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Paula Assumpção1
E não digo isso pela qualidade do texto e sim pelo conhecimento que todos temos
sobre o significado destas palavras e sobre o vazio que a ausência delas tem deixado ao
mundo contemporâneo.
O texto de Arnaldo é digno de ser totalmente transcrito neste texto, mas esse pequeno
e intenso fragmento já traduz muito da proposta de reflexão.
Ultimamente as pessoas tem se preocupado muito com o que o mundo vai pensar ou
vai dizer, das coisas que elas fazem ou deixam de fazer, é claro que o mundo e sua opinião
refletirá em nossas vidas e que isso se fará de forma relevante para nós, o que nos leva a
admitir que eles tem certa importância, mas o problema não é se importar com a opinião
alheia, o problema está em viver para obter uma opinião alheia.
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Aluna do 6º período B do Curso de Direito das FIVJ, Presidente do DCE das FIVJ.
Aí é que vemos a diferença que o texto do afamado cronista nos transmite, a diferença
entre caráter e reputação. Ambos trarão a nós os frutos da opinião alheia, mas de formas
muito distintas.
Ora, sabemos que não era essa a proposta, mas esta propagada nos leva a pensar a
que ponto chegamos. Temos que passar adiante, um atributo que já devia ser nosso de
berço. Já que a sociedade está tão carente de caráter, ética está sendo necessário incentivá-
los. Quem tem estes valores bem claros em sua mente cívica deve mesmo plantar algumas
sementes, eu aceitei o convite. Quem sabe esse texto consegue “passar” um pouco desses
valores “a diante”.
Algumas profissões trazem a ética muito arraigadas a sua origem, virtude e fundação.
É assim com a Medicina quem tem o dever de zelar por vidas, é assim com o jornalismo que
tem o compromisso com a verdade que veicula, é assim com o Direito que garante nossa
liberdade, nossa dignidade como cidadão, ente outras.
O art. 3º do Código de Ética da profissão reza que: “O advogado deve ter consciência
de que o Direito é um meio de mitigar as desigualdades para o encontro de soluções justas
e que a lei é um instrumento para garantir a igualdade de todos.”.
Na escala dos valores dos homens não figura o direito, mas a justiça, um fim em si
mesma. É mister que se pondere entre o meio e o fim. O direito é o instrumento, o advogado
o artesão, a justiça à obra prima. Não podemos errar o instrumento, nem corromper o
artista, porque a justiça é um bem comum.
Aos cidadãos do mundo que cumpram seu compromisso interno de não esquecer que
tem consciência e aos advogados que “erguem da Justiça à clava forte [...]”. Certas
palavras foram feitas para serem lidas com os olhos, enquanto ficam gravadas na alma: