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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

DEPARTAMENTO DE FÍSICA

CURSOS DE ENGENHARIA AMBIENTAL E ENGENHARIA ELÉTRICA

GRUPO: MATHEUS MARINHO GALIZA – 20170017732

  PABLO HENRIQUE DO NASCIMENTO VASCONCELOS – 20170156861

MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO / PLANO INCLINADO

08/03/2019

JOÃO PESSOA – PB
2a Experiência – Movimento Uniformemente Variado / Plano Inclinado

1. Objetivos

Neste segundo experimento proposto tem como objetivo estudar o


movimento de uma esfera em um plano inclinado; colocar em um gráfico os
valores experimentais x = f (t); definir a velocidade média do movimento;
determinar a velocidade instantânea do movimento em vários instantes e
construir o gráfico de v=f(t); obter o valor da aceleração do movimento.
2. Introdução teórica

Aceleração
Quando um corpo tem uma variação na velocidade, pode-se que a partícula
sofreu uma aceleração. Diante disso, para movimentos ao longo de um eixo, a
aceleração média amed em um determinado intervalo de tempo ∆t é
representado por:
∆v
a med= (Eq. 1)
∆t
Já a sua aceleração instantânea é dada por
dv
a= (Eq. 2)
dt
A aceleração de uma partícula em qualquer instante é a taxa com a qual a
velocidade está variando nesse instante.
Aceleração constante
Entretanto, há movimentos no qual a aceleração é constante ou
aproximadamente constante. Para esses casos em que a não apresentam
variação na velocidade, foram desenvolvidos as seguintes equações:
Considerando o caso de aceleração constante, pode-se demonstrar que a
velocidade da partícula varia com o tempo segundo a função.
v=v 0 + at (Eq. 3)
Ao tratar da velocidade, a velocidade média em qualquer intervalo de tempo é
a média aritmética da velocidade no início do intervalo com a velocidade no
final do intervalo. Para um intervalo de t=0 até um instante t, portanto, a
velocidade média é
∆x 1
v med= = ( v +v ) (Eq. 4)
∆t 2 0
Substituindo o valor de v da equação 3 na equação 4 e, considerando a
posição inicial igual a zero ( x 0=0 ) obtemos
1
x=v 0 t + a t 2 (Eq. 5)
2
Com esta função pode-se determinar a posição da partícula em movimento
com aceleração constante.
3. Material utilizado

Para a realização deste experimento, serão utilizados os seguintes materiais:


– Trilho constituído por dois canos de alumínio;
– Uma esfera em aço inox;
– Cronômetro;
– Pedaço de madeira utilizado para criar uma inclinação no trilho;
– Régua.
4. Procedimento Experimental

1- Com o auxílio de um pedaço de madeira colocado em uma das


extremidades do trilho, estabeleceremos uma altura (H) e consequentemente
um ângulo de inclinação (θ) para o plano inclinado, além do comprimento do
plano (L=100 cm);

2- Em seguida, consideraremos cinco posições diferentes no plano inclinado


(20, 40, 60, 80, 100 cm) e medir o tempo, em que a esfera passa por cada
posição escolhida, partindo do repouso;
4- Repetiremos o item anterior 10 (dez) vezes para cada altura, anotando os
resultado na tabela
5- Por fim, seguiremos a mesma metodologia para outras alturas e inclinações,
obedecendo os processos executados anteriormente.
5. Resultados:
Tabela 1

x t1(s) t2(s) t3(s) t4(s) t5(s) t6(s) t7(s) t8(s) t9(s) t10(s) t́ (s) t´2(s)
(cm)

20 1,16 1,41 1,15 1,33 1,19 1,31 1,46 1,34 1,35 1,28 1,29 1,66

H1 40 1,94 2,21 1,96 1,96 1,93 2,01 2,29 2,02 2,09 1,96 2,03 4,12

60 2,57 2,94 2,69 2,66 2,48 2,63 2,88 2,63 2,71 2,60 2,67 7,12

80 3,11 3,49 3,11 3,27 3,01 3,20 3,04 3,29 3,25 3,12 3,18 10,11

100 3,47 3,90 3,45 3,64 3,42 3,40 3,48 3,66 3,75 3,44 3,56 12,67

Tabela 2

x t1(s) t2(s) t3(s) t4(s) t5(s) t6(s) t7(s) t8(s) t9(s) t10(s) t́ (s) t´2(s)
(cm)

