Indice
Capítulos (conteúdos) Página
Apresentação 3
O que é Estatística? 4
Cap. 1 - Conceitos fundamentais 4
Cap. 2 – Arredondamento de dados 5
Critério de Arredondamento de dados 6
Cap. 3 – Freqüências 8
Freqüências absoluta e absoluta acumulada 8
Freqüências relativa e relativa acumulada 9
Cap. 4 – Saiba um pouco mais 11
A Estatística é o melhor calmante 11
O que derruba uma aeronave? 11
Cap. 5 – Distribuição de freqüência 12
Cap. 6 – Representação gráfica 14
Gráfico de Colunas e de Barras 14
Histograma 15
Gráfico de Setores 16
Cap. 7 – Medidas de Tendência Central 18
Média Aritmética 19
Cálculo da média aritmética para dados agrupados em classes 21
Mediana 21
Moda 22
Cap. 8 – Medidas de Dispersão 23
Desvio padrão e variância 23
Zona de normalidade 24
Bibliografias 25
-2-
Apresentação
caberá ao professor fazê-lo bom uso e não ser somente a única ferramenta de
valdecimath@ig.com.br.
Bom estudo!
Qualquer medição, por mais bem feita que seja, sempre nos dará um resultado aproximado.
Assim, também cálculos que envolvem divisões nem sempre resultam em números exatos. Observemos o
resultado de 146 : 99. O número 1,474747... envolve uma dízima periódica. É, portanto, um número
decimal não-exato.
Para calcularmos o valor da expressão 3,578 + 146 : 99, poderíamos pensar em usar apenas três casas
decimais, considerando:
· Um número menor que o valor real: 3,578 + 1,474 = 5,052
· Um número maior que o valor real: 3,578 + 1,475 = 5,053
Nos dois casos estaríamos cometendo erros: para menos, no primeiro, e para mais no segundo.
O erro é a diferença entre o valor real do número e o valor considerado.
A quantidade de algarismos a conservar após a vírgula depende do problema que estamos resolvendo. O
erro de 0,5m na medida do comprimento de uma rua é diferente do erro de 0,5m na medida do
comprimento de uma sala. Vejamos isso por meio de duas situações práticas:
Exemplo:
a) Um funcionário da prefeitura mede uma rua com o objetivo de numerar as casas em relação às
medidas obtidas. O portão da casa do Sr. Francisco está a 21,5 m do início da rua, no lado dos
números ímpares. O funcionário dá o número 21 à residência em questão. Cometeu, assim, um erro
de 0,5 m.
b) Um operário mede o comprimento de uma sala, para a colocação de um carpete em seu piso. A
medida obtida é 3,5 m. O operário anota 3m, cometendo, portanto, um erro de 0,5m.
Nos dois exemplos, o número que representa os erros é o mesmo, mas o significado dos erros
cometidos é diferente, uma vez que as situações são diversas.
Continuemos nosso raciocínio completando o problema do exemplo b: o operário, ao medir a sala, obteve
comprimento 3,5 m e largura 2,3 m. Assim, a área do piso da sala é 3,5 m . 2,3 m = 8,05 m2. O erro de
0,5m cometido pelo operário na anotação da medida levará ao seguinte cálculo de área:
3 m . 2,3 m = 6,9 m2
O erro na medida da área seria, portanto, de:
8,05 m2 – 6,9 m2 = 1,15 m2
Você já deve ter percebido que devemos ter certo cuidado no arredondamento de dados. Deve ter notado
também a importância do arredondamento e da definição de critérios para reduzir o efeito dos erros.
Convém notar que as formas de representação 2; 2,0 e 2,00 não são equivalentes.
-5-
O valor “2” está compreendido entre os valores 1,5 e 2,5:
-----|--------------------|--------------------|--------------------|--------------------|-----
1 1,5 2 2,5 3
-----|--------------------|--------------------|--------------------|--------------------|-----
1,9 1,95 2,0 2,05 2,1
1,995 2,005
-----|--------------------|----------|----------|----------|----------|--------------------|-----
1,98 1,99 2,00 2,01 2,02
Exemplos:
a) O melhor arredondamento para o inteiro mais próximo de 72,8 seria 72 ou 73? Veja o esquema
abaixo:
----------|----------|----------|----------|----------|----------|----------|----------|----------|----------|----------|----------
72 72,8 73
b) Qual o melhor arredondamento do número 72,814 com aproximação par o décimo mais próximo?
