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Resumo de Direito Constitucional visto pela ESAF – Organização AFRF Prof.

Leandro Cadenas Prado


Leandro.prado@receita.fazenda.gov.br
Teoria Geral, Direitos, Garantias, Nacionalidade

1. A disposição do Código de Processo Penal brasileiro segundo a qual o silêncio do acusado pode ser
interpretado em seu desfavor não foi recebida pela ordem constitucional de 1988.
2. É legítima a desapropriação de solo urbano não edificado, sub-utilizado ou não utilizado com pagamento
mediante títulos da dívida pública.
3. A liberdade sindical constitucionalmente assegurada não permite a criação de mais de um sindicato,
representativo de uma mesma categoria profissional ou econômica, por base territorial.
4. No pagamento das sentenças judiciais proferidas contra as pessoas jurídicas de direito público, é legítima
a atribuição de precedência de pagamento aos créditos de natureza alimentícia.
5. O pagamento de indenização pela desapropriação se submete ao regime precatório, o que não viola o
princípio da justa e prévia indenização.
6. O valor do crédito constante de precatório deve ser atualizado monetariamente, a partir de 10 de julho do
exercício de sua expedição, até a data do efetivo pagamento, devendo ser expedido novo precatório para
o pagamento, pela Fazenda Pública, do quantum correspondente à atualização se não houver previsão
normativa determinando o pagamento de uma só vez do valor atualizado.
7. A decisão proferida em mandado de injunção supre a omissão legislativa entre as partes.
8. O salário do trabalhador é irredutível, salvo disposição contida em acordo ou convenção coletiva.
9. A contribuição sindical, fixada pela assembléia geral, será descontada em folha de trabalhador vinculado
ao sindicato (sindicalizado).
10. O brasileiro naturalizado poderá ser extraditado no caso de comprovado envolvimento em tráfico de
drogas.
11. A Constituição Federal admite a interceptação telefônica para fins de investigação criminal (não
administrativa nem parlamentar).
12. Não é permitida a criação de mais de uma entidade sindical, representativa de categoria profissional ou
econômica, na mesma base territorial.
13. A Constituição veda a distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual.
14. É obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho.
15. Os imóveis públicos urbanos não poderão ser adquiridos mediante usucapião.
16. A fixação de prazo para impetração de mandado de segurança é plenamente compatível com a própria
garantia que se pretende outorgar.
17. Não pode haver interceptação telefônica mediante autorização do Ministério Público.
18. É inválida a condenação criminal fundada exclusivamente nos elementos informativos do inquérito policial.
19. Há, no sistema constitucional brasileiro, possibilidade de aplicação de lei com caráter retroativo.
20. Não constitui prova ilícita a captação por meio de fita magnética de conversa entre presentes autorizada
por um dos interlocutores, se realizada em legítima defesa.
21. É constitucional a prisão civil do depositário infiel em se tratando de alienação fiduciária em garantia.
22. A exigência de comprovação de depósito como pressuposto de admissibilidade e garantia recursal não
afronta o princípio da ampla defesa e do contraditório.
23. A União, os Estados e os Municípios estão impedidos de subvencionar cultos religiosos ou igreja.
24. A outorga de tratamento diferenciado a cidadãos ou empresas do Estado-membro é incompatível com a
Constituição.
25. O princípio constitucional que assegura a ampla defesa e contraditório não proíbe que se realize o
interrogatório do indiciado perante a autoridade policial na ausência do advogado.
26. Os direitos constantes do catálogo de direitos individuais e coletivos não estão elencados de forma
exaustiva.
27. A Constituição Federal proíbe que se adote medida provisória na regulamentação de dispositivo cuja
redação tenha sido alterada por emenda constitucional aprovada a partir de 1995 até a EC 32, inclusive.
(art. 246)
28. Não se pode invocar direito adquirido em face de normas constitucionais ou contra mudanças nos
estatutos e institutos jurídicos.
29. Pode-se invocar validamente o princípio do direito adquirido em face das leis de ordem pública.
30. Nos termos da Constituição Federal, o salário do trabalhador pode sofrer redução com base em
convenção ou acordo coletivo.
31. Não é permitida a criação de mais de uma organização sindical, representativa de uma mesma categoria
profissional, em uma mesma base territorial.
32. O princípio da presunção de inocência consagrado na Constituição não permite que se proceda ao
lançamento do nome do réu no rol dos culpados após a sentença de pronúncia no processo penal.
33. O princípio da presunção de inocência é compatível com a prisão cautelar.
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34. A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados.
35. Nos termos da Constituição, os filhos de brasileiros que não estejam a serviço do Brasil nascidos no
exterior poderão fazer opção pela nacionalidade brasileira a qualquer tempo.
36. A ação popular destina-se a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural.
37. A denúncia vaga ou genérica no processo penal é imcompatível com o princípio constitucional do direito de
defesa.
38. O princípio da presunção de inocência permite a prisão cautelar ou provisória.
39. A ampliação do prazo prescricional em matéria criminal não se aplica aos fatos praticados antes da
entrada em vigor da lei, aplicando-se o princípio da anterioridade em matéria penal.
40. O mandado de injunção coletivo é plenamente compatível com a ordem constitucional brasileira.
41. A pequena propriedade rural, trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de
dívida decorrente de atividade produtiva.
42. O legislador não poderá outorgar ao júri competência para conhecer também de crimes culposos contra a
vida.
43. A Constituição assegura a nacionalidade brasileira aos nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe
brasileira, desde que venham a residir no Brasil e optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade
brasileira.
44. Dentre os cargos privativos de brasileiro nato encontram-se os de oficial das forças armadas, da carreira
diplomática, o de Presidente da República e os de Ministro do Supremo Tribunal Federal.
45. Além das previstas na Constituição, a lei não poderá estabelecer outras distinções entre brasileiros natos e
naturalizados.
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46. No sistema constitucional brasileiro, os direitos fundamentais podem ser argüidos em face dos poderes
públicos, e também podem ser invocados nas relações entre particulares.
47. Nem todas as normas que tratam de direitos fundamentais na Constituição são auto-executáveis, de
aplicação imediata.
48. Consideram-se direitos fundamentais, entre outros, aqueles enumerados no título da Constituição relativo
aos direitos e garantias fundamentais.
49. O habeas data é o instrumento adequado para se conhecer e retificar informação relativa ao impetrante
em bancos de dados de entidade governamental ou de caráter público.
50. É típico de uma Constituição dirigente apresentar em seu corpo normas programáticas.
51. Uma lei ordinária que destoa de uma norma programática da Constituição pode ser considerada
inconstitucional.
52. Uma Constituição rígida pode abrigar normas programáticas em seu texto.
53. Toda Constituição flexível, por decorrência da sua própria natureza, será uma Constituição histórica.
54. Um decreto-lei de 1987 que estabeleça uma determinada obrigação aos cidadãos e que era perfeitamente
legítimo com relação à Constituição que se achava em vigor quando foi editado, bem como o seu conteúdo
tampouco entra em colisão com a Constituição de 1988 deve ser considerado como recebido pela
Constituição de 1988, permanecendo em vigor enquanto não for revogado.
55. Cláusula pétrea é princípio ou norma da Constituição que não pode ser objeto de emenda constitucional
tendente a aboli-lo.
56. No âmbito dos direitos e deveres individuais e coletivos, previstos na Constituição da República, a casa é o
asilo inviolável do indivíduo, não sendo permitido a ninguém nela penetrar, sem consentimento do
morador, exceto em caso de desastre, flagrante delito, prestação de socorro, determinação judicial,
durante o dia
57. A criação de associações independe de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu
funcionamento.
58. É plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar.
59. As associações somente poderão ser compulsoriamente dissolvidas por decisão judicial transitada em
julgado.
60. As entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar os seus
filiados judicial ou extrajudicialmente.
61. Ninguém poderá ser compelido a se associar ou a permanecer associado.
62. Nem todas as normas da Constituição relativas a direito fundamental são classificadas como de eficácia
plena.
63. Normas legais anteriores à Constituição nova, que com ela sejam incompatíveis no seu conteúdo, devem
ser tidas como revogadas (não recepcionadas) pela nova Constituição.
64. Ainda que a Constituição de 1988 não tenha previsto a figura do Decreto-Lei, apenas aqueles
materialmente incompatíveis com a Constituição em vigor ficaram revogados.
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65. A desapropriação por interesse social, para fins de reforma agrária, do imóvel que não esteja cumprindo
sua função social, somente pode acontecer depois de paga a justa indenização em títulos da dívida agrária
ao expropriado (art. 184).
66. A propriedade produtiva é insuscetível de desapropriação para fins de reforma agrária.
67. Se indenizam em dinheiro as benfeitorias úteis e necessárias em caso de desapropriação para fins de
reforma agrária.
68. A Constituição expressamente admite a desapropriação, para fins de reforma agrária, de imóveis rurais,
não fazendo menção a imóveis urbanos.
69. As operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária não estão sujeitas
aos impostos federais, estaduais e municipais incidentes sobre a alienação de bens imóveis.
70. A garantia constitucional do direito adquirido não pode ser invocada para se obstar a incidência de norma
constitucional editada pelo Poder Constituinte Originário.
71. Uma constituição que prevê procedimento de reforma do seu texto é denominada constituição rígida.
72. Sendo que o Código Tributário Nacional (CTN) foi editado antes da Constituição de 1988, sob a forma de
lei ordinária, é possível afirmar que as normas do CTN que regulam limitações constitucionais ao poder de
tributar continuam em vigor, desde que o seu conteúdo seja concordante com as normas da Constituição
de 1988, independente da forma pela qual se reveste.
73. Constituem direitos fundamentais do trabalhador: gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos,
um terço a mais do que o salário normal; décimo terceiro salário com base na remuneração integral;
proibição de diferença de salários por motivo de idade; irredutibilidade do salário, salvo o disposto em
convenção ou acordo coletivo.
74. Não constitui direito fundamental do trabalhador o descanso aos domingos.
75. O indivíduo que invoca motivo de crença religiosa para se eximir de obrigação legal a todos imposta e que
se recusa a cumprir prestação alternativa fixada em lei pode ser privado de direitos.
76. Nem todo indeferimento de prova pedida por acusado em processo administrativo é ilegítimo, sob o
argumento de ferir a garantia constitucional da ampla defesa. É legítimo, em especial, quando a prova é
reputada impertinente, meramente protelatória ou sem interesse para esclarecer os fatos (art. 156, Lei
8112/90).
77. Ainda que seja inviolável a vida privada, é possível a quebra de sigilo bancário.
78. Viola a garantia da ampla defesa e do devido processo legal a condenação de um agente público a multa,
sem que o servidor tenha sido chamado a participar do processo, ainda que se lhe dê a chance de recorrer
dessa decisão.
79. O princípio da proibição da prova ilícita impede que o Tribunal de Contas puna agente público com base
exclusivamente em fita com gravação clandestina de conversa telefônica entre o agente público e
terceiros, que comprovam mau uso de verbas públicas.
80. Há impedimento à impetração do mandado de segurança para proteger direito amparado por habeas
corpus.
81. A ação popular será instrumento idôneo para anular ato da Administração lesivo ao meio ambiente, ainda
que não provado que o ato também provocou prejuízo ao erário.
82. Nem todos os direitos sociais previstos na Constituição são também assegurados aos trabalhadores
domésticos.

