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1- INTRODUÇÃO
Ex.: Tudo que envolve relação familiar, como por exemplo, Cônjuge, regimes
de bens, doações e vendas entres pais e filhos e etc…
“Direito de família é um ramo do direito que trata das questões e litígios entre entes
da comunidade familiar. Possui normas jurídicas que trabalham de acordo com
orientação constitucional do conceito de família, levando em conta o entendimento
jurisprudencial, em âmbito jurídico, e transformações sociais, no âmbito da sociologia.”
Para vender um bem a um de seus filhos é necessário que os outros concordem com
isso, o que não ocorre na doação. Na doação não existe a necessidade de consentimento
dos outros filhos para que seja feita.
Doar: não precisa comunicar, mas importa o adiantamento do que cabe como herança e
essa doação não pode ultrapassar 50% do patrimônio/valor proporcional ao que I
benefiário tem direito. “É como se fosse adiantamento da herença.”
Venda: Consentimento dos demais. “Se não houver o consentimento é anulavel a venda
e o prazo é de dois anos para anular essa venda.”
Eis que surge a tomada de decisão apoiada como solução. Mais branda do que
a curatela, por exemplo, garante a segurança jurídica necessária tanto para a pessoa
com deficiência, quanto para o terceiro que celebra negócios com ela.
2- EVOLUÇÃO LEGISLATIVA
→ Código Civil de 1916 (Era um código extremamente patrimonialista,
individualista e paternalista)
→ Tentativa conceitual
Art. 1.584. A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser: (Redação dada pela Lei nº
11.698, de 2008).
I – requerida, por consenso, pelo pai e pela mãe, ou por qualquer deles, em ação autônoma
de separação, de divórcio, de dissolução de união estável ou em medida cautelar; (Incluído
pela Lei nº 11.698, de 2008).
II – decretada pelo juiz, em atenção a necessidades específicas do filho, ou em razão da
distribuição de tempo necessário ao convívio deste com o pai e com a mãe. (Incluído pela
Lei nº 11.698, de 2008).
§ 1º Na audiência de conciliação, o juiz informará ao pai e à mãe o significado da guarda
compartilhada, a sua importância, a similitude de deveres e direitos atribuídos aos
genitores e as sanções pelo descumprimento de suas cláusulas. (Incluído pela Lei nº 11.698,
de 2008).
§ 2 o Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho, será
aplicada, sempre que possível, a guarda compartilhada. (Incluído pela Lei nº 11.698, de
2008).
§ 2º Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho,
encontrando-se ambos os genitores aptos a exercer o poder familiar, será aplicada a
guarda compartilhada, salvo se um dos genitores declarar ao magistrado que não deseja a
guarda do menor. (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
§ 3 o Para estabelecer as atribuições do pai e da mãe e os períodos de convivência sob
guarda compartilhada, o juiz, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, poderá
basear-se em orientação técnico-profissional ou de equipe interdisciplinar. (Incluído pela
Lei nº 11.698, de 2008).
§ 3º Para estabelecer as atribuições do pai e da mãe e os períodos de convivência sob
guarda compartilhada, o juiz, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, poderá
basear-se em orientação técnico-profissional ou de equipe interdisciplinar, que deverá visar
à divisão equilibrada do tempo com o pai e com a mãe. (Redação dada pela Lei nº 13.058,
de 2014)
§ 4 o A alteração não autorizada ou o descumprimento imotivado de cláusula de guarda,
unilateral ou compartilhada, poderá implicar a redução de prerrogativas atribuídas ao seu
detentor, inclusive quanto ao número de horas de convivência com o filho. (Incluído pela
Lei nº 11.698, de 2008).
§ 4 o A alteração não autorizada ou o descumprimento imotivado de cláusula de guarda
unilateral ou compartilhada poderá implicar a redução de prerrogativas atribuídas ao seu
detentor. (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
§ 5 o Se o juiz verificar que o filho não deve permanecer sob a guarda do pai ou da mãe,
deferirá a guarda à pessoa que revele compatibilidade com a natureza da medida,
considerados, de preferência, o grau de parentesco e as relações de afinidade e afetividade.
(Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008).
§ 5º Se o juiz verificar que o filho não deve permanecer sob a guarda do pai ou da mãe,
deferirá a guarda a pessoa que revele compatibilidade com a natureza da medida,
considerados, de preferência, o grau de parentesco e as relações de afinidade e afetividade.
(Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
§ 6 o Qualquer estabelecimento público ou privado é obrigado a prestar informações a
qualquer dos genitores sobre os filhos destes, sob pena de multa de R$ 200,00 (duzentos
reais) a R$ 500,00 (quinhentos reais) por dia pelo não atendimento da solicitação. (Incluído
pela Lei nº 13.058, de 2014)
5 - MODALIDADES FAMILIARES
5.1) Matrimonial
5.2) Homoafetiva
A união homoafetiva como modelo familiar é um exemplo de mudança social que
precisa ser respeitado na medida em que engloba uma relação familiar baseada no
aspecto socioafetivo. É importante destacar que no preâmbulo da CR/88, o legislador
sustenta o compromisso do Estado com o cidadão baseado no Princípio da Igualdade e
da Liberdade.
OBS. Paulo Lôbo faz uma crítica sustentando que a união homoafetiva deixou
de ser uma entidade familiar autônoma. (é uma crítica, porque perdeu o sentindo de
diferenciar a união homoafetiva as demais tipos de união, pois a lei já permite que seja
aplicada todas as regras como se fosse união estável.)
5.3) Simultâneas ou paralelas
Famílias paralelas ou simultâneas são as constituídas por dois ou mais
núcleos familiares, com um de seus membros comuns a ambas, podendo existir tanto
no casamento como na união estável. Portanto, encampando foi nesta família o
concubinato, antigo concubinato impuro.