(chamamos “aproximação para o décimo mais próximo” o arredondamento do número
considerando a casa dos décimos, ou seja, considerando uma casa decimal.)
72,814
----------|----------|-----|-----|----------|----------|----------|----------|----------|----------|----------|----------|---------
72,8 72,9
Vemos que 7,814 está mais próximo de 72,8. Seu arredondamento para o mais próximo é, então, 72,8.
---------|--------------------------------|----------|-------------------------------------------|---------------
72,81 72,814 72,815 72,82
-6-
A aproximação para o centésimo mais próximo é 72,81 porque está mais próximo do que 72,82 (o erro é
menor).
---------|-------------------------------------------|-------------------------------------------|---------------
72,81 72,815 72,82
Deparamos agora com um número que tem a mesma distância tanto de 72,81 de 72,82. Na prática,
costuma-se aproxima o algarismo que precede o 5 para o número par mais próximo. Assim, a aproximação
de 72,815 para o centésimo mais próximo é 72,82.
Esta prática é valiosa para reduzir ao mínimo os erros acumulados por arredondamento. Vejamos o
exemplo seguinte:
e) Adicionar os números: 7,35 + 8,65 + 3,25 + 3,15 + 2,95 + 0,75 e 4,85. Solução:
· Adicionamos diretamente (sem arredondamento): total = 30,95
· Com arredondamentos para décimos considerando o número par no algarismo que precede
o 5: 7,4 + 8,6 + 3,2 + 3,2 + 3,0 + 0,8 + 4,8 = 31,0
· Com arredondamentos para décimos acrescendo 1 ao algarismo que precede o 5:
7,4 + 8,7 + 3,3 + 3,2 + 3,0 + 0,8 + 4,9 = 31,3
O erro no segundo processo é 31,0 – 30,95 = 0,05 e no terceiro processo é 31,3 – 30,95 = 0,35. Logo
o segundo nos leva a um erro menor que o terceiro arredondamento, o que torna o segundo processo mais
aconselhável.
Exercícios Propostos
1- Faça o arredondamento dos números conforme a precisão indicada:
a) 47,8 para a unidade mais próxima;
b) 37,257 para o décimo mais próximo;
c) 37,257 para o centésimo mais próximo;
d) 7,314 para o centésimo mais próximo;
e) 2,484 para o décimo mais próximo;
f) 136,5 para a unidade mais próxima;
g) 0,0435 para o milésimo mais próximo;
h) 4,50001 para a unidade mais próxima;
i) 5,56500 para o centésimo mais próximo;
j) 5,56501 para o centésimo mais próximo.
2- Efetue as operações indicadas e calcule o erro, em cada caso de arredondamento (se possível, use
calculadora):
a) 3,253 + 1,725 + 1,23001 + 2,471 + 5,6451
b) 3,150 · 2,335
c) 4,75 ¸ 1,2
d) 3,112 - 1,3374
e) 45 + 29,12 - 14,3303 + 9,99
Para cada operação considere:
· sem arredondamento;
· com arredondamentos para décimos;
· com arredondamentos para centésimos;
-7-
· com arredondamentos para milésimos;
· com arredondamentos para a unidade.
Em cada caso indique qual é o arredondamento que traz o menor acúmulo de erros.
Capítulo 3 – Freqüências
Freqüência absoluta e freqüência absoluta acumulada
A primeira fase de um estudo estatístico consiste em recolher, contar e classificar os dados colhidos sobre
uma população estatística.
Escolhida uma característica estatística sobre os elementos de uma população estatística, devemos elaborar
uma tabela de dados denominada distribuição estatística.
Exemplo1 - Considerem primeiramente as idades de 15 pessoas de um grupo de alunos num curso de
artesanato: 15 18 19 17 17 19 16 19 17 20 16 18 19 15 20
Nesse caso temos:
População estatística: 15 alunos de um curso de artesanato;
Amostras: alguns alunos (3 ou 4) desse grupo de 15 alunos;
Variável estatística: as idades desses 15 alunos.
A distribuição de freqüências absolutas pode ser completada com mais uma coluna, chamada freqüências
absolutas acumuladas (F. i. a.), cujos valores são obtidos adicionando a cada freqüência absoluta, os
valores das freqüências anteriores. Veja o complemento da tabela anterior:
Portanto, a freqüência absoluta acumulada permite uma análise mais abrangente na tabela de freqüências,
possibilitando visualização globalizada de alguns parâmetros estatísticos.