Poder Legislativo
83. Compete ao Senado Federal processar e julgar o Advogado-Geral da União no caso de crime de
responsabilidade.
84. A imunidade parlamentar somente protege o Deputado ou Senador após diplomação.
85. As comissões permanentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão, na forma do
regimento, discutir e votar determinados projetos de forma definitiva.
86. A convocação extraordinária do Congresso Nacional poderá ser requerida pelos membros da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal.
87. É ilegítima deliberação do Congresso Nacional, na sessão extraordinária, sobre qualquer matéria que
esteja submetida à sua apreciação (só matéria para a qual foi convocado).
88. A comissão representativa do Congresso Nacional que deve atuar no período de recesso não dispõe de
poderes para emendar a Constituição.
89. As chamadas questões interna corporis não são passíveis de controle judicial.
90. É vedada a edição de medida provisória em matéria relativa a direito penal, processual penal, processual
civil, direitos políticos e direito eleitoral.
91. Matéria reservada à Lei Complementar não pode ser objeto de Medida Provisória.
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92. A Constituição de 1988 consagra um regime de democracia representativa perfeitamente compatível com
a forma de democracia direta, como a iniciativa popular.
93. A filiação partidária constitui condição de elegibilidade no sistema constitucional brasileiro.
94. Nos termos da Constituição Federal, os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado.
95. Os projetos de lei não precisarão ser aprovados, necessariamente, pelo plenário da Câmara e do Senado
Federal.
96. O texto constitucional não admite a delegação legislativa em matéria de lei complementar.
97. Emenda constitucional pode alterar disposição transitória da Constituição.
98. A sanção do Presidente da República a projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional não é hábil para
convalidar eventual vício de iniciativa.
99. É admissível a rejeição pelo Congresso Nacional de veto total a um projeto de lei.
100.A Constituição Federal não prevê iniciativa popular para as Emendas Constitucionais.
101.Os projetos de lei encaminhados pelo Presidente da República terão início na Câmara dos Deputados.
102.É admissível a rejeição parcial do veto total.
103.Os Senadores são eleitos pelo sistema majoritário.
104.A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, do estado de defesa ou de
estado de sítio.
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105.O Tribunal de Contas da União tem competência para fiscalizar a aplicação de recursos da União
repassados a Município mediante convênio.
106.As contas de empresas supranacionais, de cujo capital a União participe, podem ser fiscalizadas pelo
Tribunal de Contas da União.
107.A CPI não tem competência constitucional para editar leis, ainda que com vistas ao aperfeiçoamento do
sistema legislativo, relativamente ao tema que ensejou a instauração da CPI.
108.As CPIs têm competência para quebrar o sigilo bancário, fiscal e telefônico de pessoa – física ou jurídica –
sob a sua investigação, mediante decisão necessariamente fundamentada.
109.Instituída uma CPI, tem ela prazo para concluir os seus trabalhos.
110.A testemunha convocada para depor perante uma Comissão Parlamentar de Inquérito no âmbito do
Congresso Nacional e que entenda ilegítima a sua convocação pode impetrar habeas corpus para se livrar
da convocação.
111.O tratado incorporado ao direito interno tem o mesmo nível hierárquico das leis.
112.Não é válida a medida provisória que regula matéria reservada à lei complementar.
113.O membro do Congresso Nacional não tem legitimidade para, sozinho, apresentar proposta de emenda à
Constituição.
114.Se uma proposta de emenda for rejeitada ou prejudicada, não poderá ser reapresentada na mesma
sessão legislativa.
115.É inconstitucional o projeto de lei apresentado por membros do Congresso Nacional sobre matéria que o
constituinte diz pertencer ao âmbito da iniciativa privativa do Presidente da República.
116.Não configura fator impeditivo da apresentação, discussão ou votação de uma proposta de emenda à
Constituição que a proposta de emenda seja a reiteração idêntica de outra proposta de emenda rejeitada
na sessão legislativa anterior.
117.Configuram fatores impeditivos da apresentação, discussão ou votação de uma proposta de emenda à
Constituição, entre outros, que a proposta de emenda seja apresentada à discussão por partido político
sem representação no Congresso Nacional, que durante a votação da emenda esteja em curso uma
intervenção federal em Estado-membro, que a proposta tenha por objeto a criação de novos casos de
prisão civil por dívidas, além daqueles já previstos pelo constituinte originário e que a proposta tenha por
objeto a criação da pena de banimento, para crimes hediondos.
118.CPI não tem competência para editar leis novas, ainda que verifiquem a inadequação da legislação em
vigor.
119.CPI tem prazo determinado para encerrar os seus trabalhos.
120.CPI não pode exigir de testemunha que responda a pergunta que não tenha pertinência com o objeto da
CPI ou que envolva assunto protegido pelo sigilo profissional.
121.Medida provisória rejeitada pode ser reeditada na sessão legislativa seguinte àquela em que a rejeição se
deu.
122.Lei ordinária que dispõe sobre assunto próprio de lei complementar é inconstitucional.
123.A lei complementar se define por ser aprovada pelo Congresso Nacional mediante maioria absoluta
(maioria dos membros da casa).
124.Leis complementares, diferente das emendas à Constituição, se sujeitam à sanção ou ao veto do
Presidente da República.

