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NORMATÉCNICA
Sumário 1 Objetivo
Prefácio
1 Objetivo Esta Norma prescreve o método a ser empregado na
2 Referências normativas verificação das principais características de medidores
3 Definições de vazão para água fria, de 15 m3/h a 1 500 m3/h de va-
4 Requisitos zão nominal.
5 Características metrológicas e desempenho
6 Marcações Esta Norma considera os medidores de água aptos para
7 Aprovação de modelo ou conformidade funcionar com uma vazão de sobrecarga de até
8 Inspeção e recebimento 3 000 m3/h a uma pressão nominal de 1 MPa (10 bar),
9 Ensaios 1,6 MPa (16 bar) ou 2,5 MPa (25 bar) e à temperatura
10 Resultados compreendida entre 1°C e 40°C.
ANEXOS
A Aparelhagem para execução dos ensaios Esta Norma não se aplica aos medidores monojatos e
B Condições de instalação multijatos, objetos de norma específica.
C Requisitos a verificar
2 Referências normativas
Prefácio
As normas relacionadas a seguir contêm disposições
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições
o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasi- para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor
leiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês no momento desta publicação. Como toda norma está
Brasileiros (CB) e dos Organismos de Normalização sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam
Setorial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo acordos com base nesta que verifiquem a conveniência
(CE), formadas por representantes dos setores envol- de se usarem as edições mais recentes das normas
vidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas
neutros (universidades, laboratórios e outros). em vigor em um dado momento.
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito NBR 5426:1985 - Planos de amostragem e proce-
dos CB e ONS, circulam para Votação Nacional entre os dimentos na inspeção de atributos - Procedimento
associados da ABNT e demais interessados.
NBR 6414:1983 - Rosca para tubos onde a vedação
Esta Norma contém o anexo A, de caráter normativo, e os é feita pela rosca - Designação, dimensões e tole-
anexos B e C, de caráter informativo. râncias - Padronização
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2 NBR 14005:1997
NBR 7669:1982 - Conexão de ferro fundido cinzento 3.7.2 erro relativo: Quociente do erro absoluto de medição
- Padronização pelo valor verdadeiro convencional da grandeza medida.
NBR 7675:1988 - Conexões de ferro fundido dúctil - 3.7.3 erro percentual: Erro relativo expresso em porcen-
Especificação tagem.
3.5.2 vazão nominal (qn): Vazão até a qual o medidor deve 3.15.1 carcaça: Peça inteiriça concebida basicamente para
trabalhar contínua e satisfatoriamente, e que corresponda atender às características funcionais, tais como alojar e
à sua designação. acoplar os componentes do medidor.
3.5.3 vazão de transição (qt): Vazão que define a separação 3.15.2 cúpula: Peça transparente de proteção do dispo-
entre as faixas superior e inferior de medição. sitivo totalizador.
3.5.4 vazão mínima (qmín.): Vazão acima da qual o me- 3.15.3 tampa: Dispositivo de proteção da cúpula do meio
didor deve permanecer dentro do limite de erros máximos externo.
admissíveis.
3.15.4 mecanismo medidor: Componente que transforma
3.6 faixa de medição: Intervalo que comporta vazões a ação dinâmica da água em uma indicação de volume
entre a vazão mínima (inclusive) e vazão de sobrecarga (kit).
(inclusive).
3.15.5 rotor: Componente do mecanismo medidor que
3.6.1 faixa inferior de medição: Intervalo que comporta gira sob ação da velocidade do escoamento da água.
vazões entre a vazão mínima (inclusive) e a vazão de
3.15.6 mecanismo de transmissão: Componente do meca-
transição (exclusive).
nismo medidor utilizado para transferir o movimento do
3.6.2 faixa superior de medição: Intervalo que comporta rotor ao dispositivo totalizador.
vazões entre a vazão de transição (inclusive) e vazão de
3.15.7 dispositivo totalizador: Componente do mecanismo
sobrecarga (inclusive).
medidor, que é utilizado para indicar e totalizar o volume
3.7 Erro escoado.
3.7.1 erro absoluto: Diferença entre o volume de água 3.15.8 mostrador: Componente do dispositivo totalizador
indicado em um medidor e o valor verdadeiro conven- onde estão impressos o sistema de escalas, a unidade
cional da grandeza medida. de medida e outras inscrições pertinentes.
