Quando se estuda Mineralogia e Petrologia, o primeiro problema que aparece é o de distinguir entre
mineral e rocha. Tanto mineral como rocha são corpos naturais que constituem a litosfera. A questão é a
seguinte: dado um exemplar de uma “pedra”, dizer se é mineral ou rocha. Há, para isso, vários critérios.
a) Formas poliédricas. As espécies minerais podem ocorrer espontaneamente com formas poliédricas, embora
isso não seja obrigatório. Uma rocha, porém, nunca apresenta forma poliédrica natural. Portanto, se o exemplar
exibe forma poliédrica, ainda que imperfeita ou parcial, é um mineral (figurass. 1, 2, 3 e 4). Sem forma
poliédrica, pode ser mineral ou rocha.
Fig. 4
b) Matéria orgânica. Por definição, um mineral é uma substância inorgânica. Todo exemplar, portanto, que
contiver matéria orgânica como constituinte essencial, é uma rocha. Matéria orgânica geralmente se reconhece
por ser de cor escura, odor característico e facilmente combustível.
A B C D
Fig. 5
1
d) Homogeneidade. O exemplar pode ter apenas um constituinte e, ainda assim, ser mineral ou rocha. Nesse
caso, a distinção se faz pelo critério da homogeneidade. Se o exemplar for constituído de partículas distintas,
com diferentes orientações, é rocha (fig. 6). Se for constituído de uma única parte, isto é, todo o exemplar é um
único indivíduo, é um mineral (fig. 7).
Uma rocha constituída por um grande número de partículas da mesma espécie pode ser reconhecida pela
diferente reflexão da luz nas partículas.
Tanto o critério (c) como (d) são limitados pela granulação da rocha, isto é, um exemplar pode ser constituído de
muitas partículas microscópicas e sua condição de rocha somente se revelaria ao microscópio.
2
2. PROPRIEDADES MACROSCÓPICAS DE MINERAIS
a) Brilho - Brilho de um mineral é aparência de sua superfície sob luz refletida. O brilho de um mineral pode ser
dividido da seguinte maneira:
Metálico. Ex.: pirita, hematita
Não metálico:
- vítreo - Ex.: quartzo, (hialino, ametista, fumê e róseo)
- sedoso - Ex.: gipso
- resinoso - Ex.: enxofre
- perláceo - Ex.: talco lamelar e granular
- micáceo - Ex.: muscovita, biotita e lepdolita
b) Dureza - A dureza de um mineral é a resistência que sua superfície oferece ao ser riscada. Adotaremos a
escala de dureza de MOHS na qual usam-se minerais padrão de dureza:
Princípios da escala:
- Quando um mineral risca o outro, é porque é mais duro do que este outro.
- Quando um mineral é riscado por outro, é porque é menos duro do que esse outro.
- Quando um mineral não risca, nem é riscado por outro é porque ambos têm a mesma dureza.
- Atritando-se fortemente dois minerais de mesma dureza, eles podem riscar-se mutuamente.
Os minerais de dureza 1 e 2 são riscados pela unha, os de 3, 4 e 5 são pelo canivete e pelo vidro, e os de
6, 7, 8, 9 e 10 não são riscados pelo canivete, mas riscam o vidro.
c) Clivagem - É a propriedade que apresentam muitos minerais, de se partirem com maior facilidade segundo
determinados planos. Todo plano de clivagem é paralelo a uma face do cristal ou a uma face possível do cristal
A clivagem pode ser obtida pela simples pressão, por choque mecânico, etc., e pode ser em:
- 3 direções - Ex.: calcita, galena
- 2 direções - Ex.: feldspato
- 1 direção - Ex.: micas, talco
- ausente - Ex.: quartzo, turmalina.
d) Fratura - É o tipo de superfície não plana apresentada por um mineral, após o mesmo ter sido submetido a
um choque mecânico. A fratura pode ser:
- Conchoidal - quando o mineral apresenta superfície em forma de concha profunda - quartzo
- Subconchoidal - quando o mineral apresenta superfície em forma de concha, mas pouco profunda - aragonita
- Irregular - sem forma definida - turmalina
e) Hábito - É a forma mais freqüente de ocorrência de um mineral. O hábito depende da forma e velocidade de
crescimento do mineral que por sua vez são influenciados pela temperatura, pressão, impurezas, etc. Podemos
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concluir que um mesmo mineral, em condições genéticas distintas, pode apresentar hábitos diferentes. O hábito
nem sempre é uma propriedade que diferencia um mineral do outro mas, sem dúvida é de grande importância. A
seguir vamos descrever alguns hábitos comuns.
- Tabular - devido ao maior desenvolvimento de duas faces paralelas. Ex.: barita.