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125.Pela calúnia proferida por Deputado, em discurso na Câmara, não poderá o mesmo ser processado
criminalmente, nem mesmo no STF; além disso, não estará sujeito à responsabilidade civil pelo discurso
que proferiu.
126.Mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional, a
matéria de projeto de lei rejeitado pode ser objeto de novo projeto de lei na mesma sessão legislativa.
127.Se um projeto de lei teve início na Câmara dos Deputados, poderá o Senado, em seguida, rejeitá-lo,
hipótese em que será arquivado, ou poderá aprová-lo integralmente ou com emendas, sendo que, na
segunda hipótese, o projeto seguirá, de imediato, para a sanção ou veto do Presidente da República. Em
caso de emendas, estas deverão ser analisadas pela casa iniciadora.
128.O Presidente da República, depois de comunicado ao Presidente do Senado os motivos pelos quais vetou
o projeto de lei, não pode mais revogar o veto e ter o projeto de lei como sancionado.
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129.Emenda à Constituição não pode instituir a pena de morte para crimes hediondos.
130.Deve ser considerada inconstitucional toda a emenda à Constituição que tenha por objeto dispositivo
tendente a abolir cláusula pétrea.
131.Não só os direitos e garantias individuais previstos expressamente no art. 5º da Constituição estão
protegidos contra emendas à Constituição.
132.É inconstitucional emenda à Constituição que crie imposto da União, sujeitando a tal imposto não somente
pessoas físicas e pessoas jurídicas de direito privado, como também pessoas jurídicas de direito público,
como Estados e Municípios.
133.Nem mesmo por meio de proposta de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da
Federação, o Congresso Nacional pode votar e promulgar emenda à Constituição que transforme o Estado
Federal brasileiro em Estado unitário, por ferir cláusula pétrea.
134.Da constituição que resulta do trabalho de uma Assembléia Nacional Constituinte, composta por
representantes do povo, eleitos com a finalidade de elaborar o texto constitucional, diz-se que se trata de
uma constituição promulgada.
135.É constitucional a lei que diverge de norma constante de tratado sobre direitos humanos de que o Brasil
seja parte.
136.As emendas à Constituição têm mesmo status hierárquico das normas da Constituição elaboradas pelo
próprio poder constituinte originário.
137.Normas que constituem cláusulas pétreas têm mesmo status hierárquico ao das demais normas
constantes do texto constitucional.
138.Supondo que uma lei recém editada venha a ser declarada inconstitucional pelo STF, em uma ação direta
de inconstitucionalidade, é possível afirmar que, necessariamente, a lei em questão não é municipal.
139.Uma proposta de emenda à Constituição rejeitada no Congresso Nacional somente pode ser
reapresentada para deliberação em uma outra sessão legislativa.
140.Por falta de previsão constitucional, não se admite que proposta de emenda à Constituição seja
apresentada no Congresso Nacional por iniciativa popular.
141.Pode-se declarar inconstitucional uma lei pelo fato de ela ser manifestamente desarrazoada.
142.Não é possível a votação e promulgação de emenda à Constituição, estando em curso uma intervenção
federal.
143.Das decisões do Tribunal de Contas da União cabe revisão judicial.
144.Os atos de uma CPI no âmbito do Congresso Nacional são suscetíveis de revisão judicial.
145.A testemunha ou pessoa investigada por uma CPI não está obrigada a responder a toda e qualquer
pergunta que lhe seja formulada por integrante da Comissão.
146.Uma CPI pode decretar a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico de investigado, desde que por meio
de ato motivado.
147.Nem toda lei que prevê efeito retroativo a ela própria é lei inconstitucional. (art. 5º, XL)
148.O direito de petição, como assegurado na Constituição Federal, pode ser exercido em face de órgãos do
Poder Executivo, do Legislativo e do Judiciário.
149.O Tribunal de Contas não tem legitimidade para a suspensão das atividades de associação que
desenvolva atividades nocivas ao bom andamento dos serviços públicos.
150.O Tribunal de Contas não pode determinar a busca e apreensão de documentos que saiba que se
encontram na casa de agente público sob a sua investigação, mesmo que os documentos sejam
essenciais para o julgamento de um processo da sua competência.
151.Uma lei ordinária pode dispor em sentido contrário ao que estabelece um tratado de direito internacional
de que o Brasil faz parte, porque esse tratado, na visão do Supremo Tribunal Federal, não goza de
hierarquia de norma constitucional entre nós.
152.É inconstitucional a lei aprovada na Assembléia Legislativa que impõe ao Governador apresentar, em
certo prazo, projeto de lei da iniciativa privativa deste.
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153.O Tribunal de Contas não tem o poder de anular ou sustar contratos administrativos, mas pode determinar
à autoridade administrativa que promova a anulação do contrato.
154.O Tribunal de Contas não pode determinar que a autoridade administrativa sujeita à sua jurisdição
suspenda o pagamento de vantagem a servidores públicos, se o pagamento dessa vantagem tiver sido
determinado por decisão judicial transitada em julgado.
155.É vedada a criação, por Municípios, de tribunais de contas municipais.