Dispõem de habilidade para se desdobrar em dois relacionamentos simultâneos: dividem-se
entre duas casas, mantêm duas mulheres e têm filhos com ambas. É o que se chama de
famílias paralelas.
- Baseada no poliamor
- Possibilidade de se amar mais de uma pessoa simultaneamente
- Há apenas um núcleo familiar
- Princípios do autoconhecimento e da honestidade extrema
- Novo conceito do dever de fidelidade
5.5) Monoparental
Família em que somente uma pessoa exerce a função de pai e mãe, arcando com
todas as responsabilidades da criação de seus filhos.
- grupo familiar formado por um dos genitores (pai/mãe) e seus filhos menores e pode
surgir por diversos motivos, como viuvez, separação de fato, divórcio, adoção
unilateral, simultaneidade familiar ou, até mesmo, pelo simples desejo pessoal.
5.6) Anaparental
A família anaparental é o círculo familiar onde a presença do pai ou mãe não se faz
ativa. Ao contrário de outros modelos familiares, os genitores não participam da
criação física, mental e moral dos filhos. Seja por qualquer motivo, essa
responsabilidade é repassada à outra pessoa, geralmente os avós ou tios.
- convivência entre parentes ou entre pessoas, ainda que não parentes, dentro de uma
estruturação com identidade de propósito, impõe o reconhecimento de uma entidade
familiar.
Obs.: A família anaparental é formada por parentes ou não pelo convívio sem a
presença dos genitores.
5.7) Composta, pluriparental ou mosaico ou ensamblada (Argentina)
Essa família é chamada de família mosaico, composta ou pluriparental, conhecida
família “dos seus, dos meus e dos nossos”. Com efeito, se formam novos vínculos.
- multiplicidade de vínculos
- os meus, os teus, os nossos
Obs.: Nesse caso de adoção rompe todos os vínculos anterior que a criança tinha com
outro genitor, atualmente é feito a multiparentalidade.
OBS. É reconhecido ao filho do cônjuge ou companheiro direito a alimentos, comprovada a
existência de vínculo afetivo entre ambos, e que tenha ele assegurado sua mantença
durante o período em que conviveu com o seu genitor. (comprovado a existência de
vinculo afetivo os pagamentos alimentos podem ser comprado, mesmo sem registro de
paternidade.)
OBS. O enteado pode acrescentar o nome do padrasto? Art. 57, § 8º, Lei 6.015/1973,
com a redação dada pela Lei 11.924/2009. (Sim pode.)
Art. 57. A alteração posterior de nome, somente por exceção e motivadamente, após
audiência do Ministério Público, será permitida por sentença do juiz a que estiver sujeito o
registro, arquivando-se o mandado e publicando-se a alteração pela imprensa, ressalvada a
hipótese do art. 110 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 12.100, de 2009).
§ 8o O enteado ou a enteada, havendo motivo ponderável e na forma dos §§ 2o e 7o deste
artigo, poderá requerer ao juiz competente que, no registro de nascimento, seja averbado o
nome de família de seu padrasto ou de sua madrasta, desde que haja expressa
concordância destes, sem prejuízo de seus apelidos de família. (Incluído pela Lei nº 11.924,
de 2009)
Obs.: Substituir um nome de genitor pelo outro, a principio não pode, mas é possível entrar
com uma ação é fundamentar com um motivo justo. É comum ver processos desses com o
fundamento de abandono afetivo.
5.8) Socioafetiva
A filiação socioafetiva é aquela baseada em laços de afeto, decorre da posse de estado de
filho, ou seja, da crença da filiação. São relações nas quais a maternidade ou paternidade
biológica perdem valor diante do vínculo afetivo criado entre a criança e aquele que cuida
dela.
5.9) Eudemonista
família eudemonista é um conceito moderno que se refere à família que
busca a realização plena de seus membros, caracterizando-se pela
comunhão de afeto recíproco, a consideração e o respeito mútuos entre
os membros que a compõe, independente do vínculo biológico.
II - RELAÇÕES DE PARENTESCO
1) Conceito
Art. 1.591. São parentes em linha reta as pessoas que estão umas para com as outras na
relação de ascendentes e descendentes.
Art. 1.595. Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da
afinidade.
§ 2o Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da união
estável.
2) Importância
→ impedimentos matrimoniais - ART. 1521, I, CC (Pessoas que não podem casar entre si,
por conta do impedimentos matrimoniais.)
→ alimentos (os primeiros convocados a prestar alimentos são os parentes mais próximos)
- ART. 1.696, CC (As relações parentescos vão determinar de acordo com a situação os
deveres de alimentos. Ex.: Os pais tem dever de pagar alimentos e ao inverso também.)
→ direito sucessório - ART. 1.829, CC (Precisa respeitar a ordem de vocação hereditário para
saber quem recebe os bens primeiros.)
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: (Vide Recurso Extraordinário
nº 646.721) (Vide Recurso Extraordinário nº 878.694)
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este
com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens
(art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não
houver deixado bens particulares;
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
III - ao cônjuge sobrevivente;
IV - aos colaterais.
Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a
todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de
outros.
3) Classificação
3.1) Natural e civil
- ART. 1.593, CC
- civil: vínculo decorrente de adoção ou de qualquer outra origem (esse vínculo civil não
tem uma relação consanguinidade.)
103 – Art. 1.593: o Código Civil reconhece, no art. 1.593, outras espécies de parentesco civil
além daquele decorrente da adoção, acolhendo, assim, a noção de que há também
parentesco civil no vínculo parental proveniente quer das técnicas de reprodução assistida
heteróloga relativamente ao pai (ou mãe) que não contribuiu com seu material fecundante,
quer da paternidade sócio-afetiva, fundada na posse do estado de filho.
