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ELETROMAGNETISMO

1ª UNID. INTRODUÇÃO E ELETROSTÁTICA


PROF. VALMARA PONTE
2021.1
INTRODUÇÃO – CÁLCULO VETORIAL

Integral de Linha Integral de Superfície Integral de Volume


INTRODUÇÃO – CÁLCULO VETORIAL

• Operador Del

1. ∇ 𝑉 → Gradiente de um escalar V → Vetor que representa a máxima variação de V.


2. ∇ ∙ 𝐴 → Divergente de um vetor A → Escalar que representa o fluxo de A que sai de uma superfície fechada.
3. ∇ × 𝐴 → Rotacional de um vetor A → Vetor girante que representa a máxima circulação de A.
4. ∇2 𝑉 → Laplaciano de um escalar V
5. ∇2 𝐴 → Laplaciano de um vetor A
INTRODUÇÃO – CÁLCULO VETORIAL

• Teorema da divergência: O Fluxo total de um campo vetorial A que sai de


uma superfície fechada S é igual a integral de volume da divergência de A.
INTRODUÇÃO – CÁLCULO VETORIAL

• Teorema de Stokes: A circulação de um campo vetorial A em torno de um


caminho (fechado) L é igual à integral de superfície do rotacional de A sobre a
superfície aberta S, limitada por L, desde que A e ∇ × 𝑨 sejam contínuos
sobre S.
INTRODUÇÃO – CÁLCULO VETORIAL

• Laplaciano de um campo escalar V: É o divergente do gradiente de V.

• Laplaciano de um vetor A: Gradiente do divergente de A subtraído do


rotacional do rotacional de A.
LEI DE COULOMB

• Lei empírica que estabelece como se dá a força entre duas cargas pontuais 𝑄1
e 𝑄2 :
➢ Diretamente proporcional ao produto das cargas 𝑄1 . 𝑄2 .
➢ Inversamente proporcional ao quadrado da distância R entre elas
➢ Ao longo da linha que une as cargas
LEI DE COULOMB https://www.youtube.com/watch?v=ugszO_
QNBiA&ab_channel=EletromagnetismoUFF

• Notar a localização vetorial das cargas na notação do vetor


Força.
• Cargas de mesmo sinal se repelem e de sinais contrários de
atraem
• A distância R entre os corpos deve ser bem maior que as
dimensões deles (cargas pontuais)
• As cargas devem se estáticas (em repouso)
• Os sinais das cargas devem ser levados em consideração na
equação.
• Se houver mais de 2 cargas é possível utilizar o princípio de
superposição.
CAMPO ELÉTRICO https://www.youtube.com/watch?v=ScfESQ
orBNE&ab_channel=EletromagnetismoUFF

• O valor intensidade de campo elétrico E é dado pela força por unidade de carga imersa neste campo.

• Campo para distribuição contínua de carga:


CAMPO ELÉTRICO https://www.youtube.com/watch?v=U95YpUwuyWc
&ab_channel=EletromagnetismoUFF

• Distribuição contínua linear de carga


CAMPO ELÉTRICO

• Distribuição contínua linear de carga


CAMPO ELÉTRICO

• Distribuição contínua linear de carga Portanto para linha finita de carga, temos:

Caso a linha seja infinita, :

𝜋 𝜋 𝜋 𝜋
− −
2 2 2 2
CAMPO ELÉTRICO

• Distribuição contínua superficial de carga


CAMPO ELÉTRICO https://www.youtube.com/watch?v=8c5eGIp2P3
M&ab_channel=EletromagnetismoUFF

• Distribuição contínua superficial de carga

Componentes 𝒂𝝆 se cancelam devido a simetria, restando:


CAMPO ELÉTRICO

• Distribuição contínua superficial de carga

Portanto para uma lâmina infinita de carga:

Em um capacitor de placas paralelas por exemplo, tem-se:


CAMPO ELÉTRICO https://www.youtube.com/watch?v=KiRq_Yy9tPY&a
b_channel=EletromagnetismoUFF

• Distribuição contínua Volumétrica de carga

Resolvendo essa integral levando em conta as coordenadas


esféricas, temos:

Logo, de forma mais genérica, teremos:


EXEMPLO
RESOLUÇÃO
RESOLUÇÃO
DENSIDADE DE FLUXO DE CAMPO ELÉTRICO
Densidade de Fluxo elétrico e Fluxo elétrico:

• D é em C/m²
• D expressa a lei de Gauss em temos de cargas livres
• Note que D independe do meio!

