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MEDIUNIDADE NA UMBANDA

Desenvolvido e ministrado por Rodrigo Queiroz

Aula Digitada 10 Parte 03


Obs.: este documento é a transcrição fiel do discurso das vídeo-aulas, portanto poderá conter erros
gramaticais mantendo a originalidade da origem.

Muito bem. Voltando, dando continuidade aqui a nossa décima aula e vamos falar agora sobre
oferendas e seus efeitos colaterais. Porque engraçado, é curioso que, embora, a oferenda seja
muito convencional dentro da Umbanda e convencional na maioria das religiões naturais, religiões
voltada a reconhecimento da natureza como presença de Deus. Existe uma resistência com muitos,
existe uma desimportância por outros, eu vejo resistência muitos aqueles que vêm do Espiritismo,
eu vejo uma desimportância muitos daqueles que não se debruçou a entender e eu vejo um
automatismo na maioria que faz porque falou para fazer. Então – me perdoe, mas eu vou de novo
ouro merchan – temos o curso na plataforma sobre Oferendas na Umbanda – A Magia das Oferendas,
que é um curso meu, pelo grande Rodrigo Queiroz e que eu indico com todas as forças porque é um
curso que eu sei que quando você tem acesso a ele muda muito sua relação com a natureza, com os
elementos, com a prática ofertatória e você aprende coisas ali na terapia prânica que é incrível
que só fazendo você vai entender – então, que foi no momento trazido pelo Pajé Arranca-Toco
porque há uma importância, há uma necessidade séria de lidar com esse tema. Então, quando você
chega no Terreiro, começa a desenvolver a mediunidade, surge aí um processo e eu acho, me
parece assim, eu tenho pra mim que é o período que o indivíduo mais faz oferenda. Porque ele vai
ter, olha, normalmente é assim – claro que cada lugar tem suas particularidades, mas no geral é
assim – se faz oferenda para todos os Orixás e se for na Umbanda Sagrada são quatorze, se faz
oferenda para todas as linhas de trabalho, se for na Umbanda Sagrada são muitas, se faz oferenda
para a Esquerda. Então, esse processo de oferenda ele é muito importante, é importante para
aceitar suas vibrações, pra criar maior condição conectiva, pra criar maior estabilidade vibratória,
mas, não, nunca, jamais para deixar o Guia forte, pra alimentar o Orixá como é a cultura popular
sobre oferenda. Essa ideia de que você tem que fazer a oferenda ou a malah para o Guia porque o
Guia precisa comer. Gente, isso é, olha é uma infantilidade nos dias de hoje ter essa ideia. Aquele
que fala assim “Ah, mas, por que o Guia não vai no pomar e pega lá o que ele precisa”, porque tem
leis espirituais que proíbem isso obviamente. Mas, a oferenda, vamos entender basicamente, a
oferenda é um rito, é um processo ritualístico que tem toda uma atuação desde que o indivíduo
acorda naquele dia determinado a fazer sua oferente. Então, ele acorda, ele pensa, ele planeja,
ele vai comprar os elementos, ele vai no local fazer, então, tudo isso é o ritual. Não é lá só na hora
em que ele corta as frutas, coloca ali e bate palma, canta pontos e... não é aí, é tudo isso, que vai
criando uma integração emocional no indivíduo com aquela força espiritual que vai ser ofertada.
Então, supondo que ele vai ofertar Oxóssi, então, ele acorda, ele vai, ele se prepara, vai no
hortifrúti, ele compra os elementos, vai na lojinha de artigo religioso compra as velas, compra
charuto, com as coisas, vai se preparando. Aí ele sai, ele vai para casa, vai tomar o banho dele de
ervas, ele vai firmar seu Anjo da Guarda, vai firmar o Caboclo, vai firmar Oxóssi em casa e aí ele
vai pra mata e chega na mata pede licença, ele cria um processo de reverência àquele santuário,
entra, acha ali o pé de uma árvore agradável em que ele veja na árvore ali “Puxa, é aqui” e ele
limpa o chão, ele forra o chão com as folhagens, ele colhe essas folhagens, ele está cantando, ele
está concentrando. Então, é tudo esse tempo devotado aquela força espiritual, ao Orixá Oxóssi, no
caso. E ele vai lentamente cortar as frutas, ele vai por, ele vai armar o banquete, vai decorar
aquilo, vai por as flores, vai enterrar a flor, vai por bonitinho, vai por os líquidos, vai acender as
velas, vai acender o charuto, aquela coisa toda, acender o incenso e canta, reza, bate palma.
Então, tudo isso está antes de tudo emocionalmente criando um vínculo com o Orixá. Quando ele
põe, ele arria a oferenda, aí entra um outro processo, aí vem a espiritualidade, vem ali, extrai o
prana e com aquele prana extraído já agora amalgamado, ou seja, misturado, transformado numa
poção energética, então, aplica-se no fiel, naquele indivíduo ali que está fazendo ritual.
Então, a oferenda, ela é um processo ritualístico de religare, portanto, com aquela força de
conexões, mas, na técnica na hora que está ali posto, aquele prana extraído não é para a entidade
e nem para o Orixá, é para depositar no próprio indivíduo. E nesse momento em que deposita
aquele prana, combinado com a força daquele Orixá, administrado pelo Guia espiritual, cria uma
alteração vibratória no indivíduo, aquilo é um bálsamo, é uma energia mais densificada que ficará
por idas e dias no campo energético do indivíduo e que isso vai sendo metabolizado pelo chakras e
vai alterando definitivamente as vibrações, vai alterando definitivamente a flexibilidade dos
chakras em contato essas novas vibrações que terá, preparando, laceando o campo magnético,
energético do médium para efetivamente as conexões da incorporação acontecerem. Então, é
muito, muito, muito rico, os efeitos colaterais da oferenda são esses e emocionais é muito
individual. Porque nesse processo todo, o indivíduo ele vai tendo uma experiência mística que cada
um pode contar a sua, cada nova oferenda, cada novo processo desse ele tem uma experiência
mística com aquela força vibratória. E através desse ritual todo ele, ele é irradiado, ele recebe
uma vibração, uma irradiação muito intensa daquela força que ele está dedicando a oferenda e isso
vai ficar nele, vai configurar nele definitivamente uma harmonização, um reconhecimento
vibratório. Então, a prática de oferenda tem como preceito o religare com aquela força a ser
oferendada, ele tem a magia que é extração prânica e aplicação e alterar o campo vibratório, os
chakras do indivíduo para criar esse vínculo energético com aquele Orixá, com aquela linha de
trabalho. Então, a oferenda ela está presente e no desenvolvimento mediúnico é o período em que
o indivíduo mais faz oferenda, mais exerce as oferendas. Então, deve aceitar isso como preceito,
como necessário e se dedicar da melhor forma para isso, para que seja rico. E essas orientações
vem normalmente do sacerdote que está conduzindo o desenvolvimento, está bem? Então, as
oferendas no desenvolvimento mediúnico são mais uma ferramenta para lacear, reconfigurar o
campo energético do médium para lidar com aquelas vibrações a qual ele vai conviver na sua
vivência mediúnica, está bem?
Então, vamos encerrando aqui mais esse bloco, voltamos no próximo falando sobre o exercício
mediúnico na gestação. Vamos lá.

DIGITAÇÃO – Equipe Umbanda EAD

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