- em linha reta não tem limite de grau e mantém mesmo após a dissolução do casamento e
da união estável - art. 1.595, § 2º, CC
- na linha colateral, a afinidade não passa do segundo grau e se restringe aos cunhados,
mas é extinto após a dissolução da união ou casamento
É o ato jurídico negocial solene (tem regras), público e complexo, mediante o qual o
casal constitui família, pela livre manifestação de vontade e pelo reconhecimento do
Estado (Paulo Lôbo).
2) Natureza jurídica
→ Corrente individualista: vê o casamento como um contrato de vontades
convergentes para obtenção de fins jurídicos. PABLO STOLZE (contrato especial)
(Porque as partes minifesta vontade é por isso considera um contrato)
→ Corrente institucional: o casamento é uma instituição, por se tratar de um conjunto
de normas imperativas a que aderem os nubentes. MARIA HELENA DINIZ (Essa
instituição é um conjunto de normas de caráter cogentes e que essas normas não
podem ser alteradas, pois são normas imperativas.)
→ Corrente eclética: vê o casamento como ato complexo, um contrato quando de sua
formação e uma instituição no que diz respeito ao seu conteúdo. FLÁVIO TARTUCE E
PAULO LÔBO. (O contrato é um ato completo porque antes de celebrar o casamento
pode ser considerado um contrato quando a sua formação sim porque eu escolho com
quem e quando eu vou casar “existe uma decisão”, há um acordo de vontade. Mas
depois que da celebração do casamento existe os efeitos que não pode se controlar.
Ex.: Dever de sustento do cônjuge, caso acontece a separação existe a obrigação de
pagamento de alimento isso é um efeito que não se pode controlar.)
3) Caracteres
- art. 1.521, VI, CC - VI - as pessoas casadas. (As pessoas que são casadas não podem casar
sem antes dissolver o casamento anterior.)
Infringência de impedimento é o inciso II, do artigo 1548 do Código Civil, que se refere
ao casamento nulo. Essa expressão "infringência de impedimento", remete ao artigo
1521 do Código Civil, em que trata dos impedimentos para o casamento. Enfim,
infringência significa infringir, desobedecer, ... logo, infringência de impedimento é a
violação do artigo 1521, do código civil.
- O matrimônio tem por objetivo criar uma plena comunhão de vida entre os cônjuges
- ART. 1.511, CC
Art. 1.511. O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de
direitos e deveres dos cônjuges.
O casamento já uma modalidade de familiar, sendo assim os cônjuges tem objetivo de criar
uma comunhão de plena de vida.
Art. 1.727. As relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar,
constituem concubinato. (Concubinato de duas pessoas casadas (com terceiros), ou em que
uma delas apenas é casada (com outrem))
→ Elementos existenciais:
- Diversidade de sexo (?) - art. 1.517, CC (Muitas as doutrinas tem que haver essa
diversidade, mas é questionável. A diversidade de sexo não é mais um empecilho para
o casamento constituído pelos mesmos sexos.)
Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização
de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade
civil.
Parágrafo único. Se houver divergência entre os pais, aplica-se o disposto no parágrafo
único do art. 1.631.
→ Requisitos de validade
Art. 1.551. Não se anulará, por motivo de idade, o casamento de que resultou gravidez.
OBS. Flávio Tartuce entende que não é caso de nulidade, mas, sim, de anulabilidade,
uma vez que o artigo 1.550, I, e art. 1.551, ambos do Código Civil não foram
revogados.
B) Potência
C) Sanidade física
OBS. Não confundir com a incapacidade para casar (arts. 1.517 a 1.520, CC), pois se refere à
vontade e à idade núbil.
Por exemplo, uma pessoa não pode se casar se for divorciado e ainda não tiver feito a
partilha de bens do último casamento; também é causa suspensiva quando uma pessoa
morre e deixa um viúvo ou viúva com filhos e este se casa antes de ter feito o inventário e
separação de bens dos herdeiros, também não se podem casar pessoas que tem
parentesco em linha reta.
A lei permite que case, mas obriga o regime de Separação obrigatória de bens. A lei não
proíbe e nem torna o casamento nulo, mas você vai ter que casar no regime Separação
obrigatória de bens para não ter confusão patrimonial.
- pode ser alegado por qualquer pessoa capaz e pelo Ministério Público - art. 1.522, CC
O interesse é coletivo, sendo qualquer pessoa capaz e o MP pode alegar.
Esses impedimentos de parentes têm duas razoes uma moral e a outra razão biológica.
A princípio não pode haver casamentos entres tios e sobrinhos (até 3 grau).
É possível o casamento entre pessoas com 4° Grau, primos. (Não existe impedimento
patrimonial, mas existe a preocupação genética)
OBS. O impedimento entre colaterais de 3º grau (tio e sobrinha) pode ser sanado
por certificado pré-nupcial, por meio do qual médicos atestem que não há
incompatibilidade genética que cause risco à eventual prole (Decreto-Lei nº 3.200/1941 e
Enunciado 98 do CJF). Trata-se do casamento AVUNCULAR.
Obs.: A Doutrina ainda defende o casamento entre tios e sobrinhos, dedes que tenha uma
certificado pré-nupcial que é um documento medico comprovando que não existe
problemas médicos. (O objetivo é evitar problemas congênitos)
Impedimento de crime: Estou casado e me apaixonei por outra pessoa e preciso me livrar
do traste que está com ela. Você mata a pessoa e casa com a esposa dele, não pode casar
com quem matou o meu cônjuge, pois existe um impedimento de crime, esse impedimento
só vai existir se for um crime doloso e precisa ser condenado. Caso aconteça de não ser
condenado por prescrição ou por qualquer outro motivo não será aplicado esse
impedimento.
