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Experimentos de Ondas
Emerson Santana¹, Marcos Santana² e Natália Barbuda²
Resumo: Este experimento foi proposto pelo professor Climério Paulo, com o objetivo de
estudar os fenômenos ondulatórios, tornando possível compreender as relações como a da
velocidade, período, frequência, comprimento de ondas, entre outras. Bem como identificar os
tipos de ondas e analisar suas funções.
1. Introdução
A onda transporta energia sem transportar matéria, podendo ou não precisar de um meio
material para se propagar. Ela é causada por uma perturbação externa, onde uma pequena
porção de matéria se move em torno da posição de equilíbrio em que se encontrava, gerando
uma pequena perturbação na porção vizinha a si, desta forma a propagação da perturbação
externa acontece, sendo o sentido da propagação se afastando de onde foi gerado. As ondas
podem ser
Desta forma podemos estudar neste relatório a geração de onda em uma corda, onde uma
força externa faz com que ela suba e desça, assim propagando energia mas a corda tem um
tamanho finito e é a mesma. Ondas sonoras, onde a massa de ar se expande e se comprime,
propagando a energia. Ondas de uma gota d’água, onde a perturbação na água gera uma onda
bidimensional. E também a onda de luz, no qual frequências diferentes geram cores diferentes
(luz visível), ultravioleta e o infravermelho e sendo essa, diferente das anteriormente citadas,
capaz de se propagar sem necessitar de um meio material, ou seja, se propaga no vácuo.
Há dois tipos de ondas, as mecânicas, que necessitam de um meio material para se propagar e,
as eletromagnéticas, que não necessitam de um meio material.
E como:
Por fim, também existem as ondas estacionárias, que ocorre quando duas ondas periódicas de
frequências, comprimentos de onda e amplitudes iguais, que se propagam em sentidos
opostos, formam uma superposição construtiva e destrutiva localizada, onde essas
interferências formam, respectivamente, os antinós ou ventres, e os nós.
2. Metodologia
A atividade proposta consiste na análise de 3 experimentos (água, som e luz) e também na
análise de dois vídeos (Tubo de Kundt e Corda Vibrante).
Para o terceiro experimento, luz, escolhemos a posição 8 para a amplitude e tentamos deixar
as frequências para as cores conhecidas, vermelho, laranja, amarelo, verde, ciano, azul e roxo.
Assim pudemos medir o período de oscilação e os comprimentos de onda, então calcular a
frequência e aplicar o MMQ.
Para o quarto experimento, o experimento foi realizado por vídeo, então anotamos os valores
de frequência e observamos os harmônicos.
3. Resultados
3.1 Experimento 1 - Água
Com estes dados coletados foi possível descrever a equação de onda senoidal para as
ondas bidimensionais transversais.
3.2 Experimento 2 - Som
Para o cálculo da velocidade da onda pelo método dos mínimos quadrados foi realizada a
linearização da equação. Sabemos que a velocidade de uma onda é: 𝑣 = 𝑓 · λ, mas como
nosso gráfico era a relação 𝑓 × λ, modificamos a equação para:
𝑓 = 𝑣/λ
𝑦=𝑎·𝑥+𝑏
Então o 𝑦 = 𝑓, 𝑎 = 𝑣, 𝑥 = 1/λe 𝑏 = 0
Obtemos a equação 𝑦 = 330, 2 𝑥 + 17, 93, onde o valor do coeficiente b deveria ser
aproximadamente nulo. No entanto, neste tipo de medida, além de ser por meio virtual de
aproximações, possuem erros de leitura das ferramentas, ou seja erros aleatórios e
instrumentais.
Com este métodos obtemos que nossa velocidade de onda é, pelo coeficiente A, de:
𝑣 = 330, 2 𝑚/𝑠 e sendo esta uma onda mecânica tridimensional sonora, sabemos que a
velocidade do som, na Terra, propagado no ar, à 20º𝐶 e no nível do mar tem valor teórico de
343 𝑚/𝑠, sendo assim, chegamos um valor bem próximo do que era esperado, com uma
discrepância relativa de 3, 72% o que é aceitável para experimentos da natureza, ou seja, é
coerente com o esperado.
Se observarmos o valor teórico para velocidade do som no ar, nas mesmas condições, mas à
0 º𝐶 é de 331 𝑚/𝑠. Supondo que não há melhores informações das condições do experimento
virtual, é possível imaginar que o experimento seja realizado à esta temperatura, onde a
discrepância relativa é de apenas 0, 23%.
3.3 Experimento 2
O tipo de onda do experimento proposto (Som) é longitudinal, visto que as ondas possuem a
sua direção de vibração a mesma da direção de sua trajetória, ou seja, o movimento da matéria
ocorre na mesma direção do movimento da onda.