Por exemplo, para lâmina infinita carregada:

https://www.youtube.com/watch?v=h7Q1dtR96oQ&ab_channel=EletromagnetismoUFF
LEI DE GAUSS

• Lei de Gauss: O fluxo elétrico total através de uma superfície fechada é igual a carga total
encerrada por esta superfície.

• Aplicando o teorema da divergência:

Primeira lei de Maxwell na


forma diferencial!

• Links para discussão:


https://www.youtube.com/watch?v=YTCXXG8Bpks&ab_channel=EletromagnetismoUFF
• https://www.youtube.com/watch?v=yQ1s0a-B8Es&ab_channel=EletromagnetismoUFF
AULA 2

APLICAÇÕES DA LEI DE GAUSS


O uso da Lei de Gauss começa com a identificação da simetria de distribuição de carga, e em
seguida construímos a superfície gaussiana mais adequada à esta simetria de forma que D seja
normal ou tangencial à essa superfície (valos máximo do produto e valor nulo respectivamente).
Ou seja, um D constante para facilitar as contas!

• Carga pontual:
APLICAÇÕES DA LEI DE GAUSS

• Esfera uniformemente carregada: Estudaremos duas gaussianas, uma dentro da esfera (𝑟 ≤


𝑎), e uma envolvendo ela (𝑟 ≥ 𝑎).

Para 𝑟 ≤ 𝑎

Mas como Fluxo é igual a carga encerrada, logo:


APLICAÇÕES DA LEI DE GAUSS

• Esfera uniformemente carregada: Estudaremos duas gaussianas, uma dentro da esfera (𝑟 ≤


𝑎), e uma envolvendo ela (𝑟 ≥ 𝑎).

Para 𝑟 ≥ 𝑎

Mas como Fluxo é igual a carga encerrada, logo:


APLICAÇÕES DA LEI DE GAUSS

• Esfera uniformemente carregada: Estudaremos duas gaussianas, uma dentro da esfera (𝑟 ≤


𝑎), e uma envolvendo ela (𝑟 ≥ 𝑎).
APLICAÇÕES DA LEI DE GAUSS

• Fio infinito:
https://www.youtube.com/watch?v=ZOLEphfCwpc&list=PLg37wGvO1jtEFyY75BpyAFg43Xe7u-
v2s&index=4&ab_channel=EletromagnetismoUFF

• Plano infinito:
https://www.youtube.com/watch?v=1gNKsCl0pJk&list=PLg37wGvO1jtEFyY75BpyAFg43Xe7u-
v2s&index=5&ab_channel=EletromagnetismoUFF
POTENCIAL ELÉTRICO

• É outra maneira de determinar o campo elétrico E, desta vez a partir de uma grandeza escalar

O trabalho realizado para mover a carga será dado por:

A energia potencial por unidade de carga (ddp) será dado por:


POTENCIAL ELÉTRICO

• Observe que:
POTENCIAL ELÉTRICO

• Exemplo de carga pontual na origem:

• O potencial em qualquer ponto é a diferença de potencial entre esse ponto e um ponto escolhido no
qual o potencial é arbitrado como zero (no infinito)

E para uma distribuição de carga:

Onde r’ é o ponto-fonte e r o
ponto onde se quer medir o
potencial
POTENCIAL ELÉTRICO