Poder Executivo
156.Os Ministros de Estado poderão ser processados e julgados nos processos por crime comum,
independente de autorização da Câmara dos Deputados.
157.Na hipótese de impedimento do Presidente da República e do Vice-Presidente, serão chamados ao
exercício da Presidência, sucessivamente, o Presidente da Câmara dos Deputados, o Presidente do
Senado Federal e o Presidente do Supremo Tribunal Federal
158.O afastamento do Presidente e do Vice-Presidente do País, se superior a 15 dias, há de ser precedido da
necessária licença do Congresso Nacional.
159.O recebimento de denúncia ou queixa contra o Presidente da República, por prática de crime comum,
implica suspensão do exercício de funções presidenciais.
160.A vacância dos cargos de Presidente e Vice-Presidente implica, se nos dois primeiros anos do mandato, a
realização de eleições noventa dias após aberta a última vaga.
161.Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver maioria
absoluta dos votos válidos.
162.É legítima a revogação de medida provisória antes do decurso do prazo constitucionalmente fixado.
163.É vedada a adoção de medida provisória na regulamentação de artigo da Constituição Federal, cuja
redação tenha sido alterada por meio de emenda promulgada a partir de 1995.
164.A medida provisória não pode instituir crime ou fixar pena nem dispor sobre matéria reservada à lei
complementar.
165.No sistema constitucional, se nenhum candidato à Presidência da República obtiver a maioria absoluta na
primeira votação, far-se-á nova eleição, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se
eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos, não computados os brancos e nulos.
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166.Medida provisória pode disciplinar assunto que tenha sido objeto de tratado já incorporado à ordem
jurídica interna.
167.A medida provisória pode ser editada para aumentar imposto.
168.A medida provisória não pode ser editada para simplificar procedimentos regulados no Código de
Processo Civil, tipificar certa conduta como crime, estabelecer hipóteses de perda da nacionalidade
brasileira pelo brasileiro naturalizado, nem dispor sobre direito eleitoral.
169.O Presidente da República, na vigência do seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos
estranhos ao exercício de suas funções.
170.Ainda que o Presidente da República, estando obrigado a apresentar o projeto de lei da sua iniciativa
exclusiva, não o faça tempestivamente, não poderá o projeto ser apresentado por comissão do Congresso
Nacional nem poderá o Supremo Tribunal Federal legislar sobre o assunto, se provocado por meio de
mandado de injunção.
171.Projeto de lei da iniciativa privativa do Presidente da República pode sofrer emenda no âmbito do
Congresso Nacional.
172.Não cabe medida provisória em matéria relativa a direito penal ou direito processual penal.
173.Medida provisória não pode ser editada sobre assunto próprio de lei complementar.
174.Mesmo se o Presidente da República se convencer de que apenas um trecho do caput de um artigo do
projeto de lei é inconstitucional, não poderá vetá-lo apenas em tal passagem, pois está vedado o veto a
palavras.
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175.Não cuida de assunto a ela vedado a medida provisória que cria adicional por tempo de serviço para os
servidores públicos federais.
176.São assuntos vedados à medida provisória: disciplinar como os partidos políticos devem se coligar para
disputar eleições presidenciais; estabelecer requisitos para a promoção de Procuradores da República e
de Juízes Federais nas respectivas carreiras; agravar as penas para crimes cometidos contra a
Administração Pública; modificar a lei orçamentária em vigor.
177.Supondo que uma medida provisória tenha aumentado as alíquotas do imposto de renda, é correto dizer
que o aumento somente poderá ser cobrado no exercício seguinte àquele em que a medida provisória tiver

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sido editada e, ainda assim, desde que a medida provisória tenha sido convertida em lei até o último dia do
exercício financeiro em que foi editada.
178.Uma constituição estadual pode permitir que o governador edite medida provisória.
179.O Presidente da República não pode delegar a atribuição de editar medidas provisórias aos Chefes dos
demais Poderes da República.
180.No sistema constitucional em vigor, não pode ser editada medida provisória criando hipótese de extinção
de punibilidade de crime.
181.Os pressupostos da urgência e da relevância das medidas provisórias podem ser avaliados no âmbito do
Poder Judiciário, em caráter excepcional.

Poder Judiciário e MP
182.Ressalvada a competência da Justiça Militar, compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes
cometidos a bordo de navios e aeronaves, bem como os crimes contra a organização do trabalho.
183.Compete à Justiça Federal processar e julgar as causas movidas por funcionários públicos contra a União.
184.As causas que envolvam instituição de previdência social e segurado poderão ser processadas e julgadas
na Justiça Estadual, no foro de domicílio dos segurados ou beneficiários, devendo o recurso cabível ser
interposto perante o Tribunal Regional Federal competente.
185.Compete ao órgão central da Procuradoria da Fazenda Nacional a representação judicial nas execuções
da dívida ativa.
186.Compete ao Ministério Público a defesa judicial dos direitos e interesses das populações indígenas.
187.O crime político deverá ser processado e julgado pela justiça federal, com recurso ordinário para o
Supremo Tribunal Federal.
188.Serão processadas e julgadas perante a Justiça estadual, do foro do domicílio dos segurados ou
beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre que a
comarca não seja sede de vara ou juízo federal, cabendo recurso para o Tribunal Regional Federal
competente.
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189.Medida provisória não pode ser editada para criar uma nova garantia para os membros do Judiciário.
190.A independência do Poder Judiciário, assegurada constitucionalmente, não impede que um membro do
Judiciário venha a ser processado e julgado pelo Poder Legislativo. (52, II).
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191.O Supremo Tribunal Federal é o foro próprio para o julgamento de mandado de segurança contra ato do
Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do TCU, do
Procurador-Geral da República e do próprio STF.
192.O membro do Ministério Público não pode decretar a prisão de pessoa submetida à sua investigação
criminal, exceto em flagrante delito.
193.A autoridade judiciária não pode legislar, nem mesmo para o caso concreto, no bojo de um mandado de
injunção.
194.Os integrantes do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas estão submetidos às mesmas normas
que regem, no que concerne a direitos, vedações e forma de investidura no cargo, os membros do
Ministério Público comum.

União
195.É vedado à União tributar as rendas das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos em níveis
superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes.
196.A Constituição Federal não permite que se conceda tratamento favorecido à empresa brasileira de capital
nacional.
197.A pesquisa e a lavra de recursos minerais somente poderão ser efetuadas mediante autorização ou
concessão da União por brasileiros ou empresa constituída sob as leis brasileiras.
198.A Constituição Federal proíbe que se concedam privilégios fiscais exclusivamente às empresas públicas.
199.É permitida a alteração de disposições transitórias constantes do texto constitucional original.
200.A Constituição Federal elenca, de forma precisa e expressa, a competência dos Municípios e da União,
deixando a competência residual para os Estados-membros.
201.São bens da União as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e
construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental.
2003
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202.Segundo a Constituição Federal, a competência da União para emitir moeda é exercida exclusivamente
pelo Banco Central (art. 164).