- Prismático - devido ao maior desenvolvimento do cristal segundo uma direção. Pode ser piramidado ou
bipiramidado. Ex.: quartzo.
- Piramidal - devido ao maior desenvolvimento das faces que foram pirâmide. Pode ser também bipiramidal.
Ex.: zirconita.
- Acicular - cristais finos, como agulhas. Ex.: actinolita.
Quando o mineral não ocorre em cristais bem individualizados, pode assumir formas as mais variadas,
das quais citam-se:
- granular - massa ou agregado constituído por grânulos: elementos cristalinos pequenos e irregulares. Ex.:
olivina.
- maciço - massa homogêneas sem cristalinidade aparente, isto é, situações em que a individualização dos
constituintes não pode ser feita a olho nu. Ex.: calcedônia.
- fibroso - massas aciculares finíssimas, onde não se conseguem distinguir formas geométricas nos indivíduos
isolados. Ex.: asbestos.
- terroso - massas constituídas por grânulos pouco coerentes, muito finos, friáveis. Ex.: argilas.
- lamelar ou placóide - quando o material é constituído por um conjunto de lamelas ou placas com formato de
“empacotamento”. Ex.: talco, muscovita, sericita, lepdolita.
- escamoso - quando o material é constituído conjunto de cristais em “empacotamento” em forma de pequenas
escamas. Diferencia do placóide por ser de tamanho bem mais reduzido. Ex.: biotita, fucksita e muscovita (às
vezes).
- concrecionário - na forma de concreções, isto é, agregados mais ou menos estáveis, de forma arredondada a
alongada constituídos de material cristalino e/ou amorfo. Ex.: concreções de hematita
f) Cor - A cor dos minerais é um caráter importante em sua determinação. A cor de uma substância depende da
absorção seletiva da luz transmitida ou refletida. Assim, por exemplo, um mineral que apresenta cor verde
absorve todos os comprimentos de onda do espectro com exclusão dos que associados dão a sensação de verde.
São consideradas como fundamentais as seguintes cores dos minerais: branco, cinza, preto, azul, verde, amarelo,
vermelho e castanho. Deve-se assinalar, entretanto, que ocorrem nos minerais várias tonalidades de cores.
A cor dos minerais, especialmente dos que apresentam brilho metálico, deve ser sempre observada na
fratura fresca pois em geral sua superfície exposta ao ar se transforma, formando-se películas de alteração.
Entre os minerais de brilho não-metálico devem-se distinguir os idiocromáticos, isto é, de cor própria,
constante que depende da composição química como: enxofre (amarelo), malaquita (verde) azurita (azul), etc. e
os alocromáticos, isto é, de cor variável com a presença de impurezas. São estes minerais acróicos, isto é,
incolores quando puros, podendo entretanto apresentar colorações diversas devido à presença de impurezas
diversas ou ainda a causas de natureza física. São bem nítidos os seguintes exemplos:
- Fluorita: incolor, amarelo, róseo, verde ou violeta
- Turmalina: incolor (acroíta); róseo (rubelita); verde (esmeralda brasileira); azul (indicolita) e preto (afusita).
- Berilo: incolor, verde (esmeralda); azul-esverdeado ou azul água-marinha); amarelo (heliodoro).
- Quartzo: incolor (cristal de rocha, hialino); amarelo (quartzo citrino); róseo (quartzo róseo); verde (quartzo
prase); violeta (quartzo ametista).
Conclui-se, portanto que a cor represente uma propriedade física importante na determinação dos
minerais, mas nem sempre é constante e consequentemente deve ser o caráter em apreço utilizado
cuidadosamente.
g) Traço - A cor do pó fino de um mineral é designada de traço. Enquanto a cor dos minerais pode ser muito
variável, a cor do traço é normalmente constante. O traço é obtido riscando-se o mineral sobre uma placa de
porcelana não polida.
4
h) Densidade - Densidade é o número que expressa a proporção entre o peso do mineral e o peso de um igual
volume de água a 4C.
Alguns minerais muito semelhantes, podem possuir densidades bem diferentes. Ex.: dolomita
CaMg(CO3)2, com uma densidade 2,85, pode ser distinguida da barita, BaSO4, de densidade 4,5.
A densidade é determinada por meio de aparelhos especiais como a balança de Jolly, os picnômetros, etc.
i) Solubilidade - A solubilidade dos minerais pode ser considerada em relação a diversos ácidos, tais como:
HCl, HNO3, H2SO4 e HF. Para os minerais mais comuns e de maior interesse do curso a utilização do HCl é
suficiente. Sendo assim, com relação ao ácido HCl os minerais serão designados de:
- insolúveis - Ex.: quartzo, turmalina
- pouco solúveis - quando só se solubilizam após aquecimento ou quando pulverizados. Ex.:
dolomita, ilmenita.