Ex.: Pode acontecer um acidente no trânsito e a esposa vier a falecer, o rapaz sobreviveu e a
moça que causou o acidente foi de maneira culposa sem a intenção, em razão do
acontecido a vítima se aproxima da pessoa que casou a morte do cônjuge dela. Começa
criar um laço afetivo e surge um relacionamento, nesse caso é possível o casamento porque
não se tratou de um crime doloso.
Regra: Dos impedimentos patrimoniais trás nulidade absoluta e qualquer pessoa pode
alegar e exclusivo o Ministério Público.
As causas suspensivas não tornam o casamento nulo e nem anulável, mas vão impor os
cônjuges.
- não tornam o casamento nulo, nem anulável, mas impõem sanções patrimoniais ao
cônjuges (art. 1.641, I, CC)
- interesse da prole
- evitar confusão sanguinis e confusão patrimonial
→ Viúvo ou viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer o inventário dos
bens do casal e der partilha aos herdeiros - art. 1.523, CC
Viúva: Enquanto não fizer o inventário dos bens do casal não pode ser casar, pode até
casar, mas somente sobre o regime de obrigatório de separação de bens.
→ Viúva ou mulher cujo matrimônio se desfez por ser nulo ou por ter sido anulado, até 10
meses depois do começo de viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal - ART. 1.523, II,
CC
Mulher/viúva: A preocupação lei é evitar confusão da pole e sanguíneo, lei quer dizer as
mulheres que estão gravidas não case, porque se você casa antes dos 10 meses do divórcio
ou viuvez pode acontecer confusão sanguíneo e a preocupação da pole. (Pode desde que
seja por regime de obrigatório de separação de bens.)
Pode um tutor casar com seu tutelado? Pessoas incapazes, quais são os interesses para
esse casamento, existe qual uma limitação) Pode casar, desde que seja por regime de
separação de bens.
Obs.: Existe exceções, se as partes conseguiram provar que não existe nenhum prejuízo, por
exemplo, o único imóvel que tem para ser divido já está em uso fruto dos meus filhos e não
uso, provo que não há o prejuízo a causa desaparece.
→ Impedimentos
- devem ser opostos, ex officio, pelo oficial do registro civil, pelo juiz ou por quem celebrar
o casamento -
- qualquer pessoa pode opor → ATÉ O MOMENTO DA CELEBRAÇÃO - art. 1.522, CC
Obs.: A oposição tem que ser feita até o momento da celebração. Caso o casamento seja
celebrado, pode entrar com uma ação declaratória de nulidade afirmando que aquele
casamento já estava nulo desde do seu nascimento (celebração).
→ Causas suspensivas
- não podem ser conhecidas de ofício por eventual juiz ou oficial do cartório
- só poderão ser arguidas pelos (art. 1.524, CC):
- parentes, em linha reta, de um dos nubentes (afins também)
- colaterais, EM SEGUNDO GRAU (irmãos ou cunhado)
De oficio não pode fazer, porque a causa suspensivas só interessa as partes envolvidas. Só
as partes envolvidas podem alegar, porque é um interesse individual. Só as partes não
alegar não haverá a concretização da causa suspensivas.
Se o casamento já foi celebrado, se faz necessário entrar com uma ação judicial para
declara essa causa suspensiva.
- Cartório de Registro Civil de domicílio do casal, sob pena de nulidade relativa - arts. 1.525,
1.550, IV; 1.560, II e 1.554, CC)
É feito no cartório do domicilio do casal, podendo ser feito no domicílio de qualquer um.
Ex.: Juana mora em SP e Bruno em MT os dois decide casar e escolhe o cartório do
domicilio de Joana.
Art. 1.525. O requerimento de habilitação para o casamento será firmado por ambos os
nubentes, de próprio punho, ou, a seu pedido, por procurador, e deve ser instruído com os
seguintes documentos:
I - certidão de nascimento ou documento equivalente;
II - autorização por escrito das pessoas sob cuja dependência legal estiverem, ou ato
judicial que a supra;
III - declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou não, que atestem conhecê-los e
afirmem não existir impedimento que os iniba de casar;
IV - declaração do estado civil, do domicílio e da residência atual dos contraentes e de seus
pais, se forem conhecidos;
V - certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença declaratória de nulidade ou de
anulação de casamento, transitada em julgado, ou do registro da sentença de divórcio.
Art. 1.560. O prazo para ser intentada a ação de anulação do casamento, a contar da data
da celebração, é de:
I - cento e oitenta dias, no caso do inciso IV do art. 1.550;
II - dois anos, se incompetente a autoridade celebrante;
III - três anos, nos casos dos incisos I a IV do art. 1.557;
IV - quatro anos, se houver coação.
§ 1o Extingue-se, em cento e oitenta dias, o direito de anular o casamento dos menores de
dezesseis anos, contado o prazo para o menor do dia em que perfez essa idade; e da data
do casamento, para seus representantes legais ou ascendentes.
§ 2o Na hipótese do inciso V do art. 1.550, o prazo para anulação do casamento é de cento
e oitenta dias, a partir da data em que o mandante tiver conhecimento da celebração.
Art. 1.554. Subsiste o casamento celebrado por aquele que, sem possuir a competência
exigida na lei, exercer publicamente as funções de juiz de casamentos e, nessa qualidade,
tiver registrado o ato no Registro Civil.
→ Documentos necessários
O art. 1.517 do Código Civil, que exige autorização dos pais ou responsáveis para
casamento, enquanto não atingida a maioridade civil, não se aplica ao emancipado.
→ Conclusão
- art. 1.527, CC
- lavratura dos proclamas do casamento e publicação de edital por 15 dias
- certidão declarando que os pretendentes estão habilitados para casar dentro do prazo de
90 DIAS, contados da data em que a certidão for extraída - arts. 1.531 e 1.532, CC
8) Celebração do casamento
CUIDADO! O nubente que der causa à suspensão do ato não poderá se retratar no
mesmo dia (art. 1.538, P.U., CC).
