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Conteúdo:
1. Introdução
2. O que são Campos eletromagnéticos
3. Que efeitos eles podem ter sobre a saúde
4. Como se prevenir e se proteger
©Casa Saudável 2012 – Pode ser reproduzido sem necessidade de autorização expressa desde que citada a fonte. 1
1. Introdução
Há ainda muita controvérsia na comunidade científica sobre o real efeito destes campos sobre
todos nós. Porém é mais importante prevenir que remediar, certo?
Outros estudos indicam que pessoas que utilizam o celular por períodos prolongados de
tempo (maior que 30 minutos por dia) ou pessoas residentes, ou que trabalham ou estudam,
em um raio de até 800 metros de antenas de celular podem apresentar sintomas diversos
como:
Para que você possa conhecer o assunto, se proteger e se precaver além de fazer escolhas
conscientes em relação a quando, como e onde utilizar tecnologias de base eletromagnética,
como os tablets, aparelhos de celular, roteadores wi-fi, fornos de micro-ondas, moradias
próximas a antenas de celular e outros, a Casa Saudável preparou um dossiê com tudo o que
você precisa saber sobre o tema.
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2. O que são campos eletromagnéticos
Os campos eletromagnéticos interagem com a matéria viva. A esta interação damos o nome de
efeitos biológicos. Alguns campos eletromagnéticos muito fortes, independente se são naturais ou
artificiais, produzem alterações extremamente danosas ao corpo e por isso são chamadas de
radiações ionizantes. Alguns exemplos deste tipo de radiação são os raios UVa e UVb, que podem
provocar câncer de pele e os raios X, que recebidos em altas doses podem também ser
cancerígenos. Outros campos eletromagnéticos mais fracos não provocam danos imediatos e são
chamados de radiações não-ionizantes. Estas ondas interagem com a matéria sem causar dano
imediato, mas podem causar danos no longo prazo dependendo de quais efeitos biológicos elas
geram. Alguns exemplos de campos eletromagnéticos não ionizantes são o calor, a luz visível e as
ondas de rádio.
Hoje a comunidade científica avalia o quanto radiações tidas como não ionizante, como as ondas
dos aparelhos de celular, podem causar efeitos biológicos negativos com o uso prolongado.
O fato é que algumas destas radiações podem penetrar em nosso copo e esquentar órgãos
internos e provocando alterações em seu funcionamento e consequentemente levando a sintomas
ou mesmo doenças a estas alterações.
A figura abaixo mostra oque acontece com a temperatura da cabeça antes e após 15 minutos do
uso do aparelho celular:
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Estas alterações são melhores percebidas no esquema abaixo:
PENETRAÇÃO DE ONDAS:
Muitos destes campos eletromagnéticos podem ser tão fracos que não são suficientes para gerar
aquecimento dos tecidos. Contudo podem simplesmente penetrar dentro dos nossos cérebros e
órgãos internos sendo absorvidos pelo corpo. Muitos órgãos foram feitos para trabalhar no escuro,
e as ondas eletromagnéticas provindas de antenas e aparelhos de celular estão em uma faixa de
frequência muito próximas da luz. Isso faz com que elas possam ser percebidas como feixes de luz
dentro das cavidades dos órgãos e como estes órgãos foram criados para trabalhar no escuro há a
possibilidade de alteração em seu funcionamento devido à presença destes campos artificiais.
Podemos ver isso acontecendo, bem como a diferença na penetração destas ondas na figura
abaixo:
Esta imagem mostra em primeiro lugar a penetração das ondas no cérebro, ultrapassando a caixa
craniana, o que em si pode ser um risco ao funcionamento cerebral na área afeta.
Em segundo lugar a imagem feita pelo trabalho do Dr. Om Gandhi mostra que há alterações de
temperatura, como discutimos antes. As áreas mais amareladas mostram um aumento de
temperatura maior que as áreas azuladas ou brancas.
E por fim o estudo mostra que uma criança de até cinco anos de idade tem mais de 75% de seu
cérebro afetado pela onda do celular, enquanto uma criança de10 anos tem cerca de 50% do
cérebro alterado e um adulto tem 25% de alteração, o que já é bastante.