• O potencial pode ser definido portanto se houver as condições de contorno ou se houver


uma constante que determina o ponto de referência escolhido

Se calcular o potencial ao longo de uma trajetória fechada e aplicando o teorema de Stokes, temos:
RELAÇÃO ENTRE CAMPO ELÉTRICO E POTENCIAL
ELÉTRICO – EQUAÇÃO DE MAXWELL
• Link para discussão do assunto: https://www.youtube.com/watch?v=sh2lSjr32KE&t=24s

Exemplo (p. 133 Shadiku):


DIPOLO ELÉTRICO

• Link para discussão do assunto: https://www.youtube.com/watch?v=SsdFurD4ugE

Momento de dipolo:

1
V 𝑟 𝛼 𝑟2
1
𝐸 𝑟 𝛼
𝑟3

Para multipolos essas potências de r aumentam....


LINHAS DE FLUXO

Sobre uma linha


equipotencial:
W=0
EXERCÍCIO – ENTREGA DE AULA
AULA 3

DENSIDADE DE ENERGIA EM CAMPOS


ELETROSTÁTICOS
• Links para discussão do assunto: https://www.youtube.com/watch?v=TcPg6EEKmic&t=64s
https://www.youtube.com/watch?v=5yy-AesAHIs

• A energia de um arranjo de cargas está diretamente relacionada ao trabalho realizado para aproxima-las
DENSIDADE DE ENERGIA EM CAMPOS
ELETROSTÁTICOS

Mas, das seguintes identidades


e da identidade com o operador Del:

Substituindo: Do teorema da divergência:

Cai (para uma única carga) com pelo menos: 1/r³ r²

Tende a zero para S>> e/ou para múltipolos


DENSIDADE DE ENERGIA EM CAMPOS
ELETROSTÁTICOS

Já que: Temos:

• A densidade de energia eletrostática será então em J/m³:

E portanto o trabalho (=energia armazenada) pode ser


escrito como:
EXERCÍCIOS - EXEMPLOS

• 2º

• 3º

Solução: Exemplo 4.14 e 4.15 do Shadiku, pag.140


PROPRIEDADE DOS MATERIAIS

• Materiais podem ser classificados como:


➢ Condutores.
➢ Semicondutores.
➢ Dielétricos.
• Ainda há os chamados supercondutores, que são alguns materiais condutores
que a temperaturas muito baixas (T~0K) apresentam condutividade infinita.
(Ex. Chumbo e alumínio)
• Portanto com o aumento da Temperatura a condutividade dos metais diminui.
Porque?!
• A condutividade também irá depender da frequência
CORRENTES DE CONVECÇÃO E CONDUÇÃO

• Até então vimos os efeitos causados por cargas paradas (Eletrostática). Agora veremos o que ocorre
com a movimentação destas...

Definindo densidade de corrente (A/m²)


Dependendo de I a Densidade de Corrente pode ser de:
➢ Convecção
➢ Condução
➢ Deslocamento
I é o fluxo de J através de S
CORRENTES DE CONVECÇÃO

• Corrente de convecção → Fluxo de cargas através de isolantes (Ex. Lâmpadas Fluorescente)

𝜌𝑣 → Densidade de cargas no volume v


𝒖 = 𝑢𝑦 𝒂𝒚 → Velocidade desta densidade
∆𝑆 → Área de secção transversal ao sentido do fluxo
∆l → Comprimento percorrido por 𝜌𝑣 no tempo ∆t
CORRENTES DE CONDUÇÃO

• Corrente de condução → Fluxo de cargas através de condutores (Lei de Ohm)


A corrente é gerada pela influência de um campo elétrico E sobre os elétrons livres. A força gerada por
este campo em um elétron – e, será dada por:

Como o elétron ao se movimentar sofre colisões no material, estará sujeito à lei de Newton
∆𝑢
𝐹 = 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑚𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑢𝑚 = 𝑚
∆𝑡 Constante de
condutividade do
Onde:
material
𝒖 → Velocidade média de deriva do elétron Para n elétrons:
𝜏 → Intervalo de tempo médio entre as colisões