OBS. Em São Paulo, quem celebra o casamento é o juiz de casamento, cuja atuação
não é remunerada, sendo indicado pelo Secretário da Justiça. Necessidade de
regulamentação do artigo 98, II, CF/88
Tem que haver essa necessidade de individuação = casar com quem, quando? Tem que
estar especifico os poderes.
- escritura pública (essa procuração tem que ser feito por escritura)
- Revogável até o momento da celebração do ato nupcial
A procuração foi outorgada, mas me arrependi? É possível revogar? Sim, mas somente
até a celebração do casamento é possível revogar a procuração.
OBS. E se o casamento for celebrado sem que o procurador ou o outro contraente tenha
ciência da revogação? O mandante responderá por eventuais perdas e danos - ART. 1.542, §
1º, CC (ex. danos morais e materiais - honra, vexame sofrido, gastos com preparativos de
festas).
Ex.: Como fazer isso? Tentei ligar, entrar em contato com o procurador da procuração,
mas não consigo o contato para revogar estou expressando a minha vontade de revogar,
mas sem o contato com o procurador e sem que outro nubente tenha a ciência da minha
vontade de revogar. O casamento foi celebrado. Aquele que revogou pode sofrer algum
dano? Sim, responde indenização por perdas e danos por casamento frustrado. Art. 1542,
1º
Art. 1.542. O casamento pode celebrar-se mediante procuração, por instrumento público,
com poderes especiais.
§ 1o A revogação do mandato não necessita chegar ao conhecimento do mandatário; mas,
celebrado o casamento sem que o mandatário ou o outro contraente tivessem ciência da
revogação, responderá o mandante por perdas e danos.
§ 2o O nubente que não estiver em iminente risco de vida poderá fazer-se representar no
casamento nuncupativo.
§ 3o A eficácia do mandato não ultrapassará noventa dias.
§ 4o Só por instrumento público se poderá revogar o mandato.
OBS. Possibilidade de anulação em razão da revogação não sabida → prazo de 180 dias, a
partir da data em que o mandante tiver conhecimento da celebração (ART. 1.550, V, c/c
ART. 1.560, § 2º, CC).
Art. 1560
Art. 1.560. O prazo para ser intentada a ação de anulação do casamento, a contar da data
da celebração, é de:
I - cento e oitenta dias, no caso do inciso IV do art. 1.550;
II - dois anos, se incompetente a autoridade celebrante;
III - três anos, nos casos dos incisos I a IV do art. 1.557;
IV - quatro anos, se houver coação.
§ 1o Extingue-se, em cento e oitenta dias, o direito de anular o casamento dos menores de
dezesseis anos, contado o prazo para o menor do dia em que perfez essa idade; e da data
do casamento, para seus representantes legais ou ascendentes.
§ 2o Na hipótese do inciso V do art. 1.550, o prazo para anulação do casamento é de cento
e oitenta dias, a partir da data em que o mandante tiver conhecimento da celebração
Obs.: Fazendo anulação no prazo retorno o estado civil de solteiro, mas se perder o prazo
a separação é só através do divórcio nesse caso o agente terá estado de divorciado.
O nubente sobrevivente vai mover uma ação para homologar esse casamento, e as
testemunhas vão comparecer diante ao juiz para relatar como foi efetuado o casamento.
Ex.: O juiz vai questionar as testemunhas quais foram as maneiras que esse casamento foi
celebrado, por exemplo, o nubente estava consciente para manifestar sua vontade?
Art. 1.540. Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida, não obtendo
a presença da autoridade à qual incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o
casamento ser celebrado na presença de seis testemunhas, que com os nubentes não
tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo grau.
Assim, o artigo 1.539 dispõe a respeito do chamado casamento em caso de moléstia grave,
que tem por premissa o precário estado de saúde de um dos nubentes, com gravidade que
o impeça de se locomover e também de adiar a celebração. Ressalva-se que é admitido
também em caso de acidentes e a celebração pode ser mesmo durante a noite.
Um dos nubentes está doente e por causa de sua doença não pode comparecer no
cartório, nesse caso o cumprimento das formalidades preliminares é realizado em casa.
- as partes podem solicitar a presença da autoridade celebrante e do oficial em sua casa
Art. 1.539. No caso de moléstia grave de um dos nubentes, o presidente do ato irá celebrá-
lo onde se encontrar o impedido, sendo urgente, ainda que à noite, perante duas
testemunhas que saibam ler e escrever.
§ 1o A falta ou impedimento da autoridade competente para presidir o casamento suprir-
se-á por qualquer dos seus substitutos legais, e a do oficial do Registro Civil por outro ad
hoc, nomeado pelo presidente do ato.
§ 2o O termo avulso, lavrado pelo oficial ad hoc, será registrado no respectivo registro
dentro em cinco dias, perante duas testemunhas, ficando arquivado.
- após a celebração religiosa, contar-se-á novo prazo de 90 dias para assento no Registro
Civil - art. 1.516, § 1º, CC
CUIDADO! O registro do casamento religioso terá efeito ex tunc, retroagindo desde a data
da celebração, nos termos do artigo 1.515, CC.
OBS. E se antes do registro do casamento religioso, uma das partes contrair casamento
civil com outra pessoa? ART. 1.516, § 3º, CC. – O casamento religioso não tem efeito civil,
mas tem aplicação de união estável.
§ 3o Será nulo o registro civil do casamento religioso se, antes dele, qualquer dos
consorciados houver contraído com outrem casamento civil.
A qualquer tempo pode registrar esse casamento, todo o procedimento de habilitação tem
que ser feito.