A conclusão óbvia é de que devemos evitar deixar crianças falarem ao telefone, mas sem
descuidarmos dos adultos, pois 25% equivalem a ¼ do cérebro e necessitamos de todo ele para
vivermos felizes e com saúde.
Interação Biológica:
Algumas das alterações que ocorrem em nosso organismo são resultadas de interações variadas
destas ondas eletromagnéticas com as células e os tecidos do corpo.
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Por exemplo, o estudo abaixo mostra como após 50minutos falando ao celular temos um aumento
significativo do consumo de glicose no cérebro em contraste com um cérebro que não estava
falando ao celular:
Esta alteração em si pode não significar nada isoladamente, mas em conjunto com as demais
evidencias mostra que há uma interação não desprezível com a matéria viva e que o mínimo que
podemos fazer é diminuir a nossa exposição por longos períodos de tempo às radiações artificiais
de celulares e antenas de celular.
Sobre este estudo a Universidade Federal de Minas gerais se pronunciou dizendo: “Portanto, se
você é o tipo de pessoa que usa o celular muito tempo por dia, fique alerta,
apesar dos estudos ainda estarem caminhando na questão dos efeitos
cancerígenos já se sabe que pelo menos o fluxo sanguíneo cerebral pode ser
alterado.”.
Vários estudos mostram que a duplicação celular pode sofrer alterações, como alterações
genéticas, quando o processo de duplicação ocorre sob a influencia de campos eletromagnéticos.
Esta mesma distancia mínima de segurança foi encontrada pela pesquisadora Adilza Dode da
UFMG em seu estudo que relaciona aumento de casos de câncer com a proximidade de antenas de
celular.
SONO:
Outros estudos mostram a mudança na fase REM do sono, responsável pelo sono profundo bem
como a inibição da produção de melatonina, um importante hormônio que ajuda o corpo a reparar
as células durante o estado de descanso.
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CRIANÇAS:
Na Dinamarca um estudo feito com quase 30.000 crianças mostrou que aquelas crianças cujas
mães usavam demasiadamente o celular no período pré e pós-natal possuíam uma quantidade
maior de distúrbios comportamentais como hiperatividade, autismo e dificuldades de
concentração.
FERTILIDADE:
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Em estudos com ratos observou-se uma diminuição progressiva nos nascimentos até que não
houvesse nascimento algum quando expostos a ondas de celular. Os ratos nascidos possuíam
alteração de peso e tamanho em relação a ratos não expostos.
Estes estudos mostram a necessidade das mães de se protegerem durante a gravidez e em
seguida de protegerem os recém-nascidos nos seus primeiros anos de vida da poluição
eletromagnética.
IMUNIDADE:
As ondas dos campos eletromagnéticos podem diminuir a capacidade imunológica do nosso corpo,
deixando-o vulnerável para doenças graves.
Na Suécia se comprovou uma maior vulnerabilidade do cérebro ao se aumentar a permeabilidade
da barreira hemato encefálica, responsável pela filtragem do sangue que entra nos neurônios, com
o excesso de campos eletromagnéticos.
Mostrou que RF-EMF têm efeitos genotóxicos (quebras de fitas de DNA, aberrações
cromossômicas, desregulação da expressão de genes) aumentando com a idade.
Não é a toa que não podemos usar o celular enquanto dirigimos. Alguns pesquisadores provaram
que há uma diminuição na resposta a estímulos, temos menos concentração, nossa atenção fica
deficitária e nossa coordenação motora fica pobre e lenta.
Em estudos com ratos foram verificadas mortes e danos neuronais quando expostos a frequências
parecidas às das antenas dos celulares, com óbvias consequências de degeneração cerebral nestes
animais.
CANCER:
Inúmeros estudos vêm tentando mostrar a relação existente entre câncer e a proximidade de
antenas de celular ou uso prolongado de celular.
Muitos estudos ainda serão necessários para se provar como esta relação ocorre, no entanto não é
uma dúvida mais se esta relação existe ou não. Ou seja, sabemos que há uma relação, só não
sabemos ainda qual o mecanismo desta relação. Razão suficiente para nos prevenirmos ainda
mais.
Estudos de todo mundo já mostram uma distancia segura mínima de antenas de celualr igual a
300 metros de distancia.