- solúveis - quando se solubilizam em condições normais, podendo ser acompanhado por
efervescência. Ex.: calcita, aragonita.
j) Outras propriedades - Estrias, untuosidade ao tato, avidez pela água, odor característico, plasticidade,
grupamento cristalino, etc.
É importante observar:
- que estas propriedades são úteis na identificação da maioria dos minerais mais comuns e que caso não sejam
suficientes para identificar uma amostra deverá ser estudada suas propriedades ópticas;
- que as propriedades devem ser estudadas sempre sobre uma fratura recente do mineral para evitar superfícies
de alteração e possíveis erros.
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QUADRO AUXILIAR PARA IDENTIFICAÇÃO DE MINERAIS
L Média a Maciço
Metálico Preto Alta Fratura Granular Preto-castanho Insolúvel Levemente magnética ILMENITA
I Castanho 5,0 a 6,0 conchoidal Tabular FeTiO2
C Metálico Preto Alta Fratura Maciço Preto Insolúvel Altamente magnética MAGNETITA
5,5 a 6,5 conchoidal a Granular Fe3O4
Irregular
O
Maciço
Metálico Cinzento a Alta Fratura Granular Marrom- Insolúvel HEMATITA
preto 5,5 a 6,5 conchoidal a Tabular Avermelhado Fe2O3
Irregular Escamoso
Metálico Amarelo Alta Fratura Concrecioná Castanho Insolúvel Conj. de minerais de LIMONITA
castanho 5,5 a 6,0 irregular rio, modular amarelo ferro FeO(OH).nH2O
ou terroso
R Branco- Granular
Perláceo prateado Baixa Clivagem em Lamelar ____ Insolúvel Untuosidade ao tato; TALCO
Verde escuro 1,0 a 1,5 1 direção Escamoso Lamelas flexíveis; Mg3(OH) 2(Si2O5)
E
ou claro Frat. Irregular Maciço Não elástica
Z
Sedoso Incolor Baixa Clivagem em Granular ____ Insolúvel Geminação em forma GIPSO
Amarelo 1,5 a 3,0 1 direção Fibroso de lança CaSO4.2H2O
A
Esbranquiçado Acicular
Perláceo Amarelo Baixa Clivagem às Fibroso ____ Insolúvel Desfaz-se em fibras AMIANTO
(Fosco) Castanho vezes; H4(MgFe) 3.Si2O4
B
Frat. Irregular
A Placas elásticas;
Micáceo Incolor a Baixa Clivagem em Lamelar ____ Insolúvel Variedade verde: MUSCOVITA
I pardacenta 2,0 a 2,5 1 direção Placóide Fuschsita (Cr) KAl2(OH)2AlSi3O10
(enfumaçada) Escamoso Variedade verde-
prateada:
X Sericita
A Micáceo Preto a verde Baixa Clivagem em Escamoso ____ Insolúvel Placas elásticas; BIOTITA
escuro 2,5 a 3,0 1 direção Variedade vermelho K (Mg,Fe)3(OH)2.
rosado: Flogopita AlSi3O10
Variedade hidratada e
expansiva:
Vermiculita
Baixa a
Micáceo Róseo Média Clivagem em Escamoso ____ Insolúvel Placas elásticas LEPIDOLITA
Violeta 2,5 a 3,0 1 direção Placóide (OH,F)KLi.