Ex.:
Art. 1.515. O casamento religioso, que atender às exigências da lei para a validade do
casamento civil, equipara-se a este, desde que registrado no registro próprio, produzindo
efeitos a partir da data de sua celebração.
12) Efeitos jurídicos do matrimônio
1.
→ Fidelidade mútua - Direitos e deveres recíprocos a serem cumpridos.
1. Não se fala de crime em adultero, mas pode considerado um ato ilícito no civil?
Sim, pode. Pode entrar com uma ação de perdas e danos, mas só serão pagos
dependendo do caso concreto. (Depende das consequências que esse adultério
causar)
- o matrimônio requer a coabitação (MHD), de modo que o seu desrespeito pode gerar
ofensa à honra do outro cônjuge;
→ Mútua assistência
Mutua assistente? Apoio moral e auxiliar financeiramente. Esse auxilio ele se estende
mesmo após o fim do casamento. Ex.: Pagamentos de alimentos.
OBS. Um cônjuge pode suprimir seu sobrenome para adotar o do outro? O código
civil fala em “acrescer”.
→ Direitos e deveres dos pais para com os filhos - art. 1.566, IV, CC
•
- responsabilidade pelos atos lesivos - art. 932, I, CC
- quatro tipos: comunhão universal, comunhão parcial, separação e participação final nos
aquestos
Tem a livre escolha do tipo de regime que deseja casar. (a escolha é livre.)
Mas existe as exceções que obriga se casar somente por separação de bens. (Causas
suspensivas, mais de 70 anos, e menor).
Obs.: É possível fazer uma combinação dos regimes.
Pacto antenupcial = é um contrato, que tem vontade, solene que é realizado antes do
casamento. Distante esse pacto se manifesta o time de regime do casamento.
A) Conceito
Esse pacto tem que ser feito por escritura pública. Não fazendo por escritura sob pena de
nulidade.
B) Forma
Pode ser feito no cartório de registro de imóveis e caso os nubentes seja empresário no
Juscesp (para ter efeito sobre terceiro.)
Caso não faço o registro não quer dizer que seja nulo, mas pode não ter eficaz sobre
terceiro.
Ele pode ser registrado a qualquer tempo? Sim, não tem validade. Mas sem esse registro
não terá eficaz sobre terceiro.
Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos
seus bens, o que lhes aprouver.
§ 1o O regime de bens entre os cônjuges começa a vigorar desde a data do casamento.
§ 2o É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em pedido
motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e
ressalvados os direitos de terceiros.
- casos de nulidade:
- alteração da ordem de vocação hereditária
- afastar o regime da separação obrigatória
- venda de imóveis sem a outorga conjugal
OBS. CUIDADO! Salvo no regime da separação absoluta de bens, a alienação de bens
imóveis depende da autorização do outro cônjuge (pouco importa se o bem é anterior
ao casamento e, em tese, não se comunicaria), nos termos do artigo 1.647, I, CC.
OBS. Adoção do regime na participação final nos aquestos - art. 1.656, CC.
Art. 1.656. No pacto antenupcial, que adotar o regime de participação final nos aqüestos,
poder-se-á convencionar a livre disposição dos bens imóveis, desde que particulares.
O artigo 1.656 é uma exceção, se adotar o regime de participação final nos aquestos eu
posso dispensar autorização do outro cônjuge para realizar uma venda de umas bem
imóveis. Só se admite essa manobra de dispensar autorização do outro se for no regime de
participação final de aquestos.
OBS. O pacto antenupcial pode conter cláusula que tenha por objeto um conteúdo
existencial, como regras relativas à boa convivência do casal? Enunciado 635, CJF.
Obs.: Boa convivência do casal? Tudo que se relaciona com o bom convívio do casal
pode se inserido no pacto, por exemplo divisão de tarefas, dormi juntos/separados.
O pacto antenupcial e o contrato de convivência podem conter cláusulas existenciais,
desde que estas não violem os princípios da dignidade da pessoa humana, da igualdade
entre os cônjuges e da solidariedade familiar.
Ex.: Pode colocar uma clausula que os cônjuges podem não pagar alimentos após a
separação? Não, porque atinge a dignidade humana.
Ex.: O nosso regime é comum de bens, mas os nubentes tem um pacto antinupcial com
uma clausula que os bens adquiridos antes do casamento não se comunicarão.
Art. 1829 a ordem das sucessõees
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: (Vide Recurso Extraordinário
nº 646.721) (Vide Recurso Extraordinário nº 878.694)
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este
com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens
(art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não
houver deixado bens particulares;
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
III - ao cônjuge sobrevivente;
IV - aos colaterais.
Ex.: De caso de nulidade, no pacto mudar as ordens das sucessões dos herdeiros, nesse
caso é nulo.
Vendas de imóveis: Precisa sempre da autorização do cônjuge, mas o imóvel foi adquirido
antes do casamento não posso vender? Pode vende desde que tenha autorização do outro
cônjuge, pois enquanto estiver na constância do casamento necessita da autorização do
outro cônjuge e caso não tenha corre o risco de anulabilidade.
Art. 1647
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem
autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;
III - prestar fiança ou aval;
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar
futura meação.
Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou
estabelecerem economia separada.
D) Facultatividade
Bens que não podem ser divididos mesmo durante a vigência do casamento.
OBS. Bens objeto de herança se comunicam? NÃO, uma vez que já havia a expectativa
de direito (quanto à abertura da sucessão) antes do casamento (causa anterior).
O ônus de provar que o bem foi adquirido antes do casamento é do cônjuge (dono do
bem)
2) Os adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges, em sub-
rogação dos bens particulares.
Sub-rogado = pessoal/real. Pessoal = substituição do devedor, real = substituição do
bem/coisas. Paguei a divida de alguém e estou sub-rogando no lugar de alguém.