Estados-membros e DF
203.Constitui fundamento suficiente para a decretação da intervenção do Estado no Município a não-aplicação
do mínimo exigido da receita municipal da manutenção e desenvolvimento do ensino.
204.Os lagos e rios que banhem mais de um Estado ou sirvam de limites com outros países, os potenciais de
energia hidráulica e os recursos naturais da plataforma continental são bens da União. Estados e DF
205.No contexto de sua autonomia, os Estados-membros estão impedidos de instituir um regime parlamentar
de Governo.
206.A Constituição estadual não pode estabelecer que a representação interventiva, no plano estadual, seja
proposta pelo Procurador-Geral ou Advogado-Geral do Estado.
207.É ilegítima previsão constitucional que condicione a nomeação ou a destituição de Secretários estaduais à
aprovação da Assembléia Legislativa.
208.Os Estados-membros estão impedidos de constituir um sistema legislativo bicameral.
209.Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado.
210.O Distrito Federal não é dotado de todas as competências reconhecidas aos Estados-membros.
211.Os requisitos para nomeação dos membros do Tribunal de Contas da União contidos na Constituição
Federal são de observância obrigatória pelo constituinte estadual.
212.O processo legislativo estabelecido na Constituição Federal é vinculante para o Estado-membro.
213.A Constituição Federal admite expressamente a possibilidade de delegação da competência legislativa
federal para os Estados-membros.
214.O modelo de competência legislativa concorrente consagrado na Constituição Federal condiciona a
elaboração de ato normativo estadual à não existência da norma federal.
215.No âmbito da autonomia dos Estados-membros, proibi-se a possibilidade de adoção de um sistema
parlamentar de Governo.
216.Os Estados-membros dispõem de poder de conformação de sua ordem constitucional, não estando, no
entanto, autorizados a disciplinar, no seu âmbito, a forma de Governo e o sistema eleitoral.
217.O processo legislativo estabelecido na Constituição Federal vincula o Estado-membro.
218.Nos termos da Constituição Federal, o Estado-membro pode, em algumas hipótese, legislar sobre matéria
de competência privativa da União. (art.22)
219.Os Estados-membros estão impedidos de celebrar tratados internacionais.
220.No âmbito do Distrito Federal, a organização da Defensoria Pública, do Poder Judiciário local e da Polícia
Civil constitui tarefas de competência legislativa da União.
221.O Distrito Federal dispõe de competência legislativa estadual e municipal.
222.Nos termos da Constituição Federal, os Estados não dispõem de autonomia para disciplinar o sistema
eleitoral a ser adotado para as eleições estaduais e municipais.
223.Na ordem constitucional brasileira, o Estado-membro, no âmbito do seu poder de auto-organização, está
impedido de instituir um Poder Legislativo bicameral e um regime parlamentar de Governo.
224.Não pode o Estado-membro estabelecer "quorum" para a aprovação de emenda constitucional mais rígido
do que o previsto na Constituição Federal, tampouco pode adotar modelo de revisão constitucional
simplificado.
225.O Estado-membro no uso de sua autonomia não pode adotar a forma parlamentar de Governo.
226.Lei orgânica do Distrito Federal não poderá dispor sobre a organização e competência do Tribunal de
Justiça do Distrito Federal.
227.A Constituição do Estado-membro pode exigir que o processo-crime contra o Governador do Estado
dependa da autorização específica da Assembléia Legislativa.
228.Os Estados-membros não podem recusar fé aos documentos públicos da União nem de outros Estados
ou dos Municípios.
229.Na sua organização, os Estados-membros submetem-se aos princípios constitucionais sensíveis e aos
princípios estabelecidos.
230.O Estado-membro vincula-se ao sistema de iniciativa legislativa privativa do Executivo fixado pela
Constituição Federal.
231.Aplica-se aos deputados estaduais as regras da Constituição Federal sobre sistema eleitoral,
inviolabilidade e imunidade.
2002
232.As unidades federadas, no Brasil, não gozam do direito de secessão.
233.Embora a Constituição Federal enumere matérias que são da competência legislativa privativa da União,
os Estados-membros podem, em certos casos, legislar sobre questões específicas de tais matérias.
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234.Um Estado-membro da Federação brasileira não pode se desligar da União Federal (direito de secessão).
235.A respeito da iniciativa das leis, o Governador de um Estado-membro não tem legitimidade constitucional
para dar início ao processo legislativo federal.
2003
236.Se o Governador sancionar lei aprovada pela Assembléia Legislativa que era da sua iniciativa privativa,
mas que resultou de proposta de Deputado estadual, será essa lei inconstitucionalidade, em face de vício
formal.
237.O processo legislativo no Estado-membro deve-se ajustar às regras básicas do processo legislativo
federal.
238.Os Estados-membros podem legislar sobre matéria da competência legislativa concorrente com a União,
enquanto esta não editar as normas gerais sobre o assunto.
239.Os Estados-membros não podem legislar livremente sobre matéria da competência legislativa privativa da
União, dependendo de autorização, via Lei Complementar.
240.Qualquer Estado-membro brasileiro que, na esfera da sua competência, não esteja protegendo os direitos
básicos da pessoa humana, sujeita-se à intervenção federal.
241.Qualquer Estado-membro que suspenda o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos
consecutivos, sem motivo de força maior, sujeita-se à intervenção federal.