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NBR 14005:1997 3
3.15.9 regulador: Componente que permite modificar a c) tipo 3: uma combinação das anteriores.
relação entre o volume indicado e o volume escoado.
NOTA - Podem ser utilizados dispositivos eletrônicos acoplados
3.15.10 lacre: Dispositivo que assegura verificação da no medidor local ou remoto, bem como totalizadores eletrônicos
inviolabilidade do medidor. nos termos do item anterior.
3.15.11 flange superior: Componente de fechamento da 4.3.1.4 Os dígitos dos cilindros ciclométricos devem ser
carcaça no qual estão fixadas as peças internas do me- pretos sobre fundo branco ou vice-versa para os indica-
didor. dores de metro cúbico, e vermelho sobre fundo branco
ou vice-versa para os submúltiplos. Quando forem usados
3.16 singularidade: Todo e qualquer elemento ou configu- ponteiros, estes devem ser vermelhos sobre escalas cir-
ração de uma restrição no conduto que provoque uma culares de fundo branco.
perda de carga localizada.
4.3.1.5 A escala de cada elemento do totalizador deve
3.17 bancada de ensaios: Instalações construídas e conter dez dígitos e o deslocamento desses dígitos deve
equipadas de modo a se obterem as condições propostas ser de baixo para cima. O avanço de qualquer dígito se
em cada tipo de ensaio de medidor. completa quando o dígito de valor imediatamente inferior
completa o último décimo de sua trajetória.
3.18 trecho reto: Trecho de um conduto isento de sin-
gularidade. 4.3.1.6 O sentido de rotação das escalas circulares (ti-
pos 2 e 3) deve ser o dos ponteiros do relógio.
4 Requisitos
4.3.1.7 Nos indicadores de ponteiro, a escala deve ter
4.1 Designação impressa junto a ela o valor de cada divisão na forma de
Os medidores são designados pela sua vazão nominal fatores de multiplicação, tais como, x 0,1; x 0,01; x 0,001;
(qn), diâmetro nominal (DN), comprimento, classe me- ou x 0,0001.
trológica, pressão nominal (PN) e número desta Norma. 4.3.1.8 O sistema de leitura deve permitir registrar, sem
retornar a zero, um volume correspondente à tabela 1.
4.2 Classificação
Tabela 1 - Capacidade de totalização
Os medidores devem ser classificados em:
qn Volume mínimo
a) vertical;
m3/h m3
b) axial.
≤ 500 999 999
4.2.1 Vertical
> 500 9 999 999
Medidor cujo eixo do rotor está posicionado perpendicu-
larmente ao eixo da tubulação. 4.3.1.9 A altura real ou opticamente acrescida dos alga-
rismos alinhados no cilindro deve ser no mínimo igual a
4.2.2 Axial
4 mm.
Medidor cujo eixo do rotor está posicionado na mesma
4.3.1.10 O espaço entre dois traços consecutivos deve
direção do eixo da tubulação.
ser no mínimo igual a três vezes a largura do traço.
4.3 Dispositivos indicadores
4.3.1.11 A extremidade indicadora dos ponteiros deve ter
4.3.1 Totalizador largura não superior à largura do traço e, em nenhum
caso, exceder 0,5 mm.
4.3.1.1 O totalizador deve permitir uma leitura fácil, aces-
sível e confiável do volume de água escoado. 4.3.1.12 O intervalo real ou opticamente acrescido entre
dois traços consecutivos, correspondentes à menor di-
4.3.1.2 A totalização do volume, em metros cúbicos, e visão dos elementos do dispositivo totalizador, deve sa-
múltiplos se indica através de um sistema de leitura digital tisfazer às disposições constantes na tabela 2.
de cifras saltantes (cilindros ciclométricos), que permita
uma leitura direta, podendo os seus procedimentos ser Tabela 2 - Distância entre os eixos de dois traços
automatizados ou assistidos por processadores eletrô- consecutivos
nicos.
Número de divisões Distância (d) entre eixos
NOTA - Totalizadores com visores em cristal líquido ou similares mm
podem ser utilizados no âmbito desta Norma até que seja elabo-
rado adendo com ensaios específicos para medidores eletrô- 10 4 ≤d≤5
nicos.