São aqueles adquiridos por um dos cônjuges na constância do matrimônio em
substituição aos bens que já possuía antes da constituição do casamento, ou
adquiridos com recursos exclusivos, também anteriores à celebração do vínculo.
Isso não é automático, se o imóvel está sendo comprando sobre sub-rogação, esse
apartamento tem uma matricula, na hora do registro tem que constar expressamente
na matricula que é um móvel sub-rogado. (se não colocar vai ter que dividir o bem.)
OBS. E o FGTS? De acordo com o STJ, deve ser reconhecido o direito à meação dos
valores depositados em conta vinculada ao FGTS auferidos durante a constância da
união estável ou do casamento celebrado sob o regime da comunhão parcial ou
universal de bens, ainda que não sejam sacados imediatamente após a separação do
casal ou que tenham sido utilizados para aquisição de imóvel pelo casal durante a
vigência da relação (RESP 1.399.199/RS).
7) As pensões, meio-soldos, montepios e outras rendas semelhantes
B) São comunicáveis
- Cada consorte responde pelos próprios débitos, desde que anteriores ao casamento,
pelo fato de os patrimônios conservarem-se separados - art. 1.659, III, CC
B Nenhum dos dois imóveis deverá ser partilhado, tendo em vista que ambos são bens particulares
. de Roberto.
C Os imóveis situados no Recreio dos Bandeirantes e em Santa Teresa são bens comuns e, por isso,
. deverão ser partilhados em virtude da separação do casal.
D Apenas o imóvel situado no Recreio dos Bandeirantes deve ser partilhado, sendo o imóvel situado
. em Santa Teresa bem particular de Roberto.
. (valido, pois preenche todos os requisitos. Ineficaz, pois não foi celebrado o
casamento então tem eficaz entre as partes.)
B) válido e eficaz.
C) inválido e ineficaz.
D) inválido e eficaz.
12.2.4) Regime da Comunhão Universal
- instaura um estado de indivisão, de modo que cada cônjuge passa a ter o direito à
metade ideal do patrimônio comum - art. 1.667, CC.
A) São excluídos da comunhão:
- finda a união, cada cônjuge terá direito a uma participação daqueles bens para os
quais colaborou para aquisição, devendo provar o esforço patrimonial para tanto (art.
1.672, CC) FLÁVIO TARTUCE
OBS. Venda de bens imóveis → art. 1656, CC.
OBS. Em qual momento será verificado o montante dos aquestos? ART. 1.683,
CC = no momento em que tiver cessado a convivência.
OBS. Durante a vigência do regime matrimonial, o cônjuge pode renunciar o
seu direito à meação? ART. 1.682, CC = NÃO!!
→ São excluídos da participação:
1. os bens anteriores ao casamento e os sub-rogados em seu lugar
2. os obtidos por cada cônjuge por herança, legado ou doação
3. débitos relativos a esses bens
→ Relação com os credores
- Se os bens forem adquiridos pelo trabalho conjunto, cada um dos cônjuges terá
direito a uma quota igual no condomínio ou no crédito - art. 1.679, CC
12.2.6) Regime da separação de bens
OBS. O que pode ser feito pelo cônjuge que teve seu patrimônio atingido por
restrição judicial em razão de dívida do outro? Poderão lançar mão do remédio
processual dos embargos de terceiro para obter o levantamento da penhora → ART.
674, § 2º, I, CPC.
→ Espécies
A) Obrigatório ou legal
- Das pessoas que celebrarem o casamento com infração das causas suspensivas
- Da pessoa maior de 70 anos
OBS. E se os nubentes já viviam há muitos anos em união estável? Enunciado
261 da III Jornada de Direito Civil do CJF.
- De todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial - arts. 1.517, 1.519,
CC
B) Separação convencional
(FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase) Aldo e Mariane
são casados sob o regime da comunhão parcial de bens, desde setembro de 2013. Em
momento anterior ao casamento, Rubens, pai de Mariane, realizou a doação de um
imóvel à filha. Desde então, a nova proprietária acumula os valores que lhe foram
pagos pelos locatários do imóvel.
No ano corrente, alguns desentendimentos fizeram com que Mariane pretendesse se
divorciar de Aldo. Para tal finalidade, procurou um advogado, informando que a
soma dos aluguéis que lhe foram pagos desde a doação do imóvel totalizava R$
150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), sendo que R$ 50.000,00 (cinquenta mil
reais) foram auferidos antes do casamento e o restante, após. Mariane relatou,
ainda, que atualmente o imóvel se encontra vazio, sem locatários.
Sobre essa situação e diante de eventual divórcio, assinale a afirmativa correta.
A) Quanto aos aluguéis, Aldo tem direito à meação sob o total dos valores.
B) Tendo em vista que o imóvel locado por Mariane é seu bem particular, os aluguéis
por ela auferidos não se comunicam com Aldo.
C) Aldo tem direito à meação dos valores recebidos por Mariane, durante o
casamento, a título de aluguel.
D) Aldo faz jus à meação tanto sobre a propriedade do imóvel doado a Mariane por
Rubens, quanto sobre os valores recebidos a título de aluguel desse imóvel na
constância do casamento.
(FGV - 2015 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XVIII - Primeira Fase) Roberto e Ana
casaram-se, em 2005, pelo regime da comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto
ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos
Bandeirantes. Em 2014, Roberto foi agraciado com uma casa em Santa Teresa, fruto
da herança de sua tia. Em 2015, Roberto e Ana se separaram.
B) Apenas o imóvel situado no Recreio dos Bandeirantes deve ser partilhado, sendo o
imóvel situado em Santa Teresa bem particular de Roberto.
C) Apenas o imóvel situado em Santa Teresa deve ser partilhado, sendo o imóvel
situado no Recreio dos Bandeirantes excluído da comunhão, por ter sido adquirido
com o produto de bem advindo de fato eventual.