Controle de Constitucionalidade
242.A decisão final de mérito proferida pelo Supremo Tribunal Federal em sede de controle abstrato de
normas, em geral, tem eficácia ex tunc.
243.A liminar concedida em ação direta de inconstitucionalidade pode ter eficácia ex nunc ou ex tunc.
244.A eficácia jurídica da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal, em sede de controle incidental,
não está condicionada à suspensão de execução da lei pelo Senado Federal.
245.Contra decisão proferida pelo Tribunal de Justiça, em processo de controle abstrato de normas do direito
estadual, cabe recurso extraordinário.
246.Compete ao Procurador-Geral da República e não ao Advogado-Geral da União a formulação da
representação interventiva contra o Estado-membro, no caso de eventual lesão aos princípios sensíveis.
247.O Advogado-Geral da União não pode deixar de defender a constitucionalidade da lei ou ato impugnado
em ação direta de inconstitucionalidade, ainda que entenda que se trata de ato normativo incompatível
com a Constituição Federal.
248.Ainda que declarada a inconstitucionalidade por omissão, o Supremo Tribunal Federal está impedido de
expedir a norma que o legislador deixou de editar.
249.A Constituição estadual não pode atribuir ao Chefe da Advocacia do Estado a competência para propor a
representação interventiva contra os municípios.
250.A representação interventiva com objetivo de assegurar a execução de leis federais há de ser proposta
perante o STJ.
251.É cabível a propositura de recurso extraordinário contra decisão de Tribunal de Justiça estadual proferida
em ação direta de inconstitucionalidade, desde que a norma estadual eleita como parâmetro de controle
seja de reprodução obrigatória por parte do constituinte estadual.
252.Compete ao Supremo Tribunal Federal apreciar e julgar a representação interventiva nos casos de
violação do princípio sensível e ao STJ no caso de recusa à execução de lei federal.
253.Ao Procurador-Geral da República compete a propositura da representação interventiva, no caso de
afronta aos chamados princípios sensíveis.
254.Cabe ao órgão responsável pelo MP do Estado-membro a propositura de representação interventiva
contra Município.
255.Qualquer juiz de primeiro grau pode declarar a inconstitucionalidade de lei no sistema incidental ou
concreto vigente no Brasil. No caso dos tribunais, somente pode ser declarada pelo pleno ou órgão
especial representativo do pleno.
256.A legitimidade da suspensão pelo Legislativo de ato do Executivo que exorbite dos limites do poder
regulamentar é suscetível de verificação em sede de controle de constitucionalidade.
257.O Senado Federal não está obrigado a suspender a execução da lei declarada inconstitucional pelo
Supremo Tribunal Federal em controle concreto ou incidental de normas.
258.Os atos tipicamente regulamentares não são passíveis de impugnação em controle abstrato de normas.
259.A liminar em ação direta de inconstitucionalidade pode ser deferida com eficácia ex tunc ou ex nunc.
260.A não-aplicação do mínimo da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino, configura violação a princípio sensível apta a
ensejar a representação interventiva.
261.Não compete ao Advogado-Geral da União a formulação da representação interventiva.
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262.Em determinados casos, a intervenção federal poderá realizar-se sem a designação de um interventor.
263.No caso de não-execução da lei federal, a intervenção federal dependerá de provimento à representação
formulada pelo Procurador-Geral da República.
264.A Constituição prevê a possibilidade de decretação de intervenção federal no Distrito Federal e proíbe sua
divisão em municípios.
265.Efeito vinculante e eficácia contra todos decorrem das decisões definitivas de mérito do STF nas ações
declaratórias de constitucionalidade e de argüição de descumprimento de preceito fundamental.
266.A inconstitucionalidade por omissão compreende omissão de medida para tornar efetiva a norma
267.A ação declaratória de constitucionalidade poderá ser proposta pelo Presidente da República, pelo
Procurador-Geral da República, ou ainda pelas Mesas do Senado e da Câmara.
268.A cautelar concedida em ação direta de inconstitucionalidade tem o condão de restaurar provisoriamente a
vigência do direito revogado pela norma impugnada.
269.A decisão proferida em sede de controle abstrato de normas, para ter eficácia, não necessita da
suspensão de sua execução pelo Senado Federal.
270.Decisão do Congresso Nacional no sentido de sustar a eficácia de ato normativo que exorbite dos limites
do poder regulamentar pode ser objeto de controle de constitucionalidade concentrado no âmbito do
Supremo Tribunal Federal.
271.Compete ao Supremo Tribunal Federal julgar recurso extraordinário contra decisão dos juizados especiais.
272.A declaração de inconstitucionalidade proferida na ação direta de inconstitucionalidade ou no controle
incidental tem eficácia ex tunc.
273.Se o Supremo Tribunal Federal julgar improcedente a ação declaratória de constitucionalidade, deverá
declarar a inconstitucionalidade da norma que teve a sua declaração de constitucionalidade requerida.
274.No caso de alegada violação aos chamados "princípios sensíveis", a decretação da intervenção federal
dependerá de provimento, pelo STF, de representação do Procurador-Geral da República e, no caso de
recusa à execução de lei federal, a intervenção depende de provimento, pelo STJ.
275.O Advogado-Geral da União não poderá escusar-se a fazer a defesa de ato impugnado em ação direta de
inconstitucionalidade proposta perante o Supremo Tribunal Federal.
276.Em se tratando de suspensão de execução de lei ou ato normativo declarado inconstitucional,
incidentalmente, pelo Supremo Tribunal, o Senado Federal não está obrigado a proceder à imediata
suspensão do ato.
2002
277.A decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a inconstitucionalidade de uma lei federal, pronunciada
incidentalmente num processo da sua competência recursal, não produz efeitos vinculantes para todos os
poderes públicos.
278.Apenas perante o Supremo Tribunal Federal é possível realizar o controle abstrato de leis federais e
estaduais perante a Constituição Federal.
279.Nem todos os partidos políticos podem ajuizar ação direta de inconstitucionalidade perante o STF.
280.O Governador de um Estado não tem legitimidade ampla para ajuizar ação direta de inconstitucionalidade
perante o STF.
281.Ainda que um partido político desista de uma ação direta de inconstitucionalidade que tenha ajuizado
perante o Supremo Tribunal Federal, este Tribunal não fica impedido de julgar o mérito da ação.
282.Não sofrem de inconstitucionalidade formal as leis a seguir enumeradas, que tenham resultado de projeto
da iniciativa do Presidente da República: Lei que regula direitos dos investigados pelo Tribunal de Contas
da União, Lei que dispõe sobre aposentadoria de servidores estatutários da União, Lei que concede
reajuste de vencimentos para servidores estatutários da União, Lei que estabelece o estatuto jurídico da
empresa pública federal.
283.Sofre de inconstitucionalidade formal a lei que cria cargos de Analista no quadro do Tribunal de Contas da
União, caso tenha resultado de projeto da iniciativa do Presidente da República.
284.As normas de um tratado já incorporado ao direito interno podem ser objeto de controle de
constitucionalidade no Judiciário brasileiro.
285.Conforme pacificado na doutrina e na jurisprudência, se o tratado for posterior à Constituição e se disser
respeito a direitos e garantias individuais, não revogará as normas da Constituição que com ele não forem
compatíveis.
286.Sobrevindo ao tratado lei ordinária com ele incompatível no seu conteúdo, o tratado não deverá ser
aplicado pelos tribunais brasileiros.
287.Uma lei ordinária que disponha sobre assunto que a Constituição reserva à lei complementar deve ser
considerada inconstitucional.
288.Uma lei complementar que dispõe sobre assunto que a Constituição não reserva à lei complementar é,
segundo a doutrina pacífica, válida e suscetível de produzir efeitos jurídicos.
289.Não são todas as entidades de classes legitimadas para propor ação direta de inconstitucionalidade.
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290.Se certa câmara legislativa municipal editar uma lei – flagrantemente inconstitucional – restringindo a
atividade de fiscalização dos Auditores Fiscais da Receita Federal com relação aos habitantes do mesmo
município, o Supremo Tribunal Federal poderá proclamar a inconstitucionalidade da lei num caso concreto
(controle incidental), mas não o poderá fazer em sede de ação direta de inconstitucionalidade.
291.O Procurador-Geral da República pode ajuizar ação declaratória de constitucionalidade tendo por objeto lei
federal, mas não pode ajuizar a mesma ação se ela tiver por objeto uma lei estadual.
292.O Presidente da República pode ajuizar ação declaratória de constitucionalidade.
293.O Governador de Estado não pode ajuizar ação declaratória de constitucionalidade, ainda que tenha por
objeto lei estadual.
294.A declaração de inconstitucionalidade de uma lei pelo Supremo Tribunal Federal, em ação direta de
inconstitucionalidade, pode produzir efeitos a partir da data do julgamento da ação, sendo, nesse caso,
válidos todos os atos praticados com base na lei até o julgamento da ação direta de inconstitucionalidade.
295.O Tribunal de Justiça não tem competência para apreciar ação direta de inconstitucionalidade de lei
estadual em face da Constituição Federal.
296.Sendo declarada pelo Supremo Tribunal Federal a validade de uma lei, numa ação declaratória de
constitucionalidade, um juiz de primeira instância não pode declarar a inconstitucionalidade da mesma lei,
ainda que com base em argumentação não apreciada pelo STF.
297.A decisão do Supremo Tribunal Federal, tomada em ação direta de inconstitucionalidade, no sentido da
inconstitucionalidade de uma lei federal, produz efeitos jurídicos, independente de o Senado suspender
sua vigência.
298.A medida provisória pode ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade.
299.Deve ser tida como inconstitucional uma proposta de emenda à Constituição que proíba o voto do
analfabeto.
300.O Supremo Tribunal Federal pode declarar a inconstitucionalidade de emenda à Constituição já
promulgada.
301.Qualquer servidor pode pleitear, ele mesmo, ao Procurador-Geral da República que ajuize uma ação
direta de inconstitucionalidade contra lei, mas o Procurador-Geral da República não estará obrigado a
propor a demanda.
2003
302.No âmbito do controle abstrato de constitucionalidade, somente o Supremo Tribunal Federal pode declarar
a inconstitucionalidade de uma lei federal.
303.O controle abstrato de constitucionalidade exercido pelo Tribunal de Justiça do Estado tem por finalidade
contrastar leis estaduais ou municipais com a Constituição Estadual.
304.Somente o Supremo Tribunal Federal pode declarar a inconstitucionalidade, na via direta, de lei federal.
305.Juízes de primeira instância podem declarar a inconstitucionalidade de leis federais.
306.Uma medida provisória pode ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade.
307.Há casos em que o Supremo Tribunal Federal tem competência para declarar a inconstitucionalidade de
lei municipal. (ADPF)
308.Tanto a proposta de emenda à Constituição como a própria emenda à Constituição podem ser declaradas
inconstitucionais pelo Judiciário.
309.Antes de decretar a intervenção federal, o Presidente da República deve, em caso de não observância dos
princípios constitucionais sensíveis (art. 34, VII), aguardar provimento do Supremo Tribunal Federal de
representação para fins interventivos, proposta pelo Procurador-Geral da República.