O volume máximo que indica a menor divisão da escala A numeração do medidor deve ser única, em alto e/ou
(capacidade mínima do totalizador) deve ser o indicado baixo relevo, obedecendo a um sistema de dez dígitos
na tabela 3. alfanuméricos, conforme segue:
Tabela 3 - Valores máximos da menor divisão - primeiro caractere: uma letra correspondente ao
diâmetro nominal do medidor conforme a tabela 4;
qn Valores máximos
m3/h m3 - segundo e terceiro caracteres: dois algarismos cor-
respondentes ao ano de fabricação;
Classe A Classe B/C
- quarto caractere: letra exclusiva que identifique o
15 0,005 0,002 fabricante;
R 500 1 500
4.6 Lacre
4.7.3 Dimensões da numeração
O medidor deve ser provido de lacre. O flange superior e
o bujão de regulagem, quando houver, devem ser pro- A numeração dos medidores deve ter as seguintes di-
vidos de orifícios ou equivalente que permitam a lacração. mensões mínimas:
4.8 Materiais
Tabela 6 - Dimensões
Dimensões em milímetros
DN L1 L2 e L3 (máx.) H1 (máx.) H2 (máx.)
O medidor, quando ensaiado conforme 7.2.4, deve O medidor ensaiado conforme 7.2.7 deve apresentar a
apresentar erros percentuais dentro dos limites indicados passagem de uma vazão não inferior à vazão de so-
na tabela 8. brecarga com uma perda de carga não maior que
0,06 MPa (0,6 bar) para medidor vertical e 0,03 MPa
Tabela 8 - Erros admissíveis (0,3 bar) para medidor axial.
O ensaio de desgaste acelerado conforme 7.2.5 e os O medidor deve ter marcações de forma legível, além do
desvios nos erros não devem superar os indicados na ta- estabelecido pelas disposições legais vigentes, conforme
bela 9. indicações descritas na tabela 10.
Vazão qn qt q mín.
Mostrador do Flange
Indicações *) Corpo dispositivo superior Tampa
totalizador
b Classe metrológica - x - -
c Designação do medidor - + + +
h Modelo ou tipo + + + +
*) As indicações com “x” indicam posição obrigatória, “-” são opcionais e “+” deve ser escolhida em uma das posições indicadas.
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8 NBR 14005:1997
Para aprovação de modelo ou conformidade, o medidor O exame consiste em verificar as dimensões previstas
deve ser submetido aos procedimentos citados em 7.2.1 em 4.10.
a 7.2.9, utilizando-se a aparelhagem citada no anexo A,
na seguinte seqüência: 7.2.3 Ensaio hidrostático
7.1.7 Devem ser previstos nos equipamentos do ensaio 7.2.4.4 Para o levantamento da curva característica de
dispositivos visando a proteção dos operadores. erros, o ensaio deve ser feito no mínimo em vazões
compreendidas dentro das seguintes faixas:
7.1.8 A instalação de ensaio deve estar provida de pa-
drões de referência adequados, como os citados no ane- a)qmín.e 1,1 qmín.;
xo A, com seus respectivos certificados de calibração
rastreáveis a algum organismo metrológico nacional ou b)0,5 qn e 0,55 qn;
internacional.
d)qn e 1,1 qn;
7.2 Procedimentos dos ensaios
e)0,9 qs e qs.
7.2.1 Exame visual
7.2.4.5 Na elaboração da curva característica de erros, os
O exame consiste em verificar se os medidores cumprem pontos devem ser determinados a partir da média
os requisitos gerais estabelecidos nesta Norma e aritmética dos resultados de três ensaios para cada vazão,
verificáveis visualmente, de acordo com 4.1 a 4.9. e os erros admissíveis devem estar de acordo com 5.1.2.
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7.2.4.6 Os volumes mínimos escoados nos ensaios de 7.2.8 Ensaio do funcionamento com contrafluxo
calibração e perda de carga devem estar conforme a ta-
bela 11. O medidor deve ser instalado no sentido inverso do es-
coamento normal e deve funcionar na vazão nominal,
Tabela 11 - Volume de escoamento mínimo durante um período de 6 min; após isto, deve ser colo-
cado no sentido do fluxo normal e aferido de acordo com
Vazão de ensaio Escoamento mínimo 7.2.4.