Exercícios Propostos
Disciplina: Geografia
Número 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Conceito B A C C D C D A A C E D D C B C B C C B
Nessas condições, elabore um quadro de distribuição de freqüências absolutas e freqüências absolutas
acumuladas, sabendo que a nota mais alta é A e a mais baixa é E.
Analise também os resultados obtidos em alguns aspectos.
6- Agora vamos fazer uma pesquisa em nossa classe para verificar as idades de todos os alunos, em
seguida vamos elaborar uma tabela de distribuição de freqüências absolutas e freqüências absolutas
acumuladas e analisar os resultados obtidos.
Observação: Quando tratarmos com valores dizimais (f.i. e f.i.a.), podemos fazer o arredondamento
utilizando 2 casas decimais, totalizando aproximadamente 100% com margem de erro de 2 décimos,
superando-se esse erro o aluno deve rever seus cálculos e melhorar sua aproximação.
Exercícios Propostos
7- Um dado foi jogado 20 vezes, sendo obtido os seguintes pontos: 1, 5, 6, 5, 2, 2, 2, 4, 6, 5, 2, 3, 3, 1,
6, 6, 5, 5, 4, 2. Elabore um quadro com distribuição de freqüências absolutas, freqüências absolutas
acumuladas, freqüências relativas e freqüências relativas acumuladas.
8- Observando a tabela do exercício cima, responda:
a) Quantas vezes o número 2 foi obtido no dado?
b) Quantas vezes o número obtido no dado foi menor que 5?
c) Qual o índice em % em que o número 6 foi obtido no dado?
d) Qual o índice em % em que números maiores que 4 foram obtidos no dado?
9- A tabela abaixo mostra a média dos 25 alunos da 1ª série do curso de ensino médio de um
determinado colégio, em Química, no primeiro bimestre de um determinado ano:
Disciplina: Química
Números 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
Médias 4 7 5 5 5 4 9 4 5 6 6 7 6 6 5 4 4 8 7 6 6 8 5 5 8
Tomando como extremos a menor e a maior nota:
a) Elabore um quadro com distribuição de freqüências absolutas, freqüências absolutas acumuladas,
freqüências relativas e freqüências relativas acumuladas.
b) Quantos alunos obtiveram média 6?
c) Quantos alunos obtiveram média menor que 6?
d) Quantos alunos obtiveram média maior que 6?
e) Qual o índice em % de reprovação em Química neste bimestre?
f) Qual o índice em % de alunos que obtiveram média maior que 7?
g) Qual o índice em % de alunos que obtiveram média maior ou igual a 5 e menor que 7?
- 10 -
Capítulo 4 -Saiba um pouco mais
3,4% Manutenção – Antes do vôo, todo o aparelho deve ser avaliado. Peças desgastadas que já
derrubaram muitos aviões poderiam ter sido trocadas nessa fase.
- 11 -
4,8% Clima – Nevoeiros diminuem a visibilidade e correntes de vento podem desestabilizar o aparelho. O
relâmpago é uma fatalidade que não se pode evitar.
Fagulhas surgidas em possíveis atritos entre partes do avião podem chegar ao tanque de combustível e
provocar explosões.
69,2% Falhas humanas – Piloto e co-piloto causam nada menos que 64,4% das quedas. Por inexperiência
ou cansaço, confundem-se com aparelhos e orientações da torre e cometem deslizes. Pela lei, podem ficar
no comando até 9 horas e 30 minutos por dia. Mas o sindicato Nacional dos Aeronautas garante que a
norma não é respeitada.
A torre de controle orienta o tráfego no aeroporto e é crucial no pouso e na decolagem. Falhas na
comunicação e orientações erradas causam 4,8% dos acidentes.
7,1% Outras causas (Testes e vôos militares) – O trem de pouso é controlado por um sistema
hidráulico. Às vezes ele não funciona e o avião tem que pousar de barriga.
152 155 167 176 155 156 166 178 153 162
155 160 155 160 162 158 178 162 152 160
163 161 155 160 164 158 179 162 160 167
151 150 152 174 167 156 154 166 162 152
156 152 171 161 170 157 151 153 172 157
Para fazermos a distribuição de freqüência, procedemos da seguinte forma:
1º passo Organizamos todas as medidas em ordem crescente ou decrescente.
Essa relação, assim organizada, chama-se rol.
150 152 154 155 157 160 162 163 167 174
151 152 155 156 158 160 162 164 167 176
151 152 155 156 158 160 162 166 170 178
152 153 155 156 160 161 162 166 171 178
152 153 155 157 160 161 162 167 172 179
- 12 -
2º passo Notamos que a menor estatura é 150cm e a maior é 179cm.
Assim, a variação é de 179cm – 150cm = 29cm. Esse valor é chamado de amplitude total (H).
Exercícios Propostos
10- O exame de quarenta pacientes de um hospital constatou o seguinte número de leucócitos (glóbulos
brancos) por mm3.
11- Um comerciante de calçados masculinos pretendendo renovar seu estoque fez um levantamento
dos pares vendidos no mês anterior e levando em conta apenas o número do sapato, chegou a seguinte
ralação:
40 36 38 41 41 40 38 41 39 34 40 36 38 41 41 40 38 41 39 34
42 40 39 39 41 41 39 42 40 34 42 40 39 39 41 41 39 42 40 34
36 40 40 38 40 39 42 39 38 35 36 40 40 38 40 39 42 39 38 35
38 41 39 39 41 38 43 40 36 37 38 41 39 39 41 38 43 40 36 37
36 42 34 40 39 38 37 38 35 36 36 42 34 40 39 38 37 38 35 36
- 13 -
Estabeleça o rol desses dados, em seguida divida em intervalos de 2 em 2 números e construa uma
tabela completa de freqüências, analisando em seguida os resultados obtidos.
10
6 João
José
4
Maria
2
0
1o Bim. 2o Bim. 3o Bim. 4o Bim.
O gráfico acima mostra o desempenho de 3 alunos durante o ano num determinado curso, pode-se
perfeitamente verificar que João teve o melhor desempenho, seguido de Maria e José teve o pior
desempenho.
B) Gráfico de Barras – também é um tipo de gráfico muito utilizado para comparar diversos tipos de
dados e é uma outra variante do gráfico de colunas, sendo amplamente utilizado em jornais, revistas,
empresas, etc.
4o Bim.
3o Bim. Maria
José
2o Bim. João
1o Bim.
0 5 10 15
O gráfico demonstra a mesma situação do gráfico de colunas acima, ou seja, as notas de 3 alunos.
- 14 -
C) Histograma – é um gráfico construído no plano cartesiano por retângulos em número igual ao
número de classes da distribuição. Cada classe é representada por uma coluna de altura correspondente a
sua freqüência.
Trata-se também de um gráfico de área. É utilizado para variáveis contínuas, por isso, o gráfico
também é contínuo: as colunas são justapostas. A área de cada coluna é proporcional à freqüência da classe
que representa. Logo, a área de todo histograma é proporcional à soma total das freqüências.
Para construir um histograma, representamos as classes no eixo das abscissas de um sistema
cartesiano, utilizando segmentos de mesma medida. Para cada um deles, registramos os limites superior e
inferior. No ápice do eixo das ordenadas, registramos o maior valor da freqüência, dividindo o restante
proporcionalmente aos outros valores. Levantamos então as colunas, justapostas.
Quantid. de
alunos
10
F
R 8
E
Q 6
U
Ê 4
N
C 2 CLASSES
I
A
S 0 150 155 160 165 170 175 180 185 Altura (cm)
Exercícios propostos
12- Sessenta jurados escolheram as sedes das próximas olimpíadas entre cinco países( A, B, C, D e E).
Uma entrevista com esses jurados revelou que nove deles optaram pelo país A, seis por B, 27 por
C, três por D e 15 por E.
a) Construa uma tabela relacionando os países escolhidos e as freqüências absoluta e relativa.
b) Construa o gráfico de colunas para representar os dados dessa tabela.
13- Um laboratório realizou, num certo dia, noventa coletas de sangue. Um dos itens analisados foi o
grupo sanguíneo do sistema ABO. Desse total, constatou-se que 27 coletas eram do grupo sanguíneo
A, 36 do B, 18 do AB e 9 do O.
a) Construa uma tabela relacionando os grupos sanguíneos e as freqüências absoluta e relativa.
b) Construa o gráfico de barras para representar os dados dessa tabela.
