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Introdução

Os métodos de investigação científica ou o próprio conhecimento científico, tem como finalidade


conhecer o objecto estudado pelo homem através de um espírito científico, com uma mente
crítica, objectiva e racional, para que possa obter um conhecimento em que o homem penetra nas
diversas áreas da realidade para dela tomar posse, conforme mencionam Cervo e Bervian (2005),
e com isto trazer a capacidade de criação de meios que possam auxiliá-lo em seus exercícios.

A metodologia científica é o estudo dos métodos sendo importante disciplina que aborda
informações, ajuda mostrar os caminhos, os instrumentos quanto aos procedimentos têm que ser
adoptados ao fazer um trabalho científico. Só se amplia conhecimento edificando o saber pela
busca do aprendizado pela investigação tanto ao docente como o académico. Esse processo de
saber identificar os caminhos que se devem percorrer ao produzir conhecimento e poder colocar
em prática aquilo que aprendeu é muito significativo, envolvente e cativante. O docente necessita
do estudo da pesquisa objectivando resultados eficazes onde o académico aprenda praticar o que
aprendeu e desenvolver as aptidões de raciocínio, observação, formulação e testagem de
hipóteses que são pré-requisitos na pesquisa oportunizando o académico adquira novos
conhecimentos, (SEVERINO, 2000).

Objectivos:

Objectivo Geral

Objectivo Especifico
Metodologia Cientifica

A Metodologia Científica significa estudo dos métodos ou da forma, ou dos instrumentos


necessários para a construção de uma pesquisa científica, é uma disciplina a serviço da Ciência.
Metodologia é a parte onde será indicado o tipo de pesquisa que será empregado, as etapas a
serem realizadas. O conhecimento dos métodos que auxiliam na elaboração do trabalho
científico.

De acordo com, Libânio (2001, p. 39): O primeiro objectivo da disciplina de Metodologia


Científica é resgatar em nossos estudantes a capacidade de pensar. Pensar significa passar de um
nível espontâneo, primeiro e imediato a um nível reflexivo, segundo, mediado. O pensamento
pensa o próprio pensamento, para melhor captá-lo, distinguir a verdade do erro. Aprende-se a
pensar à medida que se souber fazer perguntas sobre o que se pensa.

A Metodologia Científica irá abordar as principais regras da produção científica para alunos dos
cursos de graduação, fornecendo uma melhor compreensão sobre a sua natureza e objectivos,
podendo auxiliar para melhorar a produtividade dos alunos e a qualidade das suas produções.

Neste sentido Libânio (2002, p. 43-47 apud PINTO, 2009, p. 3) descreve que existe um terceiro
ponto que norteia o ensino da Metodologia que é:

Aprender a fazer, que significa colocar-se num movimento histórico em que o presente assume
continuamente uma instância crítica em relação ao passado. Aprender a fazer captando o lado
ético de todo agir humano implica um senso de responsabilidade pois quanto mais cuidamos de
vislumbrar o futuro nos actos presentes, mais aprendemos a fazer. Aprender a fazer e a pensar
não é privilégio de inteligências. Grandes génios se perderam no encurralamento de seu saber
fragmentado e hiperespecializado, desenvolvendo experiências que terminaram em produtos
nefastos para a humanidade. Não se pode entender o investimento de inteligências na pesquisa de
armamentos de morte, a não ser porque essas pessoas nunca aprenderam a pensar e a fazer.

Importância de Metodologia de Investigação Cientifica para Estudante Universitários

O saber académico amparado pela metodologia e suas regras faz o aluno pensar, criar e entender
a pesquisa. E pela pesquisa que se consegue repassar a conexão entre técnicas e conhecimentos
de forma criativa, e fazer da criatividade a base de desenvolvimento da educação universitária em
sua plenitude. Uma Universidade destituída de emulações criativas limita-se à condição de mera
repetidora daquilo que outros centros já elaboraram. (BORNHEIM, 1993).
A MIC como disciplina na universidade se faz necessária, pois, a universidade é uma instituição
comprometida em ampliar o saber do sujeito, bem como da sociedade e da Humanidade. A
metodologia auxilia e orienta o universitário nas normas de investigação para tomar decisões
oportunas na busca do saber e na formação crítica e hábitos necessários a investigação científica.
O uso de processos metodológicos permitirá ao estudante desenvolver o silogismo e criatividade
(CERVO & BERVIAN, 2002). A metodologia científica fornece aos discentes um instrumento
indispensável para que sejam capazes de atingir os objectivos da academia, que são o estudo e a
pesquisa em qualquer área.