D) Nenhum dos dois imóveis deverá ser partilhado, tendo em vista que ambos são
bens particulares de Roberto
Com base no Código Civil, julgue o item a seguir.
A) Certo
B) Errado
(Ano: 2020 Banca: FCC Órgão: TJ-MS Prova: FCC - 2020 - TJ-MS - Juiz Substituto) Em
relação ao direito patrimonial entre os cônjuges:
E) é anulável o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública, e nulo se não
lhe seguir o casamento.
- os critérios e princípios do regime das nulidades dos negócios jurídicos não são
inteiramente aplicáveis, pois, se o ato nulo não produz efeito algum, tal não ocorre com o
matrimônio nulo - ART. 1.561, §§ 1º e 2º, CC.
B) De quem não completou a idade mínima para casar - art. 1.517, CC (?)
A) De quem não completou a idade mínima para casar - art. 1.550, I (?)
B) O menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal - art.
1.550, II
→ Legitimidade
•
- quem tem o direito de consentir (pais, tutor) = prazo de 180 dias, contados da
data do casamento;
- pelo próprio cônjuge menor, dentro do prazo de 180 dias, contados da data em que
atingir 18 anos de idade - ART. 1.555, § 1º, CC.
- identidade, honra e boa fama, sendo esse erro tal, que o seu reconhecimento torne
insuportável a vida em comum ao consorte enganado
→ Legitimidade
- somente o cônjuge enganado poderá propor a ação anulatória - art. 1.559, CC, dentro do
prazo decadência de 03 anos, contado da data da celebração do casamento (art. 1.560, III,
CC)
C) Coação
- vício de consentimento que atinge a vontade livre, decorrendo de ameaça grave, injusta e
iminente → PRAZO PARA ANULAÇÃO - 04 ANOS = 1.560, IV, CC
D) Casamento que se realiza por meio de mandatário, sem que o outro nubente
soubesse da revogação ou da invalidade do mandato
- juiz que não está em exercício ou que celebra o ato fora dos limites do seu distrito;
- art. 1.561, CC
- os efeitos civis, pessoais ou patrimoniais ocorridos da data de sua celebração até o dia da
sentença anulatória, em relação aos cônjuges e à prole, permanecerão tendo eficácia ex
tunc - art. 1.563, CC
- o pacto antenupcial será executado em favor do cônjuge de boa-fé e o culpado ainda terá
que cumprir as promessas que fez - art. 1.564, II, CC
(FGV - 2011 - OAB - Exame de Ordem Unificado - III - Primeira Fase) João foi
registrado ao nascer com o gênero masculino. Em 2008, aos 18 anos, fez cirurgia para
correção de anomalia genética e teve seu registro retificado para o gênero feminino,
conforme sentença judicial. No registro não constou textualmente a indicação de
retificação, apenas foi lavrado um novo termo, passando a adotar o nome de Joana.
Em julho de 2010, casou-se com Antônio, homem religioso e de família tradicional
interiorana, que conheceu em janeiro de 2010, por quem teve uma paixão fulminante
e correspondida. Joana omitiu sua história registral por medo de não ser aceita e
perdê-lo. Em dezembro de 2010, na noite de Natal, a tia de Joana revela a Antônio a
verdade sobre o registro de Joana/João. Antônio, não suportando ter sido enganado,
deseja a anulação do casamento.
C) é inexistente, pois não houve a aceitação adequada, visto que Antônio foi levado ao erro
de pessoa, o que tornou insuportável a vida em comum do casal.
IV - DA UNIÃO ESTÁVEL
1) Conceito
- É uma relação afetiva de convivência pública e duradoura entre duas pessoas, do mesmo
sexo ou não, com o objetivo imediato de constituição de família.
2.1) Publicidade
- a convivência deve ser pública, o que diferencia a união estável de uma relação
clandestina
2.2) Continuidade
2.3) Estabilidade
- é tênue e sutil a fronteira existente entre um simples namoro (relação instável sem
potencial repercussão jurídica) e uma relação de companheirismo (relação estável de
família com potencial repercussão jurídica)
3) Elementos acidentais
- estará configurada a união estável, qualquer que seja o tempo de união do casal
3.2) Coabitação
4) Natureza jurídica
- De acordo com Paulo Lôbo, por ser ato-fato jurídico, a união estável não necessita de
qualquer manifestação de vontade para que produza seus efeitos jurídicos, bastando a sua
configuração fática.
5) Impedimentos
6) Efeitos pessoais
- art. 1724, CC
a) dever de lealdade;
b) dever de respeito;
c) dever de assistência;
7) Efeitos patrimoniais
- antes não se falava em regime de bens, pois se tratava de concubinato, no entanto, com o
passar dos anos, alguns direitos foram sendo reconhecidos à concubina (ação indenizatória
de serviços domésticos prestados)
- a união passou a ser reconhecida como uma sociedade de fato - direito das obrigações
- nos termos do artigo 1.725, CC, salvo contrato escrito em sentido diverso,
consubstanciado no contrato de convivência, o regime de bens aplicável à união estável no
Brasil é o da comunhão parcial.
- De acordo com o art. 1.726, CC, a união estável poderá converter-se em casamento,
mediante pedido dos companheiros ao juiz e assento no Registro Civil.
9) Alteração do nome
Embora a lei apenas mencione expressamente a possibilidade de inclusão do sobrenome
do cônjuge (ou seja, no casamento) o Superior Tribunal de Justiça (STJ) já reconheceu que
os companheiros em união estável também possuem esse direito. Contudo, a inclusão do
sobrenome do companheiro só é possível caso a união estável tenha sido declarada em
documento público (sentença judicial ou escritura pública) e se houver concordância de
ambos. → RESP 1.206.656/GO