DEPARTAMENTO DE FÍSICA
08/03/2019
JOÃO PESSOA – PB
2a Experiência – Movimento Uniformemente Variado / Plano Inclinado
1. Objetivos
Aceleração
Quando um corpo tem uma variação na velocidade, pode-se que a partícula
sofreu uma aceleração. Diante disso, para movimentos ao longo de um eixo, a
aceleração média amed em um determinado intervalo de tempo ∆t é
representado por:
∆v
a med= (Eq. 1)
∆t
Já a sua aceleração instantânea é dada por
dv
a= (Eq. 2)
dt
A aceleração de uma partícula em qualquer instante é a taxa com a qual a
velocidade está variando nesse instante.
Aceleração constante
Entretanto, há movimentos no qual a aceleração é constante ou
aproximadamente constante. Para esses casos em que a não apresentam
variação na velocidade, foram desenvolvidos as seguintes equações:
Considerando o caso de aceleração constante, pode-se demonstrar que a
velocidade da partícula varia com o tempo segundo a função.
v=v 0 + at (Eq. 3)
Ao tratar da velocidade, a velocidade média em qualquer intervalo de tempo é
a média aritmética da velocidade no início do intervalo com a velocidade no
final do intervalo. Para um intervalo de t=0 até um instante t, portanto, a
velocidade média é
∆x 1
v med= = ( v +v ) (Eq. 4)
∆t 2 0
Substituindo o valor de v da equação 3 na equação 4 e, considerando a
posição inicial igual a zero ( x 0=0 ) obtemos
1
x=v 0 t + a t 2 (Eq. 5)
2
Com esta função pode-se determinar a posição da partícula em movimento
com aceleração constante.
3. Material utilizado
x t1(s) t2(s) t3(s) t4(s) t5(s) t6(s) t7(s) t8(s) t9(s) t10(s) t́ (s) t´2(s)
(cm)
20 1,16 1,41 1,15 1,33 1,19 1,31 1,46 1,34 1,35 1,28 1,29 1,66
H1 40 1,94 2,21 1,96 1,96 1,93 2,01 2,29 2,02 2,09 1,96 2,03 4,12
60 2,57 2,94 2,69 2,66 2,48 2,63 2,88 2,63 2,71 2,60 2,67 7,12
80 3,11 3,49 3,11 3,27 3,01 3,20 3,04 3,29 3,25 3,12 3,18 10,11
100 3,47 3,90 3,45 3,64 3,42 3,40 3,48 3,66 3,75 3,44 3,56 12,67
Tabela 2
x t1(s) t2(s) t3(s) t4(s) t5(s) t6(s) t7(s) t8(s) t9(s) t10(s) t́ (s) t´2(s)
(cm)
20 2,55 2,41 2,28 1,90 2,38 2,63 2,31 2,22 2,69 2,31 2,36 5,56
H2 40 3,75 3,67 3,56 3,29 3,65 3,78 3,73 3,53 3,95 3,67 3,65 13,32
60 4,75 4,68 4,64 4,32 4,66 4,76 4,78 4,45 4,99 4,69 4.67 21,80
80 5,65 5,67 5,60 5,21 5,63 5,64 5,77 5,37 6,02 5,69 5,62 31,58
100 6,41 6,50 6,39 6,10 6,44 6,46 6,66 6,12 6,71 6,58 6,43 41,34
ANEXO
Comprimento (cm)
L 100,00
H1 2,72
H2 1,30
6. Conclusão
Ao finalizar o experimento, podemos tirar algumas conclusões. Neste
plano inclinado conseguimos observar perfeitamente o MUV (Movimento
uniformemente variado), pelo fato que a partir do momento que a partícula
saiu do repouso e foi descendo o eixo, a velocidade foi variando
progressivamente, tanto que o tempo de deslocamento de 0 a 20 cm é maior
do que de 20 a 40 cm, e assim sucessivamente, dessa forma evidenciando
uma aceleração no movimento.
Outra análise que pode ser feita é a relação da altura e do ângulo de
inclinação com a aceleração do movimento. Por exemplo, deixarmos o plano
com uma inclinação pequena veremos que a esfera apresentará uma
aceleração pequena e que será mais difícil de observar a variação de
velocidade, no entanto a medida que aumenta essa inclinação fica mais
perceptível essa variação, até o ponto de inclinação igual a 90°, em que
ocorre o fenômeno de queda livre e sua aceleração é máxima.
7. Questionário
1. Construa o gráfico da posição versus tempo em papel milimetrado e
dilog. Ajustar a melhor curva entre os t2 (s) x2 (cm) pontos
experimentais. 2,36 20
t1 (s) x1 (cm) 3,65 40
1,29 20 4,67 60
2,03 40 5,62 80
6,43 100
2,67 60
3,18 80
3,56 100
120
t1(s) versus x1(cm)
100
80
60
40
20
0
1 1.5 2 2.5 3 3.5 4
t2 (s) versus
x2 (cm)
120
100
80
60
40
20
0
2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 5.5 6 6.5 7
100
80
60
40
20
0
0 2 4 6 8 10 12 14
t2² (s)
x2 (cm)
120
100
80
60
40
20
0
0 1 2 3 4 5 6 7
10,11 92,96
12,67 116,50
t1² (s)
x(cm)
140
120
100
80
60
40
20
0
0 2 4 6 8 10 12 14
t2² (s)
x (cm)
140
120
100
80
60
40
20
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
C.O
A tangente é definida por Tgα = , onde C.O. é o cateto oposto e C.A. é
C.A
o cateto adjacente, ambos em relação ao ângulo α.
No gráfico x versus t temos que C.O = Δx e C.A = Δt.
Δx
Portanto, temos que Tg α= , ou seja, a tangente de α equivale a
Δt
velocidade do ponto.
Já a área sob a curva pode ser vista como um trapézio e sabemos que a
área do trapézio é definida por:
( B+ b ) h
A=
2
Analisando a fórmula, temos que B corresponde a um deslocamento ΔV
no gráfico, b corresponde a outro deslocamento Δv e h corresponde a um
deslocamento de tempo t. Portanto, temos que a área do trapézio, é uma
função da velocidade (Δv) pelo tempo (Δt)
Sabendo que:
Δs
Δv =
Δt
Temos que Δs = Δv*Δt.
Desse modo, a área sobre a curva corresponde ao deslocamento da esfera.
at 2
X =X o +V o t +
2
Isolando t na primeira equação, temos:
V –Vo
t=
a
Substituindo t na segunda equação temos:
V – Vo
V – Vo ( )²
X = Xo + ( )V o + a a
a
2
V V o– Vo²
X– X o= ( )+ ¿
a
V V o– Vo² V ²−2 V V o +V o ²
X – Xo = ( )+ ( )
a 2a
2a(X – X o) = 2VV o – 2V o ² + V² - 2VV o + V o ²
2a(x – X o) = - 2V o ² + V² + V o ²
2a(x – X o) = V² - V o ²
Chegando à equação de Torricelli:
V² = V² + 2a(X – xo).