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Sumário
1. O antígeno RhD
2. Fenótipo D negativo
1. O antígeno RhD
Foi o primeiro grupo sanguíneo clinicamente importante a ser descoberto após a identificação
do grupo ABO.
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anemias, leucemias, uroanálise, parasitologia e líquor.
A frequência do fenótipo D+ (positivo) é cerca de 85% em caucasianos, 95% na África
Subsaariana e maior que 99,5% no leste asiático.
Apesar de a maioria das pessoas serem D+ ou D- (negativo), existe uma área cinzenta em que se
encontram variações do antígeno D, conhecidos como fenótipos D fraco, D parcial e DEL.
2. O fenótipo D negativo
Pelo menos 147 tipos de D fraco são conhecidos até o momento. Dependendo do tipo de
antígeno presente, o paciente será classificado como D+ ou D-.
Para os tipos 1, 2 e 3 recomenda-se que sejam considerados como RhD positivos. Para os outros
tipos a recomendação é que sejam classificados como RhD negativos.
O termo DU foi inicialmente usado para denominar antígenos D de hemácias que não
aglutinavam com anti-D IgM, mas reagiam com anti-D IgG no teste de antiglobulina.
Com os modernos soros anti-D monoclonais, que possuem ambos anti-D IgG e IgM, a maioria
das hemácias que seriam anteriormente classificadas como DU agora são consideradas como
fenótipo D+ nos testes de rotina.
D parcial
O fenótipo D parcial ocorre quando há substituição de um aminoácido em pelo menos uma das
alças da região extracelular da proteína na membrana eritrocitária.
A maioria dos pacientes com fenótipo D parcial são considerado D+ pelos métodos sorológicos
de rotina.
Os antígenos D parciais foram classificados em categorias (numerais romanos), que vão de DII
a DVII. Posteriormente, após análises moleculares eles também são designados por nomes
como DBT, DFR e DHAR.
Até o momento, 105 tipos de D parciais foram descritos. Desses, o mais comum é o DVI, sendo
o mais provável de estar associado a formação de anti-D na população caucasiana.
O grande problema é que o DVI difere bastante do antígeno D normal. Se um paciente com DVI
for classificado como D+, caso seja transfundido com hemácias D+, o organismo reconhecerá
essas hemácias como estranhas e começará a produzir anti-D.
Então, muitos testes hoje em dia já são programados para não detectar o DVI e o paciente ser
classificado como RhD-. Assim, o risco de uma aloimunização diminui.
4. Qual soro anti-D escolher?
É importante estar atento que nenhum reagente será capaz de detectar todos os antígenos
variantes. Sendo assim, o recomendado é a utilização de uma combinação de soros anti-D
diferentes.
1. Um reagente que possui uma mistura de anticorpos monoclonais que detectem a maioria dos D
fracos e D parciais;
2. Um reagente monoclonal que não detecte a variante mais comum, ou seja, o DVI.
Atualmente, você pode encontrar cartões para tipagem em gel que incluem diversas variações
para a tipagem RhD.
A reação será semelhante a de um coombs indireto, sendo que ao invés de colocar o plasma do
paciente, será colocado o soro anti-D.
No caso de banco de sangue, a investigação deve ser mais detalhada, utilizando vários reagentes
diferentes, para evitar ao máximo uma possível aloimunização.
Técnica em tubo
Prepare uma suspensão salina (2 - 5%) das hemácias a serem testadas (paciente);
Técnica em gel
A maioria dos D fracos sorológicos são detectados quando mulheres grávidas, potenciais
receptores de transfusão ou doadores de sangue possuem uma tipagem para RhD com fraca
aglutinação (≤ 2+), usando reagentes anti-D potentes.
6. Interpretação dos resultados em laboratório clínico
Lembrando que é necessário reportar os resultados dos dois testes que foram realizados, e não
apenas colocar o resultado do teste confirmatório.
Em bancos de sangue a investigação deve ser mais detalhada, e dependerá se a pessoa será a
doadora ou a receptora do concentrado de hemácias.
7. Referências
Daniels, G. (2013), Variants of RhD – current testing and clinical consequences. Br J Haematol,
161: 461-470. doi:10.1111/bjh.12275
Sandler SG, Chen LN, Flegel WA. Serological weak D phenotypes: a review and guidance for
interpreting the RhD blood type using the RHD genotype. Br J Haematol. 2017;179(1):10–19.
doi:10.1111/bjh.14757