimentos e para a sua operacionalização.
• Ao se elaborar um planejamento financeiro, é preciso evitar os erros mais comuns e considerar
alguns fatores críticos que são esquecidos por alguns empreendedores.
• O “capital de risco” (ou venture capital) é o termo utilizado para descrever todas as classes de
investidores que se prontificam a correr risco para financiar um empreendimento, investindo
o seu dinheiro para obter vantagem financeira no retorno.
260/270
Referências
GITAHY, Yuri. Qual a diferença entre investidor de risco e sócio-capitalista?. 2017. Disponível
em: <http://aceleradora.net/2013/03/11/qual-a-diferenca-entre-investidor-de-risco-e-socio-
-capitalista/>. Acesso em: 28 set. 2017.
MENDES, Jerônimo. Empreendedorismo 360º: a prática na prática. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
SANTOS, Edno O. dos. Administração financeira da pequena e média empresa. São Paulo: Atlas,
2001.
SEBRAE. Como elaborar um plano de negócios. 2013. Disponível em: <http://www.bibliotecas.
sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/5f6dba19baaf17a98b4763d4327bfb-
6c/$File/2021.pdf>. Acesso em: 28 set. 2017.
a) Trata-se dos consumidores que procuram, de forma acirrada, por melhores condições de
compra.
b) Trata-se dos concorrentes que disputam, de forma acirrada, pela preferência dos consumi-
dores.
c) Trata-se dos fornecedores que pretendem, de forma acirrada, vender seus insumos para as
empresas.
d) Trata-se dos funcionários da empresa que buscam, de forma acirrada, por melhores salários.
e) Trata-se do empreendedor que age, de forma acirrada, para conquistar uma boa fatia de
mercado.
264/234
Questão 2
2. Conceitualmente, um _________________ é definido como o documen-
to onde o empreendedor registra, de forma sistemática e estruturada, as in-
formações detalhadas sobre o empreendimento que ele pretende edificar.
Aponte a alternativa que contenha o termo que preencha corretamente a lacuna da senten-
ça anterior.
a) Plano financeiro.
b) Contrato social.
c) Plano de negócios.
d) Modelo de negócios.
e) Registro empresarial.
265/234
Questão 3
3.Qual alternativa contém a descrição correta para o termo “capital de
giro”?
a) É a quantidade de dinheiro necessária para que um empreendimento funcione, consideran-
do inclusive o dinheiro usado para os investimentos realizados em infraestrutura, tecnologia
e equipamentos.
b) É a quantidade de dinheiro necessária para compor o capital de terceiros sem considerar a
possibilidade de integralizar capital próprio ao novo empreendimento ou mesmo em uma
empresa já em operação.
c) É o registro das entradas e saídas de dinheiro de um empreendimento ao longo do tempo,
sendo “previsão” para novos empreendimentos e “real” para as empresas já existentes.
d) É a quantidade de dinheiro necessária para girar a empresa durante a sua fase de implanta-
ção inicial, sendo indicado como ferramenta de controle diária após a consolidação das suas
operações.
e) É a quantidade de dinheiro necessária para que um empreendimento funcione, sem con-
siderar o dinheiro usado para os investimentos realizados em infraestrutura, tecnologia e
equipamentos.
266/234
Questão 4
4. Qual é o nome da ferramenta de gestão financeira que projeta para pe-
ríodos futuros todas as entradas e as saídas de recursos financeiros do
empreendimento, mostrando como será o saldo financeiro para esse pe-
ríodo projetado?
a) Fluxo de caixa.
b) Capital de giro.
c) Plano financeiro.
d) Capital de risco.
e) Alavancagem financeira.
267/234
Questão 5
5. Existe uma possibilidade para que o empreendedor possa levantar recur-
sos por meio de uma alternativa chamada de venture capital. No que con-
siste esta alternativa de levantamento de capital disponível ao empreende-
dor?
a) O capital de risco ou venture capital ou ainda capital de aventura é aquela alternativa na
qual investidores aventureiros procuram ganhar dinheiro financiando um empreendimento
de terceiros.
b) O capital de risco ou venture capital é aquela alternativa na qual investidores de risco procu-
ram ganhar dinheiro financiando e se tornando sócios de um empreendimento de terceiros.
c) O capital de risco ou venture capital consiste na alternativa de financiamento do capital de
giro por meio da intervenção de um venture angel, que não tem o menor interesse em se
tornar sócio da empresa.
d) O “capital de risco” ou “venture capital” é o termo utilizado para descrever todas as classes
de investidores que se prontificam a correr risco para financiar um empreendimento, inves-
tindo o seu dinheiro para obter retorno financeiro.
e) O capital de risco ou venture capital é o capital de terceiros obtido pelo empreendedor em
troca de cotas da empresa, tornando o angel venture (financiador) em sócio da empresa.
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Gabarito
1. Resposta: B. trutura, tecnologia e equipamentos.