Você está na página 1de 3

LEI Nº 4.717, DE 29 DE JUNHO DE 1965.

por limite a repercussã o deles sobre a contribuiçã o dos cofres         Art. 4º São também nulos os seguintes atos ou contratos,
pú blicos. praticados ou celebrados por quaisquer das pessoas ou entidades
Regula a açã o popular.
        § 3º A prova da cidadania, para ingresso em juízo, será feita referidas no art. 1º.
       com o título eleitoral, ou com documento que a ele corresponda.         I - A admissã o ao serviço pú blico remunerado, com
  O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso         § 4º Para instruir a inicial, o cidadã o poderá requerer à s desobediência, quanto à s condiçõ es de habilitaçã o, das normas
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: entidades, a que se refere este artigo, as certidões e legais, regulamentares ou constantes de instruções gerais.
        Art. 1º Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a informações que julgar necessá rias, bastando para isso indicar a         II - A operaçã o bancá ria ou de crédito real, quando:
anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao finalidade das mesmas.         a) for realizada com desobediência a normas legais,
patrimônio da Uniã o, do Distrito Federal, dos Estados, dos         § 5º As certidõ es e informaçõ es, a que se refere o pará grafo regulamentares, estatutá rias, regimentais ou internas;
Municípios, de entidades autá rquicas, de sociedades de economia anterior, deverã o ser fornecidas dentro de 15 (quinze) dias da         b) o valor real do bem dado em hipoteca ou penhor for
mista, de sociedades mú tuas de seguro nas quais a Uniã o entrega, sob recibo, dos respectivos requerimentos, e só poderã o inferior ao constante de escritura, contrato ou avaliaçã o.
represente os segurados ausentes, de empresas pú blicas, de ser utilizadas para a instruçã o de açã o popular.         III - A empreitada, a tarefa e a concessão do serviço pú blico,
serviços sociais autô nomos, de instituiçõ es ou fundaçõ es para         § 6º Somente nos casos em que o interesse pú blico, quando:
cuja criaçã o ou custeio o tesouro pú blico haja concorrido ou devidamente justificado, impuser sigilo, poderá ser negada         a) o respectivo contrato houver sido celebrado sem prévia
concorra com mais de 50% (cinquenta por cento) do patrimô nio certidã o ou informaçã o. concorrência pú blica ou administrativa, sem que essa condiçã o
ou da receita â nua, de empresas incorporadas ao patrimô nio da         § 7º Ocorrendo a hipó tese do pará grafo anterior, a ação seja estabelecida em lei, regulamento ou norma geral;
Uniã o, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de poderá ser proposta desacompanhada das certidõ es ou         b) no edital de concorrência forem incluídas clá usulas ou
quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos informaçõ es negadas, cabendo ao juiz, apó s apreciar os motivos condiçõ es, que comprometam o seu cará ter competitivo;
cofres pú blicos. do indeferimento, e salvo em se tratando de razã o de segurança         c) a concorrência administrativa for processada em
nacional, requisitar umas e outras; feita a requisiçã o, o processo condiçõ es que impliquem na limitaçã o das possibilidades
correrá em segredo de justiça, que cessará com o trâ nsito em normais de competiçã o.
Qualquer cidadã o é parte legítima para propor ação popular que
julgado de sentença condenató ria.         IV - As modificaçõ es ou vantagens, inclusive prorrogações que
vise a anular ato lesivo ao patrimô nio pú blico ou de entidade de
        Art. 2º Sã o nulos os atos lesivos ao patrimô nio das entidades forem admitidas, em favor do adjudicatá rio, durante a execução
que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio
mencionadas no artigo anterior, nos casos de: dos contratos de empreitada, tarefa e concessã o de serviço
ambiente e ao patrimô nio histó rico e cultural, ficando o autor,
        a) incompetência; pú blico, sem que estejam previstas em lei ou nos respectivos
salvo comprovada má -fé, isento de custas judiciais e do ô nus da
        b) vício de forma; instrumentos;
sucumbência. (Art. 5º, LXXIII, da CF)
        c) ilegalidade do objeto;         V - A compra e venda de bens mó veis ou imó veis, nos casos
        d) inexistência dos motivos; em que nã o cabível concorrência pú blica ou administrativa,
365 STF. Pessoa jurídica nã o tem legitimidade para propor açã o quando:
        e) desvio de finalidade.
