OBJETIVO
Entender e identificar o que são soluções (sólidas, líquidas e gasosas), compreender soluções saturadas,
insaturadas e supersaturadas e os conceitos de concentração de soluções e seus cálculos.
Entender o conceito de radioatividade e a separação de raios (alfa, beta e gama) e identificar os usos da
radiação na vida do dia a dia.
RECURSOS DIDÁTICOS
CRONOGRAMA DA AULA
TEORIA
Radiações do urânio
Em 1896, o físico francês Antoine-Henri Becquerel percebeu que um sal de urânio, o sulfato duplo de potássio
e uranila, K2(UO2)(SO4)2, era capaz de sensibilizar o negativo de um filme fotográfico, recoberto por papel
preto ou ainda por uma fina lâmina de metal. As radiações emitidas pelo material apresentavam propriedade
semelhante à dos raios X, que foi denominada radioatividade.
Em 1897, Marie Sklodowska Curie (1867-1934) demonstrou que a intensidade da radiação é proporcional à
quantidade de urânio na amostra e concluiu que a radioatividade é um fenômeno atômico.
Nesse mesmo ano, Ernest Rutherford criou uma aparelhagem para estudar a ação de um campo
eletromagnético sobre as radiações.
Rutherford concluiu que os raios alfa (α) e beta (β) tem carga elétrica, uma vez que sofrem desvios no campo
magnético, ao mesmo tempo que o raio gama (γ) não tem carga. Os raios beta são atraídos pela placa positiva,
tendo carga negativa e os raios alfa, atraídos pela placa negativa tem sua carga positiva. Em 1907, Rutherford
foi trabalhar em Manchester, Inglaterra, época em que descobriu que os raios alfa consistiam em um fluxo de
átomos de hélio carregados positivamente, ou seja, sem os elétrons.
Em 1910, Rutherford e seu assistente Geiger colocaram uma folha de ouro bastante fina interceptando um
feixe de partículas alfa com energia suficiente para penetrar através da folha, que era proveniente da
desintegração espontânea de elementos radioativos naturais.
Observou-se que algumas partículas ficavam totalmente bloqueadas, outras não eram afetadas, mas a maioria
ultrapassava a folha sofrendo desvios.
No fim de todo o processo concluiu que a matéria da folha metálica, assim como qualquer matéria, é bastante
rarefeita, ou seja, constituída quase inteiramente de espaços vazios, sendo o diâmetro dez mil vezes menor
que o do átomo inteiro. Tal é o modelo de átomo nucleado, proposto por Rutherford e aceito até hoje
A radioatividade apresenta-se com duas formas diferentes de radiações: partícula — alfa(α) e beta (β); e onda
eletromagnética — raios gama (γ).
• Raios alfa: são partículas positivas constituídas por dois prótons e dois nêutrons e com baixo poder
penetração.
• Raios beta: são partículas negativas que não contêm massa constituídas por um elétron (massa
desprezível), e seu poder de penetração é superior ao dos raios alfa, porém inferior ao dos raios gama.
• Raios gama: são ondas eletromagnéticas de alta energia e, por não serem partículas, também não
possuem massa.
Ainda em 1900, Becquerel observou que, quando se obtinha uma amostra de urânio puro, ela era inicialmente
pouco radioativa e, com o passar do tempo, aumentava intensamente a sua emissão de radiação. Para explicar
esse fenômeno, ele imaginou que o urânio, ao emitir radiação, se transformava em outro elemento químico,
mais radioativo. Essa suposição levou os cientistas a admitirem que o átomo seria constituído de partículas
menores, as quais, por sua vez, sofreriam um rearranjo ao emitir radiação, originando átomos de elementos
químicos diferentes. O próximo passo foi dado pelo químico inglês Frederick Soddy, assistente de Rutherford,
que elaborou a Primeira lei da radioatividade.
Quando há a emissão de uma partícula beta, um nêutron que está presente no núcleo se decompõe, dando
origem a um próton, um elétron e a uma subpartícula atômica denominada antineutrino. O próton permanece
no núcleo e o elétron e o antineutrino são emitidos. Então quando há essa emissão, o número de massa não
se altera, mas o número atômico (Z) aumenta uma unidade pois surge um novo próton em seu núcleo.
6C
14 → -1β0 + 7N14 – Sendo, 14= 0+14 e 6=(-1) + 7
Fenômenos Radioativos
Fissão nuclear
Em 1934, os cientistas italianos Enrico Fermi (1901-1954) e Emilio Segrè (1905-1989) bombardearam átomos
de urânio com nêutrons, encontrando quatro espécies radioativas como produtos, uma delas o neptúnio
(Z=93). Os químicos alemães Otto Hahn (1879-1968) e Fritz Strassman (1902-1980), repetindo esse
experimento, detectaram, entre os produtos, átomos de bário, o qual apresenta número atômico pouco
maior que a metade do número atômico do urânio. Concluíram, então, que o urânio estava sendo fissionado
(dividido), fenômeno que recebeu o nome de fissão nuclear.