Al2Si3O10
Branca Densidade alta para
Vítreo a Incolor Baixa a Clivagem Prismático ____ Insolúvel mineral não metálico; BARITA
gorduroso Esverdeado Média perfeita Tabular brilho vítreo BaSO4
Amarelado 2,5 a 3,0 Granular
6
Continuação MINERAIS DE BRILHO NÃO METÁLICO
Z Variedades:
Vítreo Branco leitoso Alta Fratura Maciço ____ Insolúvel Incolor: Qtz.hialino
A incolor, 7 conchoidal Granular Branco: Qtz.leitoso QUARTZO
Amarelo verde, Prismático Violeta: Qtz.ametista SiO2
Castanho, Piramidado Rosado: Qtz.róseo
violeta, Rosado Amarelo:Qtz.citrino
Esfumaçado Verde: Qtz.prase
A
Vítreo a Verde escuro Alta Frat. Irregular Prismático- ____ Insolúvel Estrias paralelas à TURMALINA
Resinoso Preto, Azul, 7,0 a 7,5 alongado maior face do prisma Silicato complexo de
L
Verde, B e Al
Vermelho
T Granular
Vítreo Incolor Alta Clivagem às prismático (+ ____ Insolúvel Pode apresentar TOPÁZIO
Amarelo- 8 vezes em curto que a estrias paralelas à Al(F,OH)2SiO4
A
esverdeado 1 direção turmalina) maior face do prisma
Azul Prismático
Vítreo Vermelho Alta Frat. Irregular (Formas ____ Insolúvel ____ CORÍNDON
Castanho 9 arredondadas Al2O3
)
7
QUADRO AUXILIAR PARA IDENTIFICAÇÃO MACROSCÓPICA DAS ROCHAS ÍGNEAS
COR / TEOR MODO DE OUTRAS NOME DA
COLORAÇÃO GRANULAÇÃO MINERAIS ESTRUTURA EM SiO2 JAZIMENTO OBSERVAÇÕES ROCHA
CLARA Ortoclásio 58% GRANULAR ALTO / INTRUSIVO
/LEUCOCRATA FANERÍTICA Quartzo 37% GROSSEIRA ÁCIDA PLUTÔNICO GRANITO
Biotita 5% RÓSEO
CLARA / FANERÍTICA Ortoclásio 50% PORFIRÍTICA ALTO / INTRUSIVO O ORTOCLÁSIO DA
LEUCOCRATA Quartzo 42% Biotita ÁCIDA PLUTÔNICO ROCHA PODE GRANITO
APRESENTAR
8% CINZA
GERMINAÇÃO DE 2
INDIVÍDUOS PÓRFIRO
Ortoclásio 40%
CLARA / FANERÍTICA Plagioclásio 25% GRANULAR ALTO / INTRUSIVO ORTOCLÁSIO GRANITO A 2
LEUCOCRATA (RÓSEO)
Quartzo 30% Biotita GROSSEIRA ÁCIDA PLUTÔNICO FELDSPATOS
PLAGIOCLÁSIO
5% (BRANCO)
Ortoclásio 55%
CLARA / FANERÍTICA Plagioclásio 10% GRANULAR QUARTZO (LEITOSO) GRANITO
LEUCOCRATA PLAGIOCLÁSIO
Quartzo 30% Biotita+ GROSSEIRA ALTO / INTRUSIVO RÓSEO COM
(MANCHAS
Piroxênio 5% ÁCIDA PLUTÔNICO BRANCAS) MANCHAS
BRANCAS
CLARA / Ortoclásio 60% 02 GERAÇÕES DE
LEUCO À FANERÍTICA Quartzo 37 PORFIRÍTICA ALTO / INTRUSIVO ORTOCLÁSIO GRANITO
MESOCRATA
Biotita 03% ÁCIDA PLUTÔNICO RÒSEO
PORFIRO
Ortoclásio 58%
CLARA/ FANERÍTICA Quartzo 37% GRANULAR PARA GRANITO GRANITO
LEUCOCRÁTA PODE SER
Biotita 5% MÉDIA ALTO / INTRUSIVO CINZA
CONSIDERADO
ÁCIDA PLUTÔNICO ESCURO.
MESOCRATA* Ortoclásio, Quartzo, ORTOCLÁSIO
*=APARENTE FANERÍTICA Biotita+Anfibólio GRANULAR ALTO / INTRUSIVO (VERDE ESCURO - GRANITO
TRANSPARENTE)
GROSSEIRA ÁCIDA PLUTÔNICO PRETO OU
QUARTZO (FUMÊ) SE
MISTURA COM OS CHARNOCKITO
ANFIBÓLIOS DA
ROCHA.
ARENITO
Grânulo: quartzo
DETRÍTICA ARENOSA GRANULAR Alta porosidade GROSSEIRO
Cimento; Sílicoso+argiloso
SILICOSO
Ambiente Glacial
Grânulo: Quartzo ESTRATIFICADA
DETRÍTICA SILTOSA Pode ocorrer a presença de
Cimento: argila e matéria orgânica (PLANO-PARALELA) VARVITO
seixos pingados
CALCÁRIO
NÃO FINA A MÉDIA Grânulo: - Rocha cristalina, rara
GRANULAR CALCÍTICO
DETRÍTICA (CRISTALINA) Cimento: Calcita
CRISTALINO
10
11
Rocha de coloração
FANERÍTICA Sericita XISTOSA DINAMO-TERMAL SERICITA-XISTO
amarelo- prateada
Biotita, Quartzo e
FANERÍTICA XISTOSA DINAMOTERMAL
Ortoclásio BIOTITA-XISTO
Quartzo e óxido de
AFANÍTICA MACIÇA CONTATO QUARTZITO
ferro
VERMELHO
GRANULAR MÁRMORE
FANERÍTICA Calcita e Dolomita CONTATO
(GROSSEIRA) CRISTALINO (BRANCO
OU RÓSEO)
11
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Exercício no: 01 DISTINÇÃO ENTRE MINERAIS E ROCHAS Nota: ........................
Nome: ................................................................................................................................. No: ...................... Caixa no ........................... Data: ......./......./........
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