popular.         a) for realizada com desobediência a normas legais,
        Pará grafo ú nico. Para a conceituaçã o dos casos de nulidade
observar-se-ã o as seguintes normas: regulamentares, ou constantes de instruçõ es gerais;
101 STF. O mandado de segurança nã o substitui a ação popular.         a) a incompetência fica caracterizada quando o ato nã o se         b) o preço de compra dos bens for superior ao corrente no
incluir nas atribuiçõ es legais do agente que o praticou; mercado, na época da operação;
Aquele que não é eleitor em certa circunscriçã o eleitoral nã o         b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância         c) o preço de venda dos bens for inferior ao corrente no
necessariamente deixa de ser eleitor, podendo apenas exercer incompleta ou irregular de formalidades indispensá veis à mercado, na época da operação.
sua cidadania em outra circunscriçã o. Se for eleitor, é cidadã o existência ou seriedade do ato;         VI - A concessã o de licença de exportaçã o ou importaçã o,
para fins de ajuizamento de ação popular. (STJ – RESp: 1242800         c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato qualquer que seja a sua modalidade, quando:
MS 2011/0050678-0, Relator Ministro Mauro Campbell Marques, importa em violaçã o de lei, regulamento ou outro ato normativo;         a) houver sido praticada com violação das normas legais e
data de julgamento: 07/06/2011, T2 – Segunda Turma, data de         d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de regulamentares ou de instruçõ es e ordens de serviço;
publicaçã o: DJe 14/06/2011) fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente         b) resultar em exceçã o ou privilégio, em favor de exportador
inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido; ou importador.
        § 1º Consideram-se patrimô nio pú blico para os fins referidos         e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o VII - A operaçã o de redesconto quando sob qualquer aspecto,
ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou inclusive o limite de valor, desobedecer a normas legais,
neste artigo, os bens e direitos de valor econômico, artístico,
estético, histórico ou turístico. implicitamente, na regra de competência. regulamentares ou constantes de instruçõ es gerais.
        Art. 3º Os atos lesivos ao patrimô nio das pessoas de direito VIII - O empréstimo concedido pelo Banco Central da
        § 2º Em se tratando de instituiçõ es ou fundaçõ es, para cuja
criaçã o ou custeio o tesouro pú blico concorra com menos de 50% pú blico ou privado, ou das entidades mencionadas no art. 1º, Repú blica, quando:
cujos vícios nã o se compreendam nas especificaçõ es do artigo a) concedido com desobediência de quaisquer normas legais,
(cinquenta por cento) do patrimô nio ou da receita â nua, bem
como de pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas, as anterior, serã o anulá veis, segundo as prescriçõ es legais, enquanto regulamentares, regimentais ou constantes de instruçõ es gerias:
compatíveis com a natureza deles. b) o valor dos bens dados em garantia, na época da operaçã o,
consequências patrimoniais da invalidez dos atos lesivos terã o
for inferior ao da avaliação.
IX - A emissã o, quando efetuada sem observâ ncia das normas § 1º Se nã o houver benefício direto do ato lesivo, ou se for ele juízo e publicado 3 (três) vezes no jornal oficial do Distrito
constitucionais, legais e regulamentadoras que regem a espécie. indeterminado ou desconhecido, a açã o será proposta somente Federal, ou da Capital do Estado ou Territó rio em que seja
contra as outras pessoas indicadas neste artigo. ajuizada a açã o. A publicação será gratuita e deverá iniciar-se no
DA COMPETÊ NCIA § 2º No caso de que trata o inciso II, item "b", do art. 4º, máximo 3 (três) dias apó s a entrega, na repartiçã o competente,
quando o valor real do bem for inferior ao da avaliaçã o, citar-se- sob protocolo, de 1 (uma) via autenticada do mandado.