Servidor Público e Administração Pública


310.É ilegítimo o provimento de cargos públicos mediante acesso ou ascensão funcional.
311.O direito de greve do servidor público será exercido nos termos previstos em lei específica.
312.Nos termos da Constituição, a estabilidade no cargo adquire-se após três anos de efetivo exercício.
313.A disponibilidade do servidor público dar-se-á com proventos proporcionais ao tempo de serviço.
314.O servidor estável poderá perder o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado, mediante
processo administrativo, no qual se lhe assegure ampla defesa ou mediante procedimento de avaliação
periódica de desempenho, na forma da lei complementar, assegurada ampla defesa e, na forma do § 4º do
art. 169, em caso de excesso de gastos.
315.A aplicação da lei que amplia os prazos de prescrição aquisitiva ou extintiva às situações em curso não
viola o princípio do ato jurídico perfeito.
316.A tentativa de alteração, mediante lei, de situação jurídica submetida a termo ou a condição insuscetível
de ser modificada a arbítrio de outrem atenta contra o princípio constitucional do direito adquirido.
317.A denúncia genérica no processo penal configura lesão ao princípio da ampla defesa e do contraditório.

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318.A responsabilidade civil objetiva das entidades de direito público não exonera o eventual atingido da prova
do nexo de causalidade.
319.Influi no juízo sobre a responsabilidade civil da administração a eventual contribuição ou concorrência da
vítima para o evento danoso.
320.O ato lícito da administração poderá dar ensejo à responsabilidade civil.
321.A exigência de depósito prévio de parte do valor da multa administrativa aplicada como condição de
admissibilidade do recurso administrativo em matéria previdenciária ou fiscal não viola o princípio da ampla
defesa e do contraditório.
322.A proibição de concessão de tutela antecipada ou de concessão de liminar contra o Poder Público em
matéria de vencimentos de servidores não viola o princípio da proteção judicial efetiva.
323.Não é possível invocar-se direito adquirido contra mudanças de um dado regime ou de um determinado
instituto jurídico.
324.Preenchidos os requisitos para a aposentadoria segundo a lei vigente ao tempo da aposentação,
reconhece-se a existência a direito adquirido.
325.A lei não pode estabelecer limites para as pensões por morte diferentes daqueles existentes para os
próprios vencimentos ou remuneração.
326.Nos termos da Constituição Federal, é lícita, em algumas hipóteses, a acumulação de proventos de
aposentadoria em cargo público com os vencimentos de outro cargo obtido mediante concurso.
327.Nos termos da Constituição Federal, compete à Justiça Federal processar e julgar as ações movidas por
funcionários públicos federais contra a União.
328.A Constituição Federal não exige mais a obrigatoriedade do regime único para os servidores da
Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional.
329.O servidor público ocupante de cargo efetivo adquire estabilidade após três anos de estágio probatório.
330.O funcionário público estável poderá perder o cargo no caso de prática de falta grave apurada em
processo administrativo no qual se assegure ao servidor ampla defesa.
331.Nos termos da Constituição Federal, o sistema de aposentadoria do servidor público federal há de ser
custeado mediante contribuição do servidor e da própria União, na forma da lei.
332.A Constituição Federal assegura plena isonomia de vencimentos entre cargos idênticos ou assemelhados,
mas não assegura isonomia entre funções.
333.Os cargos e empregos públicos são acessíveis aos brasileiros e estrangeiros na forma da lei.
334.O servidor público pode exercer o direito de greve na forma estabelecida em lei ordinária específica.
335.No caso de responsabilidade civil do Estado, o agente público responde, em ação regressiva, em caso de
culpa.
336.É vedada a acumulação de proventos da aposentadoria com os vencimentos de cargo efetivo obtido
mediante concurso público, salvo nas hipóteses expressamente autorizadas na Constituição.
337.Em caso de dano contra terceiros, o funcionário público há de responder civilmente, em ação regressiva,
no caso de culpa.
338.A exigência de concurso público para a investidura em cargo público exclui a possibilidade de que a
Administração utilize do instituto da ascensão funcional.
339.O princípio da anterioridade da lei também se aplica às infrações administrativas.
340.A omissão legislativa pode ensejar responsabilidade civil do Estado.
341.O regime de responsabilidade civil previsto na Constituição também se aplica às pessoas jurídicas de
direito privado prestadoras de serviço público.
2002
342.Os servidores públicos não têm direito amplo de greve, podendo ser restringido ou regulamentado pelo
legislador.
343.É possível que um servidor público federal se aposente em cargo público da União recebendo
aposentadoria pelo regime geral da previdência.
344.A Constituição prevê que a Administração Pública deve obedecer aos princípios da legalidade, moralidade,
impessoalidade e eficiência.
345.O acesso a cargos públicos é aberto aos brasileiros e aos estrangeiros, na forma da lei.
346.Não é legítimo que o legislador ordinário, reconhecendo que cargos de diferentes carreiras têm a mesma
relevância e semelhantes responsabilidades, estabeleça que, no futuro, sempre que um desses cargos for
contemplado com aumento de remuneração, o outro, automaticamente, também receberá o mesmo
percentual de aumento.
347.Depende de lei a criação de autarquias.
348.Gratificação criada de forma genérica e atribuída a todos os servidores em atividade não pode ser
excluída dos servidores aposentados.