Forma
pontual da
lei de ohm
CONDUTORES

• Um condutor perfeito não pode conter um campo eletrostático em seu interior

Corpo equipotencial:

Em condições eletrostáticas há equilíbrio:

Se houver V≠0 nos terminais do condutor 𝐸𝑖 ≠0

Campo elétrico interno induzido: 𝐸𝑖


Campo elétrico externo aplicado: 𝐸𝑒
CONDUTORES

Supondo que E tem mesma orientação de I, e que a seção de


reta S é uniforme:

Substituindo a forma pontual da lei de ohm , tem-se

Se S não for uniforme:


CONDUTORES

Potência (W) será definida como a Força x Velocidade:

Lei de Joule
em circuitos: P = I²R

A densidade de potência (W/m³) será dada por:

Para um condutor com seção de reta uniforme dv = dS.dl


EXERCÍCIO - EXEMPLO
EXERCÍCIO – EXEMPLO – RESOLUÇÃO
EXERCÍCIO – ENTREGA DE AULA
AULA 4

POLARIZAÇÃO EM DIELÉTRICOS

• Link para discussão do assunto: https://www.youtube.com/watch?v=130S0LrTbn8

• Resposta de uma molécula dielétrica frente a um campo elétrico:

𝐸=0 𝐸
Momento de dipolo:
𝑝Ԧ = 𝑄. 𝑑Ԧ

Momento de dipolo induzido (polarizabilidade):


𝑑Ԧ 𝑝Ԧ = 𝛼. 𝐸 = 4𝜋𝜀𝑜 𝑅3 . 𝐸
Raio da molécula

Q. 𝐸𝑖𝑛𝑡 = 𝑄. 𝐸
POLARIZAÇÃO EM DIELÉTRICOS
Unidade de
volume do
• Em um dielétrico podemos definir a polarização em C/m², como: dielétrico
• O potencial devido a polarização do dielétrico em um ponto externo a ele será devido a duas
densidades de cargas ligadas (ou de polarização):

Uma distribuição superficial: Uma distribuição volumétrica:

• Se o dielétrico contiver cargas livres, haverá uma densidade de fluxo elétrico aumentada, em relação a esta no
espaço livre, devido ao termo de polarização:
• E Será possível falar de uma densidade superficial e
volumétrica de cargas livres em função de D ao invés de P

𝜌𝑠 = 𝐷. 𝑎𝑛 𝜌𝑣 = ∇. 𝐷
POLARIZAÇÃO EM DIELÉTRICOS LINEARES E
ISOTRÓPICOS

A polarização para dielétrico linear e isotrópico será dada por:

Das equações anteriores podemos concluir:


Em espaço livre e bons condutores: 𝜀𝑟 = 1

Rigidez dielétrica: Menor valor de E para o qual ocorre a


ruptura no dielétrico.

Constante dielétrica ou permissividade relativa

• Links para discussão do assunto: https://www.youtube.com/watch?v=tUiTgHufbHE


https://www.youtube.com/watch?v=ghPWTPmJu4s
LINEARES, ISOTRÓPICOS E HOMOGÊNEOS

Um material dielétrico é dito:


• Linear se D varia linearmente com E, ou seja 𝜀 não é função de E.
• Homogêneo se 𝜀 não varia na região que se está sendo considerada, ou seja, é o mesmo valor
em todos os pontos.
• Isotrópico se 𝜀 não varia com a direção.

O mesmo pode ser dito para um condutor com relação à 𝜎:


• Linear se 𝜎 não é função de E.
• Homogêneo se 𝜎 é o mesmo valor em todos os pontos.
• Isotrópico se 𝜎 não varia com a direção
EXERCÍCIO-EXEMPLO

• 6ª

• 7ª
EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE

• Pelo princípio de conservação de carga podemos chegar à:

Pelo teorema da divergência:

E fazendo: É possível chegar na Equação da continuidade de corrente:

Para correntes estacionárias ( I constante no tempo):

A lei de Kirchhoff das correntes é consequência dessa lei!!