        Art. 5º Conforme a origem do ato impugnado, é competente ã o como réus, além das pessoas pú blicas ou privadas e entidades         III - Qualquer pessoa, beneficiada ou responsá vel pelo ato
para conhecer da açã o, processá -la e julgá -la o juiz que, de acordo referidas no art. 1º, apenas os responsá veis pela avaliaçã o inexata impugnado, cuja existência ou identidade se torne conhecida no
com a organizaçã o judiciá ria de cada Estado, o for para as causas e os beneficiá rios da mesma. curso do processo e antes de proferida a sentença final de
que interessem à Uniã o, ao Distrito Federal, ao Estado ou ao primeira instâ ncia, deverá ser citada para a integraçã o do
Município. II - A operação bancá ria ou de crédito real, quando: contraditó rio, sendo-lhe restituído o prazo para contestaçã o e
        § 1º Para fins de competência, equiparam-se atos da Uniã o, (...) produçã o de provas, salvo, quanto a beneficiá rio, se a citaçã o se
do Distrito Federal, do Estado ou dos Municípios os atos das b) o valor real do bem dado em hipoteca ou penhor for inferior ao houver feito na forma do inciso anterior.
pessoas criadas ou mantidas por essas pessoas jurídicas de constante de escritura, contrato ou avaliação.         IV - O prazo de contestaçã o é de 20 (vinte) dias, prorrogá veis
direito pú blico, bem como os atos das sociedades de que elas por mais 20 (vinte), a requerimento do interessado, se
sejam acionistas e os das pessoas ou entidades por elas particularmente difícil a produção de prova documental, e será
        § 3º A pessoas jurídica de direito pú blico ou de direito
subvencionadas ou em relaçã o à s quais tenham interesse comum a todos os interessados, correndo da entrega em cartó rio
privado, cujo ato seja objeto de impugnaçã o, poderá abster-se de
patrimonial. do mandado cumprido, ou, quando for o caso, do decurso do
contestar o pedido, ou poderá atuar ao lado do autor, desde que
        § 2º Quando o pleito interessar simultaneamente à Uniã o e a prazo assinado em edital.
isso se afigure útil ao interesse público, a juízo do respectivo
qualquer outra pessoas ou entidade, será competente o juiz das         V - Caso nã o requerida, até o despacho saneador, a produçã o
representante legal ou dirigente.
causas da Uniã o, se houver; quando interessar simultaneamente de prova testemunhal ou pericial, o juiz ordenará vista às partes
ao Estado e ao Município, será competente o juiz das causas do por 10 (dez) dias, para alegaçõ es, sendo-lhe os autos conclusos,
        § 4º O Ministério Pú blico acompanhará a açã o, cabendo-lhe para sentença, 48 (quarenta e oito) horas apó s a expiraçã o desse
Estado, se houver.
apressar a produçã o da prova e promover a responsabilidade, prazo; havendo requerimento de prova, o processo tomará o rito
        § 3º A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo civil ou criminal, dos que nela incidirem, sendo-lhe vedado, em ordinário.
para todas as açõ es, que forem posteriormente intentadas contra qualquer hipótese, assumir a defesa do ato impugnado ou dos         VI - A sentença, quando nã o prolatada em audiência de
as mesmas partes e sob os mesmos fundamentos. seus autores. instrução e julgamento, deverá ser proferida dentro de 15
        § 4º Na defesa do patrimô nio pú blico caberá a suspensã o         § 5º É facultado a qualquer cidadã o habilitar-se como (quinze) dias do recebimento dos autos pelo juiz.
liminar do ato lesivo impugnado. litisconsorte ou assistente do autor da ação popular.         Pará grafo ú nico. O proferimento da sentença além do prazo
estabelecido privará o juiz da inclusã o em lista de merecimento
Determinado cidadã o propô s “açã o popular” contra a Presidente DO PROCESSO para promoçã o, durante 2 (dois) anos, e acarretará a perda, para
da Repú blica pedindo que ela fosse condenada à perda da funçã o
efeito de promoçã o por antiguidade, de tantos dias quantos
pú blica e à privaçã o dos direitos políticos. A competência para         Art. 7º A açã o obedecerá ao procedimento ordiná rio, previsto forem os do retardamento, salvo motivo justo, declinado nos
julgar essa açã o é do STF? no Có digo de Processo Civil, observadas as seguintes normas autos e comprovado perante o ó rgã o disciplinar competente.
