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JORGE MIRANDA DOS SANTOS, nacionalidade, profissão, estado civil, RG, CPF,
domicílio, vem à presença de Vossa Excelência, através do seu advogado,
constituído mediante o instrumento de procuração em anexo, com endereço
profissional situado, para requerer, com fulcro no art. 5º, LXV e LXVI, da
Constituição Federal e arts. 310, I e III, 321, do Código de Processo Penal,
RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE C/C LIBERDADE PROVISÓRIA,
fazendo-o pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos:
O requerente foi preso em flagrante no dia 18 de Agosto de 2018, por volta das
22h00, por policiais militares, eis que foram encontrados na sua posse três cigarros
de maconha.
Na situação dos autos sequer foi dada a oportunidade do requerente prestar a sua
versão, eis que não foi ele interrogado pelo Delegado.
Ainda, também foi violado o disposto no art. 50, parágrafo 1º, da Lei de
Entorpecentes, que reza:
Não é demais lembrar que a Constituição Federal estabelece em seu art. 5º, LXV,
que “a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária”.
Por outro lado, caso não reconhecidas as ilegalidades acima apontadas, impõe-se
a concessão da liberdade provisória.
Todavia, a ação do preso não poderia ter sido enquadrada no tipo penal do art. 33,
caput, da Lei de Drogas. A autoridade policial inobservou a regra prevista no art.
28, parágrafo 2º, do referido diploma normativo, que dispõe:
Isso porque, na forma do art. 48, parágrafo 2º, da Lei específica “§ 2o tratando-se
da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não se imporá prisão em flagrante,
devendo o autor do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou,
na falta deste, assumir o compromisso de a ele comparecer, lavrando-se termo
circunstanciado e providenciando-se as requisições dos exames e perícias
necessários”.
Por fim, ainda que se entenda que a conduta do preso se enquadra no art. 33,
caput, da Lei de Drogas, é de se ver que não estão presentes os pressupostos da
prisão preventiva, elencados no art. 312, do CPP.
Com efeito, o autuado não ostenta antecedentes criminais, nunca foi preso,
processado ou investigado pela prática de qualquer crime.
Desse modo, a prisão preventiva não se justifica para a garantia da ordem pública.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e Data.
ADVOGADO
OAB nº