- 15 -
D) Setores – Dos gráficos de Estatística, mais importante que a contribuição de Descartes foi a do
escocês William Playfair, que trabalhava com estatísticas comerciais. Em 1786 ele começou a inventar
maneiras de representar dados numéricos por meio de figuras. Uma de suas criações foram os gráficos de
barras ou colunas, como aqueles de João, José e Maria e suas notas bimestrais. Depois de 1801, ele
inventou os gráficos de setores, também chamados de “tortas” ou “pizzas”. Vejamos um exemplo:
5%
6%
Foi feita uma enquete a 1200 alunos de uma escola sobre as atividades esportivas que gostariam de ter na
escola. O resultado obtido foi o seguinte:
- 16 -
Atividade Número de
Esportiva Alunos
voleibol 600
basquete 200
futebol 100
natação 50
outras 250
Com esses dados pode-se construir uma representação gráfica de setores dessa distribuição, em que
usaremos um círculo. Lembrando que uma circunferência completa tem 360º, podemos calcular por meio
de uma regra de três simples e direta o ângulo central correspondente a cada uma das atividades desejadas
pelos alunos.
Assim, temos:
1200 ------------ 360º à v = 600 x 360º = 180º
600 ------------ v 1200
Com essas medidas, poderemos, então construir com o uso de régua e compasso um gráfico de setores de
forma correta, utilizando-se de cores e legenda para representar melhor a opinião dos alunos quanto ao
esporte praticado. Veja a construção do professor.
Exercícios propostos
15- Uma pesquisa sobre atividades culturais extraclasse foi feita entre 1000 alunos de uma escola. O
resultado está no quadro seguinte:
Atividade Nº de Alunos
- 17 -
16- Usando a tabela do exercício 11, construa um gráfico de setores para as colunas Xi e Fi.
17- A tabela abaixo é o resultado de uma pesquisa feita em uma escola de ensino médio do Rio de Janeiro,
onde foram ouvidas 40 pessoas. Complete-a e faça o gráfico de setores correspondente:
Time preferido Frequência Taxa Percentual
Vasco 10 25%
Flamengo 12
Fluminense 8 20%
Botafogo 6
Outros 10%
18- Usando a tabela com a freqüência do exercício anterior, faça o gráfico de colunas; em seguida
compare: qual dos dois é ideal para esse estudo?
Médias
Consideremos, em ordem crescente, um rol de notas obtidas por alunos de duas turmas (A e B):
Turma A: 2 3 4 4 5 6 7 7 7 7 8
Turma B: 2 3 4 4 4 5 6 6 7 8 9
Observemos para cada turma:
· O valor que ocupa a posição central:
Turma A: 2 3 4 4 5 6 7 7 7 7 8
cinco notas abaixo de 6 cinco notas acima de 6
posição central
Turma B: 2 3 4 4 4 5 6 7 7 8 9
posição central
· O quociente da somatória (å) dos dados (x) pela quantidade de dados (n): åx
n
Turma A: 2+3+4+4+5+6+7+7+7+7+8 = 60 = 5,45
11 11
- 18 -
Turma B: 2+3+4+4+4+5+6+7+7+8+9 = 59 = 5,36
11 11
b 5 4 5,36
Observando os resultados, podemos afirmar que a turma A teve melhor que a turma B. Esses três valores
caracterizam as distribuições. São chamados valores típicos. Eles tendem a se localizar em um ponto
central de um conjunto de dados ordenados segundo suas grandezas, o que significa a denominação
medidas de tendência central ou médias.
O valor que ocupa a posição central chama-se mediana ( Md ) :
Para a turma A, a mediana é 6: Md = 6.
Para a turma B, a mediana é 5: Md = 5.
O valor que aparece com maior freqüência chama-se moda ( Mo ) :
Para a turma A, a moda é 7: Mo = 7.
Para a turma B, a moda é 4: Mo = 4.
O quociente da soma pelos valores pela quantidade deles é a média aritmética ( Ma ) :
Para a turma A, a média aritmética é Ma = 5,45.
Para a turma B, a média aritmética é Ma = 5,36.
Existem outros tipos de média, como a média geométrica e a harmônica, que não constarão deste capítulo
por não serem muito utilizadas neste nível de ensino.