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349.Podem ser objeto de cumulação remunerada por um mesmo servidor, havendo compatibilidade de
horários, os cargos/empregos públicos de Médico da Administração Pública Federal e Médico de
sociedade de economia mista estadual.
350.Se um decreto do Presidente da República estabelecer um teto para os vencimentos dos servidores
públicos federais, o mesmo deve ser considerado inconstitucional, porque a matéria de que trata não pode
ser regulada por meio de decreto.
351.Entre os cargos eletivos, somente o de vereador pode ser acumulado com outro cargo remunerado na
ativa, havendo compatibilidade de horários. Na aposentadoria, pode-se acumular com qualquer cargo
eletivo.
352.Na política de desenvolvimento regional, prevista na norma constitucional, no Capítulo da Administração
Pública, incluem-se benefícios de juros favorecidos para financiamento de atividades prioritárias, igualdade
de tarifas, fretes, seguros e outros itens de custos e preços de responsabilidade do Poder Público,
prioridade para o aproveitamento econômico e social dos rios e das massas de água represadas ou
represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas a secas periódicas e recuperação de terras áridas e
cooperação com pequenos e médios proprietários rurais para o estabelecimento, em suas glebas, de
fontes de água e de pequena irrigação, nas regiões de baixa renda e sujeitas a secas periódicas.
353.Indenização por danos materiais poderá ser cumulada com indenização por danos morais.
354.O servidor que comete ato de improbidade administrativa está sujeito à pena de suspensão dos direitos
políticos.
355.A condenação do servidor público nas penas previstas para atos de improbidade não prejudica uma
eventual ação criminal pelos mesmos fatos.
356.A Administração pode cobrar do servidor aquilo que teve que pagar a terceiro a título de indenização por
responsabilidade civil do Estado (objetiva), mas esse direito de regresso depende de prova de que o
servidor agiu com dolo ou culpa no evento danoso (responsabilidade subjetiva).
357.Pode-se descaracterizar a responsabilidade civil do Estado por prejuízo sofrido por particular
comprovando-se que o dano sofrido foi por este provocado, ao menos culposamente.
358.A invalidez permanente do servidor público, por qualquer causa, assegura-lhe aposentadoria com
proventos proporcionais ao tempo de contribuição.
359.A CF/88 prevê possibilidades de um servidor público receber mais de uma aposentadoria por tempo de
contribuição.
360.Na aposentadoria compulsória (aos 70 anos), o servidor receberá proventos proporcionais ao tempo de
contribuição.
361.As vantagens pecuniárias que beneficiam, em caráter geral, todos os integrantes de uma categoria de
servidores públicos devem ser pagas também aos servidores dessa categoria já aposentados.
362.Os tempos de contribuição estadual e municipal se contam para fins de aposentadoria em cargo público
federal.
363.Como regra geral, o provimento de cargos públicos na Administração direta e autárquica depende de
prévia aprovação em concurso público, bem como a investidura em empregos em sociedades de
economia mista e em empresas públicas.
364.A Constituição Federal expressamente assegura aos servidores públicos que, anualmente, se faça a
revisão geral das suas remunerações, sendo que a falta de lei que defina esse reajuste constitui omissão
inconstitucional.
365.A Administração pode, sem desrespeito ao princípio da ampla defesa, negar-se a realizar prova pedida por
investigado num processo disciplinar, se não houver proveito útil na prova requerida.
366.Mesmo que sejam convincentes para o agente público as suspeitas de fraude na concessão de benefício
previdenciário a um certo segurado, a autarquia previdenciária deverá, antes de cassar o benefício, ouvir o
segurado, sob pena de desrespeito ao princípio do devido processo legal.
367.A Administração está impedida de aplicar sanção a investigado em processo administrativo, com base
apenas em dados sigilosos pertencentes ao investigado, que tenham sido enviados à Administração por
pessoa que os furtou.
368.Pessoa que participa de regime próprio de previdência não pode filiar-se, como segurado facultativo, ao
regime geral da previdência.
2003
369.A Constituição não deferiu aos servidores públicos o direito de o servidor público civil receber aumentos de
vencimentos sempre que os servidores públicos militares o receberem.
370.A Constituição deferiu aos servidores públicos o direito: de associação sindical; à aposentadoria integral
por invalidez permanente decorrente de acidente de serviço, e em igual percentual; de ampla defesa nos
processos administrativos disciplinares em que é acusado de fato passível de imposição de penalidade
administrativa; de acumular remuneradamente cargo público de médico com cargo público de professor.

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371.Supondo que exista uma lei conferindo uma gratificação genérica a servidores em atividade, mas
silenciando quanto à sua extensão aos aposentados, a falta de previsão da extensão da gratificação aos
aposentados não impede que eles a recebam, já que as vantagens genéricas atribuídas aos servidores em
atividade são extensíveis aos servidores inativos, independentemente de expressa previsão da lei que
criou a vantagem.

Outros temas

372.A Constituição Federal adota um modelo horizontal de distribuição de competência legislativa.


373.A ordem econômica consagrada na Constituição Federal, calcada na livre iniciativa, é compatível com
política de controle ou tabelamento de preços.
374.A Constituição de 1988 destaca o empréstimo compulsório e a contribuição de melhoria como espécies
tributárias.
375.Entre os princípios fundamentais da ordem constitucional, no que respeita às relações internacionais, se
encontra a concessão de asilo político.
376.A igualdade entre os Estados é princípio fundamental da República Federativa em suas relações
internacionais.
2002
377.Pessoas jurídicas de direito privado se submetem à obrigação de prestar contas por bens públicos sob a
sua guarda.
378.A República Federativa do Brasil é formada pela união dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, que
devem ser considerados entidades autônomas.
379.O princípio da independência entre os Poderes não impede que, por vezes, o membro de um Poder
escolha os integrantes de outro Poder.
380.No sistema constitucional em vigor, admite-se hipótese de majoração de imposto por meio de medida
provisória.
2003
381.Tanto a União quanto os Estados-membros, o Distrito Federal e os Municípios têm competência para
instituir taxas.
382.Não podem haver dois impostos com a mesma base de cálculo, assim como uma taxa não pode ter a
mesma base de cálculo de um imposto.
383.O Poder Executivo está constitucionalmente autorizado a alterar, por decreto, alíquotas do IPI, IOF, II e IE.
384.É inconstitucional a isenção instituída pela União, na vigência da Constituição de 1988, de tributo da
competência dos Estados-membros, do DF ou dos Municípios.

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