20 2,55 2,41 2,28 1,90 2,38 2,63 2,31 2,22 2,69 2,31 2,36 5,56

H2 40 3,75 3,67 3,56 3,29 3,65 3,78 3,73 3,53 3,95 3,67 3,65 13,32

60 4,75 4,68 4,64 4,32 4,66 4,76 4,78 4,45 4,99 4,69 4.67 21,80

80 5,65 5,67 5,60 5,21 5,63 5,64 5,77 5,37 6,02 5,69 5,62 31,58

100 6,41 6,50 6,39 6,10 6,44 6,46 6,66 6,12 6,71 6,58 6,43 41,34

ANEXO
Comprimento (cm)
L 100,00
H1 2,72
H2 1,30
6. Conclusão
Ao finalizar o experimento, podemos tirar algumas conclusões. Neste
plano inclinado conseguimos observar perfeitamente o MUV (Movimento
uniformemente variado), pelo fato que a partir do momento que a partícula
saiu do repouso e foi descendo o eixo, a velocidade foi variando
progressivamente, tanto que o tempo de deslocamento de 0 a 20 cm é maior
do que de 20 a 40 cm, e assim sucessivamente, dessa forma evidenciando
uma aceleração no movimento.
Outra análise que pode ser feita é a relação da altura e do ângulo de
inclinação com a aceleração do movimento. Por exemplo, deixarmos o plano
com uma inclinação pequena veremos que a esfera apresentará uma
aceleração pequena e que será mais difícil de observar a variação de
velocidade, no entanto a medida que aumenta essa inclinação fica mais
perceptível essa variação, até o ponto de inclinação igual a 90°, em que
ocorre o fenômeno de queda livre e sua aceleração é máxima.
7. Questionário
1. Construa o gráfico da posição versus tempo em papel milimetrado e
dilog. Ajustar a melhor curva entre os t2 (s) x2 (cm) pontos
experimentais. 2,36 20
t1 (s) x1 (cm) 3,65 40
1,29 20 4,67 60
2,03 40 5,62 80
6,43 100
2,67 60
3,18 80
3,56 100

120
t1(s) versus x1(cm)

100

80

60

40

20

0
1 1.5 2 2.5 3 3.5 4
t2 (s) versus
x2 (cm)
120

100

80

60

40

20

0
2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 5.5 6 6.5 7

2. Construa o gráfico da posição t2² (s) x2 (cm) versus o


quadrado do tempo em papel
5,56 20
milimetrado. Ajustar a melhor curva entre
os pontos experimentais e 13,32 40 determinar
a função que melhor descreve o 21,80 60 movimento
investigado. 31,58 80
41,34 100
t1² (s) x1 (cm)
1,66 20
4,12 40
7,12 60
10,11 80
12,67 100
t1² (s) versus
x1 (cm)
120

100

80

60

40

20

0
0 2 4 6 8 10 12 14

t2² (s)
x2 (cm)
120

100

80

60

40

20

0
0 1 2 3 4 5 6 7

A função que melhor representa o movimento é: x=x0+v0t+at²/2


3. Escolha o gráfico conveniente e determine a aceleração sofrida pelo
objeto.
x2(cm) a2 (cm/s²)
Escolhendo o gráfico de x(cm) versus 20 7,19 t²(s) e
usando a=2x/t², obtemos os seguintes 40 6,05
resultados: 60 5,50
80 5,06
x1(cm) a1 (cm/s²)
100 4,84
20 24,09 Média= 5,73
40 19,41
60 16,85
80 15,82
100 15,78
Média= 18,39

Utilizando a média da aceleração e a equação x= at²/2, obtemos o gráfico


x(cm) versus t²(s):
t2² (s) x (cm)
t1² (s) x(cm) 5,56 15,93
13,32 38,16
1,66 15,25
21,80 62,46
4,12 37,88 31,58 90,47
7,12 65,47 41,34 118,44

10,11 92,96
12,67 116,50
t1² (s)
x(cm)
140

120

100

80

60

40

20

0
0 2 4 6 8 10 12 14

t2² (s)
x (cm)
140

120

100

80

60

40

20

0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

4. Determine as funções do deslocamento e da velocidade que descrevem


o movimento investigado experimentalmente. Calcule os valores da
aceleração e da velocidade usando estas equações.
Função do descolacamento: s=s0+v0t+1/2.at²
Função da velocidade: v=v0+ at ou v²= v0²+2aΔs
Utilizando a equação de deslocamento:
X (cm) a2 (cm/s²)
20 7,19
40 6,05
60 5,50
80 5,06
100 4,84
X (cm) a1 (cm/s²)
20 24,09
40 19,41
60 16,85
80 15,82
100 15,78

Utilizando equação da velocidade:


t1 (s) a1 (cm/s²) v1(cm/s)
1,29 24,09 31,076
2,03 19,41 39,402
2,67 16,85 44,989
3,18 15,82 50,307
3,56 15,78 56,176

t2 (s) a2 (cm/s²) v2(cm/s)