Média aritmética
A média aritmética (Ma) é a medida de tendência central mais conhecida. Já sabemos que ela é o
quociente da soma dos valores (åx) pela quantidade (n).
A quantidade de dados é n = 20
- 19 -
Exemplo 2 – Consideremos os mesmos dados do exemplo1 dispostos em uma distribuição por freqüência:
x Fi
18 1
17 2
16 2
15 3
14 2
13 5
12 3
11 2
TOTAL 20
Veja que o número de observações é igual ao da soma das freqüências absolutas Fi = n = 20, que pode ser
efetuado da seguinte forma:
åx = 1 . 18 + 2 . 17 + 2. 16 + 3 . 15 + 2 . 14 + 5 . 13 + 3 . 12 + 2 . 11 = 280
Os fatores que multiplicam os dados são as freqüências que aparecem na tabela da distribuição. Logo:
Ma = åx = å Fix
n å Fi
Na prática, quando temos a distribuição por freqüência, acrescentamos à tabela uma coluna com os
produtos Fi x de cada valor pela sua freqüência, veja:
x Fi Fi x
18 1 18
17 2 34
16 2 32
15 3 45
14 2 28
13 5 65
12 3 36
11 2 22
TOTAL 20 280
Ma = 280 ® Ma = 14
20
- 20 -
Cálculo da média aritmética para dados agrupados em classes
Quando, numa distribuição por freqüência, os dados estão agrupados em classes, são considerados
coincidentes com os pontos médios das classes às quais pertencem. Para o cálculo da Ma, usaremos os
produtos dos pontos médios pelas freqüências de cada classe. (Pm . Fi). Acrescentamos, então, à tabela
dada a coluna Pm . Fi.
Exemplo 3 – Seja a tabela que nos dá altura (x) dos estudantes de uma classe de primeiro grau:
Pm
x (cm) Ponto médio Fi Pm . Fi
150 |--- 155 152,5 6 915,0
155 |--- 160 157,5 9 1417,5
160 |--- 165 162,5 16 2600,0
165 |--- 170 167,5 5 837,5
170 |--- 175 172,5 3 517,5
175 |--- 180 177,5 1 177,5
TOTAL 40 6465,0
Mediana
Mediana é o valor que divide a distribuição ao meio de tal modo que 50% dos dados estejam acima
desse valor e os outros 50% abaixo dele.
Exemplo 4 – Sejam as nove observações: 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Md = 5
Mediana
Mediana é o número que tem antes e depois de si a mesma quantidade de valores. Quando a
quantidade de observações é um número par, a mediana é a média aritmética dos valores centrais.
Exemplo 5 – Sejam as seis observações: 10 11 15 17 18 20
Obs.: Para o efetivo cálculo ou localização da mediana, os dados observados devem estar em ordem
crescente, vejam os exemplos 4 e 5.
- 21 -
Moda
A moda de um conjunto de números é o valor que ocorre com maior freqüência. A moda pode não
existir, e se existir pode não ser única.
Exemplo 6 – O conjunto de números: 2, 2, 5, 7, 9, 9, 9, 10, 11, 12, 18 tem Mo = 9
Exemplo 7 – No conjunto de dados: 3, 5, 7, 9, 10, 11, todos os dados têm a mesma freqüência. Não
existe nenhum valor que apresente maior freqüência do que os outros. É um caso em que a moda não
existe.
20- Certo pesquisador aplicou um teste aos alunos de um colégio e obteve os seguintes resultados:
32 13 14 20 23 21 22 12 30 20 16 25 21 29 17 25 21 21
15 22 19 22 22 19 28 15 27 25 26 19 20 10 22 31 22 21
26 13 23 23 29 26 30 15 36 19 29 12 22 30 21 27 22 16
16 17 20 16 23 19 20 33 15 17 27 21 23 32 12 22 22 22
22 23 38 38 19 19 34 24 17 20 31 11 11 30 20 15 24 17
37 31 16 18 21 40 24 20 34 17 40 18 36 29 21 24 31 35
Pede-se para:
a) Organizar o rol dessa distribuição;
b) Indicar a amplitude total (diferença entre o maior e o menor valor);
c) Fazer uma distribuição por freqüência;
d) Calcular a média (Ma) de acertos;
e) Calcular o número mediano (Md) de acertos;
f) Calcular a moda (Mo);
g) Representar o histograma da distribuição e assinalar nele a Ma, Mo e Md.
h) Analisar os resultados obtidos.