NÃ O. O STF não possui competência originá ria para processar e modificativas:         Art. 8º Ficará sujeita à pena de desobediência, salvo motivo
julgar açã o popular, ainda que ajuizada contra atos e/ou
        I - Ao despachar a inicial, o juiz ordenará : justo devidamente comprovado, a autoridade, o administrador ou
omissõ es do Presidente da Repú blica. A competência para julgar
        a) além da citaçã o dos réus, a intimaçã o do representante do o dirigente, que deixar de fornecer, no prazo fixado no art. 1º, §
açã o popular contra ato de qualquer autoridade, até mesmo do
Ministério Pú blico; 5º, ou naquele que tiver sido estipulado pelo juiz (art. 7º, n. I,
Presidente da Repú blica, é, via de regra, do juízo de 1º grau. STF.
        b) a requisiçã o, à s entidades indicadas na petição inicial, dos letra "b"), informaçõ es e certidã o ou fotocó pia de documento
Plená rio. Pet 5856 AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em
documentos que tiverem sido referidos pelo autor (art. 1º, § 6º), necessá rios à instruçã o da causa.
25/11/2015 (Info 811).
bem como a de outros que se lhe afigurem necessá rios ao         Pará grafo ú nico. O prazo contar-se-á do dia em que entregue,
esclarecimento dos fatos, ficando prazos de 15 (quinze) a 30 sob recibo, o requerimento do interessado ou o ofício de
DOS SUJEITOS PASSIVOS DA AÇÃ O E DOS ASSISTENTES (trinta) dias para o atendimento. requisiçã o (art. 1º, § 5º, e art. 7º, n. I, letra "b").
       
        § 1º O representante do Ministério Pú blico providenciará         Art. 9º Se o autor desistir da açã o ou der motivo à absolviçã o
Art. 6º A açã o será proposta contra as pessoas pú blicas ou para que as requisiçõ es, a que se refere o inciso anterior, sejam da instâ ncia, serã o publicados editais nos prazos e condiçõ es
privadas e as entidades referidas no art. 1º, contra as atendidas dentro dos prazos fixados pelo juiz. previstos no art. 7º, inciso II, ficando assegurado a qualquer
autoridades, funcioná rios ou administradores que houverem         § 2º Se os documentos e informaçõ es nã o puderem ser cidadã o, bem como ao representante do Ministério Pú blico,
autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, oferecidos nos prazos assinalados, o juiz poderá autorizar dentro do prazo de 90 (noventa) dias da ú ltima publicação feita,
ou que, por omissas, tiverem dado oportunidade à lesã o, e contra prorrogaçã o dos mesmos, por prazo razoá vel. promover o prosseguimento da açã o.
os beneficiá rios diretos do mesmo.         II - Quando o autor o preferir, a citaçã o dos beneficiá rios far-         Art. 10. As partes só pagarã o custas e preparo a final. (Nã o
se-á por edital com o prazo de 30 (trinta) dias, afixado na sede do recepcionado pela Constituiçã o Federal.)
Ministério Pú blico a promoverá nos 30 (trinta) dias seguintes, Art. 22. Aplicam-se à açã o popular as regras do Có digo de
Art. 5º, LXXIII, da CF: qualquer cidadã o é parte legítima para sob pena de falta grave. Processo Civil, naquilo em que nã o contrariem os dispositivos
propor açã o popular que vise a anular ato lesivo ao patrimô nio         Art. 17. É sempre permitida à s pessoas ou entidades desta lei, nem a natureza específica da açã o.
pú blico ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade referidas no art. 1º, ainda que hajam contestado a ação,
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimô nio histó rico e promover, em qualquer tempo, e no que as beneficiar, a execuçã o
cultural, ficando o autor, salvo comprovada má -fé , isento de da sentença contra os demais réus.
custas judiciais e do ô nus da sucumbência;
Art. 18. A sentença terá eficácia de coisa julgada oponível
        Art. 11. A sentença que, julgando procedente a açã o popular, "erga omnes", exceto no caso de haver sido a açã o julgada
decretar a invalidade do ato impugnado, condenará ao improcedente por deficiência de prova; neste caso, qualquer
pagamento de perdas e danos os responsá veis pela sua prá tica e cidadão poderá intentar outra açã o com idêntico fundamento,
os beneficiá rios dele, ressalvada a açã o regressiva contra os valendo-se de nova prova.
funcioná rios causadores de dano, quando incorrerem em culpa.