2,36 7,19 16,968
3,65 6,05 22,082
4,67 5,50 25,685
5,62 5,06 28,437
6,43 4,84 31,121

5. Calcule o erro percentual entre o valor teórico e o obtido experimentalmente


(pelo gráfico).
Média 1 (cm/s²) a1 (cm/s²) Erro 1 Erro 1 (%)
18,39 24,09 5,7 30,99%
18,39 19,41 1,02 5,55%
18,39 16,85 1,54 8,37%
18,39 15,82 2,87 13,97%
18,39 15,78 2,61 14,19%

Média 2 (cm/s²) a2 (cm/s²) Erro 2 Erro 2 (%)


5,73 7,19 1,46 25,47%
5,73 6,05 0,32 5,58%
5,73 5,50 0,23 4,01%
5,73 5,06 0,67 11,69%
5,73 4,84 0,89 15,53%
6. Qual o significado físico da tangente de qualquer ponto da curva do gráfico x
versus t?
C.O
A tangente é definida por Tgα = , onde C.O. é o cateto oposto e C.A.
C.A
é o cateto adjacente, ambos em relação ao ângulo α.
No gráfico x versus t temos que C.O = Δx e C.A = Δt.
Δx
Portanto, temos que Tg α= , ou seja, a tangente de α equivale a
Δt
velocidade do ponto.

7. Qual o significado físico da tangente do gráfico v versus t? Qual o


significado físico da área sobre a curva?

C.O
A tangente é definida por Tgα = , onde C.O. é o cateto oposto e C.A. é
C.A
o cateto adjacente, ambos em relação ao ângulo α.
No gráfico x versus t temos que C.O = Δx e C.A = Δt.
Δx
Portanto, temos que Tg α= , ou seja, a tangente de α equivale a
Δt
velocidade do ponto.
Já a área sob a curva pode ser vista como um trapézio e sabemos que a
área do trapézio é definida por:
( B+ b ) h
A=
2
Analisando a fórmula, temos que B corresponde a um deslocamento ΔV
no gráfico, b corresponde a outro deslocamento Δv e h corresponde a um
deslocamento de tempo t. Portanto, temos que a área do trapézio, é uma
função da velocidade (Δv) pelo tempo (Δt)
Sabendo que:
Δs
Δv =
Δt
Temos que Δs = Δv*Δt.
Desse modo, a área sobre a curva corresponde ao deslocamento da esfera.

8. O ângulo de inclinação influencia o valor da aceleração do objeto? Explique.


Sim, pois de acordo Segunda Lei de Newton sabemos que: Fr=m.a, onde a Fr
é a força resultante no corpo, m é a massa e a compreende à aceleração do
corpo. No experimento estudado, a Fr que atua na esfera é a componente Px
do peso P da esfera.
Assim:
Px=P.sen α
Desse modo, temos:
P.sen α = m.a
Como P=m.g, temos:
m.g.sen α = m.a
Conclui-se que:
a = g.sen α
Assim, quando o ângulo α for igual a 0°, temos uma aceleração é nula, e
quando o ângulo α for igual a 90°, temos uma aceleração máxima (queda livre).
Em resumo, a inclinação do ângulo é diretamente proporcional à aceleração.

9. O que pode contribuir para os erros de medição?

Pelo fato do procedimento precisar do cronômetro para medir o tempo de


queda da partícula (esfera) no plano inclinado, esta medição realizada por dos
membros do grupo pode ser antecipado ou atrasado, sendo assim, o tempo de
reação de cada indivíduo influencia na obtenção de resultados mais precisos e
nos prováveis erros de medição do experimento.

10. Utilizando as funções horárias do deslocamento e da velocidade deduza a


expressão conhecida como equação de Torricelli v 2=v 20 +2 a( x−x 0 ).

Tomando como base as funções horárias do deslocamento e da velocidade,


apreendidas no curso de Física Geral I:
V =V o +a . t

at 2
X =X o +V o t +
2
Isolando t na primeira equação, temos:
V –Vo
t=
a
Substituindo t na segunda equação temos:
V – Vo
V – Vo ( )²
X = Xo + ( )V o + a a
a
2
V V o– Vo²
X– X o= ( )+ ¿
a
V V o– Vo² V ²−2 V V o +V o ²
X – Xo = ( )+ ( )
a 2a
2a(X – X o) = 2VV o – 2V o ² + V² - 2VV o + V o ²
2a(x – X o) = - 2V o ² + V² + V o ²
2a(x – X o) = V² - V o ²
Chegando à equação de Torricelli:
V² = V² + 2a(X – xo).

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