21 – Elabore uma pesquisa, em grupo (5 alunos), utilizando um tema para que a coleta de dados permita o
cálculo de medidas de tendência central, construa um gráfico para essa situação e a conclusão do grupo,
justificando o porque da escolha do tema e qual a sua importância.
22- Verifique as idades de todos os alunos da classe até o presente momento, em seguida, calcule a média,
mediana e moda desses dados, construindo um gráfico para essa situação e analise seus resultados.
- 22 -
Capítulo 8 – Medidas de dispersão
Em Estatística é importante saber como variam as características do conjunto de dados colhidos e
tabelados. Precisamos às vezes comparar fatos, como a produção de uma firma em um ano e em outro, ou
características físicas de indivíduos, como sexo, raça, altura, etc. Para tal, necessitamos de uma média. Se
soubermos, por exemplo, que a média de altura das meninas recém-nascidas de certa idade é 47,3 cm e
que, nesse mesmo local nasceu uma menina medindo 50 cm, podemos afirmar que ocorreu uma
variabilidade, ou uma dispersão, em relação à média. Dizemos que houve um desvio de 2,7 cm em relação
à média (50 – 47,3 cm).
O significado de desvio é o mesmo que se tem comumente em relação a esse termo. Quando
dizemos que um avião teve um desvio de 10 Km de sua rota, entendemos que havia uma rota (referência)
a ser percorrida e que o avião se desviou dela. Em Estatística, a referência é a Ma, que seria o valor
provável para todos os dados se eles fossem em qualquer caso, iguais; mas normalmente eles se desviam
da Ma.
A média aritmética dos quadrados dos desvios chama-se variância [var(x)]. Calculemos as
variâncias das duas distribuições.
Para os meninos:
Var(x)1 = (168100 . 2) + (100 . 3) + (8100 . 2) + (57600 . 2) + (36100 . 1) = 50400
10
Para as meninas:
Var(x)2 = (22500 . 4) + (2500 . 4) + (10000 . 1) = 11000
10
A raiz quadrada da variância é o desvio padrão.
Calculemos os desvios padrões de cada uma das distribuições:
Para os meninos s1 = Ö50400 = 224,5 g
Para as meninas s2 = Ö11000 = 104,9 g
Comparando os dois valores, notamos que a variabilidade no peso dos meninos é maior que no das
meninas (s1 > s2).
O desvio padrão é a medida de dispersão mais utilizada em casos de distribuições simétricas.
Lembramos que, graficamente, distribuições desse tipo se aproximam de uma curva conhecida como
curva normal ou curva de Gauss:
|
|
|
|
|
|
|
|
|
O desvio padrão tomado com os sinais – e + (-s e +s) define em torno da média aritmética uma
amplitude (2s) chamada de zona de normalidade. Processos matemáticos indicam que 68,26% dos casos
se situam nessa amplitude.
|
|
|
|
| | |
| | |
| | |
| | |
| | |
-s Ma +s
|--------zona de--------|
normalidade
- 24 -
Exemplo – Considerando os resultados do exemplo anterior, a respeito dos pesos das meninas:
Ma = 3150g e s = 104,9 g, calcular a zona de normalidade.
Solução: Devemos encontrar um intervalo de amplitude 2s, em torno de Ma:
Ma + s = 3150 + 104,9 = 3254,9 g
Ma - s = 3150 - 104,9 = 3005,1 g
Serão consideradas dentro da normalidade todas as meninas com pesos entre 3005,1g e 3254,9g.
Exercícios propostos
Calcular :
a) a média aritmética;
b) a variância;
c) o desvio padrão:
d) a zona de normalidade;
e) analisar os resultados encontrados.
25- Se a média das alturas de um grupo de pessoas é 175 cm e o desvio padrão é 20 cm, uma pessoa com
estatura de 150 cm está dentro da normalidade? Por quê?
Nesse grupo de crianças, um menino com 35 Kg seria considerado com peso normal? Por quê?
- 25 -
Bibliografia
· Matemática – Benigno Barreto Filho e Cláudio Xavier da Silva – Editora FTD –
Volume Único;
· Estatística – Pra que Serve a Matemática? – Imenes, Jakubo e Lellis – Atual Editora
– 3a Edição.
- 26 -