Art. 19. A sentença que concluir pela carência ou pela
        Art. 12. A sentença incluirá sempre, na condenaçã o dos réus, improcedência da ação está sujeita ao duplo grau de jurisdiçã o,
o pagamento, ao autor, das custas e demais despesas, judiciais e nã o produzindo efeito senã o depois de confirmada pelo tribunal;
extrajudiciais, diretamente relacionadas com a açã o e da que julgar a açã o procedente caberá apelaçã o, com efeito
comprovadas, bem como o dos honorá rios de advogado. suspensivo.

        Art. 13. A sentença que, apreciando o fundamento de direito Nã o se admite o cabimento da remessa necessá ria, tal como
do pedido, julgar a lide manifestamente temerária, condenará o prevista no art. 19 da Lei nº 4.717/65, nas açõ es coletivas que
autor ao pagamento do décuplo (10x) das custas. versem sobre direitos individuais homogêneos.
Ex.: açã o proposta pelo MP tutelando direitos individuais
        Art. 14. Se o valor da lesã o ficar provado no curso da causa, homogêneos de consumidores. STJ. 3ª Turma. REsp 1374232-ES,
será indicado na sentença; se depender de avaliaçã o ou perícia, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 26/09/2017 (Info 612).
será apurado na execuçã o.
        § 1º Quando a lesão resultar da falta ou isenção de         § 1º Das decisõ es interlocutó rias cabe agravo de
qualquer pagamento, a condenação imporá o pagamento instrumento.
devido, com acréscimo de juros de mora e multa legal ou         § 2º Das sentenças e decisõ es proferidas contra o autor da
contratual, se houver. açã o e suscetíveis de recurso, poderá recorrer qualquer cidadã o e
        § 2º Quando a lesão resultar da execução fraudulenta, também o Ministério Pú blico.
simulada ou irreal de contratos, a condenação versará sobre a
reposiçã o do débito, com juros de mora. DISPOSIÇÕ ES GERAIS
        § 3º Quando o réu condenado perceber dos cofres pú blicos, a
execuçã o far-se-á por desconto em folha até o integral Art. 20. Para os fins desta lei, consideram-se entidades
ressarcimento do dano causado, se assim mais convier ao autá rquicas:
interesse público. a) o serviço estatal descentralizado com personalidade
        § 4º A parte condenada a restituir bens ou valores ficará jurídica, custeado mediante orçamento pró prio, independente do
sujeita a sequestro e penhora, desde a prolaçã o da sentença orçamento geral;
condenató ria. b) as pessoas jurídicas especialmente instituídas por lei, para
        Art. 15. Se, no curso da açã o, ficar provada a infringência da a execuçã o de serviços de interesse pú blico ou social, custeados
lei penal ou a prá tica de falta disciplinar a que a lei comine a pena por tributos de qualquer natureza ou por outros recursos
de demissã o ou a de rescisã o de contrato de trabalho, o juiz, "ex- oriundos do Tesouro Pú blico;
officio", determinará a remessa de có pia autenticada das peças c) as entidades de direito pú blico ou privado a que a lei tiver
necessá rias à s autoridades ou aos administradores a quem atribuído competência para receber e aplicar contribuiçõ es
competir aplicar a sançã o. parafiscais.
        Art. 16. Caso decorridos 60 (sessenta) dias da publicaçã o da Art. 21. A ação prevista nesta lei prescreve em 5 (cinco) anos.
sentença condenató ria de segunda instância, sem que o autor ou
terceiro promova a respectiva execução, o representante do

Você também pode gostar