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O governo do estado de são Paulo em um dossiê de 2006 e novamente em debate publico do STJ
(superior Tribunal de Justiça) no ano de 2013 mostrou a necessidade de adotarmos formas
precavidas de usar a tecnologia celular.
Um estudo austríaco mostrou a relação de antenas de celular e câncer de mama e câncer cerebral.
RADICAIS LIVRES:
Uma das maiores certezas que se tem sobre os efeitos dos campos eletromagnéticos sobre a
nossa saúde é geração excessiva radicais livres. Os radicais livres estão associados a
envelhecimento precoce e muitas doenças degenerativas assim como distúrbios gerais em nosso
organismo.
DOENÇAS GLANDULARES:
Hipotálamo, hipófise, tireoide, pineal são algumas das glândulas sabidamente pouco resistentes a
campos eletromagnéticos. Estas glândulas são responsáveis por praticamente todas as funções do
nosso organismo. Se eles não estão bem, o restante também não está bem.
Agora que você sabe o quanto os campos eletromagnéticos, apesar de invisíveis e inodoros,
podem interferir a sua saúde e daqueles que você ama, você precisa saber como se prevenir e se
proteger dos excessos de campos eletromagnéticos, também conhecidos como poluição
eletromagnética.
4. Como se proteger
Vamos ver na prática como podemos atuar nestas três áreas distintas:
1. Desligar a fonte:
a. Devemos retirar do nosso quarto quaisquer aparelhos eletrônicos. Principalmente
os aparelhos de celular.
b. Se não é realmente possível retirá-los desligue-os da tomada antes de ir dormir.
c. Roteadores de wi-fi devem ser desligados na hora de dormir, ou sempre que não
estiverem em uso.
d. Impedir a instalação ou solicitar a remoção de antenas de celular próximas à sua
residência.
2. Distanciar da fonte.
a. Devemos deixar os aparelhos de celular e os roteadores de wi-fi fora do nosso
quarto de dormir.
b. Devemos andar com os aparelhos de celular distante do corpo, como em bolsas,
ou assim que estivermos sentados retirá-los do bolso deixando longe do corpo.
c. Devemos sempre que possível falar ao celular no viva voz, pois a proximidade a
menos de 2 cm é extremamente forte.
d. Devemos procurar residir longe de antenas de celular e torres de transmissão
elétricas.
e. Devemos usar laptop, notebook e tablete distantes do corpo, sobre uma mesa e
nunca sobre o corpo.
3. Materiais bloqueadores
a. Muitos materiais podem bloquear as ondas eletromagnéticas, como grandes
massas de concreto, placas sólidas de metal, telas de metal com malha fina.
b. Há no mercado um tecido e uma tinta de alta tecnologia feitos com base em fios
metálicos de prata e cobre que refletem as ondas eletromagnéticas tornando mais
seguro o uso de celulares, tablets ou dormir em proximidade a antenas de celular
e torres de alta tensão.
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c. Em muitos casos barreiras vegetais, como árvores, podem reduzir
significativamente a intensidade dos campos em um dado local. Portanto plantas
árvores entre a casa e a fonte de radiação celular pode ser uma estratégia de
resolução de problemas.
Sempre podemos evocar, de acordo com a Lei, o Princípio da Precaução, que prevê que
sempre que há incerteza sobre uma certa tecnologia temos o direito de nos precavermos em
relação a ela. Nas palavras da Organização Mundial de Saúde: “O princípio da Precaução (PP) é
um critério de abordagem de riscos aplicado em circunstâncias com alto grau de incerteza
científica refletindo a necessidade de tomar atitudes em face de riscos potencialmente sérios,
sem esperar os resultados da pesquisa científica. Não basta obedecer as normas atuais, os
sistemas irradiantes devem usar níveis de radiação eletromagnética tão baixos quanto
possível”.
A pesquisadora PHD Devra Davis, uma das maiores pesquisadoras da ação das ondas de celular
sobre a saúde humana, finaliza seu livro Disconnect com as seguintes palavras, que fazemos
nossas: “Anos à frente nossos netos olharão para trás e perguntarão: Nós fizemos a coisa certa
e agimos para protegê-los, ou nós os ferimos sem necessidade, irresponsável e
permanentemente, cegos pelos deleites viciantes da nossa era tecnológica?”.
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Referencias em ordem de citação:
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