Outros experimentos, realizados pela física austríaca Lise Meitner (1878-1968), mostraram que a fissão só
acontece com o isótopo 235 do urânio e com grande liberação de energia. A partir de determinada quantidade
(massa crítica) desse elemento, a reação ocorre em cadeia, liberando energia em um intervalo de tempo
muito pequeno.
A energia liberada em uma reação de fissão nuclear é imensamente maior do que as liberadas em reações
químicas. A fissão do urânio-235 libera 2 . 1010 kJ/mol de energia. Realizando uma comparação, essa energia
é um trilhão de vezes maior que a energia liberada na reação de combustão de etanol, na qual são liberados
98 kJ/mol.
A bomba atômica
Em 1945, durante o Projeto Manhatan os Estados Unidos conseguiram obter as massas críticas de urânio e
de plutônio necessárias para produzir a reação em cadeia. Foi produzida, então, a primeira bomba atômica,
detonada em 16 de julho de 1945 no deserto do Novo México. A ideia de apressar o término da Segunda
Guerra Mundial levou o presidente norte-americano Harry Truman a ordenar o lançamento de bombas
atômicas sobre o Japão. Em 6 de agosto do mesmo ano foi lançada sobre Hiroshima uma bomba atômica de
urânio chamada Little-boy.
A bomba detonada sobre Hiroshima tinha 7 quilogramas de 295U e um poder destrutivo equivalente a 20 mil
toneladas de TNT, ou seja, a uma bomba de 20 quiloton, que provocou a morte imediata de aproximadamente
100 mil pessoas. Três dias depois, foi lançada outra bomba atômica de plutônio sobre a cidade de Nagasaki,
resultando na morte imediata de 20 mil pessoas.
Radioterapia
A radioterapia é um método capaz de destruir células tumorais por meio do emprego de feixe de radiações
ionizantes. Esse tipo de radiação apresenta a capacidade de destruir células, por isso representa hoje uma
importante arma no combate ao câncer. A radioterapia pode ser empregada com o objetivo de eliminar
totalmente o câncer, visando à cura do paciente, ou para diminuir os sintomas da doença, evitando as
possíveis complicações decorrentes da presença e crescimento do tumor.
Para alcançar esses objetivos, a radioterapia pode ser combinada à cirurgia e à quimioterapia, ou mesmo
empregada como recurso isolado. Ela funciona do seguinte modo: uma dose pré-calculada de radiação é
aplicada, por um determinado tempo, a um volume de tecido que engloba o tumor. Essa técnica busca
erradicar todas as células tumorais, com o menor dano possível às células normais circunvizinhas. A morte
celular pode ocorrer, então, por variados mecanismos, desde a inativação de sistemas vitais para a célula até
a sua incapacidade de reprodução.
EXERCÍCIOS
Já as reações químicas estão relacionadas à eletrosfera, onde os átomos são rearranjados por uniões, ruptura
ou formação de ligações químicas, que envolvem os elétrons.
Combustão e decomposição são exemplos de reações químicas, e a energia liberada nessas transformações
é muito inferior a uma reação nuclear.
I. Emissão Alfa
II. Emissão Beta
III. Emissão Gama
a) partículas negativas, emissão em alta velocidade e poder de penetração médio.
b) partículas positivas, radiação lenta e pequeno poder de penetração.
c) ondas eletromagnéticas, não apresenta carga e possui maior poder de penetração.
A emissão Alfa é constituída de partículas positivas, radiação lenta e pequeno poder de penetração.
A emissão Beta é constituída de partículas negativas, emissão em alta velocidade e poder de penetração
médio.
Emissão Gama é constituída de ondas eletromagnéticas, não possui carga e possui maior poder de penetração
que as emissões alfa e beta.
FONTES BIBLIOGRÁFICAS
USBERCO, João. Química : volume único / João Usberco, Edgard Salvador - 9 Edição – São Paulo. Saraiva,
2013. Páginas 504 a 524.
https://brasilescola.uol.com.br/quimica/radioatividade.htm#:~:text=A%20radioatividade%20apresenta%2Ds
e%20com,e%20com%20baixo%20poder%20penetra%C3%A7%C3%A3o. – Acessado em 09/04/2021
https://www.todamateria.com.br/exercicios-radioatividade/ - Acessado em 09/04/2021
https://www.todamateria.com.br/rutherford/ - Acessado em 09/04/2021