L
qt < q ≤ qs 500 d O medidor deve ser aferido na vazão nominal com o re-
gulador nas posições máxima e mínima de regulagem e
NOTA - d é a menor divisão de leitura do medidor. a variação das duas calibrações deve estar de acordo
com os requisitos indicados em 4.4.1.
7.2.5 Ensaio de desgaste acelerado
/ANEXO A
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Anexo A (normativo)
Aparelhagem para realização dos ensaios
A.1.1.1 Deve receber alimentação direta por um sistema A.1.4.1 Pode-se utilizar para determinação do volume
de recalque e/ou por reservatório de nível constante. É escoado um medidor-padrão, desde que seja garantida
recomendável o uso de reservatório de nível constante a resolução/erro máximo citada em A.1.2.3 e A.1.2.4 e
para as vazões entre qmín. e qt, inclusive. que o mesmo tenha sido certificado e seja aferido periodi-
camente.
A.1.2.4 O erro máximo admissível, para o reservatório O erro máximo admissível para a medição da vazão é de
calibrado, é de 0,2% de seu volume total. 2% da vazão medida.
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A resolução deve ser maior ou igual a 1°C. A.8.1 O equipamento para ensaio de estanqueidade deve
ser dotado de dispositivo de fechamento do medidor,
A.6 Cronômetro alimentação com água e dispositivos de purga.
A resolução deve ser maior ou igual a 0,2 s. A.8.2 A pressão hidrostática deve ser controlada com
manômetro de fundo de escala da ordem de duas vezes
a pressão nominal do medidor ou outro dispositivo de
A.7 Paquímetro
controle adequado ao ensaio.
/ANEXO B
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Anexo B (informativo)
Condições de instalação
B.1 Neste anexo são indicadas recomendações práticas B.7 O alinhamento das conexões deve ser feito com cui-
para a instalação dos medidores de água considerados dado para evitar esforços não uniformes que possam
nesta Norma, a fim de facilitar seu funcionamento, manu- ocasionar vazamentos prematuros.
tenção e leitura.
B.2 Para que sejam melhor aproveitadas as caracte- B.8 Antes da instalação do conjunto filtro/medidor, deve
rísticas de qualidade dos aparelhos, a instalação deve ser escoado um volume de água para eliminar as par-
respeitar as condições estabelecidas nesta Norma, em tículas sólidas.
especial o referente à sua horizontalidade.
B.9 Se, por imprudência, o medidor fizer parte da insta-
B.3 O medidor deve ser instalado em lugar de fácil acesso,
lação de aterramento elétrico, deve ser conectado um
para permitir as operações de leitura, manutenção, substi-
condutor elétrico em derivação e de forma permanente
tuição ou remoção direta, sem necessidade de utilizar
ao medidor e seus acessórios, para reduzir os riscos do
acessórios ou provocar rupturas no local de alojamento.
pessoal que opera o aparelho.
B.4 Pelo menos uma peça de conexão do medidor, de
preferência a de entrada, deve ser provida de lacre, de B.10 Deve ser evitada a instalação de medidores em
modo a evitar as possibilidades de fraude por inversão locais onde sejam previsíveis variações bruscas das con-
do aparelho. dições hidráulicas, tais como: cavitação, golpe de aríete,
turbulência ou outras.
B.5 No caso de instalações sob o piso, a câmara de
alojamento do medidor, sua moldura e tampa devem
possuir resistência física adequada ao trânsito local. B.11 Para que sejam garantidas as características me-
trológicas dos medidores, devem ser respeitadas as dis-
B.6 A caixa ou câmara de alojamento deve permitir a tâncias mínimas a montante, quando da existência de
drenagem de água que nela penetre, a fim de evitar o toda e qualquer singularidade, de acordo com a tabe-
alagamento. la B.1.
Bomba centrífuga
Válvula de retenção 2D 15 D
Cone divergente
2 curvas
Tê e curva 3D 20 D
)
** Válvula reguladora de vazão
NOTAS
2 Os valores poderão ser alterados, dependendo das especificações do fabricante e condições de escoamento.
/ANEXO C
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Anexo C (informativo)
Requisitos a verificar
03 Hidrostático - 7.2.3 x x x