A metodologia nos possibilita escolher o melhor caminho, tornando o trabalho/estudo mais


prático e mais científico, além de resgatar nos alunos o pensar. Pensar significa passar de um
nível espontâneo, primeiro e imediato a um nível reflexivo, segundo mediado. O pensamento
pensa o próprio pensamento, para melhor captá-lo, distinguir a efectividade do erro. Aprende-se a
pensar quando se souber fazer perguntas daquilo que é reflectido. (LIBANEO 2001).

A prática reflexiva é bastante difundida no campo das discussões, e incorporada a textos e


documentos de forma quase integral e totalizadora (CAMPOS, DINIZ, 2004). Em meio às
mudanças educacionais o processo formativo de professores reflexivos pode ser caracterizado de
duas formas: pedagógica e académica, que correspondem respectivamente a processos que
conduzem ao exercício profissional, e a estudos específicos a nível científico sobre um tema.
(MIARALET, 1991).

Nesse contexto, a pesquisa assume papel importante, pois tanto docente, quanto o estudante fará
uso da pesquisa para aprimorar, pôr em prática e construir conhecimento de maneira significativa.
Severino (2000, p. 25 - 26) diz que o “professor precisa da prática da pesquisa para ensinar eficaz
mente; o aluno precisa dela para aprender eficaz e

Pinto (2009, p. 4) descreve que:

O método, quando incorporado a uma forma de trabalho ou de pensamento, leva o


indivíduo a adquirir hábitos e posturas diante de si mesmo, do outro e do mundo que só
têm a beneficiar a sua vida tanto profissional quanto social, afectiva, económica e
cultural. Por método entendemos caminho que se trilha para alcançar um determinado
fim, a tingir-se um objetivo; para os filósofos gregos metodologia era arte de dirigir o
espírito na investigação da verdade. Ora, as regras e passos metodológicos que são
ensinados na universidade, visando à inserção do estudante no mundo académico -
científico - que são pertinentes e necessárias - objectivam também, e, sobretudo, a criar
hábitos que o acompanharão por toda a sua vida, como o gosto pela leitura, a
compreensão dos diferentes interlocutores, um espírito crítico maduro e responsável, o
diálogo claro e profundo com os outros e com o mundo, a autodisciplina, o respeito à
alteridade e ao diferente, uma postura de humildade diante do pouco que se sabe e da
infinidade de saberes existentes, o exercício da ética e do respeito a quem pensa diferente,
a ousadia/coragem de expor o próprio pensar.

Ainda Pinto (2009) afirma que “o papel da disciplina de Metodologia da Pesquisa Científica nas
unidades de ensino académico deve ajudar os estudantes na experiência de sentirem-se cidadãos,
livres e responsáveis, a administrar suas emoções e exercitar o bom senso e a equidade”.

Observa-se que ao aplicar-se esta disciplina o professor/orientador deve ter bem evidente tal
papel, pois este lhe dará uma sustentabilidade maior para arguir com seu aluno sobre a
importância deste em sua formação académica.

Pois Libânio (2002, p. 58 apud PINTO, 2009, p. 05) enfatiza que:

O mundo acadêmico-científico é uma cartilha - um pouco mais elaborada - para aprender a arte
de com-viver. E viver-com é a arte de ser. Quando assimilarmos no quotidiano da vida, não
apenas as regras metodológicas da ABNT e suas infinitas excepções e peculiaridades, com o
objectivo de elaborar um trabalho científico de excelência, mas avançarmos, transformando as
mesmas regras frias e intelectuais em hábitos que integralizam a pessoa, então estaremos,
também, aprendendo a ser. Entrar nesse processo significa superarmos a tentação de medir tudo
em termos de eficiência e de interesses e substituirmos esses critérios quantitativos por
intensidade da comunicação, pela difusão dos conhecimentos e das culturas, pelo serviço
recíproco e a boa harmonia para levar adiante uma tarefa comum.

Portanto, esta maneira de enxergar e aprender esta disciplina talvez possa a vir contribuir para
uma maior actuação, ou seja, um desempenho dos professores/orientadores que se
responsabilizam pelo seu ensino, uma melhor aceitação da matéria por parte dos académicos,
nem sempre muito receptiva, proporcionando a estes um ensino eficaz e integrador.
Referências Bibliográficas

PINTO, M. J. F. A Metodologia da Pesquisa Científica como ferramenta na Comunicação


Empresarial. Artigo, 2009. Disponível em: . Acesso em: 05 de abr. 2011.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Pesquisa. In: LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A.


Técnica de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2001.

SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2000.

CIECHOWICZ, Marlene Perkoski. CIECHOWICZ, Franciele Cristina. A importância da


disciplina metodologia da pesquisa no curso de pedagogia: um estudo de caso. Revista
Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 09, Vol. 04, pp. 05-25.
Setembro de 2019.

CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2002.

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