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1. Nos termos do art. 1.016, caput, o agravo de instrumento será interposto diretamente no
Tribunal competente.
3. É interessante indicar o fundamento legal da peça; para tanto, basta indicar o dispositivo
principal e fazer mera menção aos seguintes.
4. Havendo pedido de tutela de urgência a ser realizado, este já deve constar do “nome” do
recurso (art. 1.019, I, CPC – pedido de efeito suspensivo ou de antecipação de tutela da
pretensão recursal).
7. Deve-se considerar se o advogado do agravado já foi constituído nos autos. Se não, informar
que “deixa de indicar seus dados em virtude de sua não integração à relação processual”.
Com fulcro no art. 1.017, I e III, do CPC/2015, vem indicar as peças que
instruem o presente recurso:8
8. Além de juntar as cópias das peças, é interessante especificar quais estão sendo juntadas
(no Exame da OAB, tal conduta revela importante demonstração de conhecimento).
1 – petição inicial;
2 – decisão agravada;
9. Esta previsão é inovação do CPC/2015. Se não for possível a juntada de alguma das cópias
necessárias, deve o advogado expressamente esclarecer isso na petição de interposição do
recurso. Cumpre destacar que não há necessidade de certidão ou declaração do Poder
Judiciário, bastando que haja a declaração do advogado.
10. Deve o recorrente também indicar como peças facultativas aquelas que facilitam a
compreensão dos termos do processo em 1º grau.
1 – PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO11
11. Se tiver havido alguma outra peça relevante – como um pedido de reconsideração que
traga mais subsídios para tentar convencer o magistrado –, justifica-se também sua juntada
como peça facultativa. Vale recordar que pedido de reconsideração não é recurso nem altera
o prazo para recorrer; ainda assim, é por vezes utilizado no cotidiano forense (já que o juiz
pode alterar sua decisão monocrática).
Assim, estão sendo juntados todos os documentos para que o agravo seja
conhecido. Caso V. Exa. entenda não serem eles suficientes, requer-se a intimação da agravante
para que junte eventuais cópias adicionais (art. 1.017, § 3º).12
12. Trata-se de inovação do CPC/2015: se alguma cópia não é juntada (seja ela necessária ou
facultativa), não deve haver a inadmissão do recurso de plano, mas, sim, oportunidade de
correção da falha. Apenas se não for juntado o documento é que haverá o não conhecimento
do recurso.
Nos termos do art. 425, IV, do CPC/2015, as cópias das peças do processo são
declaradas autênticas pelo advogado sob sua responsabilidade pessoal.13
13. Autenticação das peças: tal exigência consta no regramento do agravo? Não, o art. 1.017
só se refere a “cópias”. Mas a jurisprudência, em determinado momento, a exigia. A questão
está superada considerando-se a possibilidade de o advogado declarar as cópias autênticas.
De qualquer forma, especialmente em exames de OAB e concursos, é conveniente fazer
menção a isso para mostrar conhecimento ao examinador.
14. No CPC/1973, isso era obrigatório em todos os casos. No CPC/2015, só é fundamental essa
juntada em casos de processo físico; sendo o processo eletrônico, trata se de mera faculdade
do agravante (art. 1.018, §§ 2º e 3º).
Informa ainda que, nos termos do art. 1.017, § 1º, do CPC/2015, recolheu os
valores exigidos legalmente relativos às custas e ao porte de retorno, o que se comprova pelas
guias devidamente quitadas que ora são juntadas aos autos.15
15. Trata-se de requisito de admissibilidade (preparo) que deve ser mencionado, onde houver.
Sendo processo eletrônico, não haverá recolhimento do porte de remessa e retorno (art.
1.007, § 3º). Se a parte for beneficiária da justiça gratuita (e, no caso, considerando o narrado
nos autos, seria possível isso), é interessante indicar que há a gratuidade e por isso não são
recolhidas as custas (art. 1.007, § 1º).
Termos em que
pede deferimento.