TEMPO DE RELAXAÇÃO

• Veremos agora o que ocorre ao se inserir cargas no interior de um material, seja condutor ou dielétrico.
Para tanto, substituindo as duas equações a seguir na equação da continuidade, teremos:

Teremos a seguinte EDO Homogênea:

Cuja solução será dada por: Onde:

𝐸𝑚 𝑡 = 𝑇𝑟

O Tempo de relaxação será curto para bons condutores e longo para bons dielétricos.
CONDIÇÕES DE FRONTEIRA

• Vimos o caso de campo elétrico em meios homogêneos. Mas caso este campo esteja em uma região
formada por dois meios distintos, há que conhecer os meios, o campo em um deles e com a condição
de fronteira será possível determinar este campo no outro meio.
• Os meios podem ser:
➢ Diferentes dielétricos
Usaremos as equações de Maxwell:
➢ Condutor e dielétrico
➢ Condutor e espaço livre

• Links para discussão do assunto: https://www.youtube.com/watch?v=mf_rbJwCYHE


CONDIÇÕES DE FRONTEIRA

• Interface Dielétrico - Dielétrico


Aplicando a primeira equação de Maxwell no
caminho fechado abcda:

Na fronteira, fazendo ∆h → 0
e sabendo que  Et é Contínuo

Também podemos concluir que, sendo:

 Dt é descontínuo
CONDIÇÕES DE FRONTEIRA

• Interface Dielétrico - Dielétrico


Aplicando agora a segunda equação de Maxwell ao cilindro, e da mesma forma
fazendo ∆h → 0. Tem-se:

Se , então  Dn é Contínuo

 En é descontínuo
CONDIÇÕES DE FRONTEIRA

• Interface Dielétrico - Dielétrico


É possível também determinar o ângulo de refração do campo elétrico

Então:

Lei da refração de campo


elétrico para uma
fronteira livre de cargas
CONDIÇÕES DE FRONTEIRA
Considerando o condutor perfeito (𝜎 → ∞), seguiremos os mesmos passos
• Interface Condutor - Dielétrico anteriores, apenas com a ressalva que 𝐸𝑖𝑛𝑡 = 0 no condutor e portanto
também 𝐷𝑖𝑛𝑡 = 0
CONDIÇÕES DE FRONTEIRA

• Interface Condutor – Dielétrico. Podemos concluir que:

Além disso, o princípio da Gaiola de Faraday!!


file:///C:/Users/Valmara/Downloads/12730-Texto%20del%20art%C3%ADculo-33641-1-10-20151107.pdf
https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/136594/000860548.pdf?sequence=1
CONDIÇÕES DE FRONTEIRA

• Interface Condutor – Espaço livre

Sendo o espaço livre um dielétrico com 𝜀𝑟 = 1, então a


condição de fronteira será dada por:
EXERCÍCIO - EXEMPLO
EXERCÍCIO – EXEMPLO - RESOLUÇÃO
EXERCÍCIO – EXEMPLO - RESOLUÇÃO
EXERCÍCIO – EXEMPLO - RESOLUÇÃO
EXERCÍCIO – ENTREGA DE AULA
AULA 5

PROBLEMAS DE VALOR DE FRONTEIRA


• Em situações práticas em que para resolver um problema só dispomos das condições eletrostáticas
(carga e potencial) em alguma fronteira, faremos uso das Equações de Laplace e Poisson.

Substituindo,  Para meio NÃO HOMOGÊNEO

Se o meio for HOMOGÊNEO, ou seja 𝜀 é o mesmo valor em todos os pontos, podemos fazer:

 Equação de Poisson
Observe que podemos falar de Equação
de Poisson e de Laplace para meios não
homogêneos também!
 Caso 𝜌𝑣 = 0, teremos a Equação de Laplace
PROBLEMAS DE VALOR DE FRONTEIRA
• Do operador Laplaciano já conhecido podemos chagar na equação de Laplace nas três coordenadas:
cartesiana, cilíndrica e esférica

Ou na equação de Poisson se o
𝜌
lado direito for = − 𝜀𝑣
PROBLEMAS DE VALOR DE FRONTEIRA
EXERCÍCIO - EXEMPLO

Exemplo 6.1 do Shadiku, pag. 188


EXERCÍCIO - EXEMPLO

Exemplo 6.3 e 6.4 do Shadiku, pag. 192 Estudar exemplo 6.5


RESISTÊNCIA

• Vimos que para um condutor, se a seção reta S não for uniforme o cálculo da resistência será obtido a
partir de:

Podemos resolver como um problema de Valor de Fronteira, fazendo:

Alternativamente podemos
assumir um valor de corrente
Io e desta determinar a
diferença de potencial V.
EXERCÍCIO - EXEMPLO

• 4ª

Exemplo 6.8 do Shadiku, pag. 211


CAPACITÂNCIA

• De forma análoga podemos definir a capacitância, para uma seção reta S não for uniforme:

Onde E é o campo elétrico entre os dois condutores (placas do capacitor)

• Para determinar C de um capacitor de dois condutores podemos resolver como um problema de Valor de
Fronteira, utilizando um desses dois métodos:
CAPACITÂNCIA

• Utilizando o primeiro método (lei de Gauss), seguiremos os seguintes passos:

• Algumas configurações importantes de capacitores compostos de dois condutores, são:


➢ Capacitor de Placas Paralelas
➢ Capacitor Coaxial
➢ Capacitor Esférico
CAPACITOR DE PLACAS PARALELAS
• Assumindo: Placas de área S, separadas por uma distância d; d<< S, então o vazamento ou dispersão do
campo nas bordas são desprezíveis, portanto o campo entre placas será uniforme; A separação d é
preenchida por um dielétrico com constante 𝜀; Placas carregadas com cargas +Q e – Q, uniformemente
distribuídas.

Então:

É possível determinar a energia armazenada no capacitor, sendo:


CAPACITOR COAXIAL (CILÍNDRICO)

• Considerando o capacitor como ideal e Aplicando a lei de Gauss em superfície gaussiana arbitrária
cilíndrica teremos:

Logo:
CAPACITOR ESFÉRICO

• Considerando o capacitor como ideal e Aplicando a lei de Gauss em superfície gaussiana arbitrária
esférica teremos:

Logo:
RESISTÊNCIA E CAPACITÂNCIA
• Caso tenhamos mais de um capacitor, poderemos usar as relações já conhecidas:

Se em série Se em paralelo

• A partir das equações de R e de C gerais, é possível chegar no valor do tempo de relaxação Tr do meio
que separa os condutores, ou seja, o tempo que leva para carregar o capacitor num circuito RC, será
dado por:
Portanto, para capacitor de placas paralelas:

Portanto, para capacitor coaxial:


Portanto, para capacitor esférico:
EXERCÍCIO - EXEMPLO

Exemplo 6.10 do Shadiku, pag. 214


MÉTODO DAS IMAGENS

• Links para discussão do assunto : https://www.youtube.com/watch?v=EJPMFT0BK0I


MÉTODO DAS IMAGENS

• Carga pontual próxima de um plano condutor:

O potencial num ponto P (x,y,z) será:

• Carga pontual próxima de um plano condutor

A densidade superficial de carga induzida:

A carga total Induzida será:


MÉTODO DAS IMAGENS

• Linha de carga próxima de um plano condutor:


𝜌𝐿
O potencial num ponto P (x,y,z) será:

A densidade superficial de carga induzida:


A carga Induzida por unidade de comprimento do condutor será:
EXERCÍCIO – EXEMPLO
EXERCÍCIO – ENTREGA DE AULA

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