Você está na página 1de 2

Curso de Psicologia- 7° fase

Acadêmica: Leticia Perin Pieri

Produção Textual

Durante a leitura e apontamentos dos textos propostos foi possível fazer diversas
reflexões acerca dos temas centrais. Teóricos trazem a ideia de que o homem adquire
conhecimento, racionalidade para um fim, observando a história é possível perceber que o
conhecimento foi utilizado para causar muito mal e destruição, inclusive do próprio ser
humano, isso fica bem evidente se tratando de guerras e combates onde uma única arma
desenvolvida pelo ser humano era capaz de causar demasiada destruição.
Nesse meio, toda a racionalidade era utilizada para algo especifico, tendo um fim em
si mesmo, se não a destruição, poderia ser a reprodução de uma ideia em massa, vendas,
lucratividade, ganhos e rendimentos. Assim, o ser humano estaria em constante evolução,
utilizando sua racionalidade, tecnologia e poder intelectual para alcançar objetivos e metas.
Habermas propõe a ideia de que a racionalidade não precisa e nem deve ser usada
para tais fins, ela nem mesmo deve ser usada para se chegar a um fim, mas sim para
promover o entendimento entre os indivíduos, a ação comunicativa visa o bem comum, seres
humanos debatendo, expondo suas ideias e pontos de vista visando chegar a um consenso,
podendo assim estar “resolvendo” empasses por meio do discurso.
Por meio do debate em espaços públicos, com a utilização da democracia onde todos
estejam juntos, participativa e não representativa seria possível uma maior resolução de
conflitos e dilemas, utilizando a comunicação, a razão e o diálogo para atingir o
esclarecimento, a verdade através do discurso. Habermas expõe que essa ideia colocada em
prática seria libertadora para a humanidade, e por meio da linguagem o ser humano se eleva
para além da natureza, buscando o consenso por meio do diálogo e ética.
E dessa maneira, utilizando a tecnologia e racionalidade para o constante progresso,
o ser humano utiliza cada vez mais com menos consciência os recursos naturais disponíveis
no planeta. A lucratividade e produção sem limites esta cada vez sendo mais e mais
utilizada, impactando diretamente a vida e recursos do meio ambiente, e consequentemente a
vida que dele depende.
Aldous Huxley em “A situação humana” lança uma ideia de comparação entre o ser
humano e um parasita, onde esse tira seu sustento do hospedeiro sem a menor noção de que
precisa do mesmo para sua sobrevivência, destruindo tudo por onde passa, inclusive e
ironicamente a si mesmo. Em determinados momentos o homem conseguiu beneficiar o
planeta com suas ações diretas a natureza, porém, isso se tornou irrelevante quando
comparado com todo o dano que causou em proporções avassaladoras.
O ser humano consegue ser destrutivo sem muitos níveis, é possível observar esses
dados por meio das espécies que um dia existiram em grandes quantidades na natureza, e
atualmente encontram-se extintas, ou à enorme variedade e extensão de florestas que se
estendiam por uma infinidade de espaços, isso tudo se perdeu e continua desparecendo para
alimentar a ambição e “progresso” humano. É possível ainda observar sentir as mudanças no
planeta, diminuição de florestas, aumento da temperatura, maior e mais acelerada erosão do
solo, entre tantos outros.
Com o passar do tempo a ligação do homem com a natureza está se perdendo, onde o
individuo se coloca em posição de superioridade em relação ao meio, onde a natureza existe
para servi-lo, como se fosse dependente do humano, e não ao contrário, como
verdadeiramente é, o homem sem o meio não existe.
Dessa forma, é possível observar que desde um tempo muito remoto, teóricos
reconhecem a importância da convivência entre os seres humanos com a natureza e com o
próprio ser humano, onde a maneira mais inteligente de viver e conviver seria algo como
“cultivar” o diálogo, o debate de ideias, assim como a preservação do meio, do qual depende
a vida e a continuidade da mesma.

Você também pode gostar