Para o cálculo da velocidade da onda pelo método dos mínimos quadrados, novamente, foi
realizada a linearização da equação. Usamos o mesmo método do Experimento 2:
𝑓 = 𝑣/λ
𝑦=𝑎·𝑥+𝑏
Então o 𝑦 = 𝑓, 𝑎 = 𝑣, 𝑥 = 1/λe 𝑏 = 0
8 13
Obtemos a equação 𝑦 = 2, 8 × 10 𝑥 + 2, 1 × 10 , onde o valor do coeficiente b deveria
ser aproximadamente nulo. No entanto, neste tipo de medida, além de ser por meio virtual de
aproximações, possuem erros de leitura das ferramentas, ou seja erros aleatórios e
instrumentais. Também, estamos medindo valores de alta frequência, e comprimentos na
escala de micrômetros e períodos na escala de femtosegundos.
Com este métodos obtemos que nossa velocidade da luz é, encontrado pelo coeficiente A, de:
𝑣 = 284. 725. 372 𝑚/𝑠 e sendo esta uma onda eletromagnética tridimensional luminosa,
sabemos que a velocidade da luz, propaga no vácuo é de, aproximadamente,
299. 792. 458 𝑚/𝑠, sendo assim, chegamos um valor próximo do que era esperado, com uma
discrepância relativa de 5, 026% o que é aceitável para experimentos da natureza, ou seja, é
coerente com o esperado.
3.5 Experimento 4
Observamos que ao mudar de cor, a frequência de oscilação é diferente. Para as cores mais
quentes, próximas do vermelho, a frequência é mais baixa, enquanto que para as cores mais
frias, próximas do violeta, a frequência é mais alta. Observamos também que os comprimentos
de onda seguem o padrão oposto.
O Tubo de Kundt é uma montagem experimental desenvolvida no século XIX pelo físico alemão
August A. E. E. Kundt (1839-1894) para elucidar a formação dos harmônicos sonoros em tubo
fechado. Basicamente, ele usou um tubo de vidro com uma pequena quantidade de pó de
cortiça e um pistão. Ao gerar som no tubo, o pó de cortiça se emaranhava de forma que
formava, o que hoje conhecemos como nós e antinós, os harmônicos.
Para ondas estacionárias podemos usar relações entre comprimento do tubo (𝐿), a ordem do
harmônico (𝑛) e o comprimento de onda (λ). Verificamos que os harmônicos no tubo de
Kundt são formados completamente, ou seja, há nós nas duas extremidades. Devido a isso
usamos a relação:
𝑛·λ
𝐿= 2
𝑇 𝑚
𝑣= µ
; sendo: µ = 𝐿
Relacionando a tensão aplicada na corda aos harmônicos obtidos no vídeo, ajustando a relação
matemática entre estas 2 grandezas, deduz-se que tensão e harmônicos são inversamente
proporcionais, de forma que a tensão vai diminuindo conforme o harmônico aumenta. Usando
conceitos do experimento do Tubo de Kundt encontramos a relação matemática entre Tensão
𝑇 e os harmônicos 𝑛:
𝑇 2𝐿
𝑓 = 𝑣 ÷ λ ⇔𝑓 = µ
÷ 𝑛
⇔
2
( )
2
2 2
⇔ 𝑓𝑛 ( ) =
𝑛
2𝐿
·
𝑇
µ
⇔ 𝑓𝑛 =
𝑛
4𝐿
2 ·
𝑇
µ
⇔
2 2 −2
𝑇 = 𝑓𝑛 · 4 𝐿 · µ · 𝑛
Sendo 𝑓𝑛 a frequência necessária para gerar o harmônico𝑛. A partir desta relação matemática,
podemos realizar uma melhor linearização para obter o valor da densidade linear da corda µ de
forma direta:
𝑇 µ 𝑇 −2
2 2 = 2 ⇔ 2 2 = µ ·𝑛
𝑓𝑛· 4 𝐿 𝑛 𝑓𝑛· 4 𝐿
Esta relação é claramente possível, pois o vídeo apresentou a tensão e a frequência para cada
harmônico demonstrado, além de fornecer o comprimento da corda de 𝐿 = 0, 50 𝑚. Como
mostra o gráfico x, temos uma reta para o log-log então devemos aplicar o logaritmo para o 𝑦 e
𝑎
o 𝑥 da nossa equação. Para aplicação do MMQ consideramos que 𝑦' = 𝑏'𝑥' e pela nossa
linearização temos que:
𝑇
𝑦= 2 2 ; 𝑎 = µ; 𝑥 = 𝑛 e 𝑏 = 0
𝑓𝑛· 4 𝐿
E o resultado para o MMQ é:
Por fim, verificamos que o valor do coeficiente 𝑎 = (− 2 ± 0, 5), como queríamos, visto que
−2
o número de harmônico linearizado é 𝑛 , e o coeficiente 𝑏 = (− 0, 95 ± 1, 4). Então a
densidade linear de massa da corda é justamente:
𝑏' −0,95
µ = 𝑒 =𝑒 = 0, 386741023 𝑘𝑔/𝑚
4. Considerações Finais
Pudemos aprender e entender as relações entre as características e os tipos de cordas. Foi
possível construir a equação de onda formada por uma gota d'água, assim como calcular por
meio do método dos mínimos quadrados a velocidade do som e da luz.
5. Bibliografia
[1] HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de Física. 8. ed. Rio de
Janeiro, RJ: LTC, 2009 vol 4;