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São usados em aplicações da Engenharia, tais como, pontes pênseis, linhas de transmissão, teleféricos,
cabos tensores para torres elevadas, entre outros.
Podem ser divididos em duas categorias:
CABOS QUE SUPORTAM CARGAS CONCENTRADAS;
CABOS QUE SUPORTAM CARGAS DISTRIBUÍDAS.
Normalmente, para essas categorias de cabos, o peso próprio do cabo é desprezado na consideração
das forças de equilíbrio, a não ser no caso de catenária. A catenária é o caso específico em que o cabo
suporta apenas seu peso próprio e, com isso, tende a apresentar uma deformação característica.
Porém, o equacionamento da catenária é análogo ao de cabos que suportam cargas distribuídas.
Na figura 1 está ilustrado um exemplo de um cabo que suporta cargas concentradas com seus
respectivos diagramas de corpo livre, para determinação das reações de apoio e da tensão no cabo.
Existem também os CABOS PARABÓLICOS que é o caso quando o cabo suporta uma carga
uniformemente distribuída ao longo da horizontal. Um exemplo clássico desse caso são as pontes
pênseis, figura 3.
O cabo AE suporta três cargas verticais nos pontos indicados (B, C e D). Se o ponto C
está 1,5m abaixo do suporte A, determinar:
(a) A altura dos pontos B e D; E
60 kN
30 kN
90 kN
90 kN
90 kN
= 123,9 kN
ATRITO
Duas superfícies em contato podem ser lisas ou ásperas. Quando são lisas, a força exercida de uma
sobre a outra, se for perpendicular uma em relação à outra, podem se mover livremente entre si.
Quando são ásperas, existem forças tangenciais que podem evitar ou restringir o movimento de uma
relação à outra.
Essas forças tangenciais são denominadas FORÇAS DE ATRITO.
Existem dois tipos de atrito:
ATRITO SECO (ou de Coulomb);
ATRITO FLUIDO.
Nessa disciplina só será abordado o ATRITO SECO.
O ATRITO FLUIDO é abordado em disciplinas que tratam de escoamento, dentro da mecânica dos
fluidos.
Fm
Fc
(a)
(b) (c)
Fm = e N
Onde e é uma constante denominada coeficiente de atrito estático. De forma análoga, o módulo Fc
Fc = c N
superfícies em contato. Dependem também das condições exatas das superfícies em contato, por isso,
seus valores raramente são conhecidos com precisão maior que 5%.
Na tabela 1 estão apresentados valores de coeficientes de atrito estático para algumas superfícies. Os
coeficientes de atrito cinético seriam cerca de 25% menores.
METAL SOBRE METAL 0,15 – 0,60
METAL SOBRE MADEIRA 0,20 – 0,60
METAL SOBRE PEDRA 0,30 – 0,70
METAL SOBRE COURO 0,30 – 0,60
MADEIRA SOBRE MADEIRA 0,25 – 0,50
MADEIRA SOBRE COURO 0,25 – 0,50
PEDRA SOBRE PEDRA 0,40- 0,70
TERRA SOBRE TERRA 0,20 – 1,00
BORRACHA SOBRE CONCRETO 0,60 - ,90
TABELA 1 - VALORES APROXIMADOS DE COEFICIENTES DE ATRITO ESTÁTICO
Pela descrição dada quando da atuação de uma força Q, outras situações podem acontecer:
Quando a força Q é vertical, figura 5a (não há atrito);
Quando a força Q é inclinada, mas não atinge o valor de F m, figura 5b (há atrito);
Quando a força Q é inclinada, e atinge o valor de F m, figura 5c (movimento iminente);
Quando a força Q é inclinada, e ultrapassa o valor de F m, figura 5d. Nesse caso as equações da
estática não se aplicam mais.
FIGURA 5 – SITUAÇÕES PARA O ATRITO SECO
Para que cada uma dessas situações descritas acima, possa ser identificada, é necessário que se
conheçam os ângulos de atrito.
Para tanto, torna-se mais conveniente substituir a força normal N e força de atrito F por sua resultante
R. As equações dos ângulos são as seguintes:
Para o atrito estático:
=
Para o atrito cinético:
=
Na figura 6 (a, b, c e d) estão ilustradas as situações já descritas com os ângulos representados.
FIGURA 6 – ÂNGULOS DE ATRITO
Outra variação dessas situações descritas é quando nenhuma força Q age, ou seja, somente o peso P
do bloco, figura 7 (a, b, c e d).