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Vitex agnus-castus L.

na cólica

Menstruação dolorosa, cólica menstrual ou dismenorreia é a dor pélvica (baixo


ventre) que acontece antes ou durante o período menstrual, de modo cíclico e que
impede as atividades normais ou necessita de medicação específica. Aproximadamente
90% das mulheres experimentam esse quadro em alguma fase da vida, contudo devido
os sintomas serem suportáveis a grande maioria não procura assistência médica.
A dismenorreia pode ser primária ou secundária, esse quadro de dor associa-se
à ação de prostaglandinas decorrentes da queda prévia dos níveis de progesterona na
fase pré-menstruação.
A dor pode ser branda, causando desconforto , cólica, sensação de peso no
ventre ou nas costas. Ou a dor pode ser moderada, causando, além do desconforto,
sensação de mal-estar, dor de cabeça e diarreia. Também pode ser muito forte,
incapacitando a mulher de realizar suas atividades, durando de dois a sete dias, e sendo
acompanhada de transtorno gastrintestinal inclusive com vômitos, dor referida nas
costas, nas coxas e cefaleia.
SÃO PAULO. Ivaldo Silva. Especialização em SaÚde da FamÍlia. Caso
complexo Amélia: Dismenorreia. Disponível em:
<https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/pab/1/unidade
s_casos_complexos/unidade27/unidade27_ft_dismenorreia.pdf>.

A planta Vitex agnus-castus L. (VAC) (Verbenaceae) é um


arbusto decíduo, nativo da Europa mediterrânea e Ásia Central. Tem
uma longa história como planta medicinal na medicina popular, sendo
conhecida como ‘Pimenta de Monge’ ou ‘Árvore da Castidade’. O uso
do fitoterápico VAC, atualmente, tem aumentado consideravelmente,
pois tem se mostrado como uma terapia hormonal alternativa, não
agressiva, e com baixos ou raros efeitos colaterais, tendo, portanto, importância clínica
no controle dos distúrbios do ciclo pré-menstrual feminino.
O extrato da fruta VAC tem sido usado no tratamento de várias condições
femininas como a amenorreia e a dismenorreia, corpo lúteo insuficiente,
hiperprolactinemia, menopausa, acne, infertilidade e interrupção da lactação.
PERINI, S.; ISAIA, C. F., Estudo de Revisão da Eficácia Clínica do Vitex
agnus-castus na Saúde Feminina. Revista Fitos, Porto Alegre, p.43-
50, 02 jun. 2007.

Ainda não está inteiramente claro o mecanismo de ação do VAC no tratamento


de desordens menstruais, porém, para a maioria dos autores, baseia-se na ação nos
receptores dopamínicos da hipófise anterior. Os efeitos terapêuticos do VAC são
atribuídos à sua ação em vários hormônios, especialmente a prolactina (PRL) e
progesterona.
A secreção de PRL pela hipófise anterior é influenciada pela inibição hipotalâmica
causada pela DA que, na circulação porta-hipofisária, atinge as células secretoras de PRL,
os lactotrófos, então acopla-se a seus receptores específicos de membrana, as DA2,
suprimindo assim a secreção de PRL. No entanto, durante o período pré-menstrual, esta
inibição dopaminérgica se faz insuficiente diante estímulos diários de estresse, que
levam à ocorrência da hiperprolactinemia.
Sintomas como problemas gastrointestinais, dor de cabeça, vertigem, cansaço e
boca seca, além de acne, distúrbios menstruais, prurido, eritema e rash cutâneo,
raramente podem se manifestar, porém, estudos realizados em humanos e animais
determinaram que o Vitex agnus-castus L. é seguro para a maioria das mulheres em
idade fértil, sendo que algumas mulheres observam apenas aumento do fluxo menstrual
durante o tratamento. O uso dessa substância é contraindicado na gravidez e lactação.
Portanto, embora se necessitem estudos mais rigorosos que avaliem a segurança
do VAC, os dados disponíveis indicam que o VAC não está associado com riscos sérios à
saúde.
SÁ, Ivone Manzali de. Fito-hormônios: ciência e natureza: no
tratamento do climatério. Physis Revista de Saúde Coletiva, Rio de
Janeiro, p.1503-1522, nov. 2012.

Fazer o uso de Vitex agnus-castus L., extrato seco padronizado a 0,5%


agnosídeos – 40mg e orientar consumir uma dose ao dia pela manhã,
durante 30 dias, após isso reavaliar.

DOSES:
Dose Usual – 20mg
Dose Mínima – 10mg
Dose máxima – 100mg

Segundo a Resolução CFN Nº 556, de 11 de abril de 2015 somente


nutricionistas com habilitação para prescrição de fitoterápicos
pela ASBRAN ou Pós-Graduação em Fitoterapia iniciada ou
concluída antes de 14 de maio de 2015, podem prescrever o Vitex
agnus castus.

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