16. É praxe (mas não imprescindível) que se separe uma petição de interposição (apenas
comunicando a interposição do recurso, com a menção aos principais aspectos formais, como
assim se fez) e se apresentem as razões recursais na sequência.
RAZÕES RECURSAIS
Egrégio Tribunal
Colenda Câmara
Nobres Julgadores17
18. O recorrente deve narrar brevemente os fatos referentes ao caso concreto. Tratando-se
de Exame de Ordem ou concurso público, em determinados problemas cuja narração é mais
extensa, é possível elaborar um breve resumo da demanda. Por vezes, entretanto, as
informações trazidas ao candidato se limitam ao objeto da decisão. Seja como for, o candidato
não deve inventar nada e tal parte da petição pode ser resolvida em poucos parágrafos, até
porque não será objeto de maior interesse por parte do examinador.
19. Razões propriamente ditas: após a descrição da decisão recorrida, o advogado deverá
demonstrar o erro do julgador de 1º grau. Para tanto, irá expor sua tese jurídica,
confrontando-a com o entendimento do juiz que proferiu a decisão impugnada, valendo-se,
sempre que possível, de apontamentos de doutrina e de jurisprudência. Para buscar os
fundamentos, parta do próprio objeto da decisão: qual é o tema versado? Procure sua
fundamentação na lei e nas obras jurídicas de que dispõe.
1) DA VIOLAÇÃO AO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
20. Merece destaque o fato de que a jurisprudência do STJ, no que tange ao fornecimento de
energia elétrica, vem permitindo a suspensão do fornecimento por inadimplemento. Todavia,
há julgados de posições minoritárias que podem ser invocados.
Assim, não tem razão o douto juiz de 1º grau ao afirmar que “a prestação de
serviço de abastecimento de água insere-se no bojo de uma relação de natureza contratual
bilateral”, sendo justificada a cessação de fornecimento pelo não pagamento. O serviço é
essencial, e a agravada tem o monopólio do fornecimento, o que desconfigura a alegada
natureza de simples contrato bilateral alegada.
22. Tratando-se de medida excepcional a ser concedida pelo relator, é preciso desenvolver os
requisitos do pedido formulado, levando em consideração a concessão de tutela de urgência
no âmbito recursal (CPC/2015, art. 300. “probabilidade do direito e perigo de dano ou risco ao
resultado útil do processo”). Como já houve exposição do direito aplicável, a explanação do
recorrente está facilitada. Assim, a “probabilidade do direito” já deve ter sido exposta na
fundamentação; o recorrente deve tão somente reforçar o que já foi antes apresentado. No
caso do “perigo de dano” ou “risco ao resultado útil do processo”, é necessário desenvolver
sua ocorrência, já que não terá havido ainda menção a isso na peça. É preciso atentar para as
circunstâncias do caso concreto, expondo, de forma concreta, a urgência da atuação do relator
Por todo o exposto, a agravante requer que o recurso seja conhecido,23 que
seja liminarmente deferida a antecipação de tutela da pretensão recursal24 para religar a água
da creche,25 e que, após a apresentação de contrarrazões pela parte agravada, seja dado
provimento integral26 ao recurso para reformar27 a decisão ora impugnada, confirmando a
antecipação de tutela que se espera liminarmente deferida.
23. É preciso sempre considerar que o recurso deve passar pelo exame de admissibilidade
(sendo este positivo, nesse caso é que se analisará o provimento).
25. É sempre conveniente ser bem específico no pedido, deixando claro o que se pleiteia para
facilitar a compreensão do examinador (em concursos e Exames de OAB) e do julgador (em
casos concretos).
26. Deve-se pleitear que o recurso seja provido. Atenção, este é o termo correto; não se fala
em “procedência”...
27. É importante indicar o que se pretende: no caso, a reforma. Se fosse o caso de anulação,
esta deveria ser mencionada, pedindo a invalidação da decisão e a retomada regular do
andamento do processo.
Termos em que
Pede deferimento.